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EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS
CONCEITO 
Podem ser definidos como o uso apropriado dos movimentos do corpo com finalidade de tratamento. Implicam, portanto, numa sistematização científica desses movimentos, para uso terapêutico e num conhecimento profundo do sistema muscular e osteoarticular.
OBJETIVO
Um programa de exercício terapêutico tem como finalidade favorecer a aquisição de movimento e função livres de sintomas.
PRÉ-REQUISITOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS:
Conhecimento dos princípios básicos do tratamento.
Estar apto a fazer uma avaliação funcional do paciente.
Ter conhecimento de anatomia e cinesiologia (inter-relação)
Conhecimento sobre o grau de debilidade, potencial de recuperação, complicações, precauções e contra-indicações.
METAS DO EXERCÍCIO TERAPÊUTICO
Após uma avaliação do paciente e identificação dos problemas, são desenvolvidas as metas de tratamento e o plano de assistência é estabelecido.
O aumento da força muscular, da resistência à fadiga, da amplitude de movimentos e rapidez dos mesmos, além da coordenação e habilidade, são objetivos a atingir com o tratamento.
SISTEMA OSTEOARTICULAR
O sistema esquelético desempenha muitas funções: alavanca, suporte, proteção, armazenamento e formação de células sanguíneas. Duas dessas funções, alavanca e suporte são importantes para o movimento humano.
Alavancas – o sistema esquelético provê as alavancas e eixos de rotação sobre os quais o sistema muscular gera os movimentos. Uma alavanca é uma máquina simples que aumenta a força ou velocidade de movimento. As alavancas são primariamente os ossos longos do corpo, e os eixos são as articulações nas quais os ossos se encontram. O modo como porções do esqueleto contribuem com o movimento é determinado pelo formato dos ossos, pelo arranjo estrutural dos ossos, e pelas características das articulações que os conectam.
SISTEMA MUSCULAR
Os músculos e a gravidade são os principais produtores do movimento humano. Os músculos são usados para manter uma posição, levantar ou abaixar uma parte do corpo, desacelerar um movimento rápido e para gerar grande velocidade no corpo ou em um objeto que está sendo jogado ao ar.  Os músculos são usados assimetricamente na maioria das atividades quando um lado do corpo utiliza um grupo específico de músculos o outro lado utiliza músculos diferentes ou opostos (agonistas e antagonistas).
AÇÕES MUSCULARES
Contração Isométrica – A tensão muscular é geralmente contra uma resistência para manter a posição. O comprimento do músculo permanece inalterado; não ocorre nenhum movimento (exerce apenas força), e a  tensão gerada no músculo não cria alteração na posição articular.
Contração Isotônica – O comprimento do músculo diminui ou aumenta; ocorre movimento; a tensão permanece inalterada.
Contração concêntrica -  Uma ação muscular concêntrica ocorre quando a tensão gerada  no músculo cria um encurtamento no músculo. O movimento do membro produzido em uma ação muscular concêntrica é denominado positivo, uma vez que as ações musculares são geralmente contra a gravidade ou são fonte iniciadora do movimento.
Contração excêntrica -  Uma ação muscular excêntrica é gerada por uma força externa quando ocorre alongamento do músculo.
TIPOS DE MOVIMENTOS EMPREGADOS NOS EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS
1- PASSIVO
É um movimento realizado dentro da amplitude máxima de movimento (ADM) livre para um segmento, que é produzido inteiramente por uma força externa; não há contração muscular voluntária.
São aqueles exercícios que são executados por força da intervenção de quem trata o paciente, já que o mesmo não pode, por si mesmo, realizá-los.
A principal finalidade do exercício passivo consiste em evitar as contraturas e a formação de aderências.
2- ATIVO
Movimento dentro da ADM livre para um segmento, que é produzido por uma contração ativa dos músculos que cruzam aquela articulação. São ativos, quando o paciente executa um movimento completo sem ajuda com o aumento da força muscular, podem-se usar resistências, para, conforme o caso, aumentar mais rapidamente a força ou a capacidade de resistir à fadiga.
 
3- ASSISTIDOS
Um tipo de ADM ativa, na qual a assistência é feita por uma força externa, manual ou mecânica, porque os músculos que iniciaram o movimento precisam de assistência para completá-lo. São ativos-assistidos, quando o paciente pode realizá-los, mas somente com ajuda de quem o assiste, de dispositivos mecânicos, ou na água, pois não tem força suficiente para executá-los de outra forma.
4- RESISTIDOS
É uma forma de exercício ativo na qual uma contração muscular mecânica ou estática é resistida por uma força externa. A força externa pode ser aplicada manualmente ou mecanicamente. Tem como propósito melhorar a função física, como: aumentar a força; aumentar a resistência muscular à fadiga; aumentar a potência.
TIPOS DE EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS
REEDUCAÇÃO MUSCULAR – Exercícios para ajudar um músculo ou grupo de músculos a “reaprender” sua função normal. É  utilizado principalmente em casos de fraturas e/ou perda da coordenação após desuso, paralisia ou intervenções cirúrgicas.
EXERCÍCIOS DE RESISTÊNCIA À PRESSÃO -  Exercício para aumentar a resistência, realizados manualmente ou com aparelhos a fim de aumentar a força de um músculo, grupo de músculos ou estruturas de sustentação ao redor de uma articulação.
RESISTÊNCIA – Exercícios de baixa resistência e repetitivos, para aumentar a resistência muscular.
COORDENAÇÃO -  Exercícios destinados a melhorar a precisão dos movimentos musculares, isto é, a utilização do músculo adequado no momento apropriado e com a quantidade exata de força necessária.
RELAXAMENTO -  Exercícios para proporcionar alívio, em contrações musculares prolongadas; ensina-se o paciente a perceber as tensões musculares e controlá-las e inibi-las.
POSTURAL -  Exercícios destinados a manter uma relação adequada entre as diversas partes do corpo.
CONDICIONAMENTO -  exercícios destinados a manter e/ou aumentar a força de alguns músculos ou de toda a musculatura do corpo.
ESTIRAMENTO/ALONGAMENTO – Exercícios para restabelecer a amplitude normal dos movimentos utilizando-se métodos ativos e/ou passivos quando da perda de elasticidade dos tecidos moles resultou em limitação das articulações.
RESPIRATÓRIO – Práticas e exercícios respiratórios utilizados para corrigir e reduzir deficiências respiratórias e para melhorar a estabilidade postural do tronco.
PLIOMÉTRICO (REATIVO) – Na prática, o exercício pliométrico é definido como um movimento rápido e vigoroso, ativando o ciclo alongar-encurtar para aumentar a potência muscular, ou seja, a passagem do trabalho muscular excêntrico para o concêntrico. O objetivo principal do treinamento pliométrico é elevar a excitabilidade do sistema nervoso para melhorar a capacidade reativa do sistema neuromuscular.
CADEIA CINÉTICA ABERTA:
· segmento proximal está fixo e o distal se movimenta em relação a ele.
 O ponto de aplicação da força do músculo se dá na inserção do segmento distal.
CADEIA CINÉTICA FECHADA:
· segmento proximal se movimenta e o segmento distal está fixo. 
· O ponto de aplicação da força do músculo se dá na inserção no segmento proximal.
Melhora a força, a potência, a resistência a fadiga muscular e melhora a estabilidade, equilíbrio, coordenação e agilidade.
Pode-se usar resistência mecânica, manual ou simplesmente o peso do corpo.
O que é o "End Feel"?
Para realizar uma avaliação do movimento passivo, o fisioterapeuta instrui o cliente a relaxar o máximo possível para que este possa executar o movimento sem resistência do paciente. É importante ter o maior grau de relaxamento muscular antes de iniciar o movimento, para melhorar a acurácia na avaliação e eliminar o esforço muscular como a causa de qualquer dor que possa sentir-se.
Um dos fatores mais importantes para investigar, durante os testes passivos de amplitude de movimento é o end-feel. A sensação final revela a qualidadedo movimento percebido pelo fisioterapeuta no final da amplitude disponível de movimento. A sensação final pode revelar muito sobre a natureza de diversas patologias. 
Descrições de end-feel :
Duro (Osso com osso) - Esta é a sensação quando o movimento é interrompido por dois ossos contactar entre si. Um exemplo é o fim sensação de extensão do cotovelo.
Espasmo - Quando os músculos estão em espasmo, eles podem parar abruptamente o movimento antes do que deveria ser o arco de movimento normal. É provável que a dor seja percebida no final desse movimento, porque o músculo em espasmo será esticado.
Capsular - Este é o fim sensação descrita pela amplitude de movimento limitado no final da cápsula articular. A sensação descrita frequentemente é similar aquela sentida quando se estica uma tira de "couro" no fim do movimento, como na rotação externa do ombro. Um end-feel verdadeiramente originário da cápsula, ocorre quando a cápsula articular é a principal limitação para o intervalo final do movimento. Alguns autores têm chamado este end-feel de "tecido stretch" final sente e se alargado a outros tecidos, como músculos, que podem esticar normalmente no final de sua amplitude de movimento. Um exemplo do trecho de tecido com músculos seria flexão do quadril com o joelho mantido em extensão, na qual o movimento é interrompido pelos isquio tibiais.
Mola - Esta sensação final é a sensação de movimento curto de parada onde deveria, acompanhado por uma borracha ou uma sensação elástica no final. Ela ocorre mais frequentemente nas articulações em que ha um pedaço de cartilagem solto (como o menisco do joelho) e que pode estar bloqueando o movimento completo e causando que o membro "resalte " um pouco no fim do movimento.
Mole - Este é o end-feel em que o movimento é interrompido por duas massas de tecido mole pressionadas uma contra a outra. Um exemplo está na flexão do cotovelo.
Vazio - não existe limitação mecânica no final do intervalo, mas o paciente não vai deixar você ir mais longe por causa da dor excessiva. Um exemplo seria no ombro, em que a dor do tendão supra-espinhoso sendo comprimido irá limitar o quão longe o braço pode ser mobilizado.
Mecanicamente não há mais restrições, mas a dor vai impedir que o indivíduo permita ao fisioterapeuta completar a amplitude de movimento.
Fontes: 1. Cyriax J. Textbook of Medicine ortopédicos, Volume One: O diagnóstico de lesões de tecido mole, 8 ed. Londres: Bailliere Tindall;
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