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TCC STOP MOTION original

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2 HISTÓRIA DA ANIMAÇÃO 
Ao longo dos anos, o homem aprimorou uma técnica que é intrínseca a ele: a arte de representar. Através da imaginação e da percepção do mundo ao redor, é possível não apenas reproduzir atos e imagens, mas criar algo que não existe. 
 Mesmo que toda a raça humana tenha capacidade imaginativa, a percepção de realidade de cada indivíduo permanece única. Pois ela não varia apenas de época para época, ou de cultura para cultura, mas também de ser para ser. Duas ou mais pessoas podem conviver em um mesmo ambiente, mas a maneira como reagirão diante de situações semelhantes é distinta. E essa percepção influirá permanentemente naquilo que se imagina.
 Tendo isso em vista, é possível analisar as mudanças que ocorreram nas formas de representar (no decorrer dos séculos), com mais clareza. A singularidade de cada obra, independente do movimento artístico: seja no Impressionismo da pintura, no Trovadorismo da literatura ou no Neorrealismo do cinema, torna-se notória.
 Essa ânsia por se expressar surge a partir do momento de heautognose do homem, atrelado ao juízo que este faz das circunstâncias e do cenário em que vive. Podendo ter ou não a finalidade de comunicação com o outro. [1: Conhecimento de si próprio.]
 As primeiras formas de representação, das quais se tem registro, são datadas do período Paleolítico Superior e estampam paredes de cavernas; como as de Lascaux, na França e Altamira, na Espanha. As pinturas rupestres (f1), classificadas como uma forma de arte naturalista, são símbolos daquilo que o homem via em seu dia a dia (percepção) e, para muitos estudiosos, eram utilizadas como elementos ritualísticos pelos caçadores: alimentando a crença de que ao pintar cenas de animais sucumbindo à caça, aquilo se tornaria real (imaginação). Ainda na mesma época, surgem as primeiras esculturas; em sua maioria retratando figuras femininas, como a Vênus de Willendorf (f2). 
 Por mais simples que fossem as ferramentas utilizadas pelo homem de Cro Magno (limitando-se a ossos carbonizados, carvão, vegetais, sangue animal e óxidos minerais), para a realização da arte rupestre, e por mais trivial que a ideia de um “desenho na parede” possa parecer, surge a partir desse momento a intenção de dar vida à imagem através da sensação de movimento. [2: Homo Sapiens primitivo, que viveu no período Paleolítico Superior. ][3: Encontrada em Altamira, na Espanha, a pintura de um bisão, representado com oito patas, traz sensação de velocidade à imagem.]
	
	“Por alguma razão pressuposta, o homem sente a necessidade de criar algo por si próprio que aparente estar vivendo, que tenha uma força interior, uma vitalidade, uma identidade separada – algo que fale com autoridade – uma criação que dê a ilusão da vida” (THOMAS; JOHNSTON, 1995, pg 11).
	Na China, essa “ilusão da vida” surge através da manipulação de bonecos atrelada à jogos de luz e sombra. O imaginário popular sugere que por volta de 121 d.c., ao tomar conhecimento da morte de sua bailarina predileta, o imperador Wu Ti ordenou ao mago da corte que a trouxesse do “mundo das sombras”. Para persuadi-lo, o mago cria a forma da bailarina utilizando-se de peles de peixes e, ao por do Sol, a bailarina não apenas se move, mas possui emoções, sentimentos e até mesmo medos profundos.
	O teatro de sombras (f3) representa um ponto chave da história da animação. É a partir deste momento que surge o maior princípio do gênero: o poder de fazer com que a audiência sinta as emoções da figura animada.
	Além da oportunidade da expressão, o teatro de sombras “deixa outro legado” para o cinema de animação: a iluminação - duas fontes de luz possibilitaram ao artista, o registro de cenas bidimensionais em película; e a adição de uma terceira fonte possibilitou dar volume às formas tridimensionais.
A viabilidade de enternecer pessoas, somada ao progresso técnico que acompanhou o gênero de animação no decorrer dos séculos, fez com que o artista buscasse pelo aperfeiçoamento do movimento phi. [4: Descrita por Max Wertheimer, o movimento Phi é uma ilusão de óptica – de sensação de movimento - causada pela sucessão de imagens estáticas.]
Esse aperfeiçoamento se evidencia pela evolução dos brinquedos ópticos. Descrita por Fossati da seguinte forma:
Evidenciando uma constante, o desenvolvimento da animação começa a instigar cientistas a partir de 1645, ano em que Athanasius Kircher expôs ao público a lanterna mágica. Esta invenção consistia em uma caixa portadora de uma fonte de luz e de um espelho curvo, através do qual se projetavam imagens derivadas de slides pintados em lâminas de vidro. Posteriormente, no século XVIII, Pieter Van Musschenbroek dava continuidade aos estudos de Kircher, conseguindo produzir a ilusão de movimento, em 1736, ano da primeira exibição animada. Este mecanismo foi se popularizando como veículo de entretenimento para exibições itinerantes. Em 1794, Etienne Gaspard Robert, em Paris, explorou de forma comercial o potencial da lanterna mágica, com o espetáculo “Fantasmagorie”. (LUCENA JR, 2001, p.30). Estudos incessantes de ilusão de ótica continuavam a desenvolver-se, permitindo inovações e aprimoramentos no formato. Peter Mark Roget definiu que o olho humano percebia imagens seqüenciais como um único movimento, vindo a publicar, em 1826, um artigo detalhando suas conclusões. Suas elucidações impeliram uma série de invenções direcionadas à impressão de movimento. No ano de 1825, o taumatroscópio foi apresentado como ferramenta para 1a animação. Composto de um disco suspenso por cordões munidos de imagens na parte frontal e no verso, permitia quando girados, a fusão das imagens, dando a impressão de mobilidade. Entre 1828 e 1832, Joseph Plateau criou o fenaquistoscópio, mecanismo capaz de apresentar a animação de desenhos. Este aparelho consistia em dois discos com seqüências de imagens pintadas que, quando simultaneamente girados, sugeriam movimento. Similar a este, mas dotado de um único disco, Simon von Stampfer trouxe a público o estroboscópio (MORRISON, 1994). Em 1834, com William Horner, surgia o zootroscópio; mecanismo derivado dos mesmos princípios das criações anteriores. No zootroscópio, os desenhos eram dispostos em um tambor, espaçados por pequenas frestas que permitiam a sensação de movimento. O flipbook (livro mágico), criado em 1868, teve grande repercussão, tendo sido considerado pelos primeiros animadores como um instrumento inspirador de sequências narrativas. Desenhos dispostos em cada página do livro davam a impressão de uma ação fílmica, quando rapidamente transpostas. Emile Reynaud, em 1877, criou o praxinoscópio, através do qual se projetavam pantomimes lumineuses – filmes. Constituído por um sistema de espelhos e lentes, as figuras eram projetadas sobre a tela, criando a base da tecnologia do cinema. Foi através deste recurso que, em 1892, Reynaud criou seu Teatro Óptico (LUCENA JR, 2001). A animação revela-se mais antiga que o próprio cinema, criado pelos irmãos Lumière em 1895.(LUCENA;MORRISON apud FOSSATI, 2009. Pg 2)
	 
	A evolução desses aparelhos, que apresentavam uma sequência de diferentes desenhos em movimento, foi fundamental para o desenvolvimento do gênero de animação.
	Em 1906, quatorze anos depois da exibição ao público das Pantomias luminosas de Émile Reynaud, em seu Teatro Óptico; James Stuart Blackton produz o que muito estudiosos chamam de a primeira animação já realizada: Humorous Phases of Funny Faces. Utilizando duas técnicas conhecidas, stop motion e animação de recortes, Blackton animou homens, mulheres e palhaços em um quadro negro.[5: ][6: A animação de recortes utiliza personagens, objetos e cenários feitos de papel, papelão ou tecido. A produção mais conhecida a utilizar esta técnica é a série televisiva South Park.]
	Inicialmente, as produções realizadas não possuíam caráter industrial; os artistas exibiam suas habilidades técnicas através de cenas cômicas e personagens facetados, que atraíam a curiosidade do público.A mudança nesse cenário ocorreria pouco mais tarde, em 1908, quando a animação Fantasmagorie, de Emile Cohl, alcançou mercado internacional, utilizando a técnica frame a frame. E em 1914, o curta-metragem Gertie, the Dinosaur de Winsor McCay, para o qual foram utilizados aproximadamente dez mil desenhos, foi exibido nos cinemas; fazendo parte da programação diária.[7: FOSSATI, Carolina. Cinema de Animação: uma trajetória marcada por inovações, p.4][8: ]
	No mesmo ano surge a técnica de cel animation, geralmente atribuída a Earl Hurd; dando origem ao que se conhece hoje por animação tradicional, ou animação 2D. 
A animação 2D
 A técnica de Hurd introduziu folhas de celuloide (nitrato de celulose) como “base” para a realização das animações. Isso permitiu ao animador, uma ampliação da perspectiva de seus desenhos. Pondo fim as limitações que o papel opaco trazia, e reduzindo o número de vezes em que uma imagem necessitava ser redesenhada. A técnica possibilitou o desenvolvimento de produções com maior custo-benefício, provocando o crescimento do mercado de filmes animados. Na segunda metade do séc. XX, devido a sua inflamabilidade, o celuloide foi substituído por acetato de celulose. 
	 No processo, a equipe de animação tradicional (2D) esquematiza e planeja os desenhos primeiramente no papel; dando preferência a folhas com uma certa transparência, como papel manteiga por exemplo. A partir da definição das poses-chave da personagem, são criadas as ações de preenchimento (f4) da mesma. Este trabalho é realizado com o auxilio de uma mesa de luz (f5).
	A mesa dispõe de vários utensílios que facilitam o desenvolvimento da animação: por de trás de sua plataforma transparente é inserida uma luz que permite ao artista visualizar a sequência de desenhos já realizados, estes, por sua vez, servem de orientação para os movimentos que virão a seguir; o disco de animação possibilita a rotação da folha, permitindo a escolha do melhor ângulo para fazer o tracejado; no disco fica fixada a “régua de animação”, a qual possui três pinos, que impedem que o papel se mova durante os desenhos, deixando-os alinhados para não comprometer a animação.
	Assim que os desenhos em papel são concluídos, cada um é redesenhado e colorido em acetato; posteriormente as folhas de acetato são posicionadas (de acordo com o fundo/cenário) e fotografadas em sequência, conforme a continuidade da ação. Para trazer perspectiva à animação, o animador cria vários planos com as folhas (f6). Desenvolvendo assim a animação multi-plano. 
	
	Atualmente o processo de animação 2D é colorido e animado através de programas de computador, no entanto os princípios permanecem inalterados e, na maior parte das vezes, o trabalho é iniciado no papel, até 
	
Do papel ao processo gráfico utilizando as mesas digitalizadas, permitindo uma melhor adaptação ao artista e

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