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A ELABORAÇÃO DE RESENHA. pdf

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*texto composto com base em modelo do Catálogo de Resenhas de Trabalhos Sobre Ensino de Ciências e 
Matemática do Núcleo de Documentação Científica (NDFC) e Instituto Brasileiro de Educação Ciência e 
Cultura (IBECC) – São Paulo- SP. | 
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A ELABORAÇÃO DE RESENHA* 
 
Lívia Mathias Simão – Universidade de São Paulo 
Elizabeth Tunes – Universidade de Brasília 
 
 Qualquer resenha, tenha ela o formato e destino que tiver, deve conter algumas 
informações básicas que sirvam de orientação ao seu leitor e que permitam a este a 
conveniência de ler ou não o texto resenhado. Claro está que uma resenha visa, em última 
instância, a motivar alguém a ler, na íntegra, o texto resenhado. Sendo assim, um texto ruim, 
não merece ser resenhado. E mais: uma boa resenha motiva a leitura integral do texto e não a 
substitui. Nesse sentido, uma resenha constitui-se em algo oposto a um resumo. 
 A resenha busca oferecer uma contribuição crítica para a compreensão do tema pelo 
leitor potencial do texto resenhado. Contribuição crítica não no sentido de apresentação de 
julgamentos de valor a respeito do texto mas no de fornecer orientações para que o leitor possa 
avaliar o quanto o texto resenhado interessa-lhe para suas atividades e propósitos. O fornecer 
estas orientações constitui-se numa contribuição crítica na medida em que são extraídas de um 
tipo de trabalho com o texto que requer compreensão e a interpretação do mesmo pelo 
resenhador, além de inferências a respeito de relações de seu conteúdo e forma com o leitor 
potencial. Desse modo, resenhar é um trabalho que vai além do próprio texto e por isso mesmo 
não é resumir. Trata-se de informar sobre o texto para que o leitor possa julgar a importância do 
mesmo para si próprio. 
 Apresentamos, a seguir, uma relação de informações que uma boa resenha deve, 
imprescindivelmente, ter. ressaltamos que a ordem de apresentação das informações não 
necessita ser inflexivelmente seguida e que outras informações podem ser adicionadas a critério 
do resenhador e dependendo de seus objetivos. Uma boa resenha, portanto, pode oferecer mais, 
porém, não pode deixar de apresentar as seguintes informações. 
 
1- ESCOPO DO TEXTO 
 
Cabe ao resenhador informar sobre o escopo do texto, especificando a natureza da 
informação que o texto resenhado oferece ao leitor. Tal especificação pode ser o resultado de 
uma dentre as seguintes ações do resenhador, ao examinar o texto (ou mesmo de uma 
combinação das mesmas): 
a- Identificar uma classe geral de ação do autor, com base no conteúdo do texto; 
b- Identificar uma classe geral de ação do autor, especificando-se a área ou sub-área do 
conhecimento sobre a qual incide a ação do autor; 
*texto composto com base em modelo do Catálogo de Resenhas de Trabalhos Sobre Ensino de Ciências e 
Matemática do Núcleo de Documentação Científica (NDFC) e Instituto Brasileiro de Educação Ciência e 
Cultura (IBECC) – São Paulo- SP. | 
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c- Estabelecer uma relação entre o conteúdo do texto e a área geral de atividade do leitor 
potencial; ou 
d- Identificar áreas gerais sobre as quais versa o conteúdo do texto. 
 
2- A QUEM INTERESSA LER O TEXTO RESENHADO 
 
O resenhador deve indicar, necessariamente, algumas características do leitor potencial do 
texto resenhado (por exemplo, campo de atuação profissional, nível de escolaridade, área de 
atuação, entre outras). A pergunta a ser respondida para tal descrição é: que características 
comuns teriam as pessoas que, supostamente, poderiam vir a se interessar pela leitura do texto 
que eu vou resenhar? 
 
3- POR QUE INTERESSA LER O TEXTO RESENHADO 
 
O resenhador deve também informar ao leitor de sua resenha o por quê acha que a leitura do 
texto resenhado viria a interessa-lo. Para tanto, deve procurar mostrar a relação entre 
características e/ou forma do texto resenhado com alguma ação/atividade do leitor potencial. O 
resenhador especifica, então, a relação que estabeleceu entre: a) características formais e/ou de 
conteúdo do texto, por um lado, e b) características da ação/atividade do leitor potencial e do 
repertório de leitura que deva ter, por outro. 
Para estabelecer essa relação, o resenhador faz suposições sobre características da atividade 
do leitor, inclusive sobre condições envolvidas na sua realização. O mesmo se aplica às 
suposições sobre o repertório de leitura que deve ter o leitor potencial do texto resenhado. Essas 
suposições certamente estarão baseadas em informações e análise de informações, pelo 
resenhador, a respeito de características da população alvo do texto resenhado. Ao estabelecer 
essa relação, o resenhador explicita qualidades do texto que podem torna-lo condição para o 
desenvolvimento da atividade profissional, ou de formação profissional, do leitor, por exemplo. 
 
4- O QUE CONTÉM O TEXTO RESENHADO 
 
Estas são as informações mais importantes e complexas de serem elaboradas pelo 
resenhador. Deve-se especificar como o autor do texto resenhado discursa sobre o conteúdo 
do mesmo. Para tanto, o resenhador necessita identificar e descrever classes de ação do autor 
do texto (e não apenas o conteúdo do mesmo) que podem ser inferidas do conteúdo do texto e 
da sua forma de apresentação. 
*texto composto com base em modelo do Catálogo de Resenhas de Trabalhos Sobre Ensino de Ciências e 
Matemática do Núcleo de Documentação Científica (NDFC) e Instituto Brasileiro de Educação Ciência e 
Cultura (IBECC) – São Paulo- SP. | 
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A descrição, pelo resenhador, das classes de ação do autor do texto deve se feita de modo a 
deixar bem claras as inter-relações das diversas classes de ação do autor. 
Ao mesmo tempo, o resenhador deve tomar o cuidado para não apresentar o texto de tal 
forma a que sua leitura não seja mais necessária (se estamos interessados em motivas uma 
pessoa a ver um filme, não podemos contar-lhe como se desenvolve e termina a sua trama, não é 
mesmo?). 
 
5- PARA QUE INTERESSA A LEITURA DO TEXTO RESENHADO? 
(Importância da leitura do texto para...) 
 
O resenhador deve ter também a preocupação de especificar alguma finalidade possível para 
a leitura do texto. Assim, ele parte da suposição de que seu conteúdo e forma (O que contém) 
sirvam como condição para uma determinada ação do leitor potencial. Deve, assim, especificar: 
 
a) Com base em que faz a suposição 
b) Que ação do leitor potencial está sendo considerada. 
 
Na verdade, o que o resenhador faz é inferir e descrever uma relação entre o conteúdo das 
informações acerca do Por que interessa e O que contém, resultando no para que da ação que o 
resenhador acredita que o leitor pratique ou tenha interesse em praticar. 
Apresentamos, anexos, alguns exemplos de resenha comtemplando as informações aqui 
mencionadas. 
 
 
 
 
Obs. Desculpem! Mas não consegui colocar o rodapé em uma folha só, estou em 
processo de aprendizagem, na próxima eu conseguirei.

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