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WISC IV RESUMO NP2 PSICOLOGIA

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Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
WISC-IV 
(Wechsler Intelligence Scale for Children - 4. edition) 
Escala Wechsler de Inteligência para Crianças - Quarta Edição 
____________________________________________________________________________________________________________ 
 
 
O QUE É INTELIGÊNCIA ? 
 "O constructo de inteligência tem sido proposto para explicar e esclarecer o complexo conjunto de 
fenômenos que justificam as diferenças individuais em termos de funcionamento intelectual". 
(McGrew & Flanagan, 1998, p.1). 
 
 
 
O QUE SÃO TESTES DE INTELIGÊNCIA ? 
 Testes de inteligência: embora alguns testes possam ser considerados como saturados de fator geral de 
inteligência (fator g), sabemos hoje que estes testes medem algumas "áreas de funcionamento" e não 
esgotam a análise da inteligência como um todo. 
 
 (No caso das Escalas Wechsler de Inteligência, ocorre que um determinado subteste pode exigir uma 
área de funcionamento ou uma capacidade cognitiva mais ampla e mais complexa do que outra. Exemplo: 
abstração verbal [Semelhanças] e habilidade para cálculo [Aritmética]). 
 
 WISC-IV: É um instrumento que contribui para a compreensão das capacidades cognitivas e que 
possibilita investigar o potencial intelectual da criança / adolescente, indicando também o quociente de 
inteligência (QI), aplicado complementarmente a outras técnicas, inclusive à entrevista psicológica. 
 
 QI: "uma estimativa do nível atual de funcionamento, enquanto este é medido pelas várias tarefas 
requeridas num teste" (Groth-Marnat, 1999, p.153) - itálicos nossos. Desse modo, o resultado não é fixo 
ou imutável e pode variar de acordo com: 
‐ ambiente; 
‐ quadro psicopatológico; 
‐ situações que afetam as funções cognitivas; 
‐ motivação; 
‐ compreensão da instrução; 
‐ estados emocionais. 
 
 O QI pode nos "fornecer subsídios quanto ao possível desempenho na escola ou no trabalho, ou pode 
fundamentar, até certo ponto, o prognóstico do aproveitamento escolar, sempre num sentido 
extremamente probabilístico" (Cunha et al, 2000, p.552). 
 
 
 
POR QUE ESCOLHER O WISC-IV COMO TESTE DE INTELIGÊNCIA ? 
 
 No WISC-III, podemos fazer a quantificação do QI, com sua faixa correspondente, além de ser possível 
refinar a análise - caso haja discrepâncias entre os subtestes dentro de cada escala - através dos Índices 
Fatoriais (IF) que investigam a Compreensão Verbal (ICV), a Organização Perceptual (IOP), a Memória 
Operacional (IMO) e a Velocidade de Processamento (IVP). 
 
 
 
 
Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
QUAIS AS CONDIÇÕES PARA UMA APLICAÇÃO ADEQUADA DO WISC-IV ? 
 Noção da população estudada: 
crianças e adolescentes entre 6 anos, 0 meses e 1 dia - 16 anos, 11 meses e 29 dias 
 Separação e familiaridade com o material: 
‐ Manual de Instruções para aplicação e avaliação 
‐ Protocolo de Registro (“folha de respostas”) 
‐ Protocolo de Resposta 1 (Código e Procurar Símbolos) 
‐ Protocolo de Resposta 2 (Cancelamento) 
‐ Livro de Estímulos 
‐ Jogo de Cubos 
‐ Lápis 
‐ Cronômetro 
‐ Prancheta 
‐ Manual Técnico 
‐ Crivos de Correção 
 Familiaridade com as instruções a fim de: 
‐ Orientar adequadamente o sujeito 
‐ Permitir identificar a quantidade de erros para que o subteste seja interrompido 
 Noção das normas para pontuação com o objetivo de: 
‐ Conduzir a aplicação: saber quando interromper 
‐ Conduzir perguntas adicionais: necessárias para obtenção de respostas do sujeito - e não para atribuir 
o escore imediatamente a aplicação de cada item 
 Aplicação do teste e dos subtestes: 
‐ A proposta do WISC-IV é de que a aplicação se dê em uma única sessão 
‐ Intercalar os subtestes verbais e os de execução, conforme indicado mais à frente. Tal medida tem o 
objetivo de não sobrecarregar a área cognitiva mais dificultosa para o paciente (caso assim o seja), 
além de dinamizar a aplicação ao alternar as vias áudio-verbais e as perceptivo-motoras. 
 Anotação (literal): 
‐ Das respostas do sujeito 
‐ Dos tempos demandados, conforme o subteste 
‐ Das perguntas feitas pelo aplicador 
‐ De todos os comportamentos verbais e não verbais do sujeito 
 Inquérito: 
‐ Não aceitar respostas do tipo: "Não sei", pois as mesmas podem ser devidas a desconhecimento, 
mas também a atitude oposicionista, insegurança, ansiedade ou temor pelo fracasso. 
‐ Conduzido com vistas a melhor compreensão do que o sujeito pretende explicar sobre o teste em si, 
mas é também para verificar conteúdos emocionais e traços de personalidade (análise das respostas 
como projetivas). 
 Oscilações no desempenho inter e intra-subtestes: 
‐ Oscilações cognitivas: como exemplo, temos oscilação da atenção e da concentração 
‐ Oscilações emocionais: por exemplo, mudança na motivação, aumento da ansiedade 
 Manejo dos testes de modo a obter dados qualitativos interessantes: 
‐ Não interromper após o tempo-limite: embora a pontuação deva ser feita com base no tempo-limite, 
é útil verificar: 
 Se o examinando pretende continuar o item: podemos prosseguir além do tempo, a fim de não 
promover frustração no paciente ao ser interrompido à revelia 
 Se o examinando consegue completar a tarefa após o tempo: tem a capacidade cognitiva 
relacionada ao teste aplicado, mas apresenta lentidão no desempenho 
 Se o examinando não consegue continuar o item: apresenta dificuldade específica e, desse modo, 
continuar além do dobro do tempo-limite pode sobrecarregar o examinando e delongar a sessão 
de teste 
‐ Não interromper após erros previstos: às vezes, o sujeito erra, em um determinado subtestes, mais 
do que nos outros subtestes já aplicados e, assim, convém observar se consegue executar itens mais 
difíceis (mas não pontuar), já que pode indicar: 
 Incapacidade cognitiva: perceptual ou motora 
 Dificuldade emocional: ansiedade, depressão 
‐ Registrar na Folha de Respostas as aplicações "não ortodoxas" 
 Reteste: Pode ser efetuado após seis meses da primeira aplicação, a fim de evitar respostas aprendidas, 
como pode haver no caso de retestagens com intervalo de um mês ou menos 
 
 
 
Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
 
COMO CORRIGIR O WISC-IV ? 
 Para uma correta correlação do desempenho da criança / adolescente com um índice específico (QI ou 
IF's), devemos sempre seguir a ordem indicada abaixo: 
1ª) Corrigir os subtestes, pontuando como indicado na "Apostila de Instruções para Aplicação e Avaliação 
do Teste" e obtendo-se, assim, o Escore Bruto. 
2ª) Utilizar a tabela - por idade - para transformar o Escore Bruto em Escore Ponderado. 
3ª) Somar os Escores Ponderados obtidos nos subtestes que compõem o cálculo do quociente total de 
inteligência: QIT. 
4ª) Somar os escores ponderados para obtenção dos IF - índices fatoriais: ICV, IOP, IMO e IVP. 
 
 
QUAIS OS NÍVEIS DE INTERPRETAÇÃO OBTIDOS NO WISC-IV ? 
 Jurema (2000) sugere que a interpretação dos resultados obtidos deva ser na seguinte ordem (adaptado 
do WISC-III, o qual continha QI Verbal e QI de Execução: 
a) cálculo dos QI com o respectivo Intervalo de Confiança; 
b) cálculo dos Índices Fatoriais com os respectivos Intervalos de Confiança; análise das discrepâncias 
e das conseqüentes implicações; 
c) identificação de dispersão entre os subtestes e interpretação das habilidades que se apresentam 
discrepantes da média. 
 
 
 
COMO INTERPRETAR OS RESULTADOS DO WISC-IV ? 
 Conforme mencionado anteriormente,podemos verificar o quociente intelectual (QIT), os índices fatoriais 
específicos (ICV, IOP, IMO e IVP), detalhados a seguir, e também o desempenho em cada subteste. 
 
‐ QI TOTAL – QIT 
O QIT é a melhor medida da habilidade cognitiva, com coeficiente de fidedignidade de 0,96 e um erro 
padrão de medida (EPM) de 3,20, exceto quando há discrepância entre as escalas Verbal e de 
Execução (11 pontos ou mais), entre os Índices Fatoriais ou entre os subtestes, ou quando o sujeito 
apresenta problemas de ordem física, sócio-cultural ou psicológica. 
 DISCREPÂNCIAS ENTRE ICV e IOP: nestes casos, pode-se cogitar que "o indivíduo não pensa, 
raciocina ou se expressa num nível equivalente, através da modalidade verbal de linguagem e 
através de métodos mais concretos, não-verbais" (Kaufman & Reynolds, 1983, p.123). 
 O trabalho de Kaufman & Reynolds (1983) sobre o WISC, o WPPSI e o WAIS-R, levanta algumas 
hipóteses para este tipo de discrepância (no caso, entre QI Verbal e QI de Execução: 
a) "déficits sensoriais; 
b) diferenças na inteligência verbal e não-verbal; 
c) diferenças na inteligência fluida versus inteligência cristalizada; 
d) deficiências psicolingüísticas; 
e) bilingüismo; 
f) efeito do dialeto negro; 
g) problemas de coordenação motora; 
h) reação à pressão do tempo na escala de execução; 
i) diferenças na dependência-independência de campo; 
j) diferenças na operação de avaliação de Guilford; ou 
k) influências socioeconômicas". 
 Observação: Verificar a discrepância não apenas em termos da dicotomia verbal x não-verbal, 
mas sim o perfil de forças e fraquezas do sujeito a fim de se observar habilidades e dificuldades 
específicas para dado sujeito. 
 
 
 
Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
ÍNDICES FATORIAIS - IF 
 Surgem como tentativa de realizar análises fatoriais das escalas para isolar fatores que melhor 
explicariam os resultados. 
 Servem como auxiliares na compreensão do desempenho do sujeito, à medida que se refere a 
determinados aspectos da habilidade cognitiva. 
 Sua análise é considerada por Wechsler (1991) como mais fidedigna do que a interpretação 
individual dos subtestes, uma vez que engloba mais do que um subteste e pode fornecer 
informações de interesse clínico e educacional. 
 Podem ser utilizados quando as discrepâncias entre os subtestes de uma determinada escala são 
significativos. Nestes casos, para a Escala Verbal podemos verificar a Compreensão Verbal e, para 
a Escala de Execução, a Organização Perceptual. 
 
‐ COMPREENSÃO VERBAL - ICV 
 Índice mais fidedigno para avaliar as habilidades verbais dos sujeitos, já que indica facilidade de 
expressão verbal e percepção de diferenças sutis diante de conceitos verbais, independente da 
distratibilidade (se QIV > QIE e ICV > IOP). 
 Este índice envolve capacidade de abstração verbal (Semelhanças), compreensão verbal, 
memória e atenção (Compreensão), conhecimento semântico (Vocabulário); também pode-se 
avaliar a extensão do conhecimento adquirido (Informação). 
 Os subtestes utilizados para avaliar este índice são: 
 Semelhanças 
 Vocabulário 
 Compreensão 
 Raciocínio com Palavras (suplementar) 
 Informação (suplementar) 
 
‐ ORGANIZAÇÃO PERCEPTUAL - IOP 
 Índice mais fidedigno para avaliar as habilidades perceptivo-motoras, uma vez que indica 
facilidade visomotora e capacidade de avaliar informações visoespaciais, independente da 
rapidez de raciocínio (se IOP > ICV). 
 Subtestes para avaliar OP: 
 Cubos 
 Conceitos Figurativos 
 Raciocínio Matricial 
 Completar Figuras (suplementar) 
 
‐ MEMÓRIA OPERACIONAL - IMO 
 Está dentro do domínio verbal e depender de memória auditiva e processamento seqüencial. 
 Apresenta grande correlação com habilidade matemática (Aritmética) e, além de atenção, avalia 
concentração e memória imediata (Dígitos). 
 Pode receber influência negativa de ansiedade, carência de estratégias mentais e pobreza de 
automonitorização. 
 Composto pelos seguintes subtestes: 
 Sequência de Números e Letras 
 Aritmética 
 Dígitos (suplementar) 
 
‐ VELOCIDADE DE PROCESSAMENTO - IVP 
 Avalia a velocidade psicomotora (Código) e a velocidade mental (Procurar Símbolos e 
Cancelamento) para resolver problemas não-verbais. Avalia capacidade de planejar, organizar e 
desenvolver estratégias. 
 Processamento implica cognição e velocidade e tem componentes comportamentais e 
cognitivos. 
 Escores baixos em IVP indicam pobreza no controle motor, falta de reflexão ou compulsividade. 
 Subtestes avaliados: 
 Código 
 Procurar Símbolos 
 Cancelamento (Suplementar) 
 
 
 
Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
DISCREPÂNCIAS ENTRE O QUE SE VÊ NOS RESULTADOS 
 
 Discrepâncias entre o ICV e IOP nos indica que o QI Total "torna-se inadequado como sumário estatístico 
que represente o nível geral de capacidade do indivíduo" (Kaufman & Reynolds, 1983, p.123). 
 Assim, as flutuações nos escores dos subtestes que se desviam da média dos escores das escalas total, 
verbal e/ou de execução devem ser analisados a fim de se identificar as habilidades e dificuldades 
específicas do funcionamento intelectual do sujeito. 
 Não apenas dificuldades ou habilidades cognitivas interferem na variabilidade dos resultados entre os 
testes, mas também as características de personalidade do sujeito: problemas nas funções do ego, 
simulação, ansiedade, motivação, dentre outras. 
 Outros fatores a serem considerados nesta situação são: condição sociocultural (privação ou alto nível 
cultural) e fatores situacionais (situação física / psicológica do sujeito durante o teste: sempre verificar se 
a pessoa dormiu bem, se alimentou ou se está com algum problema físico ou passando por algum 
problema específico). 
 Antes de levantar hipóteses interpretativas, o psicólogo deve se basear em diferenças reais e não em 
função de erros na administração ou na pontuação ou, ainda, em virtude de análise baseada no "efeito 
de halo" (supervalorização dos acertos e menosprezo dos erros). 
 "As escalas Wechsler são instrumentos extremamente valiosos do ponto de vista clínico, mas devem ser 
utilizados com propriedade científica" (Cunha et al, 2000, p.563). 
 
 
 
SUBTESTES E SUA UTILIZAÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DE ÍNDICES 
 
 
 
 
 
 
Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
 
 QUAIS A INSTRUÇÃO GERAL DO TESTE ? 
"Eu vou pedir para você fazer algumas coisas hoje: responder perguntas, trabalhar com 
cubos e outras coisas. Algumas dessas coisas podem ser muito fáceis para você, mas outras 
podem ser bem difíceis. A maioria das pessoas não consegue responder todas as perguntas 
ou fazer tudo o que eu peço, mas é importante você fazer o possível para conseguir. Você 
quer perguntar alguma coisa? " 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS SUBTESTES E FUNÇÕES QUE AVALIAM 
 Segue, abaixo, o tipo de tarefa que o examinando deve realizar, assim como as funções cognitivas 
segundo Cunha (ver maiores informações nas páginas 564 a 598 do livro Psicodiagnóstico V sobre o 
subtestes do WISC-III) que cada subteste procura avaliar. 
 Os "Problemas Específicos na Administração e Escore dos Subtestes" podem ser verificados em consulta 
ao capítulo do mesmo livro de Cunha, bem comono Manual do teste e na "Apostila de Instruções para 
Aplicação e Avaliação do Teste". 
 
 COMPLETAR FIGURAS 
 Características: 
Conjunto de figuras coloridas, de objetos e cenas comuns, faltando uma parte importante em cada 
uma, que deve ser identificada. 
 Funções avaliadas: 
 Reconhecimento e memória visual, organização e raciocínio 
 Interesse e atenção ao ambiente, concentração e percepção das relações todo-parte 
 Discriminação de aspectos essenciais dos não-essenciais 
 
 INFORMAÇÃO 
 Características: 
Perguntas apresentadas oralmente que avaliam o conhecimento da criança a respeito de material 
habitual, superaprendido. 
Junto com Vocabulário, é subteste especialmente resistente a comprometimento cerebral ou 
psicopatológico. 
 Funções avaliadas: 
 Extensão do conhecimento adquirido 
 Qualidade da educação formal e motivação para o aproveitamento escolar 
 Estimulação do ambiente e/ou curiosidade intelectual 
 Interesse no meio ambiente 
 Memória remota 
 
 CÓDIGO 
 Características: 
Série de formas simples ou números (de acordo com a faixa etária) correspondendo a um símbolo. 
A criança deve, no tempo menor possível, transpor os símbolos nos devidos espaços. 
 Funções avaliadas: 
 Velocidade de processamento 
 Capacidade de seguir instruções sob pressão de tempo 
 Atenção seletiva, concentração (resistência a distratibilidade) e persistência motora numa 
tarefa seqüencial 
 Capacidade de aprender e eficiência mental 
 Flexibilidade mental 
 
 
 
Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
 
 SEMELHANÇAS 
 Características: 
Série de palavras em pares, apresentadas oralmente, para a criança explicar as semelhanças dos 
objetos ou dos conceitos. 
 Funções avaliadas: 
 Raciocínio lógico e formação conceitual verbal (pensamento abstrato) 
 Raciocínio indutivo, com identificação de aspectos essenciais dos não-essenciais 
 Desenvolvimento da linguagem e fluência verbal 
 
 
 RACIOCÍNIO COM PALAVRAS 
 Características: 
O sujeito tem que adivinhar a palavra pela sua categoria geral, funcionalidade e/ou características 
descritivas. 
 Funções avaliadas: 
 Raciocínio abstrato verbal / Gf 
 Compreensão verbal 
 Habilidade de análise e síntese (para integrar e condensar distintas informações) 
 Conhecimentos e habilidade para gerar conceitos alternativos. 
 
 
 ARITMÉTICA 
 Características: 
Um conjunto de problemas aritméticos a serem resolvidos mentalmente e respondidos oralmente 
(itens 1 a 18: lidos em voz alta pelo aplicador; itens 19 a 24: apresentados nos cartões para a criança 
ler em voz alta mas, em caso de dificuldade de leitura ou problema visual, pode-se ler para a criança). 
As soluções dos problemas envolvem situações cotidianas, que requerem utilização de operações 
matemáticas fundamentais, não ultrapassando o que é aprendido na escola. 
 Funções avaliadas: 
 Capacidade computacional e rapidez no manejo de cálculos 
 Memória auditiva 
 Antecedentes / oportunidades / experiências escolares 
 Concentração, resistência a distratibilidade, raciocínio lógico, abstração 
 Contato com a realidade 
 
 
 CUBOS 
 Características: 
Um conjunto de padrões geométricos, feitos com cubos tridimensionais ou impressos, que a criança 
reproduz usando os cubos de duas cores. 
Há contagem de tempo. 
 Funções avaliadas: 
 Capacidade de análise e síntese 
 Capacidade de conceitualização visoespacial 
 Coordenação viso-motora-espacial, organização e velocidade perceptual 
 Estratégia de solução de problemas 
 
 
 
 
 
Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
 VOCABULÁRIO 
 Características: 
Uma série de palavras apresentadas oralmente, que a criança define também oralmente. 
Procurar obter o melhor desempenho do sujeito, sem fornecer respostas ou pistas. 
 Funções avaliadas: 
 Desenvolvimento da linguagem 
 Conhecimento semântico 
 Inteligência geral (verbal) 
 Estimulação do ambiente e/ou curiosidade intelectual 
 Antecedentes educacionais 
 
 
 CONCEITOS FIGURATIVOS 
 Características: 
Figuras conhecidas pela criança nas quais ela deve identificar os conceitos – expressos em forma 
pictórica – que unem os desenhos entre si. 
 Funções avaliadas: 
 Raciocínio abstrato / formação de conceitos (Gf) 
 Subteste não verbal paralelo ao subteste verbal “Semelhanças”: abstração de um 
conceito com e sem resposta verbal. 
 Flexibilidade cognitiva 
 Memória de trabalho 
 Memória semântica visual 
 
 COMPREENSÃO 
 Características: 
Uma série de perguntas apresentadas oralmente, que requerem resolução de problemas cotidianos 
ou compreensão das regras e conceitos sociais. 
 Funções avaliadas: 
 Capacidade de senso comum, juízo social, conhecimento prático e maturidade social 
 Conhecimento de normas socioculturais 
 Capacidade para avaliar a experiência passada 
 Compreensão verbal, memória e atenção 
 Provérbios (WAIS): pensamento abstrato / inteligência geral (verbal). A dificuldade na 
interpretação de provérbios pode aparecer nos quadros frontais ou envolvendo hemisfério 
direito. 
 
 
 PROCURAR SÍMBOLOS 
 Características: 
O examinando deve observar, dentro de um tempo limite, se o(s) símbolo(s) modelo(s) exibido(s) à 
esquerda da Folha de Registro encontra(m)-se ou não num outro grupo de símbolos apresentados 
à direita. 
 Funções avaliadas: 
 Discriminação perceptual 
 Habilidade para explorar estímulos visuais 
 Velocidade e precisão 
 Atenção, concentração 
 Memória a curto prazo 
 
 
 
 
Resumo elaborado por: Maria Inês Falcão (outubro, 2018) 
MATERIAL DE USO EXCLUSIVO PARA FINS DIDÁDICOS, CONFORME PRECEITUA O CÓDIGO DE ÉTICA DOS PSICÓLOGOS. 
 
 DÍGITOS 
 Características: 
Uma série de seqüências numéricas, apresentadas oralmente, para a criança repetir literalmente, em 
ordem direta e ordem inversa, conforme indicado na Folha de Registro. 
 Funções avaliadas: 
 Extensão da atenção 
 Retenção da memória imediata (dígitos na ordem direta) 
 Memória e capacidade de reversibilidade (dígitos na ordem inversa) 
 Concentração 
 Tolerância ao estresse 
 
 
 RACIOCÍNIO MATRICIAL 
 Características: 
Examinando deve identificar a parte faltante do desenho, de acordo com suas características. 
 Funções avaliadas: 
 Inteligência visual geral fluida: 
 raciocinio hipotético dedutivo 
 Raciocínio analógico e serial: capacidade de completar modelos e de classificar 
 Avaliação do processamento da informação visual espacial 
 
 
 SEQUÊNCIA DE NÚMEROS E LETRAS 
 Características: 
Séries de sequências numérica e alfabética, apresentadas oralmente de forma desordenada, para a 
criança repetir em ordem crescente e alfabética, respectivamente, conforme indicado na Folha de 
Registro. 
 Funções avaliadas: 
 Extensão da atenção e da concentração 
 Memória operacional 
 Habilidade de seriação 
 Capacidade de ordenação de sistema complexo de informações: função executiva. 
 
 
 CANCELAMENTO 
 Características: 
Sujeito deve identificar os animais frente a um conjunto de estímulos com animais e objetos comuns 
apresentados em forma organizada e randômica. 
 Funções avaliadas: 
 Velocidade de processamento visual 
 Atenção e concentração 
 Inibição de estímulos distratores

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