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Pastor Azevedo - Texto Introdutório à Ética - Original

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4/2/2014 AULA 01 - INTRODUÇÃO A ÉTICA
http://www.pastorazevedo.com.br/teologicos_ver.php?id=104 1/3
publicado em 06/04/2010 às 16:40 | Categoria: Ética.
AULA 01 - INTRODUÇÃO A ÉTICA
AULA 01 - INTRODUÇÃO A ÉTICA
A palavra Ética é originada do grego “ethos”, que significa: “modo de ser, caráter”. No latim “mos” (ou no plural mores), que
significa: “costumes”, derivou-se a palavra “moral”. Em Filosofia, Ética significa “o que é bom para o indivíduo e para a
sociedade”, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo-sociedade.
Definimos “Moral” como “um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do
indivíduo no seu grupo social”. “Moral” e “Ética” não devem ser confundidos: enquanto a moral é “normativa”, a ética é
“teórica” e busca explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer subsídios para a
solução de seus dilemas mais comuns. Porém, deve-se deixar claro que etimologicamente "ética" e "moral" são expressões
sinônimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda é sua tradução para o latim.
 
A HISTÓRIA DA ÉTICA
As doutrinas éticas fundamentais nascem e se desenvolvem em diferentes épocas e sociedades como respostas aos
problemas básicos apresentados pelas relações entre os homens e em particular pelo seu comportamento moral efetivo.
Vejamos alguns pensadores:
. Sócrates (470-399 a.C.) - Considerou o problema ético individual como o problema filosófico central e a ética como sendo a
disciplina em torno da qual deveriam girar todas as reflexões filosóficas. Para ele ninguém pratica voluntariamente o mal.
Somente o ignorante não é virtuoso, ou seja, só age mal, quem desconhece o bem, pois todo homem quando fica sabendo o
que é bem, reconhece-o racionalmente como tal e necessariamente passa a praticá-lo. Ao praticar o bem, o homem sente-se
dono de si e conseqüentemente é feliz.
. Platão (427-347 a.C.) - Ao examinar a idéia do Bem a luz da sua teoria das idéias, subordinou sua ética à metafísica. Sua
metafísica era a do dualismo entre o mundo sensível e o mundo das idéias permanentes, eternas, perfeitas e imutáveis, que
constituíam a verdadeira realidade. Para Platão a alma - princípio que anima ou move o homem - se divide em três partes:
“razão, vontade (ou ânimo) e apetite (ou desejos)”. As virtudes são função desta alma, as quais são determinadas pela
natureza da alma e pela divisão de suas partes. Na verdade ele estava propondo uma ética das virtudes, que seriam função da
alma.
. Aristóteles (384-322 a.C.) - Não só organizou a ética como disciplina filosófica, mas, além disso, formulou a maior parte dos
problemas que mais tarde iriam se ocupar os filósofos morais: relação entre as normas e os bens, entre a ética individual e a
social, relações entre a vida teórica e prática, classificação das virtudes, etc. Sua concepção ética privilegia as virtudes
(justiça, caridade e generosidade), tidas como propensas tanto a provocar um sentimento de realização pessoal àquele que
age quanto simultaneamente beneficiar a sociedade em que vive. A ética aristotélica busca valorizar a harmonia entre a
moralidade e a natureza humana, concebendo a humanidade como parte da ordem natural do mundo, sendo, portanto, uma
ética conhecida como naturalista.
. O estoicismo e o epicurismo - Surgem no processo de decadência e de ruína do antigo mundo greco-romano. Para
Epicuro (341-270 a.C) o prazer é um bem e como tal o objetivo de uma vida feliz. Estava lançada então a idéia de hedonismo
que é uma concepção ética que assume o prazer como princípio e fundamento da vida moral. Mas, existem muitos prazeres, e
nem todos são igualmente bons. É preciso escolher entre eles os mais duradouros e estáveis, para isso é necessário a posse
de uma virtude sem a qual é impossível a escolha. Essa virtude é a prudência, através da qual podemos selecionar aqueles
prazeres que não nos trazem a dor ou perturbações. Os melhores prazeres não são os corporais - fugazes e imediatos - mas
os espirituais, porque contribuem para a paz da alma. Para os estóicos (por exemplo, Zenão, Sêneca e Marco Aurélio) o
homem é feliz quando aceita seu destino com imperturbabilidade e resignação. O universo é um todo ordenado e harmonioso
onde os sucessos resultam do cumprimento da lei natural racional e perfeita. O bem supremo é viver de acordo com a
natureza, aceitar a ordem universal compreendida pela razão, sem se deixar levar por paixões, afetos interiores ou pelas
coisas exteriores. O homem virtuoso é aquele que enfrenta seus desejos com moderação aceitando seu destino. O estóico é
um cidadão do “cosmo” não mais da “pólis”.
. Cristianismo – Ele se eleva sobre o que restou do mundo greco-romano e no século IV torna-se a religião oficial de Roma.
Com o fim do "mundo antigo" o regime de servidão substitui o da escravidão e sobre estas bases se constrói a sociedade
feudal, extremamente estratificada e hierarquizada. Nessa sociedade fragmentada econômica e politicamente, verdadeiro
mosaico de feudos, a religião garantia uma certa unidade social. Por este motivo a política fica dependente dela e a Igreja
Católica passa a exercer, além de poder espiritual, o poder temporal e a monopolizar também a vida intelectual.
. Thomas Hobbes (1588-1679) - Consegue sistematizar esta ética do desejo, que existe em cada ser, de própria conservação
como sendo o fundamento da moral e do direito. Para Hobbes, a vida do homem no estado de natureza - sem leis nem governo
- era "solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta", uma vez que os homens são por índole: agressivos, autocentrados,
insociáveis e obcecados por um "desejo de ganho imediato".
. Baruch de Espinosa (1632-1677) - Afirmava que os homens tendem naturalmente a pensar apenas em si mesmos, que em
seus desejos e opiniões as pessoas são sempre conduzidas por suas paixões, as quais nunca levam em conta o futuro ou as
outras pessoas. Essa tendência a conservação, à consecução de tudo que é útil é muitas vezes colocada na obra de
Espinosa como sendo a própria ação necessitante da Substância Divina.
4/2/2014 AULA 01 - INTRODUÇÃO A ÉTICA
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Espinosa como sendo a própria ação necessitante da Substância Divina.
. Jonh Locke (1632-1704) - Atrela a tendência à conservação e satisfação à uma concepção de "felicidade pública". Dizia
Locke: Como Deus estabeleceu um liame indissolúvel entre a virtude e a felicidade pública, e tornou a prática da virtude
necessária à conservação da sociedade humana e visivelmente vantajosa para todos os que precisam tratar com as pessoas
de bem, ninguém se deve maravilhar se cada um não só aprovar essas regras, mas igualmente recomendá-las aos outros,
estando persuadido de que, se as observarem, lhe advirão vantagens a ele próprio.
. David Hume (1711-1776) - Seguindo essa linha nos coloca que o fundamento da moral é a utilidade, ou seja, é boa ação
aquela que proporciona "felicidade e satisfação" à sociedade. A utilidade agrada porque responde a uma necessidade ou
tendência natural que inclina o homem a promover a felicidade dos seus semelhantes.
. Jean Jaques Rousseau (1712-1778) – Para ele o homem é bom por natureza e seu espírito pode sofrer um aprimoramento
quase ilimitado.
. Immannuel Kant (1724-1804) - Talvez a expressão maior da ética moderna tenha sido o filósofo alemão Kant. A sua maior
preocupação com relação a ética era estabelecer a regra da conduta na substância racional do homem. Ele fez do conceito de
dever ponto central da moralidade. Hoje em dia chamamos a ética centrada no dever de deontologia. Kant dizia que a única
coisa que se pode afirmar que seja boa em si mesma é a "boa vontade" ou “boa intenção”, aquilo que se põe livremente de
acordo com o dever. O conhecimento do dever seria conseqüência da percepção, pelo homem, de que é um ser racional e
como tal está obrigado a obedecer o que Kantchamava de "imperativo categórico", que é a necessidade de respeitar todos os
seres racionais na qualidade de "fins em si mesmo". É o reconhecimento da existência de outros homens (seres racionais) e
a exigência de comportar-se diante deles a partir desse reconhecimento.
. Friedrich Hegel (1770-1831) - Pode ser considerado como sendo o mais importante filósofo do idealismo alemão pós-
kantiano. Para ele, a vida ética ou moral dos indivíduos, enquanto seres históricos e culturais, é determinada pelas relações
sociais que mediatizam as relações pessoais intersubjetivas. Hegel dessa forma transforma a ética em uma filosofia do direito.
Ele a divide em ética subjetiva (ou pessoal) e em ética objetiva (ou social). A primeira é uma consciência de dever e a segunda
é formada pelos costumes, pelas leis e normas de uma sociedade.
 . O alemão Karl Marx (1818-1883) - Também via a moral como uma espécie de "superestrutura ideológica", cumprindo uma
função social que, via de regra, servia para sacramentar as relações e condições de existência de acordo com os interesses
da classe dominante. Numa sociedade dividida por classes antagônicas a moral sempre terá um caráter de classe. Até hoje
existem diferentes morais de classe e inclusive numa mesma sociedade podem coexistir várias morais, já que cada classe
assume uma moral particular. Assim, enquanto não se verificarem as condições reais para uma moral universal, válida para
toda a sociedade, não pode existir um sistema moral válido para todos os tempos e todas as sociedades.
 
ALTERNATIVAS ÉTICAS
Cada um de nós tem uma ética. Cada um de nós, por mais influenciado que seja pelo relativismo e pelo pluralismo de nossos
dias, tem um sistema de valores interno que consulta (nem sempre, a julgar pela incoerência de nossas decisões) no
processo de fazer escolhas. Nem sempre estamos conscientes dos valores que compõem esse sistema, mas eles estão lá,
influenciando decisivamente nossas opções.
Os estudiosos do assunto geralmente agrupam as alternativas éticas de acordo com o seu princípio orientador fundamental.
Vejamos algumas:
. Éticas Humanísticas - As chamadas éticas humanísticas são aquelas que tomam o ser humano como a medida de todas
as coisas, seguindo o conhecido axioma do antigo pensador sofista Protágoras (485-410 AC). Ou seja, são aquelas éticas que
favorecem escolhas e decisões voltadas para o homem como seu valor maior.
. Hedonismo - Uma forma de ética humanística é o hedonismo. Esse sistema ensina que o certo é aquilo que é agradável. A
palavra "hedonismo" vem do grego “hdonh”, que significa "prazer". Como movimento filosófico, teve sua origem nos ensinos de
Epicuro e de seus discípulos, cuja máxima famosa era "comamos e bebamos porque amanhã morreremos". O epicurismo era
um sistema de ética que ensinava, em linhas gerais, que para ter uma vida cheia de sentido e significado, cada indivíduo
deveria buscar acima de tudo aquilo que lhe desse prazer ou felicidade. Os hedonistas mais radicais chegavam a ponto de
dizer que era inútil tentar adivinhar o que dá prazer ao próximo.
Como conseqüência de sua ética, os hedonistas se abstinham da vida política e pública, preferiam ficar solteiros, censurando
o casamento e a família como obstáculos ao bem maior, que é o prazer individual. Alguns chegavam a defender o suicídio,
visto que a morte natural era dolorosa.
. Utilitarismo - Outro exemplo de ética humanística é o utilitarismo, sistema ético que tem como valor máximo o que
considera o bem maior para o maior número de pessoas. Em outras palavras, "o certo é o que for útil". As decisões são
julgadas, não em termos das motivações ou princípios morais envolvidos, mas dos resultados que produzem. Se uma escolha
produz felicidade para as pessoas, então é correta. Os principais proponentes da ética utilitarista foram os filósofos ingleses
Jeremy Bentham e John Stuart Mill. A ética utilitarista pode parecer estar alinhada com o ensino cristão de buscarmos o bem
das pessoas. Ela chega até a ensinar que cada indivíduo deve sacrificar seu prazer pelo da coletividade (ao contrário do
hedonismo). Entretanto, é perigosamente relativista: quem vai determinar o que é o bem da maioria? Os nazistas dizimaram
milhões de judeus em nome do bem da humanidade. Antes deles, já era popular o adágio "o fim justifica os meios". O perigo
do utilitarismo é que ele transforma a ética simplesmente num pragmatismo frio e impessoal: decisões certas são aquelas que
produzem soluções, resultados e números.
. Existencialismo - Ainda podemos mencionar o existencialismo, como exemplo de ética humanística. Defendido em
diferentes formas por pensadores como Kierkegaard, Jaspers, Heiddeger, Sartre e Simone de Beauvoir, o existencialismo é
basicamente pessimista. Existencialistas são céticos quanto a um futuro róseo ou bom para a humanidade; são também
relativistas, acreditando que o certo e o errado são relativos à perspectiva do indivíduo e que não existem valores morais ou
espirituais absolutos. Para eles, o certo é ter uma experiência, é agir — o errado é vegetar, ficar inerte. Sartre, um dos mais
famosos existencialistas, disse: "O mundo é absurdo e ridículo. Tentamos nos autenticar por um ato da vontade em qualquer
direção". Pessoas influenciadas pelo existencialismo tentarão viver a vida com toda intensidade, e tomarão decisões que levem
a esse desiderato. Aldous Huxley, por exemplo, defendeu o uso de drogas, já que as mesmas produziam experiências acima
da percepção normal. Da mesma forma, pode-se defender o homossexualismo e o adultério.
. Ética Naturalística - Esse nome é geralmente dado ao sistema ético que toma como base o processo e as leis da natureza.
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. Ética Naturalística - Esse nome é geralmente dado ao sistema ético que toma como base o processo e as leis da natureza.
O certo é o natural — a natureza nos dá o padrão a ser seguido. A natureza, numa primeira observação, ensina que somente
os mais aptos sobrevivem e que os fracos, doentes, velhos e debilitados tendem a cair e a desaparecer à medida que a
natureza evolui. Logo, tudo que contribuir para a seleção do mais forte e a sobrevivência do mais apto, é certo e bom; e tudo o
que dificultar é errado e mau.
. Éticas Religiosas - São aqueles sistemas de valores que procuram na divindade (Deus ou deuses) o motivo maior de suas
ações e decisões. Nesses sistemas existe uma relação inseparável entre ética e religião. O juiz maior das questões éticas é o
que a divindade diz sobre o assunto. Evidentemente, o conceito de Deus que cada um desse sistema mantém, acabará por
influenciar decisivamente o código ético e o comportamento a ser seguido.
. Éticas Religiosas Não Cristãs - No mundo grego antigo os deuses foram concebidos (especialmente nas obras de Homero)
como similares aos homens, com paixões e desejos bem humanos e sem muitos padrões morais (muito embora essa
concepção tenha recebido muitas críticas de filósofos importantes da época). Além de dominarem forças da natureza, o que
tornava os deuses distintos dos homens é que esses últimos eram mortais. Não é de admirar que a religião grega clássica não
impunha demandas e restrições ao comportamento de seus adeptos, a não ser por grupos ascéticos que seguiam severas
dietas religiosas buscando a purificação.
. A Ética Cristã - Á ética cristã é o sistema de valores morais associado ao Cristianismo histórico e que retira dele a
sustentação teológica e filosófica de seus preceitos. Como as demais éticas já mencionadas acima, a ética cristã opera a
partir de diversos pressupostos e conceitos que acredita estão revelados nas Escrituras Sagradas pelo único Deus verdadeiro.
São estes:
a) A existência de um único Deus verdadeiro, criador dos céus e da terra. A ética cristã parte do conceito de que o Deus que
se revela nas Escrituras Sagradas é o único Deus verdadeiro e que, sendo o criador do mundo e da humanidade,deve ser
reconhecido e crido como tal e a sua vontade respeitada e obedecida.
b) A humanidade está num estado decaído, diferente daquele em que foi criada. A ética cristã leva em conta, na
sistematização e sintetização dos deveres morais e práticos das pessoas, que as mesmas são incapazes por si próprias de
reconhecer a vontade de Deus e muito menos de obedecê-la. Isso se deve ao fato de que a humanidade vive hoje em estado
de afastamento de Deus, provocado inicialmente pela desobediência do primeiro casal. A ética cristã não tem ilusões utópicas
acerca da "bondade inerente" de cada pessoa ou da intuição moral positiva de cada uma para decidir por si própria o que é
certo e o que é errado. Cegada pelo pecado, a humanidade caminha sem rumo moral, cada um fazendo o que bem parece aos
seus olhos. As normas propostas pela ética cristã pressupõem a regeneração espiritual do homem e a assistência do Espírito
Santo, para que o mesmo venha a conduzir-se eticamente diante do Criador.
c) O homem não é moralmente neutro, mas inclinado a tomar decisões contrárias a Deus, ao próximo. Esse pressuposto é
uma implicação inevitável do anterior. As pessoas, no estado natural em que se encontram (em contraste ao estado de
regeneração) são movidas intuitivamente, acima de tudo, pela cobiça e pelo egoísmo, seguindo muito naturalmente (e
inconscientemente) sistemas de valores descritos acima como humanísticos ou naturalísticos. Por si sós, as pessoas são
incapazes de seguir até mesmo os padrões que escolhem para si, violando diariamente os próprios princípios de conduta que
consideram corretos.
d) Deus revelou-se à humanidade. Essa pressuposição é fundamental para a ética cristã, pois é dessa revelação que ela tira
seus conceitos acerca do mundo, da humanidade e especialmente do que é certo e do que é errado. A ética cristã reconhece
que Deus se revela como Criador através da sua imagem em nós. Cada pessoa traz, como criatura de Deus, resquícios dessa
imagem, agora deformada pelo egoísmo e desejos de autonomia e independência de Deus. A consciência das pessoas,
embora freqüentemente ignorada e suprimida, reflete por vezes lampejos dos valores divinos. Deus também se revela através
das coisas criadas. O mundo que nos cerca é um testemunho vivo da divindade, poder e sabedoria de Deus, muito mais do
que o resultado de milhões de anos de evolução cega. Entretanto é através de sua revelação especial nas Escrituras que
Deus nos faz saber acerca de si próprio, de nós mesmos (pois é nosso Criador), do mundo que nos cerca, dos seus planos a
nosso respeito e da maneira como deveríamos nos portar no mundo que criou.
A ética cristã, em resumo, é o conjunto de valores morais total e unicamente baseado nas Escrituras Sagradas, pelo qual o
homem deve regular sua conduta neste mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo. Não é um conjunto de regras
pelas quais os homens poderão chegar a Deus – mas é a norma de conduta pela qual poderá agradar a Deus que já o redimiu.
Por ser baseada na revelação divina, acredita em valores morais absolutos, que são à vontade de Deus para todos os homens,
de todas as culturas e em todas as épocas.
 
 
FONTES PESQUISADAS
 
http://tpd2000.vilabol.uol.com.br
www.cacp.org.br
www.wikipedia.org
www.militarcristao.com.br
eticaeliderancacrista.blogspot.com
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