Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS CURSO DE MEDICINA RESOLUTION OF PSORIATIC LESIONS ON THE GINGIVA AND HARD PALATE FOLLOWING ADMINISTRATION OF ADALIMUMAB FOR CUTANEOUS PSORIASIS Andressa Hining Bianca Bortolini Helen Fleck Isabella Schvuchov Lajeado, junho de 2018 2 Andressa Hining Bianca Bortolini Helen Fleck Isabella Schvuchov RESOLUTION OF PSORIATIC LESIONS ON THE GINGIVA AND HARD PALATE FOLLOWING ADMINISTRATION OF ADALIMUMAB FOR CUTANEOUS PSORIASIS Trabalho apresentado ao Curso de Medicina, da Universidade do Vale do Taquari, Univates, como parte da nota 2 da disciplina de Histologia do módulo de Morfofisioquímica I. Professor: Ramatis B. de Oliveira. Lajeado, junho de 2018 3 O artigo "Resolution of psoriatic lesions on the gingiva and hard palate following administration of adalimumab for cutaneous psoriasis", apresenta um relato de caso sobre uma paciente com uma das formas de psoríase. Baseado nisso: Descreva sucintamente o caso relatado no artigo. A psoríase é uma doença sistêmica inflamatória e autoimune que afeta aproximadamente 130 milhões de pessoas em todo o mundo. As pesquisas sobre a doença afirmam alguns fatores que podem desencadear a psoríase, como o consumo de álcool e drogas, tabagismo, estresse, trauma e a microbiota cutânea. Ademais, a psoríase pode estar associada à doença de Crohn, diabetes mellitus tipo 2, acidente vascular cerebral, doença cardiovascular e pacientes portadores podem apresentar propensão para a perda óssea periodontal. No artigo apresentado, um paciente do sexo masculino apontou um quadro de retração na gengiva e após inúmeros tratamentos, não se constatou melhoras e, assim, progrediu para uma gengivite generalizada. Além disso, o palato duro apresentou múltiplas manchas vermelhas de tamanhos variados, demonstrando hiperqueratose, paraqueratose e acantose, o que caracteriza uma psoríase mucosa oral. O uso prolongado do medicamento adalimumab reduziu o sangramento. Quando o paciente usava fio dental, a gengiva já não sangrava como antes, as manchas vermelhas no palato também se reduziram assim como as placas também reduziram de tamanho. Assim, analisou-se de acordo com o artigo, que a psoríase gengival não é um caso comum, a mais frequente e conhecida é a psoríase cutânea. As duas diferenciam-se além da localização e ao prurido - uma vez que ele ocorre apenas na cutânea. As formas como tratar da psoríase gengival e cutânea também se diferem. O tratamento da psoríase gengival visa reduzir a inflamação, desconforto e o controle da placa oral e, concomitantemente, recomenda-se que seja realizada uma boa higiene bucal a fim de reduzir a microbiota oral. 4 Compare os aspectos histológicos de uma pele normal e do paciente com psoríase apresentados no caso clínico. Psoríase bucal: há um grande espessamento da epiderme por aumento das células da camada espinhosa (acantose). Sucede-se a hiperqueratose e paraqueratose do tecido epitelial. Além disso, por causa da paraquematose há a maturação das células epidérmicas de forma acelerada, persistindo os núcleos na camada córnea e ausência da camada granulosa (portanto, ausência dos grânulos de queratohialina). Isto ocorre porque não há tempo para formação da camada granulosa. Na psoríase o tempo de corneificação é de 6 a 8 dias. Paciente saudável: a epiderme é menos espessa. A junção dermo- epidérmica é menos sinuosa que na psoríase, pois as papilas dérmicas e as cristas interpapilares (ou cones epiteliais da epiderme) são mais curtas. A camada granulosa está presente e não há núcleos na camada córnea. São necessários entre 26 e 28 dias para uma célula basal atingir o estágio final da corneificação e as células corneificadas em corte apresentam um aspecto reticulado frouxo, próprio da ortoceratose. (Ausência de paraceratose). Baseado(a) na figura 2, defina hiperqueratose, paraqueratose e acantose. Hiperqueratose: espessamento do estrato córneo (camada mais externa da epiderme) associado, muitas vezes, com a presença de uma quantidade anormal de queratina e, geralmente, acompanhada por um aumento na camada granular. Paraqueratose: aumento excessivo de queratina no tecido epitelial escamoso com persistência dos núcleos celulares nas células superficiais. Presença de células escamosas habitualmente pequenas, redondas ou poligonais, com um citoplasma denso e um núcleo persistente. Este padrão associa-se frequentemente a condições inflamatórias. Acantose: aumento da espessura da epiderme. É uma característica encontrada na patologia de psoríase juntamente com a proliferação vascular na derme. 5 Qual a correlação dos sintomas clínicos observados no caso com a doença "per si"? Discuta. Psoríase: doença autoimune em que o corpo ataca suas células. Não se conhece uma causa exata para a psoríase, o que se entende é que, de forma geral, as células T, responsáveis pela defesa do organismo, por algum motivo começam a atacar as células saudáveis da pele, causando infecção no local (prurido, edema, vasodilatação, etc). Conforme os sintomas do paciente e as características da doença, a psoríase “ataca” todos os locais em que possuem tecido epitelial, causando inflamações. Segundo a cartilha de artrite psoriasica da Sociedade Brasileira de Reumatologia, geralmente a psoríase cutânea precede a artrite psoriasica, porém ambas não costumam ter relação. Ao interromper o tratamento, ficando debilitado, o paciente faz com que a psoríase volte a se manifestar em diferentes regiões que são revestidas pelo tecido epitelial, no caso da boca, tecido epitelial pavimentoso estratificado. No relato do caso não informa os hábitos de vida do paciente. Também não é relatado o histórico familiar, logo, fica difícil definir o que pode ter levando a desencadear a doença. Além dos exames, os sintomas apresentados, pelo paciente (prurido, vermelhidão, inchaço, edema) auxiliaram no diagnóstico da doença. Qual o tratamento preferencial para psoríase? Por quê? O tratamento preferencial compreende na redução da inflamação causada pela psoríase, fazendo com que as células da pele não cresçam tão rapidamente. Nos casos mais simples, pode ser indicados cremes e pomadas com corticoide. Já nos casos mais graves e frequentes é indicado o uso de imunossupressores, que atuam amenizando o sistema imunológico, uma vez que a fisiopatologia básica da doença se deve a uma desregulação imunológica (doença autoimune). Servindo, em conjunto, para conter a inflamação que a patologia causa.
Compartilhar