ATPS CONTABILIDADE GERAL

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FACULDADE ANHANGUERA DE RONDONÓPOLIS
CURSO: CIÊNCIAS CONTÁBEIS SÉRIE: 3º A
DISCIPLINA: CONTABILIDADE GERAL
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
DOCENTE: AAAAAAAAAAAAAAA
RONDONÓPOLIS-MT
MARÇO/2014
SUMÁRIO
1.0 Introdução	 03
2.0 Demonstrações contábeis	 04
2.1 Demonstrações contábeis utilizadas pela contabilidade	 04
2.2 As demonstrações financeiras segundo a Lei 6.404/76	 05
2.3 As demonstrações contábeis segundo a Lei 11.638/07	 06
2.4 As demonstrações contábeis segundo a lei 11.941/09	 07
2.5 Exemplos	 08
3.0 Conclusão	 10
4.0 Referências Bibliográficas	 11
INTRODUÇÃO
Neste trabalho apresentaremos as demonstrações contábeis, o que são, sua estruturação e divulgação segundo as Leis 6.404/76, 11.638/07 e 11.941/09. Será apresentado também exemplos de modelos das duas principais demonstrações contábeis, o Balanço Patrimonial e a DRE de acordo com as leis vigentes e será abordado também as modificações que ocorreram nessas demonstrações com as leis que alteraram a Lei 6.404/76. Além de quadros comparativos dessas duas demonstrações financeiras principais para mostrar mais acentuadamente as modificações ocorridas em suas estruturas. 
2.0 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Um dos objetivos da contabilidade é fornecer informações aos seus usuários sobre o patrimônio da empresa e suas mutações, informar ao público externo sobre o valor do patrimônio das entidades, além de fornecer informações fidedignas e úteis para o processo de tomada de decisão.
Para fornecer essas informações a contabilidade tem seus recursos, que são as demonstrações contábeis ou financeiras. Através das demonstrações contábeis analisamos a saúde financeira, econômica e patrimonial da empresa. As demonstrações também possibilitam aos gestores da empresa a comparação dos resultados com os resultados de empresas do mesmo segmento, além de servir de parâmetro para credores e investidores.
2.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS UTILIZADAS PELA CONTABILIDADE
Quais são as demonstrações financeiras? São elas:
Balanço Patrimonial – que tem por finalidade demonstrar a situação estática do patrimônio, quais são os bens, direitos e obrigações da sociedade numa determinada data.
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) – pretende demonstrar qual o lucro ou prejuízo do exercício publicado, bem como a sua estrutura de apuração, demonstrando o caminho que o dinheiro percorre dentro de uma empresa até ser apurado o lucro.
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) – nessa demonstração será evidenciado de onde vieram os recursos da companhia no exercício e onde foram aplicados.
Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) – onde são demonstradas as modificações do patrimônio líquido da entidade no exercício, incluindo a formação do lucro e seu destino.
Notas explicativas – não é um quadro de números e sim uma explicação dos métodos utilizados para contabilização, bem como eventuais mudanças de critérios e o detalhamento de algumas contas, em especial a de investimentos.
Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) – tem quase as mesmas funções da DOAR, porém, é muito mais explicativo e detalhado. Tem por objetivo prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos em dinheiro, de uma empresa, ocorridos durante um determinado período. Na DFC existem dois métodos de avaliação, o método direto e o método indireto. O método direto explicita as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades operacionais. No método indireto se faz a conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações.
Balanço Social – retrata a preocupação da empresa com a sociedade e o meio ambiente.
Relatório da Diretoria – serve para a direção da empresa apresentar explicação sobre a sua gestão e planejamentos futuros.
A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido.
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) procura informar sobre a agregação e distribuição de valor ao negócio, sugerindo maior transparência para seus usuários, em virtude de apresentar nova e mais detalhada informação sobre os negócios da entidade. É um informe contábil que evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva distribuição aos empregados, financiadores
2.2 AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEGUNDO A LEI 6.404/76
A estrutura e divulgação das demonstrações contábeis estão evidenciadas na Lei 6.404/76, lei das S.A.. Suas alterações estão presentes nas Leis 11.638/07 e 11.941/09 (MP 449/08), observando que essas duas últimas leis não substituem a Lei 6.404/76. O Balanço Patrimonial foi a demonstração contábil que mais sofreu modificações.
Segundo a Lei 6.404/76 o Balanço Patrimonial é estruturado da seguinte forma: no ativo temos circulante, Realizável à Longo Prazo e Permanente; no passivo temos Circulante, Exigível à Longo Prazo, Resultado de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido.
2.3 AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SEGUNDO A LEI 11.638/07
A Lei 11.638/07 que alterou a Lei 6.404/76 tem o objetivo de criar condições para harmonização das práticas contábeis brasileiras com as normas contábeis internacionais, atendendo a necessidade de transparência, qualidade e confiabilidade das informações contábeis. Essa lei fez as seguintes modificações: criou o grupo dos Intangíveis no Permanente, Ajustes a Valor Presente, Prêmios na Emissão de Debêntures a Apropriar e etc. 
De acordo com o art. 178 o Permanente foi dividido em Investimentos, Imobilizado, Intangível e Diferido. A lei exclui do Imobilizado os bens não corpóreos (marcas e patentes) e incluindo bens que não sejam de propriedade da empresa ou exercidos com esta finalidade. Incorpora os bens decorrentes de operações que transfiram à identidade os benefícios, os riscos e o controle desses bens.
No Patrimônio Líquido desaparecem as Reservas de Reavaliação, de Prêmio de Emissão de Debêntures e por Doações e Subvenções para Investimento. No lugar de Reserva de Reavaliação surge Ajustes de Avaliação Patrimonial. Também fica extinto Lucros Acumulados.
A Lei 11.638/07 substituiu a obrigatoriedade de apresentação da DOAR pelo DFC (método indireto). Também tornou obrigatório para as companhias abertas e de grande porte a DVA. 
2.4 AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SEGUNDO A LEI 11.941/09
Já a Lei 11.941/09 alterou diretamente a estrutura do Balanço Patrimonial e de outras demonstrações. O balanço passou a ser estruturado da seguinte maneira: ativo circulante e não circulante; e passivo circulante e não circulante para as Sociedades Anônimas e empresas de grande porte com base na natureza de suas operações; e para outras entidades, como instituições financeiras, a apresentação dos ativos e passivos em ordem de liquidez que proporciona informações mais importantes e confiáveis do que a classificação circulante/não circulante, uma vez que essas entidades não têm um ciclo operacional claramente definido.
Na DRE foram feitas algumas modificações nas despesas não operacionais e na participação do lucro. No art. 187 do inciso IV da Lei das SAs diz que as receitas e despesas não operacionais classificadas após a mensuração que resulta o lucro ou prejuízo operacional, serão considerados como outras receitas e outras despesas. 
De acordo com a Lei 11.638/07 art. 186 a DMPL não sofreu nenhuma alteração.
Segundo a Lei 11.638/07houve a alteração da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA), extinguindo a conta Lucros Acumulados no Balanço Patrimonial. Porém sua existência não foi vedada, tanto que sua demonstração continua totalmente vigente, mas apenas a figura de saldo positivo no balanço. 
A partir da Lei 11.638/07 no dia 01.01.08 a DFC passou a ser um relatório obrigatório para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior R$2.000.000,00 (dois milhões de reais).
Com a Lei 11.941/09 houve a inclusão e a obrigatoriedade da DVA para as companhias abertas.
2.5 EXEMPLOS
Exemplo de Balanço Patrimonial de acordo com a nova estrutura segundo a Lei 11.941/09
Quadro comparativo do Balanço Patrimonial Lei 6.404/76 e após sua alteração
Quadro comparativo da DRE entre as Leis 6.404/76 e 11.941/09
CONCLUSÃO
Concluímos com esse trabalho as apresentações sobre demonstrações contábeis. Nesse trabalho conceituamos, vimos suas estruturas e quais empresas utilizam certas demonstrações (em alguns casos apenas). Foi mostrado também a Lei das SAs (Lei 6.404/76) e suas alterações as Leis 11.638/07 e 11.941/09 e como estas afetaram as estruturas das demonstrações contábeis. Foram também apresentados exemplos e quadros comparativos mostrando as estruturas do Balanço Patrimonial e da DRE. Através deste pudemos ver as peças contábeis e sua importância e em qual lei se embasam e quem as utiliza.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstlucrosprejacumulados.htm
http://www.facsaoroque.br/novo/publicacoes/pdfs/ricardo_eliane.pdf
https://s3.amazonaws.com/qcon-assets-production/images/provas/575/Imagem%20017.jpg
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis contabilidade empresarial. 5º Ed. São Paulo: Atlas, 2010
AZEVEDO, Marcelo Cardoso. Estrutura e análise das demonstrações financeiras. 1º Ed. Campinas SP: Alínea, 2009