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Nome do aluno: Bruna Manzani Leite Nota: __________ Curso: Licenciatura em Química (FACET) QUESTÕES 1) Considerando que o Plano Nacional de Educação consiste em um instrumento de planejamento da educação brasileira e que a sua efetivação depende da implementação de políticas públicas ao longo de sua vigência, escolha uma das 20 metas do atual Plano Nacional de Educação (2014-2024) - Lei n. 13.005/2014 - e elabore uma política educacional tendo como referencial o ciclo de políticas públicas (Identificação do problema, formação da agenda, formulação de alternativas, tomada de decisão e implementação). Segundo SAVIANI (2007), a política educacional consiste nas decisões que o Estado toma em relação à educação. Tendo como base a meta 4 do PNE (Plano Nacional de Educação), que visa universalizar, dar acesso à toda população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos de idade com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, ou seja, garantir um sistema educacional inclusivo, apresento uma política educacional seguindo os parâmetros do ciclo das políticas públicas. Fase I- Distinção de alunos/estudantes por meio das características físicas, intelectuais, sociais, culturais, linguísticas, entre outras. Normativos do modelo tradicional do ensino escolar. Desigualdade no ensino brasileiro. Fase II- Considera-se esse processo como pré-decisório e minha atuação de forma invisível, com menor poder para influenciar a formação da agenda, porém, com maior poder para UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS PROVA FINAL - POLÍTICA E GESTÃO EDUCACIONAL (PSICOLOGIA) Prof.ª: Dra. Kellcia Rezende Data: 16/08/2017 2 apresentar alternativas. O problema citado na fase I, e considerando que a educação se constitui em um direito humano fundamental, incondicional e insubstituível, assegurado por leis e projetos no ordenamento jurídico brasileiro, sua efetivação deve ser cumprida sem distinção, em todas modalidades e níveis de ensino, uma vez que, até a ONU (Organização das Nações Unidas) em 2006 aprovou a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência e teve força da Emenda Constitucional (BRASIL,2016). A sociedade, e os entes federados precisam superar essa dicotomia, Educação Comum versus Educação Especial. É necessário buscar coerência entre o discurso legal e a prática. Fase III- Como parte do pressuposto de alternativas, busca-se melhorias em quaisquer âmbitos analisados. Nesta situação, como já exposto nas fases anteriores, reitero a necessidade de haver inclusão no sistema educacional brasileiro, de maneira que seja incluir e não integrar, uma vez que BEYER (2002), descreve em seu artigo que: ‘’(...) há diferenças entre a integração e a inclusão escolar, a primeira permanecendo à deriva das individualidades, a segunda chamando as instituições à responsabilidade. ’’ As alternativas propostas começam na formação do docente, ou seja, prepara-lo para assumir a responsabilidade de ensinar quaisquer estudantes e possuir conhecimentos e técnicas para lidar com as mais divergentes situações. Para isso sugiro a criação de um estágio como disciplina obrigatória para os cursos de licenciatura, nas unidades especializadas de ensino, por exemplo, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), para que possa haver interação dos universitários com a realidade, e não apenas deixar ao encargo do professor-apoio quando houver em sua sala de aula estudantes com deficiência ou TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento), ou as demais necessidades especiais. Sugiro também, a obrigatoriedade de as instituições de ensino possuir infraestrutura e suporte para receber esses estudantes, estar ciente das condições especiais deste aluno, se ele possui baixa visão, por exemplo, ter um apoio de livro, mesa na altura adequada, lupas, ou se houver um aluno surdo, que esse professor saiba falar na língua dos sinais (Libras), entre outros exemplos. Os estudantes no geral, devem ter consciência das diferenças e saber que isso não implica em alguém ser melhor que o outro, respeitar o próximo sempre, é sinônimo de sabedoria. Fase IV- É o momento da tomada de decisão, o qual designa-se os recursos e o prazo temporal da ação da política. Nesta fase é delimitado como recursos, todos os meios de 3 comunicação, financeiros, humanos, sociais, psicológicos, fundamentais e necessários para implementação desta política. Com relação ao prazo, determina-se um período mínimo como sendo de 4 anos, equivalente ao mandato político presidencialista brasileiro. Fase V- Enfim, chega o momento em que o planejamento e a escolha são transformados em atos. Parte para a prática, onde todo planejamento é transformado em ação. Neste momento são direcionados os recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos para executar a política. São eles respectivamente: verbas públicas (gerados através de impostos pagos pela população), uso dos meios de comunicação, e transmissores midiáticos para divulgar as mudanças e implementação desta política. Apoio governamental, estatal e civil, fomentado em leis que configuram a educação como direito de todos. 2) Compreendemos que, ao longo do processo histórico do país, o direito à educação foi sendo delineado conforme as demandas da sociedade brasileira, culminando, assim, na ampliação dos anos de escolaridade obrigatória e gratuita previsto na Constituição Federal de 1988 e, também, na LDB n. 9.394/1996. Contudo, a garantia estabelecida nos textos legais não é um sinônimo de efetivação na realidade. Assim sendo, a partir da leitura e das discussões realizadas ao longo da disciplina, apresente quais os principais desafios para a efetivação do direito à educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio -Modalidades Educacionais) no Brasil. Os desafios estão presentes no cenário educacional brasileiro, mesmo após as grandes movimentações legislativas, tais como, o artigo 205 da Constituição de 1988, o qual prescreve a educação como um direito de todos e dever do Estado e da família. Dentre todos desafios encontrados, os principais no meu ponto de vista são: desigualdades, déficit econômico e administração irregular, ensino público desvalorizado, violências, suporte e infraestruturas inadequados, professores desqualificados, bem como seu reconhecimento com salários baixos, o alto número de alunos por sala de aula, o curto tempo das aulas, além de escolas precárias e falta de material pedagógico aos alunos. Ressalto também, a responsabilidade do Estado em cumprir com seus deveres e obrigações. Outro fator importante é a qualidade do ensino, expresso no artigo 206º da Constituição Federal Brasileira, que estabelece que o direito à educação deverá ser acompanhado de um “padrão de qualidade”. 4 3) Conforme a LDB n. 9.394/1996, as instituições de ensino brasileira tem autonomia na condução da sua gestão. Desse modo, a partir da leitura dos textos e da discussão em sala de aula, qual a concepção de gestão escolar (Democrática ou Gerencial/Empresarial) defende enquanto um futuro profissional da educação? Fundamente sua resposta. Com base nas discussões realizadas ao longo da disciplina, entende-se que, para uma ação administrativa democrática acontecer, é necessária uma intensa e ativa participação dos representantes de todos segmentos da escola, nas decisões e situações administrativas e pedagógicas envolvidas, ou seja, os alunos e pais devem estar envolvidos no processo de gestão da escola, para que haja a gestão democrática. Vale ressaltar que, na forma da lei, a gestão democráticaestá limitada ao ensino público, o que conforme Cária (2006,) merece questionamento, uma vez que o princípio democrático é assegurado a todos os cidadãos brasileiros e não apenas àqueles que se formam no ensino público. A organização e a gestão no ambiente escolar, referem-se ao conjunto de normas, diretrizes, ações e procedimentos que asseguram a racionalização dos recursos materiais, humanos, financeiros e intelectuais, assim como a coordenação do trabalho de pessoas, ressaltando também, que as políticas educacionais também contribuem muito com a democratização da gestão. Na minha opinião a gestão escolar deveria ser democrática, porém, como descreve LIBÊNEO (2003), Os termos organização e gestão são, frequentemente, associados as ideias de administração, de governo, de provisão de condições de funcionamento de determinada instituição social - família, empresa, escola, órgão público, entidades sindicais, culturais, científicas, etc. – para a realização de seus objetivos. (LIBÂNEO et. al., 2003, p. 293). Essas associações são decorrentes das constantes mudanças e exigências da sociedade, no entanto, as instituições de ensino, a partir do momento em que são encaradas como tendo algumas características de empresas, precisam adaptar-se a esses novos paradigmas. Segundo FÉLIX (1989), a administração Escolar adota a orientação da administração de empresa, uma vez que busca o seu modelo de eficiência, e a mesma procura ampliar a sua validade, deste modo, elabora-se proposições sobre as estruturas organizacionais e os critérios da avaliação do seu funcionamento, influenciadas historicamente pelo modo de produção capitalista. Em minha concepção, enquanto futura docente, acredito que a gestão escolar é uma parcela das práticas exercidas na gestão empresarial. Essa relação, no modo como acontecem as 5 tomadas de decisões, fatores levados em consideração, qualificação profissional e sobretudo, o comprometimento da equipe para o alcance dos objetivos pré-estabelecidos. O que torna-se mais evidenciado e importante é que todas as instituições de ensino se preocupem também, na formação e a participação na vida do estudante. Urge salientar, que a figura do gestor, em qualquer hipótese, é de extrema importância para os direcionamentos que cada instituição deva seguir. 4) Fazendo uma avaliação de todo o processo formativo ao longo da disciplina, você se considera um cidadão político participativo? Justifique sua resposta. Até o presente momento não, porém, após a realização desta disciplina e os ensinamentos passados através da professora e dos debates gerados em sala de aula, mudarei minha posição, passarei de uma cidadão leiga para uma cidadã política participativa, uma vez que, ser esse cidadão não depende apenas de dar o seu voto nas eleições presidenciais e municipais, mas sim, acompanhar toda sua trajetória política e também o mandato enquanto este houver, questionar os governantes e responsáveis por cada ministério, quando achar necessário. Reivindicar meus direitos e continuar a cumprir meus deveres. Participar das audiências públicas e seminários quando possível. Acompanhar o portal transparência. Analisar o orçamento político e denunciar atos ilegais nas circunstâncias necessárias. Mobilizar a sociedade para que seja ativa no meio político e sempre exercer minha cidadania de forma explícita e honesta. Enfim, justificativas que denuncia a cidadã política não- participativa que eu era, porém, a partir de hoje, não serei mais. E para concluir, deixo uma frase de Chico Xavier, ‘’. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. (Chico Xavier). ‘’ 6 REFERÊNCIAS SAVIANI, D.- "POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA: LIMITES E PERSPECTIVAS. ‘’ Revista de Educação PUC-Campinas, Campinas, n. 24, junho, 2008. A CONSOLIDAÇÃO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL 2003 A 2016.pdf SILVA, A. F. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: deficiência física / elaboração. SILVA, A. F., CASTRO, A. L. B., BRANCO, M. C. M. C. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. SILVA, Carlos Sérgio Gurgel. Novos desafios para a efetivação do direito à educação pública de qualidade no Brasil. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 17, n. 3364, 16 set. 2012. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. BEISIEGEL, C. R. "Considerações a propósito de um projeto educacional." São Paulo em Perspectiva 7.1 (1993). CÁRIA, N. P., ANDRADE, N. L., Gestão democrática na escola: em busca da participação e da liderança. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 3, p. 9-24, 2016. FÉLIX, M.D.F.C. Administração escolar: um problema educativo ou empresarial. São Paulo: Cortez, 1989. PAULON, S. M. Documento subsidiário à política de inclusão /PAULON, S. M., FREITAS, B. L., PINHO, G. S. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005. Souza, Kellcia Rezende, and Maria Teresa Micely Kerbauy. "A produção de conhecimento em políticas educacionais dos programas de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista no período 2009-2013." Revista online de Política e Gestão Educacional 19 (2017). BEYER, H. O. Revista brasileira de educação especial. Marília, SP. Vol. 8, n. 2 (jul/dez- 2002), p. 157-167.
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