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Apostila de Fisiopatologia para Massoterapia

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Escola de Massoterapia SOGAB 
 Apostila de Fisiopatologia I 
Prof: Pablo Fabrício Flores Dias 
Profª; Cíntia Schneider www.sogab.com.br 
1 
APOSTILA I DE FISIOPATOLOGIA 
 
A disciplina de fisiopatologia faz parte do currículo de formação em massoterapia, pois, nós como profissionais da 
área da saúde, devemos ter ao menos um conhecimento básico de algumas disfunções do nosso organismo, afinal, 
é justamente com isso que iremos trabalhar, disfunções. Um paciente que procura o massoterapêuta referindo dores 
nas costas pode ter algo além de contraturas musculares, pode haver ali uma hérnia de disco ou uma 
espondilolistese. Mas o que é isso? É esta a pergunta que os seus pacientes irão fazer a você, massoterapêuta, no 
momento em que lerem, como leigos, o laudo de um raio x ou qualquer outro tipo de exame. Não é necessário que 
nós saibamos todos os tipos de patologias, isto seria impossível, mas as mais comuns (trombose, artrite, artrose, 
osteoporose, fraturas etc), iremos abordar nesta disciplina. 
Em fisiopatologia iremos interligar os conhecimentos em biologia, histologia, anatomia e fisiologia, ou seja, primeiro 
conhecemos como é o “funcionamento normal” (fisiológico) do nosso organismo, para agora conhecer o seu “não-
funcionamento” ou o seu “funcionamento anormal”. Para que possamos compreender o que ocorre nestas 
disfunções, primeiramente vamos entender como se dá o processo de lesão celular, suas causas e conseqüências, 
para depois partirmos para estruturas maiores. 
 
Mecanismos de Lesão celular 
 
 O que é patologia? 
 É definido como o estudo do sofrimento humano, estuda a origem, os mecanismos e a natureza das doenças. 
O que é patogenia? 
Estuda a origem e a seqüência dos processos que levam ao desenvolvimento das doenças. É a sucessão de 
eventos desde a agressão inicial e instalação de um quadro patológico, bem com como os mecanismos e inter-
relações orgânicas de resposta e defesa. 
Etiologia: 
 Estuda a causa e a origem das doenças. Estas podem ser: 
� 1- intrínsecas ou genéticas 
� 2- adquiridas (infecciosa, nutricional, química, física) 
Muitas vezes a causa de uma doença é resultado da interação de vários fatores associados, por exemplo, o 
câncer, uma pessoa nasce com a predisposição genética a desenvolver esta patologia e também sofre 
influências o meio onde vive (Herança Multifatorial). 
Várias doenças não têm suas causas conhecidas, estas são denominadas idiopáticas. 
Quando ocorre a lesão celular? 
Ocorre quando os limites de adaptação celular são ultrapassados. As lesões são até certo ponto reversíveis, 
porém, persistindo o estímulo nocivo, segue-se lesão irreversível e morte celular. 
Quais são as causas de lesão celular? 
� Hipóxia 
� Agentes físicos 
� Agentes químicos e drogas 
� Agentes infecciosos 
� Reações imunológicas 
� Danos genéticos 
� Desequilíbrios nutricionais 
O que é Hipóxia? 
É o baixo teor de oxigenação no sangue ou dos tecidos, podendo ser conseqüência da interrupção da 
circulação local, como nos infartos. É uma causa comum de lesão e morte celulares. Geralmente, a hipóxia 
decorre de uma isquemia ou uma hemorragia, no entanto, outros fatores podem desencadeá-la como, por 
exemplo, falência cardiorespiratória, anemia, envenenamento por monóxido de carbono. 
Em alguns casos, pode ser causada pelo deslocamento para grandes altitudes, pois nestas situações o ar é 
mais rarefeito, ou seja, a quantidade de oxigênio no ar que respiramos é diminuída. 
Seus efeitos sentem-se principalmente no cérebro sob forma de confusão, inquietação, alucinações e perda da 
consciência. Cada tecido possui uma resistência diferenciada para a hipóxia tecidual, por exemplo, o músculo 
esquelético resiste a aproximadamente 15 minutos sem oxigênio e os neurônio a 3 minutos. Após este tempo, 
ocorre lesões irreversíveis. 
� De acordo com a severidade da lesão, o tecido passa pelas seguintes etapas: 
1. Adaptação 
2. Lesão 
3. Morte 
� Existem quatro tipos de hipóxia: 
� * hipóxica (quando a pressão de O2 no sangue arterial é baixa); 
� *anêmica (quando há pouca hemoglobina para o transporte de O2 no sangue); 
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� *de estagnação (causada por intensa vasoconstrição local ou por débito cardíaco); 
� *histotóxica (causada por cianeto, impede a utilização do O2). 
O que é hipoxemia? 
É a diminuição sistêmica do nível de oxigênio. Ocorre geralmente em casos de debilidade pulmonar e cardíaca 
O que é isquemia? 
É a Interrupção do fluxo sangüíneo para determinado tecido ou órgão, muitas vezes levando à hipóxia tecidual 
letal. 
Quais são as causas de uma isquemia? 
� Oclusão vascular por aterosclerose (placa de gordura). 
� Oclusão vascular por coagulação intravascular (trombose – coágulo sanguíneo). 
� Oclusão Vascular por Embolia (trombo em movimento, após desprender-se do local de origem). 
*Embolia: Resulta da fragmentação de um trombo ou placa de gordura previamente aderido à parede de um vaso, 
bem como de um grumo de células neoplásicas, corpo estranho e até mesmo ar liberado na luz vascular. Tal 
artifício circula à revelia de se fixar em um trecho de calibre menor na circulação sanguínea. Sob pena de uma 
isquemia causar... Prof. Pablo Fabrício Flôres Dias 
Isquemia transitória 
É a interrupção transitória de aporte sanguíneo a um tecido ou órgão sem seqüelas permanentes, pois, esta 
interrupção pode não durar tempo suficiente de hipóxia para levar a um infarto. 
O que é infarto? 
Morte tecidual de uma região do organismo (com 
necrose) geralmente em conseqüência da 
interrupção súbita da circulação de sangue na 
artéria que irriga esse território, causada por 
embolia ou trombose. Pode ocorrer após um 
período prolongado de isquemia e hipóxia 
tecidual. Se o trombo permanecer in situ, a 
interrupção da circulação poderá ser apenas 
temporária, enquanto a pressão venha fazer com 
que se dilatem as veias que asseguram uma 
circulação colateral. 
O que é necrose? 
É o conjunto de alterações morfológicas que se 
seguem à morte tecidual. Dois processos 
ocorrem simultaneamente durante a necrose: *a 
desnaturação das proteínas; *a digestão enzimática das células (autólise). 
Apoptose: 
É a morte celular programada, processo importante na regulação de populações celulares, criando condições 
fisiológicas de substituição por novas células. Diferente do que ocorre em uma necrose, a apoptose não deixa 
resíduos celulares e também não gera reações inflamatórias. Sua interrupção pode ser um determinante no 
crescimento de neoplasias 
Quais podem ser os agentes físicos de Lesão Celular? 
� Trauma mecânico (Integridade Física Celular) 
� Extremos de temperatura 
� Radiação 
� Choque elétrico 
Agentes químicos e drogas: 
� São inúmeros. 
� Até mesmo glicose, se hipertônica, ou oxigênio, em altas concentrações, são tóxicos. 
� Arsênico, cianureto, mercúrio, inseticidas, herbicidas, asbestos, álcool, etc. 
Agentes infecciosos: 
� Vírus 
� Bactérias 
� Fungos 
� Parasitas 
O que são as reações imunológicas? 
Em um extremo, protegem a vida; em outro, podem ser fatais, podendo produzir uma reação exacerbada a um 
agente estranho ou uma reação direta de agressão imunológica as proteínas do próprio organismo. Podem ser 
de dois tipos: 
• Reações Anafiláticas. 
• Reações Auto Imunes 
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Reações Anafiláticas: 
São denominadas alergias, ocorre quando uma determinada substância ou composto desencadeia em um 
indivíduo uma resposta imunológica inesperada e forte podendo levar até a morte. 
Reações Auto Imunes: 
Ocorrem quando o sistema imunológico (sistema de defesa) identifica proteínas do próprio corpo como células 
estranhas, provocando uma reação inflamatória de agressão a estas estruturas. 
Ex: Artrite Reumatóide 
Defeitos genéticos 
São alterações que ocorrem a nível dos genes, nos cromossomos, vão de alterações sutis, resultando em 
anormalidades enzimáticas, até distúrbios grosseiros, com malformações. Ex: 
� Síndrome de Down. 
� Distrofia Muscular de Duchenne 
Alterações nutricionais 
Alterações nutricionais como deficiências proteico-calóricas e vitamínicas também podem causar lesões 
celulares; nos casos de excessos, estas alterações podem causar obesidade, aterosclerose. 
Mecanismos de lesão e morte celulares 
I. Primeiramente é afetada a integridade da membrana celular, 
II. É interrompida a respiração celular, impedindo a síntese de (ATP), 
III. Ocorre a síntese enzimática e de proteínas estruturais 
IV. É afetada a integridade genética 
Estes mecanismos são inter-relacionados, ou seja, afetando-se a respiração celular, há menor produção de 
ATP, necessário à bomba de sódio, responsável pelo equilíbrio iônico e de água celulares, por exemplo. 
O que é a INFLAMAÇÃO? 
É uma resposta de proteção do organismo, que atua no sentido de destruir ou bloquear o agente causador da 
lesão, desencadeando uma série de eventos que cicatrizam e reconstituem o tecido lesado. Ocorre no tecido 
conjuntivo vascularizado, inclusive no plasma, nas células circulantes, nos vasos sanguíneos e componentes 
extravasculares. Podem ser causadores da inflamação agentes de natureza física (radiações), química 
(tóxicos), ou biológica (vírus), tendo origem fora ou dentro do organismo (antígenos estranhos e os próprios-
processos auto-imunes). “Conjunto de modificações que ocorrem nos organismos animais multicelulares, 
desencadeadas por qualquer tipo de lesão ou distúrbio de seu equilíbrio interno, e se traduz por alterações 
vasculares, histológicas e humorais, segundo um padrão básico e uniforme para a generalidade das espécies, 
e cuja evolução tende a reconstituir as estruturas lesadas, bem como restabelecer a homeostasia do 
organismo.” 
BENÉFICAS OU DANOSAS? 
Sem a inflamação, as infecções não seriam sustadas, as feridas jamais cicatrizariam e os órgãos transformar-
se-iam em chagas. Entretanto, este processo de inflamação pode ser danoso ao organismo, como em reações 
de hipersensibilidade, doenças crônicas (artrite reumatóide, aterosclerose), fibrose (obstrução intestinal, 
imobilidade articular). A inflamação pode ser classificada em aguda e crônica: 
O que ocorre na Inflamação Aguda? 
� Alterações vasculares: vasodilatação e aumento de fluxo sangüíneo, causando calor e rubor. 
� Aumento de permeabilidade da microcirculação, levando ao edema e desaceleração da circulação 
(estase), 
� Migração de leucócitos, principalmente neutrófilos. 
A inflamação aguda é geralmente de início rápido, gerando dores intensas, inchaço e vermelhidão. Durante o 
processo de inflamação, ocorre a Exsudação, que é o extravasamento de líquidos, proteínas e células 
sangüíneas a partir do sistema vascular para o tecido intersticial, e seu produto é um líquido inflamatório rico 
em proteínas e restos celulares, o Exsudato. A exsudação ocorre devido à alterações da permeabilidade 
vascular no local da agressão. O pus é um exsudato purulento inflamatório rico em leucócitos e restos 
celulares, produto da inflamação. 
Edema 
É um excesso de líquido no interstício, pode ser um exsudato ou um transudato (líquido com baixo teor 
protéico, não decorre de um desequilibro na permeabilidade). 
Inflamação Crônica 
É o processo inflamatório de longa duração, que se origina da evlução de uma inflamação aguda, quando 
persistem os fatores patogênicos. Na inflamação crônica há presença de macrófagos, linfócitos e plasmócitos, 
ocorre a destruição tecidual; e após, reparação do tecido lesado – substituição por tecido conjuntivo, pela 
proliferação de novos vasos e por fibrose. 
 
 
 
 
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Agudo X Crônico 
� Doença de início rápido, sintomas severos 
e curta duração. 
� Sintoma intenso, tal como dor severa. 
 
 
� Doença de longa duração envolvendo 
muitas mudanças lentas. 
� Doença de início freqüentemente gradual. 
� Este termo não implica necessariamente 
com a gravidade ou severidade da doença. 
Quais são os cinco pontos cardeais da inflamação? 
� Rubor (vermelhidão); 
� Calor, 
� Tumor (Edema - inchaço); 
� Dolor (dor) 
� Perda da função. 
O que é INFECÇÃO? 
“Contaminação ou invasão do corpo por um microrganismo parasito, que pode ser um agente patogênico ou 
não, principalmente vírus, bactérias, fungos, protozoários ou helmintos.”. Uma infecção gera uma inflamação, 
porém, nem toda inflamação é resultado de uma infecção. A partir do momento em que o organismo percebe 
uma infecção, ocorre uma série de eventos que desencadeiam a inflamação: 
Quimiotaxia 
É a migração orientada de células de defesa, 
que irão combater o invasor e após realizar a 
reconstituição, reparação e cicatrização do 
tecido lesado. 
Mediadores Químicos 
São substâncias responsáveis pelos eventos da 
inflamação. Originam-se do plasma ou de 
células, e ligam-se a receptores específicos em 
células-alvo. Geralmente estes mediadores têm 
vida curta, e a maioria causa efeitos danosos. 
Exemplos de mediadores químicos: 
� HISTAMINA: Atua na microcirculação, 
possui ampla distribuição tecidual, especialmente através dos mastócitos, presentes no tecido conjuntivo 
adjacente aos vasos sangüíneos. 
� HISTAMINA: Considerada o principal mediador da fase imediata, dilata arteríolas e aumenta 
permeabilidade venosa. 
� SEROTONINA: Propriedades semelhantes à histamina, presente nas plaquetas. 
� SISTEMA DO COMPLEMENTO: Sistema composto de 20 proteínas, que tem importante papel na 
resposta imune encontrado no plasma. Aumenta permeabilidade vascular, realiza quimiotaxia e 
opsonização. 
OUTROS 
� Substâncias derivadas do ácido araquidônico, produzidas por linfócitos e macrófagos, geralmente estão 
presentes em processos inflamatórios, causam dor, febre etc: 
� -Prostaglandinas 
� -Leucotrienos 
� Citocinas (IL-1, TNF, IL-8) 
 
Alterações Celulares 
O que é Hiperplasia? 
“Aumento quantitativo ou anormal de um órgão, de um tecido ou de uma linhagem celular, que decorre 
principalmente do aumento do número de células que aí se encontram”. 
Freqüentemente, a hipertrofia e a hiperplasia estão associadas e ocorrem simultaneamente (crescimento 
fisiológico do útero grávido). Nestes casos as células são estimuladas a produzir maiores quantidades de 
proteínas. 
Hiperplasia: Fisiológica 
� Hormonal: proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e na gestação, útero 
grávido. 
� Compensatória: hepatectomia parcial. 
Hiperplasia: Patológica 
Na hiperplasia patológica, há excessiva ação hormonal ou dos fatores de crescimento, sem que mecanismos 
reguladores intervenham pra limitar esse crescimento. 
O que é Hipertrofia? 
“Aumento do volume anormal de uma célula ou das células de um tecido, em geral sem aumento numérico”. 
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O órgão hipertrofiado não tem novas células, apenas células maiores, e devido ao aumento de tamanho de 
suas células, o órgão se desenvolve excessivamente. É causada por um aumento da demanda funcional ou por 
estimulação hormonal específica, como por exemplo, na musculação, neste caso, as células têm o 
metabolismo estimulado fisiologicamente e por isso se desenvolvem mais. 
O que é Displasia? 
“Anomalia de desenvolvimento anatômico ou histológico, em que células epiteliais (principalmente de 
revestimento) ou mesenquimais sofrem proliferação e alterações citológicas atípicas, tanto na forma como no 
tamanho e na organização”. Ou seja, são mitoses anormais; estas freqüentemente aparecem nos brônquios 
dos fumantes, são as primeiras alterações celulares observadas em uma neoplasia. 
O que é Metaplasia? 
“Alteração reversível em que um tipo de célula adulta (epitelial ou mesenquimal) é transformado em outro tipo, 
também adulto”. Ex: Substituição do epitélio colunar ciliado da traquéia e brônquios por células escamosas 
estratificadas, em fumantes crônicos. 
� Esta pode ser uma manifestação precoce de uma alteração maligna, porém, pode regredir se abolidas as 
suas causas. 
O que é um Tumor? 
No conceito tradicional, toda lesão caracterizada por um aumento de volume localizado, hoje, sinônimo de 
neoplasma: na oncologia – oncos (grego) = tumor. 
Sinônimo de neoplasia, os tumores podem ser considerados uma proliferação exagerada e anormal dos 
elementos celulares de um tecido organizado, que é desencadeada por um determinado estímulo e 
prosseguindo mesmo depois que esse estímulo tenha desaparecido. 
O que é Neoplasia? 
“Tecido anormal e sem significação fisiológica, formado pela multiplicação contínua de células cuja reprodução 
deixou de ser regulada pelos mecanismos homeostáticos, apresentando-se, em geral, sob a forma de um 
tumor que evolui de forma autônoma e quase sempre nociva ao organismo”. 
As neoplasias apresentam um estroma conjuntivo vascularizado que lhes proporciona sustentação e nutrição e 
de acordo com a sua velocidade de crescimento, invasividade, e tendência à produção de metástases (entre 
outras características) são classificadas em benignas e malignas (cânceres). 
O que é Anaplasia? 
“Ausência ou perda da diferenciação observada geralmente nas células parenquimatosas das neoplasias 
malignas”. 
� Diferenciação: grau de semelhança entre as células neoplásicas e as células normais, tanto 
morfologicamente quanto funcionalmente. 
Os neoplasmas malignos compostos de células indiferenciadas são ditos anaplásicos, a falta de diferenciação 
ou anaplasia é considerada um marco da transformação maligna. 
Diferenciação 
Tumores bem diferenciados são compostos de células que se assemelham a células normais do tecido de 
origem do neoplasma, em geral, tumores benignos são bem diferenciados. Os elementos anaplásicos 
apresentam-se de diferentes formas entre si (pleomorfismo) variando o tamanho e a forma das células, bem 
como freqüentes mitoses, o grau de diferenciação e o estágio evolutivo permitem uma classificação que varia 
de 0 a 4. 
TAXA DE CRESCIMENTO 
Em geral, a maioria dos tumores benignos cresce lentamente durante um período de anos, enquanto a maioria 
dos cânceres cresce rapidamente, às vezes a uma velocidade errática. Alguns tumores malignos crescem 
lentamente durante anos para então, repentinamente, aumentarem de tamanho de modo notório, 
disseminando-se explosivamente até causarem a morte alguns meses após a sua descoberta. 
MILAGRES??? 
� Ocasionalmente, os cânceres podem ser observados diminuindo de tamanho, e até mesmo 
desaparecendo espontaneamente, porém o “estoque de milagres” é escasso. 
INVASÃO LOCAL 
A maioria dos tumores benignos permanece situada em seu local de origem, sem capacidade de se infiltrarem, 
invadirem ou metastatizarem para lugares distantes como os cânceres. O crescimento dos cânceres é 
acompanhado de infiltração progressiva, invasão e destruição do tecido vizinho, e tal invasividade torna a 
ressecção cirúrgica difícil – cirurgia radical. 
METÁTASES 
São implantes tumorais descontínuos em relação ao tumor primário, é a transferência da doença de um órgão 
para outro que não esteja diretamente conectado ao primeiro, em geral, através da via sangüínea ou linfática. 
Com poucas exceções, todos os cânceres podem fazer metástases, os neoplasmas benignos não 
metastatizam. 
 
 
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Neoplasia (benigna) x Neoplasia (maligna) 
� Não apresenta anaplasia (bem diferenciados); 
 
� Não produz metástases; 
 
� Dano Compressivo pode afetar estruturas 
anatômicas. 
 
� Em geral Bom prognóstico 
 
� Denominado como Neoplasia Benigna ou 
Tumor Benigno 
 
� Apresenta anaplasias (pouco diferenciados ou 
indiferenciados). 
� Produz metástases 
� Dano compressivo. 
� Dano direto do comprometimento funcional do 
tecido alterado. 
� Mau prognóstico em geral. 
� Denominado como Câncer ou neoplasia 
maligna/ tumor maligno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Alterações Vasculares – TROMBOSE VENOSA 
O que é? 
A trombose venosa é o desenvolvimento de um trombo (coágulo de sangue) dentro de um vaso sangüíneo venoso 
com conseqüente reação inflamatória do vaso, podendo, esse trombo, determinar obstrução venosa total ou parcial. 
É relativamente comum (50 casos/100.000 habitantes) e é responsável por seqüelas de insuficiência venosa 
crônica: dor nas pernas, edema (inchaço) e úlceras de estase (feridas). Além disso, a trombose venosa é também 
responsável por outra doença mais grave: a embolia pulmonar. 
Como se desenvolve? 
O desenvolvimento da trombose venosa é complexo, podendo estar relacionado a um ou mais dos três fatores 
abaixo: 
Estase venosa: situações em que há diminuição da velocidade da circulação do sangue. Por exemplo: pessoas 
acamadas, cirurgias prolongadas, posição sentada por muito tempo (viagens longas em espaços reduzidos - avião, 
ônibus). 
Lesão do vaso: o vaso sangüíneo normal possui paredes internas lisas por onde o sangue passa sem coagular 
(como uma mangueira por onde flui a água). Lesões, rupturas na parede interna do vaso propiciam a formação de 
trombos, como, por exemplo, em traumas, infecções, medicações endovenosas. 
Hipercoagulabilidade: situações em que o sangue fica mais suscetível à formação de coágulos espontâneos, como 
por exemplo, tumores, o uso de anticoncepcionais e diabetes. 
Embora possa acometer vasos de qualquer segmento do organismo, a trombose venosa acomete principalmente as 
extremidades inferiores (coxas e pernas). 
Algumas pessoas estão sob maior risco de desenvolver trombose venosa quais sejam: varizes, paralisia, anestesias 
gerais prolongadas, cirurgias ortopédicas, fraturas, obesidade, quimioterapia, imobilização prolongada, uso de 
anticoncepcionais, entre outros. 
O que se sente? 
Os sintomas variam muito, desde clinicamente assintomático (cerca de 50% dos casos passam despercebidos) até 
sinais e sintomas clássicos como aumento da temperatura local, edema (inchaço), dor, empastamento (rigidez da 
musculatura da panturrilha). 
Como é diagnosticado? 
Quando a trombose venosa se apresenta com sinais e sintomas clássicosé facilmente diagnosticada clinicamente. 
Na maioria das vezes isso não acontece e são necessários exames complementares específicos, tais como: 
flebografia, ecodoppler a cores e ressonância nuclear magnética. 
Como se trata? 
No tratamento visa-se prevenir a ocorrência de embolia pulmonar fatal, evitar a recorrência, minimizar o risco de 
complicações e seqüelas crônicas. Utilizam-se medicações anticoagulantes (que diminuem a chance do sangue 
coagular) em doses altas e injetáveis. 
Como se previne? 
O fato de a trombose venosa ocorrer em pacientes hospitalizados que ficam muito tempo acamados ou em cirurgias 
grandes faz com que a prevenção seja necessária. Portanto, nestes casos, utilizam-se medicações anticoagulantes 
em baixas doses para prevenir. 
Já para pessoas em geral o simples fato de caminhar já é uma forma de prevenção. Ficar muito tempo parado, 
sentado propicia o aparecimento da trombose venosa. Portanto, sempre que possível, não ficar muito tempo com as 
pernas na mesma posição. Para os que já tem insuficiência venosa e, por conseguinte, maior risco de trombose, o 
uso de meias elásticas é recomendado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VARIZES E MICROVARIZES 
O que é? 
Varizes, ou veias varicosas, são veias dilatadas, com volume aumentado, tornando-se tortuosas e alongadas com o 
decorrer do tempo. 
Microvarizes, ou telangiectasias, são varizes intradérmicas, superficiais e, por esse motivo, adquirem uma coloração 
mais avermelhada ou arroxeada. 
São mais comuns em mulheres do que em homens. 
Como se desenvolve? 
As artérias levam o sangue do coração para as extremidades, e as veias têm a função de levar o sangue de volta ao 
coração, impulsionado, principalmente pela bomba muscular das panturrilhas. Dentro das veias existem pequenas 
válvulas que impedem o retorno venoso para as extremidades. Quando as válvulas não se fecham adequadamente, 
acontece esse retorno, a que se denomina refluxo. Quando acontece o refluxo, aumenta a quantidade de sangue 
dentro das veias, o que faz com que elas se dilatem. 
Um dos principais fatores para o desenvolvimento das varizes é o hereditário ou familiar. O fator genético ocasiona 
uma diminuição da resistência das paredes das veias e insuficiência valvular. 
Outro fator importante é o hormonal. Durante as gestações, há uma maior liberação de hormônios, o que pode 
ocasionar diminuição do tônus da parede venosa. No final da gestação, a compressão do útero grávido sobre veias 
do abdômen também pode desencadear varizes. Existem estudos comprovando a relação entre o número de 
gestações e o aparecimento de varizes. O uso prolongado de anticoncepcionais e outros tratamentos hormonais 
também são fatores agravantes. 
A obesidade e o tipo de trabalho (pessoas que trabalham muitas horas em pé) favorecem o desenvolvimento de 
varizes. 
O que se sente? 
Dor, cansaço e sensação de peso nas pernas são os sintomas mais freqüentes, mas podem ocorrer também, 
ardência, edema (inchaço), câimbras e dormência. São mais acentuados no final do dia, em dias de temperatura 
elevada. 
Como se faz o diagnóstico? 
O diagnóstico é feito, basicamente, pelo exame físico. 
O exame utilizado para avaliação de refluxo venoso, e como auxiliar do tratamento cirúrgico, é o Ecodoppler venoso 
(ecografia que avalia o fluxo venoso superficial e profundo). 
Como se trata? 
O tratamento das varizes pode ser conservador, em alguns casos, e consiste no uso de meias elásticas e utilização 
de medicamentos que melhoram o fluxo venoso. Entretanto, a cirurgia de varizes, sem dúvida, é sempre o 
tratamento ideal para se evitar as complicações próprias da evolução da doença, tais como, edema (inchaço), 
dermatites, pigmentações e endurecimento da pele, úlceras varicosas e tromboflebites (inflamação da parede da 
veia com formação de coágulo). 
O tratamento mais utilizado para microvarizes, ou telangiectasias, é a escleroterapia, através de injeções de 
medicamentos. 
Outra opção é a utilização do Laser. Todavia, o método tem limitações por ser dispendioso, devido ao alto custo dos 
aparelhos, e porque pode ocasionar manchas hipocrômicas (brancas) na pele. 
Como se previne? 
Praticar exercícios físicos, evitando sempre o uso demasiado de peso nas pernas durante os mesmos. Usar meias 
elásticas, principalmente durante a gestação, ou em atividades em que se permaneça muitas horas em pé, além de 
manter um peso corporal adequado.

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