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Aula Hanseníase

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Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
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Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
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Amigo (a)! 
 
Com muita disciplina e determinação chegamos a mais uma aula do nosso curso. 
Nessa aula, iremos abordar os conteúdos referentes ao tema Hanseníase. 
Primeiramente, faremos uma abordagem teórica do tema proposto e, em seguida as questões cobradas 
em concursos anteriores com os comentários. 
 
 
Boa aula! 
 
 
Profº. Rômulo Passos 
Profª. Raiane Bezerra 
Profª. Sthephanie Abreu 
 
 
 
 
 
www.romulopassos.com.br 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 4 
HANSENÍASE 
 
A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à 
sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também se manifesta como uma doença 
sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. 
O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade de penetração 
do Mycobacterium leprae na célula nervosa e seu poder imunogênico. 
O M. leprae é um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de bastonete. É um parasita 
intracelular, sendo a única espécie de micobactéria que infecta nervos periféricos, especificamente as células 
de Schwann. Este bacilo não cresce em meios de cultura artificiais, ou seja, não é cultivável in vitro. 
O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase. A transmissão se dá por meio de uma 
pessoa doente (forma infectante da doença - MB), sem tratamento, que elimina o bacilo para o meio exterior 
infectando outras pessoas suscetíveis. 
A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo 
são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), através de contato íntimo e prolongado, muito 
frequente na convivência domiciliar. Por isso, o domicílio é apontado como importante espaço de transmissão 
da doença. A hanseníase não é de transmissão hereditária (congênita) e também não há evidências de 
transmissão nas relações sexuais. 
Devido ao padrão de multiplicação do bacilo, a doença progride lentamente. Entre o contato com a 
pessoa doente e o aparecimento dos primeiros sinais (período de incubação) pode levar em média 2 a 7 anos. 
O diagnóstico de caso de hanseníase na Atenção Básica de Saúde é essencialmente clínico por meio do 
exame dermatoneurológico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou 
comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico). Os casos com suspeita de 
comprometimento neural sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural pura) e aqueles que apresentam 
área(s) com alteração sensitiva e/ou autonômica sem lesão cutânea evidente deverão ser encaminhados para 
unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica. 
 
 
 
 
 
Doença crônica e infecto-contagiosa 
Possui alta infectividade (infecta grande número de pessoas) 
Baixa patogenicidade (poucos adoecem) 
Notificação compulsória 
• Características Intrínsecas 
do agente etilógico. 
• Relação hospedeiros-
parasita 
• Grau de endemicidade 
Investigação obrigatória 
• Análise da história e condições de vida; 
• Exame dermatoneurológico. 
Clínico-epidemiológico 
•Baciloscopia: esfregaço intradérmico; 
•Histológico 
Laboratorial 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 5 
Visando o tratamento com o esquema PQT/OMS (poliquimioterapia), a classificação operacional do caso 
de hanseníase é baseada no número de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: 
• Paucibacilar (PB) – casos com até cinco lesões de pele; 
• Multibacilar (MB) – casos com mais de cinco lesões de pele. 
A baciloscopia de pele (esfregaço dérmico), quando disponível, deve ser utilizada como exame 
complementar para a classificação dos casos em PB ou MB. 
A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões. No 
entanto, o resultado negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico de hanseníase. 
Vamos estudar no quadro abaixo as 4 formas de manifestação clínica da hanseníase: 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS CLÍNICAS DA HANSENÍASE 
Formas clínicas Características Baciloscópicas 
Classificação 
operacional vigente 
para a rede pública 
Indeterminada 
(HI) 
Mácula solitária, mal definida, com diminuição 
da sensibilidade. 
Negativa 
Paucibacilar (PB) 
Tuberculoide 
(HT) 
Lesão em placa bem delimitada, com pápulas 
nas bordas de coloração avermelhada ou 
acastanhada, com o centro plano e mais 
esbranquiçado e diminuição da sensibilidade. 
Negativa 
Dimorfa 
(HD) 
Extensas lesões em placas de cor avermelhada, 
limites imprecisos e alterações da 
sensibilidade. 
 
Positiva (bacilos e 
globias ou com 
raros bacilos) ou 
negativa. 
Multibacilar (MB) 
mais de 5 lesões 
 Virchowiana 
(HV) 
Infiltração difusa com grande número de 
lesões de superfície lisa, brilhantes e lesões 
tuberosas e nodulares de cor marrom 
avermelhada. Áreas extensas com alterações 
da sensibilidade. 
Positiva (bacilos 
abundantes e 
globias). 
 
 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Forma inicial: apenas uma lesão de cor clara; 
• Distúrbio da sensibilidade. 
Indeterminada 
(HI) 
• Forma mais benigna: pessoas com alta resistência ao bacilo → 
Lesões são poucas ou única: papulosas ou nodulações com ausência 
de sensibilidade. 
Tuberculoide 
(HT) 
• Forma intermediária: características clínico-laboratoriais da HT e 
HV → acometimento extenso de nervos → grande variedade de 
lesões 
Dimorfa (borderline / HD) 
• Mais grave, alto comprometimento de troncos nervosos de forma 
simétrica → lesões infiltradas e nódulos 
Vichowiana 
(HV) 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os principais sinais e sintomas da doença são: 
• Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de 
sensibilidade (a pessoa sente formigamentos, choques e câimbras que evoluem para dormência – se queima 
ou machuca sem perceber); 
• Pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos, normalmente sem sintomas; 
• Diminuição ou queda de pelos, localizada ou difusa, especialmente sobrancelhas; 
• Falta ou ausência de sudorese no local - pele seca. 
As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia - sensação de queimação, formigamento 
e/ou coceira - no local, que evoluem para ausência de sensibilidade e, a partir daí, não coçam e o paciente 
refere dormência - diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, a dor e/ou ao tato - em qualquer parte do 
corpo. 
Outros sintomas e sinais que têm sido também observados: 
• Dor e/ou espessamento de nervos periféricos; 
• Diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados, principalmente nos olhos, 
mãos e pés;• Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos, principalmente nos 
membros superiores e inferiores e por vezes, pálpebras; 
• Edema de mãos e pés; 
• Febre e artralgia; 
• Entupimento, feridas e ressecamento do nariz; 
• Nódulos eritematosos dolorosos; 
• Mal estar geral; 
• Ressecamento dos olhos. 
O tratamento da hanseníase é a Poliquimioterapia (PQT/OMS), sendo constituída por rifampicina, 
dapsona e clofazimina acondicionadas em quatro (quatro) tipos de cartelas, com a composição de acordo com 
a classificação operacional de cada caso: Paucibacilar Adulto, Paucibacilar Infantil, Multibacilar Adulto e 
Multibacilar Infantil. 
NOTA DE ESCLARECIMENTO: A classificação da Hanseníase, citada anteriormente não foi 
abordada dessa forma no Manual técnico-operacional: "Diretrizes para Vigilância, Atenção e 
Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública (2016), lançado de acordo com a 
Portaria nº 149 de 03 de fevereiro de 2016, porque a finalidade do manual é de orientar os gestores e 
os profissionais dos serviços de saúde para o exercício de atividades em vigilância e atenção à saúde, 
em todos níveis de atenção. Mas, meu amigo(a) concurseiro, esteja atento que as bancas poderão 
cobrar apenas a classificação simples (paucibacilar e multibacilar) ou as manifestações clínicas 
(Indeterminada, Tuberculoide, Dimorfa, Virchowiana). 
No link a seguir você pode verificar no site do ministério da saúde essas manifestações clínicas: 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/705-secretaria-
svs/vigilancia-de-a-a-z/hanseniase/11295-informacoes-tecnicas 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 7 
A equipe da Unidade Básica de Saúde deve realizar o tratamento para hanseníase como parte de sua 
rotina, seguindo esquema terapêutico padronizado de acordo com a classificação operacional. 
O tratamento da hanseníase é ambulatorial, utilizando-se os esquemas terapêuticos padronizados de 
acordo com a classificação operacional. 
 
ESQUEMA TERAPÊUTICO PARA CASOS PAUCIBACILARES: 6 CARTELAS 
Adulto 
• Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração 
supervisionada na unidade de saúde; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na unidade de saúde e dose diária de 100 
mg autoadministrada. 
Criança 
• Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 150 mg e 1 cápsula de 300 mg) com 
administração supervisionada; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada e dose diária de 50 mg autoadministrada. 
Duração: 6 doses. 
Seguimento dos casos: comparecimento mensal na unidade de saúde para dose supervisionada. Critério de alta: o 
tratamento estará concluído com 6 doses supervisionadas em até 9 meses. Na 6ª dose, os pacientes deverão ser 
submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física e receber 
alta por cura. 
 
Para facilitar a sua compreensão segue outro esquema abaixo: 
 
 ESQUEMAS TERAPÊUTICOS: PAUCIBACILAR 
Duração: 6 meses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Passemos agora para o esquema terapêutico para casos MULTIBACILARES (12 cartelas). 
 
 
 
 
 Rifampicina (600 mg): dose mensal supervisionada 
Adultos 
 Dapsona (100 mg) 
Crianças 
Dose diária autoadministrada 
 Rifampicina (450 mg): dose mensal supervisionada 
 Dapsona (50 mg) 
Dose mensal supervisionada 
Dose diária autoadministrada 
Dose mensal supervisionada 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
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ESQUEMA TERAPÊUTICO PARA CASOS MULTIBACILARES: 12 CARTELAS 
Adulto 
• Rifampicina (RFM): dose mensal de 600 mg (2 cápsulas de 300 mg) com administração 
supervisionada na unidade de saúde; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 100 mg supervisionada na unidade de saúde e dose diária de 
100 mg autoadministrada; 
• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 300 mg (3 cápsulas de 100mg) com administração 
supervisionada na unidade de saúde e uma dose diária de 50 mg autoadministrada. 
Criança 
• Rifampicina (RFM): dose mensal de 450 mg (1 cápsula de 150 mg e 1 cápsula de 300 mg) com 
administração supervisionada na unidade de saúde; 
• Dapsona (DDS): dose mensal de 50 mg supervisionada na unidade de saúde e dose diária de 
50 mg autoadministrada. 
• Clofazimina (CFZ): dose mensal de 150 mg (3 cápsulas de 50 mg) com administração 
supervisionada na unidade de saúde e uma dose de 50 mg autoadministrada em dias 
alternados. 
Duração: 12 doses. 
Seguimento dos casos: comparecimento mensal para dose supervisionada. 
Critério de alta: o tratamento estará concluído com 12 doses supervisionadas em até 18 meses. Na 12ª dose, os 
pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico, à avaliação neurológica simplificada e do grau de 
incapacidade física e receber alta por cura. 
Os pacientes MB que excepcionalmente não apresentarem melhora clínica, com presença de lesões ativas da 
doença, no final do tratamento preconizado de 12 doses (cartelas) deverão ser encaminhados para avaliação em 
serviço de referência (municipal, regional, estadual ou nacional) para verificar a conduta mais adequada para o 
caso. 
 
Para facilitar a sua compreensão segue mais um esquema: 
 
 ESQUEMAS TERAPÊUTICOS: MULTIBACILAR 
Duração: 12 meses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Rifampicina (600 mg): dose mensal supervisionada 
Adultos 
 Dapsona (100 mg) 
Dose mensal supervisionada 
Dose diária autoadministrada 
 Clofazimina 
300 mg: dose mensal supervisionada 
50 mg: dose diária autoadministrada 
 Rifampicina (450 mg): dose mensal supervisionada 
Crianças 
Dapsona (50 mg) 
Dose mensal supervisionada 
Dose diária autoadministrada 
 Clofazimina 
150 mg: dose mensal supervisionada 
50 mg: dose autoadministrada em dias alternados 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 9 
Em relação ao seguimento dos portadores de hanseníase, os pacientes devem ser agendados de rotina a 
cada 28 dias para receberem, além das orientações e avaliações, a administração da dose supervisionada e 
nova cartela com os medicamentos para doses autoadministradas no domicilio. Nessa consulta, deve-se 
orientar o paciente sobre a importância do exame dos contatos; convocá-los, agendá-los e proceder conforme 
disposições da investigação de contatos intradomiciliares. 
Os procedimentos devem ser registrados em prontuários e formulários específicos. No ato do 
comparecimento à unidade de saúde para receber a medicação específica preconizada, supervisionada, o 
paciente deve ser submetido à revisão sistemática por médico e ou enfermeiro responsáveis pelo 
monitoramento clínico e terapêutico, objetivando identificação de estados reacionais, efeitos colaterais ou 
adversos aos medicamentos em uso e surgimento de dano neural. 
Os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada por mais de 30 dias deverão ser visitados 
em seus domicílios para pesquisar e intervir nas possíveis causas de falta e orientá-los. 
Para fins operacionais, considera-se contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha 
residido com o doente de hanseníase nos últimos cinco anos. 
A investigação consiste no exame dermatoneurológico de todos os contatos intradomiciliares dos casos 
detectados. Deverá ser feita a orientação quanto ao período de incubação, transmissão, sinais e sintomas 
precoces da hanseníase. Deve-se ter especial atenção na investigação dos contatos de menores de 15 anos, já 
que esta situação de adoecimento mostra que há transmissão recente e ativa que deve ser controlada. 
Após a avaliação, se o contato for consideradoindene (não doente), avaliar cicatriz vacinal de BCG e 
seguir a recomendação às novas condutas preconizadas, que não mais deve fazer aprazamento do contato 
para a segunda dose. 
Fonte: Manual Hanseníase 2016, pág 09. Disponível em: 
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/04/diretrizes-eliminacao-hanseniase-4fev16-web.pdf 
 
 Avaliação da cicatriz vacinal de BCG em contato intradomiciliar para menores e maiores de 1 ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação da cicatriz vacinal de BCG em contato 
intradomiciliar 
Orientação 
Sem cicatriz de BCG Prescrever uma dose de BCG ID 
Com uma cicatriz de BCG Prescrever uma dose de BCG ID 
Com duas cicatrizes de BCG Não prescrever nenhuma dose de BCG 
BCG contatos 
HAS 
< 1 ano 
Não vacinados 1 dose 
Vacinados Não faz 
Vacinados sem 
cicatriz 
1 dose 6 meses após 
> 1 ano 
Sem cicatriz 1 dose 
Vacinados 1 dose 6 meses após 
Vacinados com 2 
doses 
Não faz 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
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 Avaliação da incapacidade física 
 Incapacidade e função neural 
 Teste de sensibilidade: olhos, mãos e pés 
 Conjunto de monofilamentos: 0,05g; 0,2g; 2g; 4g; 10g; 300g 
 
Os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase são: 
• Face – Trigêmeo e Facial: podem causar alterações na face, nos olhos e no nariz. 
• Braços – Radial, Ulnar e Mediano: podem causar alterações nos braços e nas mãos. 
• Pernas – Fibular e Tibial: podem causar alterações nas pernas e nos pés. 
 
A avaliação neurológica deverá ser realizada: 
• No início do tratamento; 
• Mensalmente, quando possível, ou no mínimo de seis em seis meses; 
• Com maior frequência durante neurites e reações, ou quando houver suspeita destas, durante ou 
após o tratamento; 
• Na apresentação de queixas; 
• No ato da alta; 
A avaliação neurológica inclui: 
• História; 
• Ocupação e atividades diárias; 
• Queixas do paciente; 
• Inspeção; 
• Palpação dos nervos; 
• Teste de força muscular; 
• Teste de sensibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir, 
faça isso apenas das aulas que estiver acompanhando, pois o material é 
ATUALIZADO E AMPLIADO MENSALMENTE. 
 
Todos os dias são inseridos novos vídeos potenciais nas disciplinas deste 
curso Completo de Enfermagem para Concursos. 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 11 
Vamos ver quais são os graus de incapacidade da hanseníase: 
 
 GRAU CARACTERÍSTICAS 
0 Nenhum problema com os olhos, mãos e pés devido à hanseníase. 
1 Diminuição ou perda da sensibilidade nos olhos. 
Diminuição ou perda da sensibilidade nas mãos e/ou pés. (não sente 2g ou toque da caneta) 
2 
Olhos: lagoftalmo e/ou ectrópio; triquíase; opacidade corneana central; acuidade visual menor que 0,1 ou 
não conta dedos a 6m. 
Mãos: lesões tróficas e/ou lesões traumáticas; garras; reabsorção; mão caída. Pés: lesões tróficas e/ou 
traumáticas; garras; reabsorção; pé caído; contratura do tornozelo. 
 
 DIAGNÓSTICO DAS REAÇÕES HANSÊNICAS 
 
Os estados reacionais ou reações hansênicas (tipos 1 e 2) são alterações do sistema imunológico que se 
exteriorizam como manifestações inflamatórias agudas e subagudas, podendo ocorrer em qualquer paciente, 
porém são mais frequentes nos pacientes MB. Elas podem surgir antes, durante ou depois do tratamento 
PQT. 
A Reação Tipo 1 ou Reação Reversa caracteriza-se pelo aparecimento de novas lesões dermatológicas 
(manchas ou placas), infiltrações, alterações de cor e edema nas lesões antigas, com ou sem espessamento 
e dor de nervos periféricos (neurite). 
A Reação Tipo 2, cuja manifestação clínica mais frequente é o Eritema Nodoso Hansênico (ENH), 
caracteriza-se pelo aparecimento de nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de 
manifestações sistêmicas como: febre, dor articular, mal-estar generalizado, orquite, iridociclites, com ou 
sem espessamento e dor de nervos periféricos (neurite). 
Frente a suspeita de reação hansênica, recomenda-se: 
a) Confirmar o diagnóstico de hanseníase e sua classificação operacional. 
b) Diferenciar o tipo de reação hansênica. 
c) Investigar fatores predisponentes (infecções, infestações, distúrbios hormonais, fatores emocionais e 
outros). 
d) Avaliar a função neural. 
As reações, com ou sem neurite, devem ser diagnosticadas por meio da investigação cuidadosa dos 
sinais e sintomas mais frequentes e exame físico geral, com ênfase na avaliação dermatoneurológica. Tais 
procedimentos são fundamentais para definir a terapêutica antirreacional e para monitorar o 
comprometimento dos nervos periféricos. 
Lembrar da possibilidade da ocorrência de neurite isolada como manifestação única de reação 
hansênica. 
Os pacientes de hanseníase devem ser agendados para consulta odontológica e orientados quanto à 
higiene dental. A boa condição de saúde bucal reduz o risco de reações hansênicas. 
 
 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 12 
 REAÇÕES HANSÊNICAS 
 Principais causas de lesões dos nervos e incapacidades; 
 Mais frequentes nos casos MB; 
 Podem acontecer antes, durante ou após a poliquimioterapia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO CLÍNICO DAS REAÇÕES 
 
Reação Tipo 1 
1 - Iniciar prednisona na dose de 1 mg/kg/dia ou dexametasona 0,15 mg/kg/dia em casos de doentes 
hipertensos ou cardiopatas, conforme avaliação clínica. 
2 - Manter a poliquimioterapia se o doente ainda estiver em tratamento específico, não reintroduzi-la 
em situação de alta. 
3 - Imobilizar o membro afetado em caso de neurite associada. 
4 - Avaliar a função neural sensitiva e motora antes do início da corticoterapia. 
5 - Reduzir a dose de corticoide conforme a resposta terapêutica. 
6 - Programar e realizar ações de prevenção de incapacidades. 
 
Reação Tipo 2 ou Eritema Nodoso Hansênico (ENH) 
A talidomida é o medicamento de escolha na dose de 100 a 400 mg/dia, conforme a gravidade do 
quadro. Na impossibilidade do seu uso prescrever prednisona na dose de 1 mg/kg peso/dia, ou dexametasona 
na dose equivalente. 
Além disso, será preciso: 
1 - Manter a poliquimioterapia se o doente ainda estiver em tratamento específico e não a reintroduzir 
na situação de alta. 
2 - Associar corticosteroide em caso de comprometimento de nervos (bem definido após palpação e 
avaliação da função neural), segundo o esquema já referido. 
3 - Imobilizar o membro afetado em caso de neurite associada. 
4 - Monitorar a função neural sensitiva e motora. 
5 - Reduzir a dose da talidomida e/ou do corticoide conforme resposta terapêutica. 
6 - Programar e realizar ações de prevenção de incapacidades. 
7 - Na associação de talidomida e corticoide, usar AAS 100 mg/dia como profilaxia para 
tromboembolismo. 
 
• Aparecimento de novas lesões dermatológicas; 
• Infiltração, alterações de cor e edema nas lesões antigas, 
com ou sem espessamento e neurite. 
Reação do Tipo I: 
Reversa 
• Nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de 
febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com ou 
sem espessamento e neurite. 
Reação do Tipo II: 
Eritema nodoso 
hansênico 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
 13 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA HANSENÍASE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I 
•Detectar precocemente os casos 
II 
•Garantir tratamento específico 
III 
•Investigação epidemiológicados contatos 
IV 
•Vacinação com BCG 
V 
•Prevenir e tratar as incapacidades físicas 
As questões online estão sendo ampliadas diariamente (todas comentadas em vídeo) - 
estude por elas para ser aprovado (a). 
 
Ao final deste curso, acesse o menu Certificados na área do aluno para você fazer 
download e imprimir seu certificado, com código de autenticidade. 
 
Sempre que for estudar, utilize o filtro inteligente do site, afim de ter o direcionamento 
para cada concurso e não perder tempo estudando o que não será cobrado no concurso 
almejado. 
 
Os temas na enfermagem e SUS são atualizados rapidamente. Por isso, fique atento (a) às 
atualizações do site. Isso é uma rotina nossa! 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
Meu amigo (a), vamos abordar questões comentadas sobre o conteúdo estudado. 
Mantenha a força, o foco e a determinação! 
 
1. (HU-UFMT/EBSERH/AOCP/2014) Homem, 52 anos, com diagnóstico de hanseníase, com contração 
muscular sem movimento em membro superior direito, receberá alta da unidade hospitalar. Qual orientação 
para o autocuidado deve constar no plano de alta desse paciente? 
a) Exercícios ativos com resistência. 
b) Exercícios ativos sem resistência. 
c) Alongamento e exercícios ativos, com pouca resistência. 
d) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão esquerda. 
e) Alongamento e exercícios passivos, com ajuda da mão direita. 
COMENTÁRIOS: 
Segundo o Ministério da Saúde, o autocuidado é a ação que o indivíduo tem para consigo e um dever 
para com a saúde dele. São procedimentos, técnicas e exercícios que podem ser desenvolvidos em casa, 
trabalho ou qualquer lugar para prevenir as incapacidades e/ou seus agravos. 
Em casos de mãos e braços com fraqueza muscular se deve orientar aos pacientes o hábito de fazer os 
exercícios indicados para evitar incapacidades e deformidades. Se o paciente tem “mãos fracas”, podem fazer 
exercícios de alongamento e fortalecimento de forma passiva com ajuda da mão contralateral. Antes de iniciar 
os exercícios, deve-se preparar a pele de suas mãos para alcançar um melhor resultado. 
Procedimento: 
1º Ensina ao paciente a preparar a mão hidratando-a e lubrificando-a 
2º Apoiar a mão na mesa ou colo (desenho abaixo) 
3º Com a outra iniciar o deslizamento desde o cotovelo até o dedo 
4º Ao final segurar o dedo o mais aberto possível e contar até 30 devagar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sendo assim, o gabarito da questão é a letra D. 
 
 
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2. (EBSERH/HU-UFC/INSTITUTO AOCP/2014) No Brasil, apesar da redução drástica no número de casos, a 
hanseníase ainda se constitui em um problema de saúde pública que exige uma vigilância resolutiva. Com 
relação a essa doença, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) É uma doença não-contagiosa, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas 
dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. 
b) O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando-lhe um grande 
potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. 
c) É uma doença curável, e quanto mais precocemente diagnosticada e tratada mais rapidamente se cura o 
paciente. 
d) É causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular obrigatório. 
e) O homem é reconhecido como única fonte de infecção (reservatório), embora tenham sido identificados 
animais naturalmente infectados. 
COMENTÁRIOS: 
É claro que a hanseníase é uma doença contagiosa. 
 
 
 
3. (EBSERH/HU-UFC/INSTITUTO AOCP/2014) Ainda falando sobre a Hanseníase, a mesma pode ser 
diagnosticada através do exame clínico do paciente, no entanto o diagnóstico laboratorial é: 
a) a tomografia. 
b) a baciloscopia. 
c) a ressonância magnética. 
d) o raio X de face. 
e) a avaliação das plaquetas. 
COMENTÁRIOS: 
Nenhum exame laboratorial é suficiente para diagnosticar ou classificar a hanseníase. Ultrassonografia e 
ressonância magnética auxiliam no diagnóstico da forma neural pura e neurite. Eletroneuromiografia é útil no 
acompanhamento das reações. Intradermorreação de Mitsuda, baciloscopia e histopatologia, geralmente, 
permitem diagnosticar e classificar a forma clínica. Sorologia, inoculação, reação de imunoistoquímica e reação 
em cadeia da polimerase (PCR) são técnicas utilizadas principalmente em pesquisas1. 
 
 
 
4. (HU-UFGD/EBSERH/AOCP/2014) Portador de hanseníase multibacilar, com quimioterapia iniciada há 
apenas dois dias, foi internado para tratamento de crise hipertensiva. Diante desse caso, é recomendável 
instituir-se: 
a) precauções padrão. 
b) isolamento respiratório para gotículas. 
c) isolamento respiratório para aerossóis. 
 
1
 Hanseníase: diagnóstico e tratamento, disponível em: http://goo.gl/O0uTPm. 
Logo, a assertiva A apresenta-se incorreta. 
 
 
 
 Nesse sentido, “por eliminação”, o gabarito da questão é a letra B. 
 
 
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d) isolamento de contato. 
e) isolamento protetor. 
COMENTÁRIOS: 
 Após as primeiras doses da medicação o indivíduo deixa de ser transmissor da doença, pois os bacilos 
tornam-se inviáveis, ou seja, incapazes de infectar outras pessoas. Logo, na situação apresentada não 
necessita de nenhuma precaução específica, apenas a padrão que consiste: na lavagem higienização das mãos, 
no uso de EPIs, luvas, aventais, óculos, máscara e descarte correto de perfurocortante. 
 
 
 
5. (HU-UFS/EBSERH/AOCP/2014) Visando ao tratamento com o esquema de Poliquimioterapia, a classificação 
operacional do caso de Hanseníase é baseada no número de lesões cutâneas, sendo a forma Paucibacilar casos 
que apresentem: 
a) até cinco lesões de pele. 
b) mais de seis lesões de pele. 
c) mais de cinco lesões de pele. 
d) mais de sete lesões de pele. 
e) até sete lesões de pele 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o Ministério da Saúde, visando o tratamento com o esquema PQT/OMS 
(poliquimioterapia), a classificação operacional do caso de hanseníase é baseada no número de lesões 
cutâneas de acordo com os seguintes critérios: 
• Paucibacilar (PB) – casos com até 5 lesões de pele; 
• Multibacilar (MB) – casos com mais de 5 lesões de pele. 
Antigamente, a classificação proposta pelo Ministério da Saúde era a seguinte: 
• Paucibacilares (PB): casos com até 5 lesões de pele e ou apenas um tronco nervoso acometido; 
• Multibacilares (MB): casos com mais de 5 lesões de pele e ou mais de um tronco nervoso acometido. 
 
 
 
6. (HU-UFMA/EBSERH/IBFC/2013) Considera-se um paciente acometido pela hanseníase quando apresenta os 
seguintes sinais cardinais: 
a) Alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas, baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico e 
tosse produtiva. 
b) Lesão e/ou área da pele com alteração de sensibilidade, acometimento de nervo(s) periférico(s) associado a 
alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas e baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico. 
c) Alterações sensitivas e/ou motoras, disfagia, déficit motor e baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico. 
d) Acometimento de nervos periféricos, alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas e alteração de 
pigmentação da pele e tosse produtiva. 
e) Lesão ou área da pele com alteração de sensibilidade, alterações hormonais, baciloscopia positiva de 
esfregaço intradérmicoe disfagia. 
Portanto, o gabarito da questão é a letra A. 
 
 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A. 
 
 
 
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COMENTÁRIOS: 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), toda pessoa que apresenta um ou mais dos 
critérios listados a seguir, com ou sem história epidemiológica e que requer tratamento quimioterápico 
especifico, ou seja, possui diagnóstico fechado quando apresenta: lesões de pele com alteração de 
sensibilidade; espessamento de nervo(s) periférico(s), acompanhado de alteração de sensibilidade e/ou 
motora; e baciloscopia positiva para bacilo de hansen. 
 
 
 
7. (HUB/EBSERH/IBFC/2013) A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se 
manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos. Considerando os sinais 
e sintomas dermatológicos mais comuns e suas características, correlacione as colunas, enumerando-as de 
cima para baixo, e a seguir assinale a alternativa correta. 
 
(1) Mancha pigmentar ou discrômica. 
(2) Placa 
(3) Infiltração. 
(4) Nódulo. 
( ) aumento da espessura e consistência da pele, 
com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, 
acompanhando-se, às vezes, de eritema discreto. 
Pela vitropressão, surge fundo de cor café com leite. 
 
( ) lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 
a 3 cm de tamanho. E processo patológico que 
localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. 
Pode ser lesão mais palpável que visível. 
( ) é lesão que se estende em superfície por vários 
centímetros. Pode ser individual ou constituir 
aglomerado de lesões. 
( ) resulta da ausência, diminuição ou aumento de 
melanina ou depósito de outros pigmentos ou 
substâncias na pele. 
 
 
a) 3,4,2,1. 
b) 1,2,3,4. 
c) 4,3,2,1. 
d) 1,2,4,3. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos fazer as devidas associações: 
3 - Infiltração - aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, limites 
imprecisos, acompanhando-se às vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, surge fundo de cor café com 
leite; 
Visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra B. 
 
 
 
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4 - Nódulo - lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo patológico 
que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. Pode ser lesão mais palpável que visível; 
2 - Placa - é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir 
aglomerado de lesões; 
1 - Mancha pigmentar ou discrômica - resulta da ausência, diminuição, ou aumento de melanina ou 
depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele. 
Amigo, esse tipo de questão é resolvido mais facilmente por eliminação. Vejam que a letra A é única em 
que o item 4 (nódulo) está na segunda coluna. 
 
 
 
8. (HU-UFPI/EBSERH/IADES/2013) As formas de manifestação clínica da hanseníase são quatro: 
indeterminada, tuberculóide, virchowiana e dimorfa. Assinale a alternativa que caracteriza corretamente a 
forma virchowiana da doença. 
a) Caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele (manchas hipocrônicas), únicas ou 
múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade. 
b) Caracteriza-se clinicamente pela disseminação de lesões de pele, que podem ser eritematosas, infiltrativas, 
de limites imprecisos, brilhantes e de distribuição simétrica. 
c) Caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com bordas bem delimitadas, eritematosas, ou por 
manchas hipocrômicas nítidas, bem definida. 
d) Clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide e as da forma indeterminada. Pode 
apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal 
delimitadas, com muitos bacilos. 
e) Caracteriza-se por lesões bem delimitadas, hipercoradas, geralmente localizadas nas extremidades. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos estudar no quadro abaixo as 4 formas de manifestação clínica da hanseníase, conforme o Guia 
de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, 7ª edição2: 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS CLÍNICAS DA HANSENÍASE 
Formas clínicas Características Baciloscópicas 
Classificação 
operacional vigente 
para a rede pública 
Indeterminada 
(HI) 
Mácula solitária, mal definida, com diminuição 
da sensibilidade. 
Negativa 
Paucibacilar (PB) 
Tuberculoide 
(HT) 
Lesão em placa bem delimitada, com pápulas 
nas bordas de coloração avermelhada ou 
acastanhada, com o centro plano e mais 
esbranquiçado e diminuição da sensibilidade. 
Negativa 
 
2
 Disponível em: http://goo.gl/A6OmuL. 
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A. 
 
 
 
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Dimorfa 
(HD) 
Extensas lesões em placas de cor avermelhada, 
limites imprecisos e alterações da sensibilidade. 
 
Positiva (bacilos e 
globias ou com 
raros bacilos) ou 
negativa. 
Multibacilar (MB) 
mais de 5 lesões 
 Virchowiana 
(HV) 
Infiltração difusa com grande número de lesões 
de superfície lisa, brilhantes e lesões tuberosas 
e nodulares de cor marrom avermelhada. Áreas 
extensas com alterações da sensibilidade. 
Positiva (bacilos 
abundantes e 
globias). 
 
Passemos agora para análise das alternativas: 
Item A. Forma indeterminada – caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele 
(manchas hipocrônicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade. Pode 
ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há 
comprometimento de troncos nervosos e, por isso, não ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam 
causar incapacidades. A baciloscopia de raspado intradérmico é quase sempre negativa. 
Item B. Forma virchoviana – caracteriza-se clinicamente pela disseminação de lesões de pele que podem 
ser eritematosas, infiltrativas, de limites imprecisos, brilhantes e de distribuição simétrica. Nos locais em que a 
infiltração for mais acentuada podem se formar pápulas, tubérculos, nódulos e placas chamadas 
genericamente de hansenomas. Pode haver infiltração difusa da face e de pavilhões auriculares com perda de 
cílios e supercílios. Esta forma constitui uma doença sistêmica com manifestações viscerais importantes, 
especialmente nos episódios reacionais, onde olhos, testículos e rins, entre outras estruturas, podem ser 
afetados. Existem alterações de sensibilidade das lesões de pele e acometimento dos troncos nervosos, porém, 
não tão precoces e marcantes como na forma tuberculóide. A baciloscopia de raspado intradérmico é positiva 
com grande número de bacilos. 
Item C. Forma tuberculóide – caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com bordas bem 
delimitadas, eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem definidas. Apresenta queda de pelos e 
alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. As lesões de pele apresentam-se em número reduzido, 
podendo, também ocorrer cura espontânea. O comprometimento de troncos nervosos ocorre, geralmente, de 
forma assimétrica, sendo, algumas vezes, a única manifestação clínica da doença. A baciloscopia de raspado 
intradérmico é negativa. 
Item D. Forma dimorfa - clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculóide e as da forma 
virchoviana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou nenhum bacilo,e lesões 
infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e 
externa difusa. O comprometimento neurológico troncular e os episódios reacionais são frequentes, podendo 
esses pacientes desenvolver incapacidades e deformidades físicas. A baciloscopia de raspado intradérmico 
pode ser positiva ou negativa. 
Item E. Não descreveu uma forma clínica da hanseníase. 
 
 
 
A partir do exposto, o gabarito é a letra B. 
 
 
 
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9. (FESMA/Fundação Sousândrade/2015) Em relação à hanseníase, pode-se afirmar que: 
 a) O tratamento da hanseníase PB deve ser concluído em 12 meses com prazo máximo de 18 meses, 
enquanto a MB, em 6 meses, estendendo-se até no máximo 9 meses. 
 b) A PQT (quimioterapia) está indicada aos contatos intradomiciliares de um indivíduo diagnosticado como 
novo caso, mesmo na ausência de sinais da doença. 
 c) Lesões hipocrômicas ou avermelhadas e dormência ou formigamento de mãos e pés são alguns dos 
sinais/sintomas da doença. 
 d) No exame físico, observa-se o adelgaçamento dos nervos ulnar e patelar com diminuição considerável da 
sensibilidade periférica. 
 e) O esquema de tratamento para um adulto com hanseníase PB paucibacilar é composto de rifampicina, 
dapsona e clofazimida. 
COMENTÁRIOS: 
Meu amigo(a), vamos analisar as alternativas da questão! 
a) INCORRETA. O tratamento da hanseníase PB deve ser concluído em 6 meses com prazo máximo de 9 
meses, enquanto a MB, em 12 meses, estendendo-se até no máximo 18 meses. 
b) INCORRETA. A PQT (quimioterapia) NÃO está indicada aos contatos intradomiciliares de um indivíduo 
diagnosticado como novo caso, mesmo na ausência de sinais da doença. Nos casos de contatos 
intradomiciliares, deve-se vacinar com a BCG, de acordo com o esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 c) CORRETA. Lesões hipocrômicas ou avermelhadas e dormência ou formigamento de mãos e pés são 
alguns dos sinais/sintomas da doença. 
 d) INCORRETA. No exame físico, observa-se o adelgaçamento, principalmente, dos nervos superiores 
ulnar, radial ou mediano, e dos nervos inferiores tibial e fibular com diminuição considerável da sensibilidade 
periférica. 
 e) INCORRETA. O esquema de tratamento para um adulto com hanseníase PB paucibacilar é composto 
de apenas rifampicina, dapsona e na Multibacilar adiciona-se a clofazimida ao esquema terapêutico. 
 
 
 
BCG contatos 
HAS 
< 1 ano 
Não vacinados 1 dose 
Vacinados Não faz 
Vacinados sem 
cicatriz 
1 dose 6 meses após 
> 1 ano 
Sem cicatriz 1 dose 
Vacinados 1 dose 6 meses após 
Vacinados com 2 
doses 
Não faz 
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra C. 
 
 
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10. (EBSERH Nacional/AOCP/2015) Visando ao tratamento com o esquema de Poliquimioterapia, a 
classificação operacional do caso de Hanseníase é baseada no número de lesões cutâneas sendo a forma 
Paucibacilar casos que apresentem: 
 a) até cinco lesões de pele. 
 b) mais de seis lesões de pele. 
 c) mais de cinco lesões de pele. 
 d) mais de sete lesões de pele. 
 e) até sete lesões de pele 
COMENTÁRIOS: 
Para ajudá-lo (a) a fixar as informações sobre o assunto, segue abaixo um esquema de classificação: 
 Baseada no número de lesões e orienta a poliquimioterapia (PQT). 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO! Vale ressaltar, que a mesma questão caiu em provas de locais diferentes (HU/UFS- 2014 e 
EBSERH Nacional-2015), mas da mesma banca, a AOCP, e em anos consecutivos. Daí a importância de estar 
sempre resolvendo questões dos temas estudados. 
 
 
 
11. (HU-UFTM/EBSERH/IADES/2014) Um portador de hanseníase recém-diagnosticada foi orientado a 
comparecer ao ambulatório para realizar consultas rotineiras. O objetivo dessas consultas é o de: 
 a) evitar sequelas relacionadas a terminações nervosas, lesão cartilaginosa e tegumentar. 
 b) orientar o paciente sobre os medicamentos Rifampicina e Vancomicina. 
 c) orientar o paciente quanto aos cuidados com os pés e evitar lesão pulmonar. 
 d) entregar medicamentos ao paciente e orientar sobre os cuidados para evitar calos. 
 e) realizar exames, principalmente do aparelho neurológico, para avaliar acometimento e prevenir sequelas 
incapacitantes. 
COMENTÁRIOS: 
Em relação ao seguimento dos portadores de hanseníase, os pacientes devem ser agendados de rotina a 
cada 28 dias para receberem, além das orientações e avaliações, a administração da dose supervisionada e 
nova cartela com os medicamentos, os quais não incluem a Vancomicina no tratamento da doença. 
No ato do comparecimento à unidade de saúde para receber a medicação específica preconizada e 
supervisionada, o paciente deve ser submetido à revisão sistemática por médico e ou enfermeiro responsáveis 
pelo monitoramento clínico e terapêutico, objetivando identificação de estados reacionais, efeitos colaterais 
ou adversos aos medicamentos em uso e surgimento de dano neural, por isso deve ser realizado exames, 
principalmente do aparelho neurológico, para avaliar acometimento e prevenir sequelas incapacitantes. 
• Casos com até 5 lesões 
Paucibacilar 
(PB) 
•Casos com mais de 5 lesões e/ou 
baciloscopia positiva 
Multibacilar 
(MB) 
O gabarito da questão é a letra A. 
 
 
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Os pacientes que não comparecerem à dose supervisionada por mais de 30 dias deverão ser visitados em 
seus domicílios para pesquisar e intervir nas possíveis causas de falta e orientá-los. 
 
 
 
12. (EBSERH/HU-UFJF/AOCP/2015) Sobre o modo de transmissão da hanseníase, é correto afirmar que: 
a) o homem e o cão são considerados as únicas fontes de infecção da hanseníase. 
b) a transmissão se dá por meio de uma pessoa doente (forma infectante da doença - MB) sem tratamento, 
que elimina o bacilo para o meio exterior infectando outras pessoas suscetíveis. 
c) estima-se que 90% da população não tenha defesa natural contra o M. leprae, e sabe-se que a 
susceptibilidade ao M. leprae não tem influência genética. 
d) a principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são 
as vias aéreas superiores (aerossóis), através de contato respiratório imediato. 
e) a hanseníase também pode ser transmitida via congênita e nas relações sexuais. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar cada alternativa! 
a) INCORRETA. O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase. 
b) CORRETA. A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente (forma infectante da doença - MB) 
sem tratamento, que elimina o bacilo para o meio exterior infectando outras pessoas suscetíveis. 
c) INCORRETA. Estima-se que 90% da população tenha defesa natural contra o M. leprae devido a 
doença possuir alta infectividade e baixa patogenicidade, com isso muitas pessoas podem estar infectadas 
com o bacilo, mas não desenvolvem a doença e sabe-se que a susceptibilidade ao M. leprae não tem 
influência genética. 
d) INCORRETA. A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada 
deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), por gotículas através de 
contato respiratório contínuo. 
e) INCORRETA. A hanseníase não pode ser transmitida via congênita e também não há evidências de 
transmissão nas relações sexuais. 
 
 
 
13. (EBSERH/HU-UFJF/AOCP/2015) Assinale a alternativa que NÃO condiz com as etapas da avaliação 
neurológica para diagnóstico da hanseníase. 
 a) Teste de sensibilidade. 
 b) Teste de força muscular. 
 c) Palpação dos nervos. 
 d) Inspeção. 
 e) ExamePPD. 
COMENTÁRIOS: 
O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da 
anamnese, exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de 
Portanto, o gabarito da questão é a letra E. 
 
 
 
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra B. 
 
 
 
 
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sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou 
autonômicas. 
 
 
 
 
 
A classificação operacional (Paucibacilar e Multibacilar) deve ser feita pelos critérios clínicos (história 
clínica e epidemiológica e exame dermatoneurológico). Quando disponível a baciloscopia, o seu resultado 
positivo classifica o caso como Multibacilar, porém o resultado negativo não exclui o diagnóstico clínico da 
hanseníase e também não classifica obrigatoriamente o doente como Paucibacilar. 
É imprescindível avaliar a integridade da função neural e o grau de incapacidade física no momento do 
diagnóstico, na ocorrência de estados reacionais e na alta por cura (término da poliquimioterapia). 
Para determinar o grau de incapacidade física, deve-se realizar o teste de força muscular e de 
sensibilidade dos olhos, mãos e pés por meio da palpação dos nervos e da inspeção. 
Para o teste de sensibilidade, recomenda-se a utilização do conjunto de monofilamentos de Semmes-
Weinstein (6 monofilamentos: 0,05 g, 0,2 g, 2g, 4 g, 10 g e 300 g) nos pontos de avaliação de sensibilidade em 
mãos e pés e do fio dental (sem sabor) para os olhos. Nas situações em que não estiver disponível o 
estesiômetro, deve-se fazer o teste de sensibilidade de mãos e pés ao leve toque da ponta da caneta 
esferográfica. 
Para avaliação da força motora, preconiza-se o teste manual da exploração da força muscular, a partir 
da unidade músculo-tendinosa durante o movimento e da capacidade de oposição à força da gravidade e à 
resistência manual, em cada grupo muscular referente a um nervo específico. Os critérios de graduação da 
força muscular podem ser expressos como forte, diminuída e paralisada, ou de zero a cinco, conforme o quadro 
a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Manual de Hanseníase, 2016. http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hans/pdf/HANS16_Manual_Tecnico_Operacional.pdf 
O PPD não se enquadra como exame diagnóstico para a Hanseníase, mas complementar para a 
Tuberculose. 
 
 
• Análise da história e condições de vida; 
• Exame dermatoneurológico. 
Clínico-epidemiológico 
•Baciloscopia: esfregaço intradérmico; 
•Histológico 
Laboratorial 
Com isso o gabarito da questão é a letra E. 
 
 
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14. (EBSERH/HU-UFPR/IBFC/2015) Em geral a hanseníase manifesta-se por meio de lesões de pele com 
diminuição ou ausência de sensibilidade ou lesões dormentes, em decorrência do acometimento dos ramos 
periféricos cutâneos. As lesões mais comuns são: _____________________ (alteração na cor da pele, sem 
relevo), _______ (lesão sólida, com elevação superficial e circunscrita), _______ (alteração na espessura da 
pele, de forma difusa), _____________ (lesão sólida, elevada - caroços externos) e __________ (lesão sólida, 
mais palpável que visível caroços internos). Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as 
lacunas. 
 a) Hipercromia; Pápulas; Goma; Vegetação; Tumor. 
 b) Manchas escuras; Eritema; Vesículas; Nódulos; Tubérculos. 
 c) Eritema; Ceratose; Ulcera; Bolhas; Nódulos. 
 d) Acromia; Infiltrações; Púrpura; Placa; MiIIium. 
 e) Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas; Pápulas; Infiltrações; Tubérculos; Nódulos. 
COMENTÁRIOS: 
As principais características das lesões de pele da Hanseníase são: 
 Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ou avermelhadas, sem relevo com alterações 
de sensibilidade (a pessoa sente formigamentos, choques e câimbras que evoluem para dormência – 
se queima ou machuca sem perceber); 
 Pápulas: lesão sólida, com elevação superficial e circunscrita; 
 Infiltrações: alteração na espessura da pele, de forma difusa; 
 Tubérculos: lesão sólida, elevada - caroços externos; 
 Nódulos: lesão sólida, mais palpável que visível caroços internos, normalmente sem sintomas; 
 
 
 
15. (HU-FURG/EBSERH/IBFC/2016) Sobre a Hanseníase, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa 
correta. 
I. Doença crônica, infectocontagiosa, causada por um bacilo considerado de baixa infectividade e alta 
patogenicidade. 
II. O homem é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido identificados animais 
naturalmente infectados - tatu, macaco mangabei e chimpanzé. 
III. Os doentes com poucos bacilos - paucibacilares (PB) não são considerados importantes como fonte de 
transmissão da doença devido à baixa carga baciIar. As pessoas com as formas multibacilares (MB), no 
entanto, constituem o grupo contagiante, mantendo-se como fonte de infecção enquanto o tratamento 
específico não for iniciado. 
IV. O modo de transmissão ocorre principalmente pelas vias respiratórias superiores das pessoas com as 
formas clínicas MB (virchowiana e dimorfa) não tratadas; o trato respiratório constitui a mais provável via de 
entrada do Mycobacterium leprae, no corpo. 
Estão corretas as afirmativas: 
a) III e IV, apenas. d) I, II e III, apenas. 
b) I, II, III e IV. e) II, III e IV, apenas. 
c) Ie IV, apenas. 
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra E. 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
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COMENTÁRIOS: 
Vamos analisar cada item! 
Item I - INCORRETO. Doença crônica, infectocontagiosa, causada por um bacilo considerado de alta 
infectividade (alto poder de infecção) e baixa patogenicidade (baixo poder de adoecimento). 
Item II - CORRETO. O homem é reconhecido como a única fonte de infecção, embora tenham sido 
identificados animais naturalmente infectados - tatu, macaco mangabei e chimpanzé. 
Item III - CORRETO. Os doentes com poucos bacilos - paucibacilares (PB) não são considerados 
importantes como fonte de transmissão da doença devido à baixa carga baciIar. As pessoas com as formas 
multibacilares (MB), no entanto, constituem o grupo contagiante, mantendo-se como fonte de infecção 
enquanto o tratamento específico não for iniciado. 
Item IV - CORRETO. O modo de transmissão ocorre principalmente pelas vias respiratórias superiores das 
pessoas com as formas clínicas MB (virchowiana e dimorfa) não tratadas; o trato respiratório constitui a mais 
provável via de entrada do Mycobacterium leprae, no corpo. 
Segue um esquema, abaixo, para fixar mais algumas informações supracitadas. 
 ETIOPATOGENIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chegamos ao final de mais uma aula. Espero que tenha gostado! 
Mantenha o foco e a disciplina! 
Bons Estudos! 
 
Profº. Rômulo Passos, Profª. Raiane Bezerra e Profª. Sthephanie Abreu 
 
Mycobacterium leprae 
Bacilo álcool-ácido-resistente 
Parasita intracelular obrigatório 
Infecta nervos periféricos: células de Schwann 
 Ser humano Reservatório 
 Pessoa a pessoa: bacilos eliminados pelas vias aéreas Modo de transmissão 
Média de 2 a 7 anos Período de incubação 
O gabarito da questão é a letra E, pois apenas o item I apresenta-se errado. 
 
“Procure fazer um planejamento de estudo flexível, cumpra as metas, 
reavalie e sempre considere o seu tempo disponível.” 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
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GABARITO 
 
1. D 
2. A 
3. B 
4. A 
5. A 
6. B 
7. A 
8. B 
9. C 
10. A 
11. E 
12. B 
13. E 
14. E 
15. EGlaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
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REFERÊNCIAS 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. 
Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico-
operacional. Brasília-DF, 2016. Disponível em: 
 http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hans/pdf/HANS16_Manual_Tecnico_Operacional.pdf 
 
 
Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22

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