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VESTCON - Lei 8112-90

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Lei 8.112/90 
 
1. NOÇÕES INICIAIS 
A Lei 8.112 instituiu, a princípio, o Regime Jurídico Único dos servidores 
públicos da União, abrangendo servidores públicos civis da União, das Autarquias 
(inclusive as de regime especial) e fundações públicas. Contudo, a partir da 
promulgação da Emenda constitucional 19 de 1998 – EC 19/98, não faz mais 
sentido falar em Regime Jurídico ÚNICO, pois com tal emenda há possibilidade de 
convivência de outros regimes, por exemplo, o contratual, com o Regime instituído 
com a Lei 8.112/90, no âmbito de uma mesma entidade, tal como uma autarquia. 
De toda forma, o que se pode afirmar é que houve o rompimento do Regime 
Jurídico Único, e não a revogação da Lei 8.112/90. 
A Lei 8.112/90 institui o chamado Regime Legal, que abrange os servidores 
públicos em âmbito federal. É federal, e não contratual, por se tratar de uma Lei. 
Seu campo de abrangência diz respeito à UNIÃO, e não aos estados/municípios, os 
quais detém competência para editar suas próprias leis referentes aos servidores de 
sua esfera. 
Regime Jurídico Único 
Cabe, aqui, explicitar o sentido da expressão “Regime Jurídico” constante do 
art. 1o da Lei 8.112/90. Regime jurídico é um conjunto de regras que regulam 
determinado instituto. No caso, a Lei 8.112/90 trata da vida funcional do servidor 
público, de seu ingresso originário até sua saída (vacância), com ou sem extinção 
do vínculo, conforme veremos mais a frente. 
Necessário ressaltar, também, que a Lei 8.112/90, mesmo em âmbito 
federal, abrange não a totalidade dos agentes públicos, mas somente os servidores 
públicos, no conceito dado pela Lei. A Lei 8.112/90 não abrange, por exemplo, os 
agentes políticos (Presidente da República, Deputados, Magistrados, etc), tampouco 
os particulares em colaboração em o poder público (Leiloeiros, tradutores, etc.), ou 
mesmo empregados públicos, contratados sob o regime contratual, os ditos 
celetistas, assim chamados por terem contrato suportado pela consolidação das leis 
do trabalho). 
Desse modo, conclui-se que são servidores públicos, em sentido estrito, 
apenas aqueles que possuem vínculo com o serviço público com base na Lei 
8.112/90. De acordo com essa Lei, servidor público é a pessoa legalmente investida 
em cargo público. Feitas essas considerações iniciais, passemos à análise do 
conteúdo da Lei 8.112/90, aqui chamada de RJU, em razão de a norma ainda ser 
assim conhecida. 
 
 1
 
 
Dispõe sobre o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da 
União, das Autarquias e dasFundações Públicas Federais 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
TÍTULO I 
CAPÍTULO ÚNICO 
Das Disposições Preliminares 
 
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da 
União, das Autarquias, inclusive as em regime especial, e das Fundações Públicas 
Federais. 
 
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em 
cargo público. 
 
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros e aos 
estrangeiros na forma da lei, são criados por lei, com denominação própria e 
vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em 
comissão. 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
............... 
VI - dispor, mediante decreto, sobre: 
 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 12/9/2001.) 
 
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em 
lei. 
 
 
 
 2
 
 
2. CONCEITOS BÁSICOS: CARGO PÚBLICO, PROVIMENTO, POSSE E 
EXERCÍCIO. 
2.1 Cargos Públicos. 
Cargo público, de acordo com a capitulação da Lei 8.112/90, é o conjunto de 
atribuições e responsabilidade previstas na estrutura organizacional que devem ser 
cometidas a um servidor. 
Pode-se afirmar que cargo público nada mais é que um lugar a ser 
preenchido por um titular, na forma estabelecida na Lei. 
Não se deve confundir cargo com função pública, que é uma atribuição, ou 
um conjunto delas, dada a um determinado agente público, ou mesmo para uma 
determinada categoria profissional. Desse modo, podem existir funções sem cargo, 
pois nem sempre haverá necessidade de que algumas atribuições do poder públido 
sejam exercidas por meio dos ocupantes dos cargos públicos. De outro lado, não 
haverá cargo sem função, pois senão esse cargo não seria útil ao interesse público, 
devendo, portanto, ser extinto. 
Os cargos públicos estão organizados em classes e estas em carreiras. A 
soma de carreiras de um poder, ou mesmo de um órgão/entidade, resulta no 
quadro desse poder ou órgão/entidade. 
Conceito de Cargo Público 
Classe, de acordo com Hely Lopes Meirelles1, constitui o agrupamento de 
cargos da mesma profissão, com idênticas atribuições, responsabilidades e 
vencimentos. As classes constituem os degraus de acesso na carreira. 
Carreira, também com base no magistério de HLM, é o agrupamento de 
classes da mesma profissão ou atividade. 
O quadro do órgão/entidade/poder, conforme já dito, é constituído pelo 
somatório das carreiras. Mas não só dessas carreiras. Para se compor um quadro 
de um órgão/poder/entidade, deve-se levar em conta, também, cargos isolados e 
funções gratificadas. 
Os cargos públicos devem ser criados por lei específica, com vencimento e 
denominação próprios, para provimento efetivo ou em comissão2, de acordo com a 
Lei 8.112/90. Há, ainda, cargos de provimento vitalício, os quais, contudo, possuem 
previsão constitucional, não devendo ser abordados no presente texto. 
 
1 MEIRELLES, Hely Lopes. “Direito Administrativo Brasileiro” – Editora Malheiros, 22ª Edição. 
2 Cargo de provimento efetivo: destina-se a ser preenchido em caráter definitivo. Já o cargo em comissão 
é o de livre nomeação/exoneração, ou seja, fica a critério da autoridade ponderar quanto à conveniência 
de manter seu titular no cargo. Não há necessidade de motivar a exoneração do titular. Diz-se que tal tipo 
de cargo é de exoneração ad nutum. 
 3
 
 
2.2 Provimento 
Provimento é o ato administrativo de designação de uma pessoa para o 
preenchimento de cargo público. Na doutrina tradicional, basicamente duas são as 
distinções realizadas com relação a forma de provimento dos cargos públicos. Na 
primeira, dividem-se os provimentos em relação à durabilidade do vínculo, por 
assim dizer, classificando-os em de caráter efetivo, vitalício ou em comissão. A 
outra distinção, refere-se à existência de vínculo anterior com a administração. 
Com base nesta última, o provimento pode ser classificado como originário (ou 
inicial – ocorre pela nomeação), ou derivado. Passemos a verificar as principais 
características de cada um destes tipos. 
 
CAPÍTULO I 
Do Provimento 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de 18 (dezoito) anos; 
VI - aptidão física e mental. 
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos 
estabelecidos em lei. 
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em 
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis 
com a deficiênciade que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 
20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais 
poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de 
acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade 
competente de cada Poder. 
Art. 7º A investidura do cargo público ocorrerá com a posse. 
Art. 8º São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III e IV (Revogados); 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
 4
karina maria
Realce
 
 
Características do Cargo Público 
2.2.1) Quanto à Durabilidade do Vínculo. 
a) Provimento efetivo: é o que depende de prévia aprovação em concurso 
público. Em tal tipo de provimento, fica garantido ao ocupante do cargo o direito à 
estabilidade após 3 anos, a qual só pode ser perdida em decorrência das hipóteses 
previstas na Constituição Federal. A Lei 8.112/90 reproduz, em seu artigo 22, duas 
dessas hipóteses3. 
b) Provimento em comissão: em tal tipo não haverá, necessariamente, 
concurso público público prévio. Não oferecem garantia de permanência do titular 
no cargo. Não há necessidade de motivação para a exoneração e podem ser 
ocupados por servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, ou mesmo por não 
servidores. 
c) Provimento vitalício: suas hipóteses são previstas constitucionalmente. Não 
são tratados por meio da Lei 8.112/90, razão pela qual não serão feitos maiores 
comentários no presente texto. 
Características do Cargo Público II 
2.2.2) Quanto à Existência de Vínculo Anterior 
a) Provimento Originário: não há qualquer tipo de vínculo entre o servidor e a 
administração. A única forma de provimento originário é a nomeação, sendo que, 
para os cargos de provimento efetivo, depende de prévia habilitação em concurso 
público. 
b) Provimento Derivado: já existe um vínculo, uma relação, entre o servidor e 
a Administração. 
Características do Cargo Público III 
2.2.3) Requisitos para o Provimento 
Para o provimento dos cargos públicos há requisitos estabelecidos na Lei 
8.112/90 que necessitam de ser preenchidos. Tais requisitos constam do art. 5º da 
Norma e são: nacionalidade brasileira4; idade mínima de 18 anos; nível de 
escolaridade compatível com as atribuições do cargo; quitação com as obrigações 
militares e eleitorais; gozo dos direitos políticos e aptidão física e mental. 
Outros requisitos estabelecidos em lei poderão ser exigidos, em face de 
atribuições específicas do cargo. Cite-se, a título de exmplo, a possibilidade de 
distinção de sexo com relação a datilógrafos que devam exercer suas atribuições 
em um presídio masculino. 
 
3 Art. 22: O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou 
de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa. 
4 Hoje, pode-se afirmar que tal ponto da norma é inócuo, pois a Constituição Federal abre a possibilidade 
de contratação de estrangeiros no serviço público. 
 5
 
 
Características do Cargo Público IV 
2.2.4) Formas de Provimento. 
A Lei 8.112/90, por meio do art. 8º, prevê as seguintes formas de 
provimento: nomeação, readaptação, aproveitamento, promoção, recondução, 
reintegração, reversão. Vejamos a cada uma delas. 
a) Nomeação: conforme já dito, é a única forma de provimento originário de 
cargo público. Para os cargos de provimento efetivo, deve ser precedida por 
concurso público (a ser visto mais a frente). 
b) Readaptação: trata-se da possibilidade de o servidor que tenha sofrido 
limitação, física ou mental, em suas habilidades. Por meio da readapatção, o 
servidor será recolocado em um cargo compatível com tal limitação. Para que 
ocorra, o novo cargo terá que ser compatível com o anterior, é dizer, com 
atribuições afins, nível de escolaridade compatível, etc. Desse modo, não pode um 
auditor do INSS – cargo de atribuição de nível superior, por exemplo, ser 
readaptado na condição de motorista – cargo de atribuição de nível médio. Na 
hipótese de inexistência de cargo vago, o readaptando exercerá suas atribuições na 
condição de excedente 
Seção II 
Da Nomeação 
 
Art. 9º A nomeação far-se-á: 
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou 
de carreira; 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança 
vagos. 
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19/98 
Art. 37. 
.................................................................................................................... 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração; 
........ 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes 
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de 
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se 
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza 
especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de 
confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que 
deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. 
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo 
depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de validade. 
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do 
servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as 
diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus 
regulamentos. 
 6
 
 
Características do Cargo Público V 
2.2.4) Formas de Provimento II. 
c) Promoção: é o movimento ascendente no âmbito de uma mesma carreira, 
com adição de vencimentos e de responsabilidades. Não existe com relação a 
cargos isolados.Pode ser por merecimento ou antiguidade. 
d) Aproveitamento: diz respeito ao retorno ao serviço público de servidor que 
estava em disponibilidade5. Deve ser em cargo com atribuições compatíveis com o 
cargo anteriormente ocupado. 
Características do Cargo Público VI 
2.2.4) Formas de Provimento III. 
e) Reintegração: ocorre no caso de desfazimento de decisão que levou à 
demissão de servidor estável. A invalidação da decisão pode ser administrativa ou 
judicial. Se o cargo do reintegrado estiver ocupado, o ocupante, se estável, deverá 
ser reconduzido ao seu cargo de origem, aproveitado em outro cargo, ou mesmo 
posto em disponibilidade. Se não estável, deverá ser exonerado. 
f) Recondução: ocorre em duas hipóteses – na reintegração do ocupante do 
cargo e na inabilitação de estágio probatório. A 1ª, já foi abordada acima. No caso 
da inabilitação em estágio probatório, o inabilitado deverá ter ocupado cargo 
anterior, no qual já era estável. Desse modo, ao ser inabilitado no novo cargo, 
deverá retornar ao anteriormente ocupado. 
Características do Cargo Público VII 
2.2.4) Formas de Provimento IV. 
g) Reversão: é o retorno do servidor aposentado à atividade. Pode ocorrer em 
decorrência de duas situações. Na 1ª, a causa que levou à aposentadoria não existe 
mais. Submetido o servidor à junta médica oficial, esta declarou que inexiste o fato 
motivador da aposentadoria.Na 2ª situação, ocorre no interesse da administração, 
desde que cumpridas as seguintes condições: tem que haver o pedido do servidor, 
o qual deveria ser estável na atividade; a aposentadoria deve ter ocorrido nos 5 
anos anteriores à solicitação e deve ter ocorrido a pedido; e tem que haver cargo 
vago. A reversão deve ocorrer no mesmo cargo, ou no resultante da transformação. 
Cabe ressaltar que o servidor ao voltar para a atividade receberá a remuneração do 
cargo em substituição aos proventos da aposentadoria. 
 
5 Disponibilidade não é nada mais que não trabalhar, estando à disposição do Estado, com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
 7
 
 
2.3 POSSE 
Após a sua designação para o cargo (provimento), caberá ao concursando 
expressar sua vontade de assumir, ou não, o cargo. Em havendo interesse, o 
concursando deverá assinar o termo de posse, a partir da convocação da 
Administração. O prazo legal para tanto é de 30 dias, contados a partir da 
publicação do ato de provimento. 
No termo de posse deverão estar contidos os deveres, obrigações, direitos e 
responsabilidades inerentes ao cargo a ser ocupado. 
Cabe destacar que só há posse no provimento originário (nomeação), posto 
que no provimento derivado já existe o vínculo anterior do ocupante do cargo com 
a Administração, sendo que a manifestação de vontade já ocorrera também 
anteriormente. 
No ato da posse, o servidor deverá: 
- Apresentar sua declaração de bens e rendimentos; 
- Submeter-se à prévia inspeção médica; 
É de se ressaltar que o servidor não terá direito à retribuição pecuniária a 
partir da posse, mas somente a partir do exercício, que será visto abaixo. 
- Se após o ato de provimento, o servidor não tomar posse, referido ato será 
tido como “Sem Efeito”. 
 
Seção IV 
Da Posse e do Exercício 
 
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão 
constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos ao cargo 
ocupado, 
que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, 
ressalvados os 
atos de ofício previstos em lei. 
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de 
provimento. 
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de 
provimento, 
em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos 
incisos I, IV, VI, VIII, alíneas a, b, d, e e f, IX e X do art. 102, o prazo será contado 
do 
término do impedimento. 
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: 
I - por motivo de doença em pessoa da família; 
......... 
III - para o serviço militar; 
......... 
V - para capacitação; 
 8
 
 
 
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados 
como de 
efetivo exercício os afastamentos em virtude de: 
I - férias; 
......... 
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme 
dispuser 
o regulamento, desde que tenha havido contribuição para qualquer regime da 
Previdência. 
......... 
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
......... 
VIII - licença: 
a) à gestante, à adotante e à paternidade; 
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 (vinte e quatro) meses, 
cumulativo 
ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento 
efetivo; 
......... 
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; 
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; 
f) por convocação para o serviço militar; 
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; 
X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar 
representação 
desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica; 
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. 
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que 
constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, 
emprego ou função pública. 
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo 
previsto no § 1º deste artigo. 
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. 
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e 
mentalmente para o exercício do cargo. 
 
2.4 EXERCÍCIO 
A partir da posse, o agora servidor terá 15 dias, improrrogáveis, para entrar 
em exercício, ou seja, no desempenho efetivo das atribuições do cargo. No caso de 
designação para função de confiança, a posse deverá ser imediata, com as 
exceções previstas em lei. 
Após a entrada em efetivo exercício, o servidor, como todo trabalhador, 
deverá cumprir uma jornada de trabalho, a qual terá duração semanal máxima de 
40 horas, com limites diários mínimo e máximo de 6 e 8 horas, respectivamente6. 
Tal jornada deverá ser estabelecida em função das atribuições atinentes ao 
respectivo cargo. O ocupante de cargo em comissão tem o encargo de se submeter 
a regime integral de dedicação ao serviço. 
 
6 A Lei 8.112/90 prevê a hipótese de serviço extraordinário, o qual, contudo, não faz parte da jornada de 
trabalho dita normal. 
 9
 
 
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou 
dafunção de confiança. 
§ 1º É de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor empossado em cargo público 
entrar em exercício, contados da data da posse. 
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua 
designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos 
previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. 
§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou 
designado o servidor compete dar-lhe exercício. 
§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de 
publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou 
afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia 
útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a 30 (trinta) dias da 
publicação. 
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão 
registrados no assentamento individual do servidor. 
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao órgão 
competente os elementos necessários ao seu assentamento individual. 
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo 
posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o 
servidor. 
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido 
removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, 
no mínimo, 10 (dez) e, no máximo, 30 (trinta) dias de prazo, contados da 
publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do 
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova 
sede. 
 
3. A REGRA DO CONCURSO PÚBLICO 
Em regra, a investidura (posse) de cargo público deve ser antecedida de 
concurso público de provas, ou de provas e títulos, cujo prazo de validade é de ATÉ 
dois anos, prorrogável por igual período, de acordo com o interesse da 
administração Em tal certame, deve ser assegurada igualdade de condições todos 
que participem. Ressalte-se que não há necessidade de realização de concurso para 
provimento dos cargos em comissão. 
É de se observar que a aprovação em concurso não gera direito à nomeação, 
mas apenas uma expectativa desse direito. Todavia, caso a Administração resolva 
nomear os aprovados, deverá observar a ordem de classificação do certame 
promovido. 
 
 104. ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE I 
Estágio probatório é o período a que deve ser submetido todo servidor 
nomeado para cargo de provimento efetivo. Nesse ínterim, a capacidade e a 
aptidão do servidor para desempenho do cargo serão constantemente avaliados. 
São cinco os fatores a serem avaliados durante o período de estágio probatório: 
Assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, responsabilidade e produtividade. 
Grande confusão tem sido feita quanto à duração do estágio probatório: se 
de 36 meses (em decorrência da EC 19/98), ou se de 24 meses, conforme consta 
do texto da Lei 8.112/90. Como não houve revogação da referida Lei, para efeito de 
concurso, o período de estágio deve ser entendido como de 24 meses, sem maiores 
discussões. Contudo, como ainda não há posição pacificada quanto ao tema, 
dificilmente o mesmo será exigido em um concurso público. 
Quatro meses antes de findo, o período de estágio probatório será 
submetido à apreciação da autoridade competente para a avaliação do servidor. Em 
caso de aprovação, o servidor segue no exercício do cargo. No caso de não 
aprovação, dois são os caminhos estabelecidos na Lei 8.112/90: 
- Se detinha cargo anterior, no qual era anteriormente estável, o servidor será 
reconduzido; e, 
- Se não se enquadrar na hipótese acima descrita, será o servidor exonerado. 
ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE II 
Com relação à ocupação de cargo em comissão por servidor em estágio 
probatório, não se vislumbra nenhum impedimento para tanto. De fato, em seu 
órgão/entidade de origem, o servidor poderá ocupar quaisquer cargos em 
comissão. Já para o exercício em outros órgãos/entidades, o nível da função será 
no mínimo de DAS 47 ou equivalente. 
Podem também ser concedidas licenças e afastamentos a servidor em 
estágio probatório (maiores detalhes, vide §§ 4º e 5º, art. 20 da Lei 8.112/90). 
Ressalte-se que o estágio probatório difere da estabilidade. Quanto a esta, 
não há maiores dúvidas: o período para a aquisição passou a ser de 3 anos a partir 
da EC 19/98. A perda da estabilidade, e, consequentemente, do cargo, decorre de 
hipóteses previstas na CF, as quais não invalidam as hipóteses previstas na Lei 
8.112/90, que são: em virtude sentença judicial transitada em julgado e por 
processo administrativo em que seja assegurada a ampla defesa.; 
Por fim, cabe destacar que o estágio probatório é o período que se destina à 
avaliação da capacidade do servidor desempenhar atividades próprias do cargo. 
Assim, a cada novo cargo o servidor tem de se submeter a novo estágio probatório. 
Já a estabilidade adquiri-se no serviço público e não no cargo. 
 
 
7 Tratou-se por DAS o cargo de Direção e Assessoramento Superior. Popularmente, são chamados de 
DAS. 
 11
 
 
5. VACÂNCIA 
É a situação em que o cargo público está vago, sem ocupante, tornando-o 
passível de ser provido por alguém. As formas de vacância previstas na 8.112/90 
são (art. 33): exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse 
em outro cargo inacumulável e falecimento. IMPORTANTE: A ascensão e a 
transferência foram expressamente revogadas pela Lei 9.527/97. 
Inicialmente, cabe fazer diferença entre exoneração e demissão. Esta última 
é uma penalidade, prevista na Lei 8.112/90, bem como no código penal. Os casos 
de exoneração (arts. 34 e 35) não decorrem de punição.. 
Promoção é, a um só momento, vacância, em cargo inferior, e provimento, 
em cargo superior, no âmbito de uma carreira. Pode ser por antiguidade ou por 
merecimento. 
É importante observar que além da promoção, há outras formas de 
vacância/provimento concomitante: a readaptação, já vista no item referente a 
provimento; a posse em outro cargo inacumulável, quando o servidor deverá pedir 
vacância do primeiro, ao passo que toma possa no segundo cargo, sem interromper 
o vínculo com a administração pública; e a recondução, em decorrência de 
inabilitação em estágio probatório. Nessa última hipótese, o servidor, caso estável, 
deverá ser reconduzido ao cargo anterioremte ocupado, provendo-o de forma 
derivada. 
 
CAPÍTULO II 
Da Vacância 
 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
IV e V (Revogados.) 
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício. 
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: 
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; 
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo 
estabelecido. 
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança, 
dar-se-á: 
I - a juízo da autoridade competente; 
II - a pedido do próprio servidor. 
 
 12
 
 
6. FORMAS DE DESLOCAMENTO I 
Duas são as formas de deslocamento previstas na Lei 8.112/90: remoção e 
redistribuição. Lembre-se, mais uma vez, que não há mais transferência e esta não 
é sinônimo de remoção, como é popularmente utilizado o termo. 
Remoção é deslocamento do servidor, com ou sem mudança de sede, 
para desempenhar suas atribuições em outra unidade do mesmo quadro. 
Redistribuição é o deslocamento do cargo efetivo, ocupado ou não, no âmbito 
do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou atividade. Ambos não são 
hipóteses de provimento ou vacância. 
A remoção pode ocorrer de ofício (no interesse da administração) ou a 
pedido do servidor. 
Na remoção de ofício, caso seja necessária a mudança de sede do servidor, 
este fará jus à ajuda de custo (a ser visto no item de indenizações), para 
compensar despesas havidas. Garante-se, ainda, o direito do servidor e de seu 
cônjuge, filhos, enteados ou menor sob sua guarda, de se matricular em 
instituições de ensino congênere, em qualquer época, independente de vaga ou de 
época. 
 
CAPÍTULO III 
Da Remoção e da Redistribuição 
 
Seção I 
Da Remoção 
 
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito 
do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. 
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de 
remoção: 
I - de ofício, no interesse da Administração; 
II - a pedido, a critério da Administração; 
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da 
Administração: 
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, servidor público ou militar, de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
que foi deslocado no interesse da Administração; 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva 
às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à 
comprovação por junta médica oficial; 
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de 
interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas 
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. 
 
 13
 
 
Seção II 
Da Redistribuição 
 
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado 
ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do 
mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os 
seguintes preceitos: 
I - interesse da administração; 
II - equivalência de vencimentos; 
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; 
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; 
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; 
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do 
órgão ou entidade. 
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força de 
trabalho às necessidades dosserviços, inclusive nos casos de reorganização, 
extinção ou criação de órgão ou entidade. 
§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante ato conjunto entre 
o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal 
envolvidos. 
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo 
ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não 
for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na 
forma dos arts. 30 e 31. 
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante 
aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis 
com o anteriormente ocupado. 
Art. 31. O Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato 
aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos 
órgãos ou entidades da Administração Pública federal. 
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser 
mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, 
em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento. 
 
6.1 FORMAS DE DESLOCAMENTO II 
A remoção a pedido pode a ser a critério da administração ou independente 
do interesse dessa. Naquela, o servidor faz o pedido e a Administração avalia a 
conveniência. Já remoção a pedido, independente do interesse da administração, 
ocorre nas seguintes hipóteses: 
- Para acompanhamento do cônjuge, que também deve ser servidor, ou 
militar, de qualquer dos poderes da União, dos Estados, dos Municípios, que 
foi deslocado no interesse da administração; 
- Por motivo de doença do servidor, cônjuge, ou dependente que viva as suas 
expensas, sendo que o fato deverá constar do assentamento funcional do 
servidor; 
- Em virtude de concurso de remoção, desde que haja vaga na unidade de 
destino. 
 14
 
 
Em todas as hipóteses, sempre que a remoção/redistribuição implicar no 
exercício de atribuições do servidor em outro município, será concedido um prazo 
àquele de 10 a 30 dias contados da publicação do ato para a retomada do efetivo 
desempenho de suas atividades, estando incluso nesse prazo o tempo de 
deslocamento para a nova sede. Estando o servidor afastado, ou de licença, o prazo 
aqui referenciado deverá ser contado a partir do término do impedimento. 
Com relação a redistribuição, é de destacar que esta pode ocorrer com 
relação a servidores estáveis ou não. 
7. SUBSTITUIÇÃO 
A hierarquia é um dos princípios organizacionais da Administração. Desse 
modo, é necessário que os cargos de chefia e direção estejam preenchidos, sempre 
com alguém responsável pela repartição/seção. 
Sendo assim, os titulares de tais cargos deverão ter substitutos designados 
de acordo com o regimento interno, ou, no caso de omissão, previamente 
designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. 
Quando os substitutos assumirem o cargo do titular acumularão as 
atribuições deste com as de seu cargo, fazendo jus à remuneração apenas quanto 
ao período que exceder a 30 dias consecutivos. Serão pagos somente os dias que 
ultrapassarem tal período. 
 
Da Substituição 
 
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os 
ocupantes de cargo de natureza especial terão substitutos indicados no regimento 
interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do 
órgão ou entidade. 
§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo 
que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de natureza 
especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na 
vacância no cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles 
durante o respectivo período. 
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção 
ou chefia ou de cargo de natureza especial, nos casos dos afastamentos ou 
impedimentos legais do titular, superiores a 30 (trinta) dias consecutivos, paga na 
proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período. 
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades 
administrativas organizadas em nível de assessoria. 
 
 15
 
 
8. DIREITOS E VANTAGENS 
8.1 Vencimento e Remuneração I 
A princípio, é necessário destacar que, em regra, é vedada a prestação de 
serviços gratuitos à Administração (art. 4º, Lei 8.112/90). As exceções devem estar 
previstas em lei. Assim, a percepção de uma retribuição pecuniária por parte dos 
servidores nada mais é que a contraprestação dos serviços ofertados. 
A Lei 8.112/90 define vencimento e remuneração em seus arts. 40 e 41, 
respectivamente, sendo vencimento a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo 
público, com valor fixado em lei. Já remuneração é o vencimento mais as 
vantagens pecuniárias de caráter permanente estabelecidas em lei. 
Há hipótese de servidores que recebem subsídios, e não 
vencimento/remuneração. Contudo, estas últimas figuras não estão tratadas na Lei 
8.112/90, razão pela qual também não serão abordadas aqui. 
Pode-se afirmar, então, que o vencimento constitui a parcela básica a ser 
recebida pelo servidor. Seu valor não pode ser inferior ao salário mínimo, sendo 
garantida sua irredutibilidade. 
A irredutibilidade não abarca a remuneração, visto que algumas gratificações 
e outras vantagens pecuniárias podem variar mês a mês. A irredutibilidade também 
não livra o servidor de ter os valores que recebe reduzidos em decorrência da 
incidência de tributos, os quais, no caso de aumento, podem reduzir o valor líquido 
recebido. 
Assim como faz jus à remuneração, nada mais justo que o servidor perca os 
valores nos períodos que não trabalhar, sem apresentar justificativas para tanto. 
Desse modo, o servidor perderá a parcela da remuneração correspondente: ao dia 
que faltar ao serviço, sem justificativa, bem como da parcela diária proporcional ao 
atraso/ausência/saída. Poderá, neste 2º caso, haver a compensação de horário até 
o mês subsequente, desde que autorizado pela chefia. Ocorre, ainda, a perda da 
remuneração correspondente à suspensão convertida em multa (a ser visto quando 
da abordagem das penalidades). 
 
 16
 
 
TÍTULO III 
Dos Direitos e Vantagens 
 
CAPÍTULO I 
Do Vencimento e da Remuneração 
 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com 
valor fixado em lei.* 
Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância 
inferior ao salário mínimo. 
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens 
pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.* 
§ 1º A remuneração do servidor investido em função ou cargo em comissão será 
paga na forma prevista no art. 62. 
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, 
chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de natureza 
especial é devida retribuição pelo seu exercício. 
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão 
de que trata o inciso II do art. 9º. 
§ 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da 
de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1º do 
art. 93. 
Art. 93. 
.................................................................................................................... 
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; 
§ 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou 
entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos. 
* A Emenda Constitucional nº 19 criou a expressão subsídio, retribuição pecuniária 
dos agentespolíticos. 
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter 
permanente, é irredutível. 
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração 
ou subsídio, importância superior à soma dos valores percebidos como subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
Parágrafo único. Excluem-se do teto as seguintes vantagens: décimo terceiro 
salário, adicional de férias, hora-extra, salário-família, diárias, ajuda de custo e 
transporte. 
Art. 37. 
.................................................................................................................... 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos 
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, 
pensões ou outra espécie remuneratória, percebido cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão 
exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no 
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o 
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o 
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite 
aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2/4/98.) 
 17
 
 
Art. 44. O servidor perderá: 
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; 
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências 
justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, 
salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subseqüente ao da 
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata. 
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força 
maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim 
consideradas como efetivo exercício. 
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá 
sobre a remuneração ou provento. 
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em 
folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com 
reposição de custos, na forma definida em regulamento. 
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 
1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao 
pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser 
parceladas, a pedido do interessado.* 
§ 1º O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por 
cento da remuneração, provento ou pensão.* 
§ 2º Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do 
processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única 
parcela.* 
§ 3º Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a decisão 
liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, 
serão eles atualizados até a data da reposição.* 
Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que 
tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias 
para quitar o débito.* 
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição 
em dívida ativa.* 
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, 
seqüestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de 
decisão judicial. 
 
 18
 
 
8. DIREITOS E VANTAGENS 
8.1. Vencimento e Remuneração II 
No caso de faltas decorrentes de caso fortuito ou força maior, estas poderão 
ser compensadas a critério da chefia, passando a ser consideradas como efetivo 
exercício. 
É preciso que se diga que a retribuição pecuniária do servidor tem o que se 
chama, juridicamente, de natureza alimentar, não podendo sobre ela incidir 
descontos, salvo no caso de imposição legal ou mandato judicial. Assim, estabelece 
a Lei 8.112/90 que o vencimento, a remuneração ou o provento não poderão ser 
objeto de arresto, sequestro ou penhora, salvo no caso de prestação alimentícia 
(pensão) decorrente de decisão judicial. 
No caso de haver necessidade proceder a reposição/indenização ao erário, o 
valor a ser descontado não poderá ser inferior a 10% de sua remuneração. No caso 
de o pagamento errôneo ter ocorrido no mês anterior à percepção do erro, a 
reposição deverá ser feita em única parcela. 
Na ocorrência de rescisão de decisão judicial em caráter provisório (tutela 
antecipada, por exemplo) que garanta o pagamento ao servidor antes da decisão 
final de mérito, o servidor deverá repor todos os valores recebidos, devidamente 
atualizados. 
Por fim, no que atine à hipótese de rompimento do vínculo do servidor em 
débito com o erário, o prazo para sua quitação será de 60 dias. A não quitação 
nesse prazo implicará na inscrição em dívida ativa. 
8.2 Vantagens 
São quaisquer valores recebidos pelo servidor que não se enquadre na 
definição de vencimento. Podem, ou não, integrar a remuneração. De acordo com a 
Lei, as vantagens são divididas em: indenizações, gratificações e adicionais. 
 
CAPÍTULO II 
Das Vantagens 
 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes 
vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer 
efeito. 
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos 
casos e condições indicados em lei. 
Art. 50. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor não serão computados, 
nem acumulados, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos 
pecuniários ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento. 
 
 
 19
 
 
8.2.1 Indenizações 
As indenizações de forma alguma integrarão a remuneração. Já as 
gratificações/adicionais poderão ser integradas à remuneração, de acordo com 
casos e condições previstos em lei. 
As indenizações são devidas ao servidor em virtude de gastos em que este 
teve de incorrer em decorrência de exigências do trabalho. Nada mais é do que 
uma restituição desses gastos. 3 são as hipóteses de indenização: ajuda de custo, 
diária e transporte. 
Seção I 
Das Indenizações 
 
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: 
I - ajuda de custo; 
II - diárias; 
III - transporte. 
Art. 52. Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua 
concessão, serão estabelecidos em regulamento. 
a) Ajuda de custo: 
Destina-se a compensar despesas do servidor que, no interesse do serviço, 
passa a ter exercício em nova sede, com caráter permanente. 
Correrão por conta da administração, ainda, as despesas de transporte do 
servidor, de sua família, bagagens e bens pessoais. 
O valor deve ser calculado sobre o valor da remuneração, não podendo 
exceder o valor correspondente a 3 meses. Destaque-se que o servidor será 
obrigado a restituir o valor recebido caso não se apresente na nova sede em 30 
dias, de maneira injustificada. 
À família do servidor que morrer na nova sede é garantida ajuda de 
custo/transporte para a volta à localidade de origem no prazo de 1 ano contado da 
data de falecimento. 
Por fim, veda-se o duplo pagamento: ou seja, se os membros do casal são 
servidores, a ajuda de custo será devida apenas na proporçãorelacionada a um 
destes. 
Subseção I 
Da Ajuda de Custo 
 
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do 
servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com 
mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de 
indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha 
também a condição de servidor vier a ter exercício na mesma sede. 
§ 1º Correm por conta da Administração as despesas de transporte do servidor e de 
sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 
§ 2º À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo 
e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado 
do óbito. 
 20
 
 
Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme 
se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 
3 (três) meses. 
Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou 
reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. 
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da União, 
for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio. 
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo 
será paga pelo órgão cessionário, quando cabível. 
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou 
entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos 
Municípios, nas seguintes hipóteses: 
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; 
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, 
injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias. 
 
b) Diárias: 
Destina-se a indenizar as despesas extraordinárias do servidor com 
alimentação, pousada e locomoção urbana e de ser paga à servidor que afastar-se 
de sede em caráter eventual/transitório (o deslocamento pode ser para localidades 
no Brasil ou exterior). Se o deslocamento for exigência do cargo, não serão devidas 
diárias. Também não serão devidas diárias se o deslocamento ocorrer dentro de 
uma mesma região metropolitana (ou assemelhada) ou em áreas de controle 
integrado, mantidas com países limítrofes. 
A díaria é, evidentemente, devida por dia de afastamento, sendo paga pela 
metade quando o pernoite do servidor não for necessário, ou quando a União 
custear, de outra forma, despesas que deveriam ser arcadas com as diárias; 
Não havendo deslocamento da sede, ou no caso de retorno antecipado, o 
servidor tem 5 dias de prazo para o recolhimento proporcional das diárias. 
Subseção II 
Das Diárias 
 
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou 
transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a 
passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária 
com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em 
regulamento. 
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade 
quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União 
custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias. 
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do 
cargo, o servidor não fará jus a diárias. 
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma 
região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por 
municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado 
mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, 
entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite 
fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os 
afastamentos dentro do território nacional. 
 21
 
 
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer 
motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. 
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que 
o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no 
prazo previsto no caput. 
 
c) Transporte: 
Conhecido como "auxílio transporte", é devido ao servidor que utiliza meio 
de transporte próprio de locomoção para a execução de serviços externos, em 
decorrência das atribuições próprias do cargo. Não se confunde com a diária. 
 
Subseção III 
Da Indenização de Transporte* 
 
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas 
com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços 
externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em 
regulamento. 
* Portaria Normativa nº 3, de 3 de março de 1999, dispõe sobre orientações quanto 
aos procedimentos a serem adotados para a 
concessão deste benefício ao servidor público. 
 
8.2 Vantagens 
8.2 Gratificações e Adicionais I 
Estão enumerados no art. 61 da Lei 8.112/90. Contudo, a lista não é 
taxativa (numerus clausus) Duas são as gratificações: a Retribuição pelo Exercício 
de Função de Direção, Chefia e Assessoramento e a Gratificação Natalina (13º 
salário). Já os adicionias são os seguintes: Adicional pelo exercício de atividades 
insalubres, perigosas ou penosas, Adicional pela prestação de serviço 
extraordinário, Adicional noturno, Adicional de férias e Outros, relativos ao local ou 
à natureza do trabalho. Vejamos um a um destes. 
Seção II 
Das Gratificações e Adicionais 
 
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos 
aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais: 
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; 
II - gratificação natalina; 
III - (Revogado pela MP nº 2.225-45, de 4/9/2001); 
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; 
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
VI - adicional noturno; 
VII - adicional de férias; 
VIII - adicional ou prêmio de produtividade. 
 
 22
 
 
a) Retribuição Pelo Exercício de Função de Direção, chefia e 
assessoramento 
É devido a servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de 
direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de 
natureza especial; 
Subseção I 
Da Retribuição pelo Exercício de Função 
de Direção, Chefia e Assessoramento 
 
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, 
chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de natureza 
especial é devida retribuição pelo seu exercício. 
Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão 
de que trata o inc. II do art. 9º. 
Art. 9º A nomeação far-se-á: 
.................................................................................................................... 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança 
vagos. 
.................................................................................................................... 
 
b) Gratificação Natalina (13º salário) 
Equivale ao 13º da iniciativa privada, devendo ser pago na proporção de 
1/12 avos por mês trabalhado no ano. A fração de mês superior a 15 dias é 
considerado mês. 
Sua base de cálculo é a remuneração do mês de dezembro, sendo que a 
gratificação natalina deve ser paga até o dia 20 do mesmo mês de cada ano. Ao 
servidor exonerado será devida parcela proporcional, ou seja, se trabalhou seis 
meses, receberá 6/12 avos, a metade da gratificação natalina. 
Subseção II 
Da Gratificação Natalina 
 
Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da 
remuneração a que oservidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício 
no respectivo ano. 
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada 
como mês integral. 
Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada 
ano. 
Parágrafo único. (Vetado.) 
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, 
proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês 
da exoneração. 
Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer 
vantagem pecuniária. 
 
 23
 
 
Gratificações e Adicionais II 
 
Subseção IV 
Dos Adicionais de Insalubridade, 
Periculosidade ou Atividades Penosas* 
 
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou 
em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, 
fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. 
§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade 
deverá optar por um deles. 
* A Emenda Constitucional nº 19 suprimiu dois direitos sociais extensivos ao 
servidor público: a irredutibilidade de salário e o 
adicional de remuneração por atividades penosas, insalubres e perigosas. 
§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a 
eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão. 
 
c) Adicional de Insalubridade (risco à saúde) Periculosidade 
(risco à vida), ou atividade penosa (em decorrência da lotação do 
servidor). 
Devidos a servidores que trabalham em condições insalubres, ou em contato 
permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida. ATENÇÃO: 
O TRABALHO TEM QUE SER HABITUAL! 
Aquele servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade ou 
periculosidade tem que optar por um deles, sendo que se a causa que deu razão ao 
adicional for extinta, também extinto será o adicional; 
No caso específico da sevidora gestante ou lactante, esta deverá ser 
afastada de locais insalubres, perigosos ou penosos enquanto durar o período de 
lactação/gestação. 
Caracteriza-se atividade penosa a situação de servidores em exercício em 
zona de fronteira ou em localidade cujas condições de vida justifiquem; 
OBS: Servidores que operam com Raio X ou substâncias radioativas serão 
submetidos a exames médicos a cada 6 meses. 
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou 
locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. 
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a 
gestação ou lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas 
atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso. 
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de 
periculosidade, serão observadas as situações estabelecidas em legislação 
específica. 
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício 
em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos 
termos, condições e limites fixados em regulamento. 
 24
 
 
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com raio X ou 
substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as 
doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação 
própria. 
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a 
exames médicos a cada seis meses. 
 
d) Adicional pela prestação de serviço extraordinário: 
É decorrente da atividade laborial exercida além da jornada normal de 
trabalho. Deve ser pago com acréscimo de 50% em relação a hora normal de 
trabalho. 
Visa ao Atendimento de situações excepcionais e temporárias, sendo o prazo 
máximo, de acordo com a Lei 8.112/90, de duas horas por jornada. 
 
Subseção V 
Do Adicional por Serviço Extraordinário 
 
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% 
(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho. 
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações 
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por 
jornada.* 
DECRETO Nº 948, DE 5 DE OUTUBRO DE 1993 
Art. 1º O pagamento de adicional por serviço extraordinário previsto no art. 73, da 
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, será efetuado juntamente com a 
remuneração do mês em que ocorrer este serviço. 
Art. 2º A execução do serviço extraordinário será previamente autorizada, pelo 
dirigente de Recursos Humanos do órgão ou entidade interessado a quem compete 
identificar a situação excepcional e temporária de que trata o art. 74, da Lei nº 
8.112, de 11 de dezembro de 1990. 
Parágrafo único. A proposta do serviço extraordinário será acompanhada da relação 
nominal dos servidores que o executará. 
Art. 3º A duração do serviço extraordinário não excederá a 2 (duas) horas por 
jornada de trabalho, obedecidos os limites de 44 (quarenta e quatro) horas mensais 
e 90 (noventa) horas anuais, consecutivas ou não. 
Parágrafo único. O limite anual poderá ser acrescido de 44 (quarenta e quatro) 
horas mediante autorização da Secretaria da Administração Federal – SAF/PR, por 
solicitação do órgão ou entidade interessado. 
* O Decreto nº 948, de 5/10/93, estabelece limites para as horas extras. 
 
Gratificações e Adicionais III 
e) Adicional noturno: 
Devido pelo exercício de atividade compreendida entre 22 hr de um dia e 5 
hr do dia seguinte, sendo o valor da hora trabalhada acrescida de 25%. Observe-se 
que cada hora é computada com 52 min e 30 segundos 
ATENÇÃO: em se tratando de serviço extraordinário, incide sobre o valor da 
remuneração hora acrescida daquele adicional. 
 25
 
 
Subseção VI 
Do Adicional Noturno 
 
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e 
duas) horas de um dia e cinco horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 
25% (vinte e cinco por cento) computando-se cada hora como cinqüenta e dois 
minutos e trinta segundos. 
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata 
este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73. 
 
f) Adicional de férias: 
Corresponde a 1/3 da remuneração do período de férias e independe de 
solicitação do servidor; 
OBS: no caso de servidor ocupante de cargo em comissão ou função de 
direção, chefia ou assessoramento deve ser considerado a vantagem no cálculo do 
adicional de férias. 
Subseção VII 
Do Adicional de Férias 
 
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião de 
férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período 
de férias. 
Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou 
assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será 
considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo. 
 
8.3 Férias (art. 7º inc. XVIII, Constituição Federal e arts. 77 a 80, Lei 
8.1112/90) 
Os servidores, efetivos ou comissionados, tem direito a férias anuais de 30 
dias. Para o 1º período, serão exigidos 12 meses. Exemplo: servidor toma posse em 
1 de junho de 2003. Ele só pode tirar suas primeiras férias a partir de 31 de maio 
de 2004 (1º período aquisitivo). Já as férias de 2005, poderão ser gozadas a partir 
de janeiro, já que as férias passam a ser então NO exercício, não sendo mais 
necessário o cumprimento do período aquisitivo para sua fruição; 
É possível o acúmulo das férias no caso de necessidade do serviço até um 
máximo de dois períodos consecutivos. 
Não poderá ser levado à conta de férias qualquer falta ao serviço. Isso 
implica dizer que caso um servidor venha a faltar ao serviço, o dia faltado não 
poderá ser “descontado” nas férias. 
O pagamentodo terço de férias (vide item 8.2, “f”, supra) deve ser efetuado 
ATÉ dois dias antes do início do respetivo período. No caso de exoneração de 
servidor (efetivo ou em comissão), este fará jus ao pagamento do período completo 
(vencidas) e ao período incompleto (em aquisição). Neste último caso, na 
proporção de 1/12 avos por mês trabalhado. 
 26
 
 
As férias, excepcionalmente, podem ser interrompidas. A Lei prevê as 
seguintes hipóteses para tanto: calamidade pública, comoção interna, convocação 
para júri, serviço militar ou eleitoral e por necessidade do serviço (deve ser 
declarada pela autoridade máxima do órgão). Após o período de interrupção, o 
período restante deve ser gozado de uma só vez 
Não é mais possível a conversão de 1/3 das férias em abono (diz-se que não 
é mais possível “vender” as férias). Contudo, é permitido o parcelamento em até 3 
parcelas, desde que requerido pelo servidor e autorizado pela administração. 
OBS: O servidor que opera Raio X, HABITUALMENTE, tem direito a 20 dias de férias 
a cada semestre. 
OBS 2: O servidor aposentado que ocupa cargo em comissão terá direito a férias do 
CARGO EM COMISSÃO, calculada com base na remuneraçã deste. 
 
CAPÍTULO III 
Das Férias 
 
Art. 77. O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser acumuladas, 
até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas 
as hipóteses em que haja legislação específica. 
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de 
exercício. 
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. 
§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim 
requeridas pelo servidor, e no interesse da Administração Pública. 
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 (dois) dias 
antes do início do respectivo período, observando-se o disposto no § 1º deste 
artigo. 
§§ 1º e 2º (Revogados.) 
§ 3º O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá 
indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na 
proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício, ou fração superior 
a 14 (quatorze) dias. 
§ 4º A indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for 
publicado o ato exoneratório. 
§ 5º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto no 
inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal quando da utilização do primeiro 
período. 
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com raio X ou 
substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre 
de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação. 
Parágrafo único. (Revogado.) 
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade 
pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por 
necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. 
Parágrafo único. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez, 
observado o disposto no art. 77. 
Art. 77. O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser acumuladas, 
até o máximo de 2 (dois) períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas 
as hipóteses em que haja legislação específica. 
 
 27
 
 
8.4 Licenças (art. 81/92) 
 De modo didátido, serão abordadas uma a uma das licenças, em seus 
principais aspectos. Para tanto, optou-se pela abordagem “esquemática”, 
construindo roteiros de memorização, que passarão a ser vistos logo a seguir. São 
licenças que podem ser concedidas ao servidor: 
a) Por motivo de doença em pessoa da família; 
b) Por motivo de afastamento do cônjuge ou do companheiro 
c) Para o serviço militar; 
d) Para atividade política 
e) Para capacitação 
f) Para tratar de interesses particulares 
g) Para desempenho de mandato classista 
h) Licença para tratamento da Saúde (art. 202/206) 
i) Licença à gestante, à adotante e à paternidade (art. 207/210) 
j) Licença por acidente em serviço. (art. 211/214) 
Considerações Gerais: se uma licença for concedida no prazo de 60 dias do 
término de outra da mesma espécie é considerada prorrogação. São concedidas 
apenas a titulares de cargo efetivo e não de cargo em comissão. As 3 últimas 
licenças estão previstas nos itens referentes aos benefícios, devendo ser tratadas 
quando da abordagem daquele assunto. 
 
CAPÍTULO IV 
Das Licenças 
 
Seção I 
Disposições Gerais 
 
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: 
I - por motivo de doença em pessoa da família; 
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
III - para o serviço militar; 
IV - para atividade política; 
V - para capacitação; 
VI - para trato de interesses particulares; 
VII - para desempenho de mandato classista. 
§ 1º A licença prevista no inciso I será precedida de exame por médico ou junta 
médica oficial. 
§ 2º (Revogado.) 
§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença 
prevista no inciso I deste artigo. 
Art. 82. A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da 
mesma espécie será considerada como prorrogação. 
 28
 
 
8.4 Licenças (art. 81/92) 
a) Por motivo de doença em pessoa da família (art. 83): 
- Limite de tempo: máximo de 150 dias 
- Remuneração: primeiros 30 dias, remunerados. 30 dias seguintes, também 
podem ser remunerados, dependendo da avaliação de junta médica oficial. 
90 dias restantes, sem remuneração 
- Tempo de Serviço: período remunerado, contado apenas para efeitos de 
aposentadoria e disponibilidade. Período não remunerado, não contado como 
tempo de serviço. 
- Concessão do Direito: concedida a servidor que comprove que é 
indispensável sua assistência ao ente familiar, desde que não haja 
possibilidade de exercício concomitante do cargo 
- Prorroga a posse? Sim. 
- Obs. Gerais: 
- Veda-se o exercício de atividade remunerada durante o período de gozo 
de tal tipo de licença. 
- Considera-se como pessoa da família: pais, filhos, enteados, 
cônjuge/companheiro ou dependente que viva às expensas do servidor 
 
Seção II 
Da Licença por Motivo de Doença 
em Pessoa da Família 
 
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge 
ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado ou 
dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, 
mediante comprovação por junta médica oficial. 
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for 
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo 
ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44. 
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até 
30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por até 30 (trinta) dias, mediante parecer 
de junta médica oficial e, excedendo estes prazos, sem remuneração, por até 90 
(noventa) dias. 
 
 29
 
 
8.4 Licenças (art. 81/92) 
b) Por motivo de afastamento do cônjuge (art. 84): 
- Limite de tempo: Indeterminado. 
- Remuneração: Não há. 
- Tempo de Serviço: não computado. 
- Concessão do Direito: a servidor para acompanhamento do cônjuge que se 
desloque para outro ponto do território nacional, do exterior, ou para o 
exercício de mandato eletivo dos poderes Executivos ou Legislativo. 
- Prorroga a posse? Não. 
- Obs. Gerais: 
- Deve ser concedida a critério da administração (ou seja, é discricionário a 
esta). A lei fala em “poderá” ser concedida; 
- Poderá ocorrer a lotação provisório do servidor acompanhante se na 
localidade o houver atividade compatível com o seu cargo. 
 
Seção III 
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge 
 
Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidorpara acompanhar cônjuge ou 
companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o 
exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. 
§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração. 
§ 2º No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja 
servidor público ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou 
entidade da Administração federal direta, autárquica ou fundacional, desde que 
para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. 
 
 30
 
 
8.4 Licenças (art. 81/92) 
c) licença para o serviço militar (art. 85) 
- Limite de tempo: prazo indeterminado. Perdura enquanto durar o serviço 
militar. 
- Remuneração: Legislação Específica 
- Tempo de Serviço: efetivo exercício (art. 102, VIII, f) 
- Concessão do Direito: Legislação Específica 
- Prorroga a posse? Sim. 
- Obs. Gerais: 
- após o término da licença, o servidor terá 30 dias, sem remuneração, para 
reassumir o exercício do cargo 
 
Seção IV 
Da Licença para o Serviço Militar 
 
Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na 
forma e condições previstas na legislação específica. 
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem 
remuneração para reassumir o exercício do cargo. 
 
d) Licença Para Atividade Política (art. 86) 
- Limite de tempo: início com a escolha do servidor em convenção partidária, 
com prazo final de até o 10º dia após a eleição. Período máximo de três 
meses. 
- Remuneração: a partir da escolha em convenção partidária até o dia anterior 
ao registro da candidatura: sem remuneração. A partir do registro até o 10º 
dia seguinte ao pleito, com remuneração, com o período máximo de 3 
meses 
- Tempo de Serviço: período sem remuneração não computado como tempo 
de serviço. O restante é contado para efeito de aposentadoria e 
disponibilidade 
- Concessão do Direito: obrigatório. 
- Prorroga a posse? Não. 
- Obs. Gerais 
O Período a partir do registro pode superar os três meses. Contudo, o restante 
será sem remuneração. 
 31
 
 
Seção V 
Da Licença para Atividade Política 
 
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que 
mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo 
eletivo, e à véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. 
§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas 
funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou 
fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua 
candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o 10º (décimo) dia seguinte ao do 
pleito. 
§ 2º A partir do registro da candidatura e até o 10º (décimo) dia seguinte ao da 
eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, 
somente pelo período de 3 (três) meses. 
 
8.4 Licenças (art. 81/92) 
e) Licença para capacitação (art. 87): 
- Limite de tempo: até três meses. 
- Remuneração: faz jus. 
- Tempo de Serviço: efetivo exercício. 
- Concessão do Direito: após cinco anos. Não é acumulável. 
- Prorroga a posse? Sim. 
- Obs. Gerais: 
- Poder discricionário da administração: 
- Substituiu a antiga licença prêmio. 
 
Seção VI 
Da Licença para Capacitação 
 
Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse 
da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva 
remuneração, por até 3 (três) meses, para participar de curso de capacitação 
profissional. 
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis. 
Arts. 88 e 89. (Revogados.) 
Art. 90. (Vetado.) 
 
 
 32
 
 
8.4 Licenças (art. 81/92) 
f) Licença para tratar de interesses particulares (art. 91): 
- Limite de tempo: até 3 anos, podendo ser interrompida a qualquer tempo. 
- Remuneração: Não há 
- Tempo de Serviço: não é computado como tempo de serviço para qualquer 
efeito. 
- Concessão do Direito: servidor estável. 
- Prorroga a posse? Não. 
Obs. Gerais: 
- pode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no 
interesse da administração; 
 
Seção VII 
Da Licença para Tratar 
de Interesses Particulares 
 
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante 
de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato 
de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem 
remuneração. 
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do 
servidor ou no interesse do serviço.* 
Foi excluída a exigência de ser estável o servidor para a concessão da licença, 
desde que não esteja em estágio probatório, bem como alterado o prazo de sua 
duração para até três anos consecutivos, sem remuneração. 
A licença deverá ser concedida à vista do interesse do serviço, com a anuência da 
chefia imediata do servidor, devendo ser encaminhado o requerimento à unidade 
de Recursos Humanos. 
A Licença para o Trato de Assuntos Particulares poderá ser suspensa, a qualquer 
tempo, mediante pedido do servidor ou no interesse do serviço, vedada, em 
qualquer hipótese, o parcelamento. 
Deferida a concessão, a respectiva unidade de Recursos Humanos deverá publicar 
em Boletim de Serviço, bem como, informar no SIAPE - Sistema Integrado de 
Administração de Recursos Humanos, a respectiva ocorrência de afastamento no 
cadastro do servidor, grupo/ocorrência 03.104. 
O registro da ocorrência excluirá automaticamente o pagamento do servidor, salvo 
o salário-família. 
Ao servidor em gozo da licença, não é permitido o exercício de outro cargo público 
na Administração Pública, por manter a titularidade de ambos, exceto se 
acumuláveis nos termos do inciso XVI do art. 37 da Constituição Federal. 
O servidor detentor de dois cargos públicos, legalmente previsto na Constituição 
Federal, poderá se afastar de um ou dos dois. 
* Redação do art. 91 e seu parágrafo único dada pela Medida Provisória nº 1.964-
28, de 27/6/2000. 
O servidor licenciado não poderá contar o tempo da licença para qualquer efeito. 
Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. 
 33
 
 
8.4 Licenças (art. 81/92) 
g) Desempenho de mandato classista (art. 92): 
- Limite de tempo: período de duração igual ao do mandato, podendo ser 
prorrogada, uma única vez, no caso de reeleição. 
- Remuneração: Não há. 
- Tempo de Serviço: contado para todos os efeitos, exceto para promoção por 
merecimento. 
- Concessão do Direito: servidores eleitos para cargos de direção, 
representação em confederação, federação, associação de classe âmbito 
nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da 
profissão. Estas entidades devem estar cadastradas no MARE (atual Seape). 
- Prorroga a posse? Não. 
Obs. Gerais: 
- representação de acordo com o número de associados: até 5.000, um 
servidor; de 5.000 a 30.000 dois servidores; mais de 30.000, três 
servidores. 
- Não haverá remoção ou redistribuição para localidade diversa da qual o 
servidor exerce o mandato. 
 
Seção VIII 
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista 
 
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o 
desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de 
âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da 
profissão, observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, 
conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites: 
I - para entidades com até 5.000 associados, um servidor;

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