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Direito Empresarial Aula 04

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Direito Empresarial em Exercícios para o ISS RJ 
 Professor Gabriel Rabelo 
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Aula 4: Contratos no direito empresarial 
Olá, como vão? 
Prontos para mais um encontro? 
Sei que, para muitos, não é um encontro tão agradável 
como sair pra fazer um happy hour, jogar um futebol, ir a um bom 
restaurante ou ao cinema. Contudo, trata-se de um encontro 
necessário (eu, pelo menos, gosto). 
O Direito Comercial está mais presente em nossas vidas 
do que imaginamos. Quando você sai de casa para comprar uma 
calça jeans nova ou quando você é contratado por uma empresa 
farmacêutica para representar determinado medicamento perante 
hospitais, farmácias, etc. Ou, melhor ainda, quando você, já 
aprovado, vai comprar aquele carro dos sonhos, o novo Hyundai Ix 
35, por exemplo, e o deixa em alienação fiduciária em garantia. 
Além dessas, milhares de outras situações já estudadas e a serem 
estudadas integram e envolvem a nossa disciplina. Como não gostar 
dela? 
Hoje nossa aula tratará sobre os seguintes aspectos do 
edital: 
5. Contratos no direito empresarial: contratos de troca (compra e 
venda mercantil, alienação fiduciária em garantia, arrendamento 
mercantil); contratos de colaboração (sociedade, representação 
comercial, comissão mercantil, distribuição, concessão comercial, 
franquia e faturização). 
 O assunto é divertido, porém, existem muitos detalhes. 
Estudaremos de forma a não passar nada em branco na hora da 
prova. 
Antes de começar, quero esclarecer um aspecto sobre o 
curso. Recebi alguns e-mails questionando a quantidade de 
questões de outras bancas presentes nas aulas. 
Amigos, pergunto: qual a data da última prova de direito 
empresarial realizada pela ESAF? Pois bem, a resposta ao 
questionamento de vocês se encontra aí! Foi o AFT, com meras 5 
questões. Depois foi o AFRFB em 2009. Depois somente o 
Procurador do DF em 2007. As questões da banca são poucas. 
Assim, podemos optar por trabalhar questões de outras 
bancas e fazer uma abordagem mais completa da disciplina ou nos 
limitar a questões da ESAF, trabalhando com um número reduzido 
de questões. Eu, enquanto concurseiro (e sempre penso como tal), 
 
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optaria pela primeira forma e presumi que vocês também assim o 
fariam. Portanto, meus amigos, salvo convenção coletiva de vocês 
em contrário, continuaremos trabalhando deste modo. Caso essa 
não seja a preferência de muitos, peço que nos comunique para que 
possamos reavaliar. O importante é o aprendizado para a prova! Ok? 
Como diz um conhecido, tudo é questão de marcar o “x” no lugar 
correto. 
Era isso! Vamos “matar” as questões? 
Começaremos por uma questão sobre um assunto da 
última aula que ficou para trás. É do AFRFB 2009. Vejamos: 
0. (ESAF/AFRFB/2009) Sobre a transformação, assinale a opção 
incorreta. 
a) A passagem de uma companhia fechada para uma aberta 
constitui transformação societária. 
b) O ato de transformação independe da prévia dissolução ou baixa 
da forma empresarial originária. 
c) Na hipótese de concentração de todas as cotas da sociedade 
limitada sob titularidade de um único sócio, este pode requerer ao 
Registro Público de Empresas a transformação do registro da 
sociedade para empresário individual. 
d) Admite-se a transformação de uma sociedade em nome coletivo 
para uma sociedade limitada. 
e) Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá 
solicitar ao Registro Público de Empresas a transformação de seu 
registro de empresário para resgistro de sociedade empresária. 
Comentários 
A transformação é a operação pela qual a sociedade 
passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo 
para outro. Portanto, com base no exposto a passagem de uma 
companhia fechada para uma aberta não constitui transformação 
societária, uma vez que não há mudança de tipo societário. O item a 
está incorreto. 
No mesmo caminho, a letra b está correta, vez que o ato 
de transformação independe de prévia dissolução ou baixa da forma 
empresarial originária. 
Passemos à letra c. 
Segundo o Código Civil dissolve-se a sociedade quando 
ocorrer a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo 
de cento e oitenta dias (CC, art. 1.033, IV). Todavia, o parágrafo 
único do artigo em epígrafe dispõe que não se aplica o disposto no 
inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de 
concentração de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade, 
 
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requeira no Registro Público de Empresas Mercantis a 
transformação do registro da sociedade para empresário individual. 
Item correto, portanto. 
A letra d está correta, vimos que a transformação pode 
abarcar quaisquer tipos societários. 
A letra e também está correta. Trata-se de literalidade 
do Código Civil: Caso venha a admitir sócios, o empresário 
individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas a 
transformação de seu registro de empresário para registro de 
sociedade empresária (CC, art. 968, §3º). 
Gabarito Æ A. 
Agora, vamos ao assunto de hoje, contratos mercantis. 
1. (ESAF/PGFN/2007) Contratos empresariais caracterizam-se por: 
a) uma das partes ser empresária. 
b) terem por objeto o exercício da empresa. 
c) serem uma das formas de organização da atividade empresária. 
d) haver cooperação entre diferentes agentes econômicos na 
organização dos negócios. 
e) serem essenciais para a circulação de bens e serviços em 
mercados. 
Comentários 
Os contratos existentes no ordenamento jurídico 
brasileiro podem se submeter a quatro regimes jurídicos distintos: 
cível, consumerista, trabalho e administrativo. O enquadramento 
num ou noutro tipo dependerá da figura do contratante. 
Os contratos mercantis enquadram-se na categoria de 
contratos cíveis. 
Um contrato é mercantil quando os dois 
contratantes são empresários. Portanto, a letra a está incorreta. 
Na exploração das atividades que lhe são inerentes o 
empresário celebra contratos constantemente. Os fatores de 
produção, quais sejam, capital, insumo, mão-de-obra e tecnologia 
exigem constantemente que sejam feitas essas avenças. Por este 
motivo os contratos empresariais caracterizam-se, sim, por ser uma 
das formas de organização da atividade empresária. O gabarito da 
nossa questão é a letra c. 
A letra b está incorreta. O objeto de um contrato não é o 
exercício de empresa. Os contratos visam a auxiliar o exercício de 
empresa, como corretamente afirmado na assertiva c, contudo, não 
 
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podemos confundir esta finalidade com o objeto. O objeto, por 
exemplo, de um contrato de compra e venda mercantil entre um 
importador e um atacadista é exatamente a compra e venda 
mercantil. 
A letra d não apresenta uma característica dos 
contratos empresariais. 
A letra e está incorreta uma vez que mercadorias e 
serviços podem circular em mercados tanto entre empresários como 
entre pessoas físicas ou sociedades simples, associações, fundações, 
ou quem quer que seja. Por isso, não são essenciais à circulação de 
bens e serviços os contratos empresariais. 
Gabarito Æ C. 
2. (FCC/Promotor de Justiça/MP CE/2009) Em relação a contratos 
mercantis, é correto afirmar que: 
a) por sua natureza, o mandato mercantil pode ser oneroso ou 
gratuito. 
b) a compra e venda é mercantil quando o vendedor ou comprador 
são empresários, podendo uma das partes sê-lo ou não. 
c) a alienação fiduciária em garantia tem sua abrangência restrita a 
bens móveis. 
d) as empresasde faturização, ou fomento mercantil, a exemplo das 
instituições financeiras, devem manter sigilo sobre suas operações. 
e) o arrendamento mercantil é a locação caracterizada pela compra 
compulsória do bem locado ao término da locação. 
Comentários 
Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem 
poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses 
(CC, art. 653). A procuração é o instrumento do mandato. Como 
exemplo, pode um fornecedor conferir mandato a pessoa de sua 
confiança para que trate dos contratos de compra e venda da 
empresa. 
O mandato pode ser civil ou mercantil. Sendo mercantil, 
será ele regido pelas mesmas disposições do civil – art. 653 ao 691 
do Código Civil -, porém, a onerosidade do mandato passa ser 
obrigatória (CC, art. 658). 
MANDATO MERCANTIL Æ OBRIGATORIAMENTE ONEROSO. 
Esse assunto, todavia, não consta no edital de direito 
empresarial. Inobstante, o item está incorreto. 
Passemos à alternativa b. O contrato de compra e venda 
mercantil opera-se pela figura de empresários nos dois pólos, 
 
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obrigatoriamente, temos como exemplo uma indústria que vende 
mercadorias para um atacadista. 
O contrato de compra e venda mercantil é consensual, 
isto é, nasce do encontro de vontades do vendedor e do comprador, 
contanto que acertem dois detalhes: a coisa a ser negociada e o 
preço. 
Atente-se para o fato de que o preço deve ser sempre em 
dinheiro, sendo que, caso contrário, ter-se-á um contrato de troca. A 
questão b está incorreta. 
As partes têm obrigação de cumprir o contrato, o 
comprador deve pagar o preço e vendedor deve transferir a 
propriedade da coisa vendida. Se o comprador não pagar o preço, 
responde pelo valor devido + perdas e danos ou pena compensatória 
e pelos outros encargos assumidos. Se o vendedor não cumprir sua 
parte cabe ao comprador indenização por perdas e danos, ou, 
opcionalmente, exigir o cumprimento do contrato. 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução 
do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em 
qualquer dos casos, indenização por perdas e danos. 
A letra c está incorreta. Os bens móveis e imóveis 
podem ser objeto de alienação fiduciária em garantia, conforme 
prescreve a Lei 9.514/97, art. 22. Explique-se melhor o assunto. 
A alienação fiduciária em garantia, a faturização, o 
arrendamento mercantil e o cartão de crédito constituem o que a 
doutrina chama de contratos bancários impróprios. 
Fábio Ulhoa Coelho traz a seguinte definição para a 
alienação fiduciária: “Por alienação fiduciária entende-se aquele 
negócio em que uma das partes (fiduciante), proprietário de um 
bem, aliena-o em confiança para a outra (fiduciário), a qual se 
obriga a devolver-lhe a propriedade do mesmo bem nas hipóteses 
delineadas em contrato”. 
A alienação fiduciária possui natureza instrumental. 
Gravem. É ela sempre negócio destinado a realização de outro, 
chamado de negócio fim. 
A alienação fiduciária em garantia é espécie do gênero 
alienação fiduciária. 
A letra d é o gabarito da nossa questão. 
Ao vender a prazo, o empresário fica naturalmente 
sujeito aos riscos de insolvência. Nessa acepção, surge a figura das 
faturizadoras. 
Faturização, factoring ou fomento mercantil é, em lição 
comezinha, o instrumento mediante o qual o beneficiário de um 
título de crédito, que pode ser nota promissória, cheque, etc., cede 
 
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onerosamente a propriedade do crédito à faturizadora. Esta, por 
sua vez, assumirá o crédito, mediante pagamento ao antigo titular. 
Dispõe a Lei Complementar 105/2001 que as 
instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas 
e passivas e serviços prestados. No parágrafo segundo do artigo 1º, 
equipara as empresas de factoring às instituições financeiras. Deste 
modo, deflui-se que as empresas de factoring devem também manter 
o sigilo das operações que praticam. 
Um ponto importante que também pode ser cobrado em 
prova é a distinção entre a operação da factoring e o desconto 
bancário. Veja o esquema... 
Desconto bancário Æ O endossante do título (quem o transmite) 
permanece coobrigado. 
Factoring Æ O cedente se exonera da responsabilidade pela 
adimplência do devedor. 
Outro aspecto importante é a distinção entre 
convencional factoring e maturity factoring. 
Convencional factoring Æ A faturizadora paga o faturizado antes do 
vencimento do crédito. 
Maturity factoring Æ A transferência do dinheiro se dá no 
vencimento do crédito. 
Por fim, discorramos sobre a letra e. 
O arrendamento mercantil, também chamado de 
leasing, é a realização de negócio entre pessoa jurídica num pólo, 
como arrendadora, e pessoa física ou jurídica no outro, como 
arrendatário, para o arrendamento de bens (esses bens podem ser 
móveis ou imóveis), de propriedade da arrendadora. 
Frise-se: É o arrendamento mercantil o contrato pelo 
qual a arrendadora concede à arrendatária o direito de utilizar 
determinada coisa, cobrando aluguel pelo uso temporário e 
admitindo que, a certo tempo do contrato, a parte que vem 
utilizando aquela coisa declare sua opção de compra, pagando o 
preço residual. Ao final da compra, o arrendatário poderá optar 
também pela prorrogação do aluguel, ou pela devolução da coisa. 
Não existe, assim, a compulsoriedade a que a questão 
aludiu. 
O Cespe, tentando sabotar os mais desavisados, cobrou 
o assunto da seguinte forma: 
(Cespe/Auditor Fiscal/Vila Velha/2007) No contrato de alienação 
fiduciária em garantia, o proprietário confere ao locador a faculdade 
de optar pela compra do bem locado, ao final do contrato. 
 
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Ora, o item está incorreto. Tratou-se, em verdade, do 
contrato de arrendamento mercantil, e não de alienação fiduciária 
em garantia. 
Gabarito Æ D. 
3. (Cespe/Juiz Federal/TRF 5ª/2009) Acerca de aspectos diversos 
do direito civil e do direito empresarial, assinale a opção incorreta. 
a) Encontra-se já sedimentado na jurisprudência do STJ que, nos 
contratos garantidos por alienação fiduciária, não há depósito típico, 
razão pela qual não há que se falar em imposição de prisão civil, 
possibilidade presente apenas para o devedor de pensão alimentícia. 
b) Nos contratos de leasing, caso conste cláusula resolutiva 
expressa, não se exige a notificação prévia do arrendatário para que 
o contrato seja considerado em mora. 
c) Os contratos de colaboração empresarial são aqueles que se 
definem por uma obrigação particular, em que um dos contratantes 
(o colaborador) assume, em relação aos produtos ou serviços do 
outro (o fornecedor), a criação ou ampliação do mercado. 
d) De acordo com a jurisprudência, as administradoras de cartões 
de crédito são consideradas instituições financeiras. 
Comentários 
Comecemos pela letra d. O cartão de crédito é o contrato 
bancário em que determinada instituição financeira, chamada 
operadora, disponibiliza determinada quantia para que os clientes 
comprem bens e serviços em estabelecimentos comerciais que na 
financeira possuam cadastro. Os estabelecimentos, por sua vez, 
receberão os valores diretamente da operadora, que cobrará os 
respectivos valores dos clientes. O item todavia, também não consta 
do edital. 
Segundo a Súmula 283 do Superior Tribunal de Justiça 
“As empresas administradoras de cartão de crédito são instituições 
financeiras (...)”. Portanto, o item está correto. 
Passemos à alternativa a. 
Há um contrato de depósito quando alguém entrega 
alguma coisa aoutrem para que o guarde. O depositário exerce a 
guarda no interesse do depositante, o qual pode dele exigir a 
restituição do bem a qualquer tempo. 
Na alienação fiduciária, contudo, o devedor fiduciante 
recebe o bem alienado fiduciariamente, como possuidor direto e 
como titular de um direito eventual, sem que tenha a obrigação de 
restituí-lo segundo o arbítrio ou a vontade do credor. Ou seja, 
enquanto estiver em dia com as prestações, não poderá o credor 
fiduciário exigir-lhe a restituição do bem. 
 
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Como cediço, a CF/88 prevê duas hipóteses de prisão 
civil, a saber (art. 5, LXVII): 
I - a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de 
obrigação alimentícia e 
II - a do depositário infiel. 
Como na alienação fiduciária em garantia não há 
depósito, não há que se falar em prisão civil por esse motivo. É esse 
o entendimento esposado pelo STJ. 
Diga-se, ainda, que não mais existe em nosso 
ordenamento a prisão do depositário infiel, como se vê no 
informativo a seguir: 
STF restringe a prisão civil por dívida a inadimplente de 
pensão alimentícia. Por maioria, o Plenário do STF arquivou o 
RE 349703 e, por unanimidade, negou provimento ao RE 
466343, que discutiam a prisão civil de alienante fiduciário 
infiel. O Plenário estendeu a proibição de prisão civil por dívida, 
prevista no artigo 5º, inciso LXVII, da CF, à hipótese de 
infidelidade no depósito de bens e, por analogia, também à 
alienação fiduciária, tratada nos dois recursos. Assim, a 
jurisprudência da Corte evoluiu no sentido de que a prisão civil 
por dívida é aplicável apenas ao responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação 
alimentícia. O Tribunal entendeu que a segunda parte do 
dispositivo constitucional que versa sobre o assunto é de 
aplicação facultativa quanto ao devedor – excetuado o 
inadimplente com alimentos – e, também, ainda carente de lei 
que defina rito processual e prazos. 
Portanto, o item a está correto. 
Falemos novamente sobre o leasing ou arrendamento 
mercantil. 
Em nosso ordenamento, em virtude de preocupação 
com as repercussões de natureza tributária, temos o seguinte 
conceito para o leasing: negócio jurídico realizado entre uma pessoa 
jurídica (arrendadora) e uma pessoa física ou jurídica (arrendatária) 
cujo objeto é a locação de bens adquiridos pela primeira de acordo 
com as especificações fornecidas pela segunda e para uso desta (Lei 
6.099/74, art. 1º, parágrafo único). 
Essa definição conferirá tratamento especial nas 
relações tributárias do leasing. O “arrendamento” que não atender 
as condições estabelecidas pela lei supracitada será considerado 
como compra e venda a prazo. 
Para a relação entre as partes (relações de direito 
privado) não há quaisquer dispositivos que regulem o tipo 
contratual, regendo-se, portanto, tal como negociado entre elas. 
Frise-se, também, que o objeto do leasing pode ser bem 
móvel ou imóvel (Lei 6.099/74, art. 10º). 
Façamos agora um esquema sobre os tipos de leasing... 
 
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Existe, ainda, o lease-back, que é uma operação de 
leasing financeiro em que o próprio cliente atua também como 
“fornecedor”: ele vende o bem para a arrendadora e em seguida 
arrenda o bem. Ao fim do contrato, o cliente compra o bem pelo 
valor residual garantido. O lease-back funciona como uma maneira 
simples e rápida de obter um capital de giro de longo prazo com 
garantia real e sem incidência de IOF. A empresa vende um bem do 
seu ativo imobilizado sem perder o seu uso e depois o recompra. 
O Cespe já abordou este tema, do seguinte modo: 
4. (Cespe/Advogado Geral da União/2009) Caracteriza-se leasing 
operacional quando uma sociedade empresária aliena um bem de 
sua propriedade à companhia de leasing, que o arrenda à mesma 
pessoa jurídica que o vendeu. 
Gabarito: O item está incorreto, uma vez que se trata do conceito de 
lease-back e não de leasing operacional. 
Ao termo do prazo pactuado entre as partes resta ao 
arrendatário: 
1) Adquirir o bem, pagando, caso exista, o valor residual; 
2) Devolver o bem, restituindo-se-lhe o valor residual, se houver; 
3) Renovação do arrendamento. 
Pois bem, feitas as devidas considerações, passemos à 
questão. 
Leasing
Financeiro
Operacional
Inexiste valor residual expressivo. O valor das
prestações deve ser suficiente para a recuperação do
custo do bem e o retorno do investimento da
arrendadora. O prazo mínimo do arrendamento é de
dois anos para bens com vida útil de até cinco anos e
de três anos para os demais.
O somatório das prestações pagas pela arrendatária
não pode ultrapassar 75% do custo do bem, o que, de
todo o modo, provocará a existência de valor residual
ao fim. As despesas com manutenção e assistência
técnica são de responsabilidades da arrendadora. O
prazo é no mínimo de 90 dias para qualquer bem.
 
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b) Nos contratos de leasing, caso conste cláusula resolutiva 
expressa, não se exige a notificação prévia do arrendatário para que 
o contrato seja considerado em mora. 
Caso haja o não pagamento das prestações do leasing 
por parte do arrendatário, o arrendador pode propor ação de 
reintegração de posse para reaver o bem. Faz-se necessária, 
entretanto, a notificação prévia do arrendatário, a fim de que este 
possa purgar a mora ou se defender. Vejamos o posicionamento do 
STJ a respeito... 
SÚMULA 369: No contrato de arrendamento mercantil (leasing), 
ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a 
notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora. 
Mesmo que haja cláusula resolutiva expressa, em que a 
mora é ex re (isto é, automática), faz-se necessária a notificação 
judicial ou extrajudicial. 
O item está incorreto, sendo, portanto, o gabarito da 
questão. 
Vejamos uma questão da ESAF sobre o assunto? 
5. (ESAF/PGFN/2006) Pelo entendimento predominante nos 
tribunais pátrios, na falta de pagamento das prestações do contrato 
de leasing, a ação cabível para a retomada do bem é a reintegração 
de posse, não se admitindo a equiparação do arrendatário à 
depositário infiel. 
O item está perfeito, ao encontro de tudo o que 
ressaltamos aqui! 
Analisemos agora o item c, cujo enunciado 
transcrevemos: c) Os contratos de colaboração empresarial são 
aqueles que se definem por uma obrigação particular, em que um 
dos contratantes (o colaborador) assume, em relação aos produtos 
ou serviços do outro (o fornecedor), a criação ou ampliação do 
mercado. 
A questão foi transcrição da doutrina de Fábio Ulhoa 
Coelho, que salienta: 
Os contratos de colaboração empresarial são aqueles que se 
definem por uma obrigação particular, em que um dos contratantes 
(o colaborador) assume, em relação aos produtos ou serviços do 
outro (o fornecedor), a criação ou ampliação do mercado. Em 
termos concretos, o colaborador se obriga a fazer investimento em 
divulgação, propaganda, manutenção de estoques, treinamento de 
pessoal e outros destinados a despertar, em consumidores, o hábito 
de adquirir os produtos ou serviços do fornecedor. Dependendo da 
espécie de colaboração contratada, os investimentos na criação ou 
consolidação do mercado são maiores ou menores. 
Pelo contrato de colaboração, o colaborador contratado 
(comissário, representante, concessionário, franquiado ou 
distribuidor) se obriga a colocar junto aos interessados as 
 
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mercadorias comercializadasou produzidas pelo fornecedor 
contratante, observando-se as orientações gerais ou específicas por 
este fixadas. 
O autor, ainda, divide os contratos de colaboração 
empresarial em duas espécies: 
1) por aproximação: o colaborador não é intermediário, ou seja, não 
adquire o produto para revendê-lo. Apenas identifica quem possa 
estar interessado em fazê-lo. Ex: contratos de comissão e 
representação. Eles são remunerados percentualmente nos negócios 
que ajudam a viabilizar, pago pelo fornecedor. 
2) por intermediação: o colaborador celebra com o fornecedor um 
contrato de compra e venda, adquirindo os produtos para revenda. 
Ex: contratos de concessão e franquia. Não há remuneração por 
serviços, o colaborador ganha pelos exercícios de suas atividades. 
São contratos de colaboração: comissão, representação 
comercial, concessão comercial, franquia, distribuição. 
Gabarito Æ B. 
6. (Cespe/Auditor Fiscal/Vila Velha/2007) Considere-se que João 
celebre contrato de representação comercial autônoma com certo 
fabricante de produtos alimentícios. Nesse caso, a relação jurídica 
travada entre João e o fabricante de produtos alimentícios é regida 
pelas leis trabalhistas. 
Comentários 
A representação comercial é o contrato pelo qual uma 
das partes, chamado de representante comercial autônomo, se 
obriga a obter pedidos de compra e venda de mercadorias 
comercializadas por outro, chamado de representado. É atividade 
autônoma. Isto é, inexiste vínculo empregatício entre o representado 
e o representante. A subordinação possui caráter eminentemente 
empresarial. 
A representação está regulada na Lei 4.886/65. 
Deve o representante obter registro no Conselho 
Regional de Representantes Comerciais, sujeitando-se aos preceitos 
éticos e administrativos definidos para a sua profissão. Caso o 
representante seja pessoa jurídica, deve também registrar-se 
perante a Junta Comercial. 
A seguir, alguns artigos que podem ser cobrado em 
prova sobre o exercício da representação comercial, concernentes ao 
representante... 
Art. 28. O representante comercial fica obrigado a fornecer ao 
representado, segundo as disposições do contrato ou, sendo este 
omisso, quando lhe for solicitado, informações detalhadas sobre o 
andamento dos negócios a seu cargo, devendo dedicar-se à 
 
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representação, de modo a expandir os negócios do representado e 
promover os seus produtos. 
Art. 29. Salvo autorização expressa, não poderá o representante 
conceder abatimentos, descontos ou dilações, nem agir em desacordo 
com as instruções do representado. 
Art. 41. Ressalvada expressa vedação contratual, o representante 
comercial poderá exercer sua atividade para mais de uma empresa e 
empregá-la em outros mistéres ou ramos de negócios. 
Art. 31, parágrafo único. A exclusividade de representação não se 
presume na ausência de ajustes expressos. 
Já o representado, por seu turno, deve, principalmente, 
pagar a retribuição devida ao representante, assim que o comprador 
efetuar o pagamento, ou antes, se não manifestar recusa por escrito 
no prazo de 15, 30, 60 ou 120 dias, conforme a localização do seu 
domicílio. 
Uma outra obrigação ao representado é o respeito à 
cláusula de exclusividade de zona, pela qual não pode ele vender os 
seus produtos em área delimitada em contrato, senão através do 
representante contratado para ali atuar. Caso infrinja esta regra, 
ainda assim caberá ao representante a comissão correspondente. 
Essa questão foi cobrada no concurso para Juiz 
Substituto do TRT 3ª, em 2008, com o seguinte enunciado (item 
correto): 
(Juiz do Trabalho Substituto/TRT 8ª/2008) Ainda que omisso o 
contrato de representação quanto à exclusividade de zona ou zonas 
fará jus o representante à comissão dos negócios por aí realizados, 
ainda que diretamente pelo representado ou por intermédio de 
terceiros. 
Gabarito da questão 6 Æ Incorreto. 
7. (FCC/Juiz Substituto/TRT 11ª/2007) Alberto era representante 
comercial da ABC Ltda., tendo exercido essa função por dez anos. 
Ao longo desse período, por imposição da empresa representada, as 
partes celebravam contratos por prazo determinado de um ano, ao 
fim do qual se procedia a sua imediata renovação. Ao final do 10o 
ano, a ABC Ltda. notificou Alberto a respeito da não-renovação de 
seu contrato e extinção do vínculo negocial. Alberto agora pleiteia o 
recebimento de indenização equivalente a 1/12 (um doze avos) das 
comissões auferidas durante todo o período de representação, em 
razão da extinção imotivada do contrato por iniciativa da 
representada. Essa indenização 
a) é devida, pois é aplicável a todos os contratos de representação 
comercial. 
 
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b) é devida, apenas com relação ao último período anual de 
contrato. 
c) é devida, pois é aplicável a contratos com mais de cinco anos de 
vigência. 
d) é devida, pois o contrato celebrado com Alberto deve ser 
considerado a prazo indeterminado. 
e) não é devida. 
Comentários 
Vamos lá, repitamos a lição. Esta questão é muito 
interessante. A Representação Comercial é o contrato pelo qual o 
representante comercial autônomo (pessoa física ou jurídica), se 
obriga a obter pedidos de compra e venda das mercadorias 
fabricadas ou comercializadas pela representada, com o objetivo de 
expandir os negócios desta, tendo como contraprestação uma 
retribuição acordada. 
A rescisão contratual será calculada de forma 
distinta, se o contrato contiver prazo determinado ou 
indeterminado. 
A lei considera que o contrato com prazo determinado, 
uma vez prorrogado o prazo inicial, tácita ou expressamente, torna-
se a prazo indeterminado. Portanto, já sabemos que no nosso caso o 
contrato há que ser considerado por prazo indeterminado. 
A indenização nas representações com prazo 
indeterminado devem ser 1/12 do total das comissões de todo o 
período. 
No caso de prazo determinado, a rescisão é equivalente 
à média mensal da retribuição auferida até a data da rescisão, 
multiplicada pela metade dos meses resultantes do prazo contratual 
(Lei 4.886/65, §1º). 
Gabarito Æ D. 
8. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT 6ª/2006) Acerca do contrato de 
representação comercial, assinale a alternativa correta: 
a) No contrato de representação comercial, o representado nomeia 
um procurador, chamado representante comercial, com poderes 
para administrar bens, vender, negociar preço e condições. 
b) A representação comercial pode ser exercida por pessoa física ou 
jurídica, com total autonomia jurídica e negocial em relação ao 
representado, e se caracteriza pela obrigação do representante 
distribuir, numa área determinada, os produtos comercializados 
pelo representado. 
c) A representação comercial pode ser exercida por pessoa física, 
que, sem vínculo de emprego com o representado, se obriga a obter 
pedidos de compra e venda de mercadorias fabricadas ou 
comercializadas pelo representado, bem como a prestar-lhe contas. 
 
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d) Na representação comercial, ao representado é vedado qualquer 
tipo de ingerência nos negócios do representante, não podendo o 
representado estipular preços ou condições de pagamento a serem 
praticados pelo representante, sob pena de caracterizar 
subordinação e descaracterizar o contrato de representação 
comercial. 
e) Nos contratos de representação comercial com prazo determinado, 
a parte que o denunciar estará obrigada a conceder pré-aviso de 30 
dias e pagar indenização correspondente a 1/3 do total de 
comissõesrecebidas pelo representante. 
Comentários 
Comentemos inicialmente as assertivas a e b, que estão 
incorretas. 
A letra a está incorreta. A Representação Comercial é o 
contrato pelo qual o representante comercial autônomo (pessoa 
física ou jurídica), se obriga a obter pedidos de compra e venda das 
mercadorias fabricadas ou comercializadas pela representada, com 
o objetivo de expandir os negócios desta, tendo como 
contraprestação uma retribuição acordada. O representante 
comercial não tem poderes para concluir a negociação em nome 
do representado. Cabe ao representado aprovar ou não os 
pedidos de compra obtidos pelo representante. 
A letra b igualmente erra por este motivo. 
Vejamos o conceito legal do contrato de representação 
comercial. Exerce a representação comercial autônoma a pessoa 
jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego; que 
desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais 
pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, 
agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los aos 
representados, praticando ou não atos relacionados com a execução 
dos negócios. 
A letra c está correta. É este o exato conceito sobre o 
contrato de representação comercial, conforme expendido. 
A letra d está incorreta. Vimos que, em regra, não existe 
subordinação entre o representado e o representante. A 
subordinação existente possui caráter meramente empresarial, 
relativo à organização da atividade econômica. O representante é 
empresário e organizar seu negócio da forma que lhe convier. 
Contudo, acaba, sim, por sofrer ingerências por parte do 
representado, uma vez que não é ele (representante) quem fixa os 
preços, condições de pagamento, etc. Se as relações ultrapassarem o 
aspecto meramente negocial, não podemos falar que existe um 
contrato mercantil, mas um contrato de trabalho. 
A letra e também está incorreta. A denúncia é 
modalidade de cessação contratual por iniciativa extrajudicial de um 
dos contraentes. 
 
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A lei estabeleceu que na resolução de contrato, quando 
firmado há mais de 6 meses, a parte denunciante deverá conceder 
pré-aviso de 30 dias OU pagar indenização correspondente a 1/3 
das comissões AUFERIDAS NOS ÚLTIMOS TRÊS MESES. 
Gabarito Æ C. 
9. (Cespe/Juiz Substituto/TJ TO/2007) Acerca de contrato de 
compra e venda mercantil, assinale a opção correta. 
a) Considera-se perfeita a compra e venda pura quando as partes 
acordam quanto ao preço e ao objeto. 
b) É vedada a compra e venda sem fixação de preço. 
c) A compra e venda mercantil não pode ter por objeto coisa futura. 
d) Com relação a bens excluídos da comunhão, a lei veda a compra 
e venda entre cônjuges. 
Comentários 
O contrato de compra e venda mercantil é consensual, 
isto é, nasce do encontro de vontades do vendedor e do comprador, 
contanto que acertem dois detalhes: a coisa a ser negociada e o 
preço. 
Assim, de plano o item a é o gabarito da nossa questão. 
A letra b está incorreta. A fixação do preço é 
preponderante. Não precisa, porém, que seja determinado. Mister se 
faz que, pelos elementos consignados no contrato, possamos dele ter 
noção exata. 
O preço poderá ser estipulado pelas partes, arbitrado 
por terceiros e de acordo com o mercado em determinado dia e 
lugar. 
Qualquer das três formas de estipulação será escolhida 
pelas partes que a farão constar no contrato. O arbitramento por 
terceiros deverá ficar avençado no contrato com os imprevistos 
possíveis e a maneira de resolvê-los. Assim é que as partes deverão 
aceitar de forma irrevogável e irrecorrível a decisão do terceiro para 
não transformar a fixação em divergências sucessivas. 
A letra c também erra. 
Nos contratos de compra e venda mercantil, alguma 
coisa é negociada. É necessário que essa coisa exista e que esteja 
nas cogitações das pessoas: de comprar, para uma, e de vender, 
para a outra. 
Podem ser objeto de compra e venda os bens corpóreos, 
os incorpóreos, as coisas presentes e futuras, as próprias e alheias. 
Não só as coisas presentes, que tenham a existência 
palpável de imediato, podem ser objeto de compra e venda, porque 
as futuras também poderão sê-lo. Pode o contrato, envolver coisas 
 
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futuras, como uma possível colheita. Esta hipótese configura as 
vendas aleatórias. 
A letra d está também incorreta. Segundo o Código Civil, 
artigo 499: É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a 
bens excluídos da comunhão. 
Ok? Tudo certo? Continuemos... 
10. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT 24ª/2006) Considere as 
definições abaixo: 
I. Espécie de contrato em que um empresário cede a outro, total ou 
parcialmente, os seus créditos provenientes de vendas a prazo a 
terceiros, recebendo do segundo o montante desses créditos, 
mediante o pagamento de uma remuneração. 
II. Contrato pelo qual um empresário cede a outro o direito de uso 
de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva 
ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, 
também ao direito de uso da tecnologia de implantação e 
administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou 
detidos pelo primeiro, mediante remuneração direta ou indireta, sem 
que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. 
III. Negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de 
arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de 
arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens 
adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da 
arrendatária e para uso próprio desta. 
IV. Contrato pelo qual uma pessoa, que é o devedor, a fim de 
garantir o adimplemento de obrigação e mantendo-se na posse 
direta, obriga-se a transferir a propriedade de uma coisa ou a 
titularidade de um direito a uma outra pessoa, que é o credor, o 
qual, por sua vez, fica adstrito a retransmitir a propriedade ou a 
titularidade do direito ao devedor, assim que paga a dívida 
garantida. 
V. Contrato que se aperfeiçoa quando um fabricante obriga-se a 
vender, continuadamente, a um distribuidor, que, por sua vez, se 
obriga a comprar, com vantagens especiais, produtos de sua 
fabricação, para posterior revenda, em zona determinada. 
Os conceitos acima correspondem, seqüencialmente, às seguintes 
espécies contratuais: 
a) faturização; franquia; leasing; alienação fiduciária em garantia; 
concessão comercial. 
b) factoring; concessão mercantil; alienação fiduciária em garantia; 
arrendamento mercantil; representação comercial. 
c) fomento mercantil; franquia; venda com reserva de domínio; 
alienação fiduciária em garantia; mandato mercantil. 
d) mandato mercantil; franchising; arrendamento mercantil; venda 
com reserva de domínio; representação comercial. 
 
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e) fomento mercantil; mandato mercantil; arrendamento mercantil; 
venda com reserva de domínio; concessão mercantil. 
Comentários 
Vamos lá! 
Primeiro item: I. Espécie de contrato em que um 
empresário cede a outro, total ou parcialmente, os seus créditos 
provenientes de vendas a prazo a terceiros, recebendo do segundo o 
montante desses créditos, mediante o pagamento de uma 
remuneração. Vimos que se trata o conceito retro da definição de 
faturização, factoring ou fomento mercantil. 
Segundo item: II. Contrato pelo qual um empresário 
cede a outro o direito de uso de marca ou patente, associado ao 
direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou 
serviços e, eventualmente, também ao direito de uso da tecnologia 
de implantação e administraçãode negócio ou sistema operacional 
desenvolvidos ou detidos pelo primeiro, mediante remuneração 
direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo 
empregatício. 
Este é o conceito do contrato de franquia. O contrato de 
franquia regula-se pela Lei 8.955/94. 
Franquia é um método para a distribuição de produtos 
ou serviços, consistente numa parceria entre um empresário, em 
princípio mais experiente (conhecido também como franqueador) e 
um ou mais empresários geralmente menos experientes 
(franqueado), em que o primeiro transfere aos últimos, no todo ou 
em parcialmente, a “competência” por ele desenvolvida no que se 
refere à atuação no respectivo mercado (Art. 2º). Exemplos clássicos 
de franchising adotadas no Brasil são Mac Donalds, Bob´s, Yazigi. 
Franqueados e franqueadores devem ser empresários, 
ou seja, pessoas jurídicas legalmente constituídas. 
Terceiro item: III. Negócio jurídico realizado entre pessoa 
jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, 
na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o 
arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo 
especificações da arrendatária e para uso próprio desta. 
Esta ficou fácil, trata-se, nada mais, do que o conceito 
de arrendamento mercantil ou leasing, já estudado no início da 
aula. 
Quarto item: IV. Contrato pelo qual uma pessoa, que é o 
devedor, a fim de garantir o adimplemento de obrigação e 
mantendo-se na posse direta, obriga-se a transferir a propriedade de 
uma coisa ou a titularidade de um direito a uma outra pessoa, que é 
o credor, o qual, por sua vez, fica adstrito a retransmitir a 
propriedade ou a titularidade do direito ao devedor, assim que paga 
a dívida garantida. 
 
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E aí, já sabem? É o contrato de alienação fiduciária em 
garantia. Atentem-se para o fato de que a posse direta fica com o 
devedor, o credor mantém apenas a posse indireta do bem. 
V. Contrato que se aperfeiçoa quando um fabricante 
obriga-se a vender, continuadamente, a um distribuidor, que, por 
sua vez, se obriga a comprar, com vantagens especiais, produtos de 
sua fabricação, para posterior revenda, em zona determinada. 
A concessão mercantil é o contrato de colaboração pelo 
qual uma parte (concessionário) adquire bens de outra para revenda 
(da concedente), desfrutando de preços e condições de pagamentos 
especiais, a fim de que possa auferir lucro na intermediação. 
É importante distinguir o contrato de distribuição do 
contrato de concessão mercantil. 
A distribuição não se confunde com a concessão
mercantil, já que esta só ocorre quando há revenda, ou seja, 
quando o concessionário adquire o produto do concedente e o 
comercializa em nome próprio e por conta própria. O contrato de 
agência (representação) e distribuição, a que alude o art. 710 do 
nosso Código, continua sendo, malgrado a posse e disponibilidade 
da mercadoria pelo agente, um contrato de intermediação, que o 
distribuidor conclui como preposto ou mandatário do representado 
(ou seja, em nome e por conta do preponente). 
Ok? Cuidado! 
O gabarito da nossa questão é, portanto, a letra a. 
Gabarito Æ A. 
11. (FGV/Auditor Fiscal/Amapá/2010) A respeito do contrato de 
franquia é correto afirmar que: 
(A) configura-se relação trabalhista entre franqueado e franqueador. 
(B) a validade do contrato de franquia depende do seu registro no 
órgão competente. 
(C) o contrato de franquia pode ser apenas verbal. 
(D) o franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou 
patente, associado ao direito de distribuição, exclusiva ou semi-
exclusiva de produtos ou serviços. 
(E) as empresas franqueadora e franqueadas constituem-se como 
grupo de sociedades nos termos da disciplina societária. 
Comentários 
Dissemos que, segundo a lei, franquia empresarial é o 
sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de 
uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição 
exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, 
 
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eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de 
implantação e administração de negócio ou sistema operacional 
desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração 
direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo 
empregatício. 
Portanto, não há que se falar em vínculo empregatício 
entre franqueador e franqueado. A relação entre eles é empresarial. 
A letra a está incorreta. 
No mesmo caminho, a letra d está correta, uma vez que 
extraída literalmente do artigo 2º da Lei de Franquia. 
O contrato de franquia deve ser sempre escrito e 
assinado na presença de 2 (duas) testemunhas e terá validade 
independentemente de ser levado a registro perante cartório ou 
órgão público (Lei 8.955/94, art. 6º). A letra b também está 
incorreta. Essa é uma ótima pegadinha para a prova! Atentem-se. A 
letra c também é errônea, uma vez que o contrato de franquia deve 
ser sempre escrito. 
Validade do contrato de franquia Æ Independe de registro. 
A prova para OAB DF, realizada em 2005, cobrou o 
tema em prova, com o seguinte teor (item correto). 
(OAB/DF/2005) O contrato de franquia comercial dispensa o 
registro quando assinado na presença de duas testemunhas 
A relação entre franqueador e franqueado não 
caracteriza também grupo de sociedades, nos termos do artigo 265 
da Lei das SA´s. Caracteriza-se o grupo de sociedades por ser “um 
termo de referência para aquele setor da realidade societária 
moderna que encontra no fenômeno do controle intersocietário e das 
relações de coligação entre sociedades o seu centro de gravidade”. 
Gabarito Æ D. 
12. (FGV/Agente Fiscal de Rendas/2009) A respeito do contrato de 
arrendamento mercantil, é correto afirmar que: 
(A) a cobrança antecipada do Valor Residual Garantido (VRG) 
descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil, 
transformando-o em compra e venda a prestação. 
(B) a cobrança antecipada do Valor Residual Garantido (VRG) não 
descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil. 
(C) é proibido o pagamento antecipado de Valor Residual Garantido 
(VRG). 
(D) o bem objeto do contrato de arrendamento mercantil deve 
necessariamente ser adquirido pelo arrendatário. 
 
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(E) o bem objeto do contrato de arrendamento mercantil deve 
necessariamente retornar à instituição financeira. 
Comentários 
A questão cobrou entendimento jurisprudencial, 
defendido na Súmula 293, in verbis: A cobrança antecipada do valor 
residual garantido (VRG) não descaracteriza o contrato de 
arrendamento mercantil. 
Assim, o gabarito da questão é a letra b. 
A letra c está incorreta. Devemos distinguir a figura do 
valor residual da figura do valor residual garantido. Podemos dizer 
que o valor residual corresponde ao preço para o exercício da opção 
de compra. Se o arrendatário optar pela compra do bem, pagará um 
valor residual garantido. Há uma grande divergência doutrinária e 
jurisprudencial acerca da possibilidade de antecipação deste valor. 
Contudo, para concursos, numa questão como esta o mais prudente 
é defender a sua possibilidade, uma vez que há expressa decisão do 
STJ neste sentido. 
As letras d e e também estão incorretas. Ao termo do 
prazo pactuado entre as partes resta ao arrendatário: 
1) Adquirir o bem, pagando, caso exista, o valor residual; 
2) Devolver o bem, restituindo-se-lhe o valor residual, se houver; 
3) Renovação do arrendamento. 
Gabarito Æ B. 
13. (FGV/Agente Fiscal de Rendas/Sefaz RJ/2010) Com relaçãoà 
representação comercial autônoma, analise as seguintes 
afirmativas. 
I. Para o exercício da atividade de representante comercial 
autônomo é necessário o prévio registro no Conselho Regional dos 
Representantes Comerciais. 
II. O contrato de representação comercial passou a ser regido pelo 
Código Civil, revogando-se a Lei n.º 4.886, de 9 de dezembro de 
1965, que regulava, em sede especial, as atividades dos 
representantes comerciais autônomos. 
III. O representante comercial autônomo faz jus ao recebimento da 
comissão quando for feito o pagamento dos pedidos ou propostas. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
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(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentários 
Deve, sim, o representante obter registro no Conselho 
Regional de Representantes Comerciais, sujeitando-se aos preceitos 
éticos e administrativos definidos para a sua profissão. Caso o 
representante seja pessoa jurídica, deve também registrar-se 
perante a Junta Comercial. O item I está correto. 
A afirmação II está incorreta porque a representação 
comercial autônoma continua a ser disciplinada pela Lei n.º 4.886, 
de 9 de dezembro de 1965. 
O item III, por sua vez, está correto. Vejamos a lei: 
Art. 32. O representante comercial adquire o direito às comissões 
quando do pagamento dos pedidos ou propostas. (Redação dada pela 
Lei nº 8.420, de 8.5.1992) 
§ 1° O pagamento das comissões deverá ser efetuado até o dia 15 do 
mês subseqüente ao da liquidação da fatura, acompanhada das 
respectivas cópias das notas fiscais. (Incluído pela Lei nº 8.420, de 
8.5.1992) 
§ 2° As comissões pagas fora do prazo previsto no parágrafo anterior 
deverão ser corrigidas monetariamente. (Incluído pela Lei nº 8.420, de 
8.5.1992) 
§ 3° É facultado ao representante comercial emitir títulos de créditos 
para cobrança de comissões. (Incluído pela Lei nº 8.420, de 8.5.1992) 
§ 4° As comissões deverão ser calculadas pelo valor total das 
mercadorias. 
Gabarito Æ C. 
14. (FGV/Agente Fiscal de Rendas/Sefaz RJ/2010) Com relação à 
alienação fiduciária em garantia, analise as afirmativas a seguir: 
I. Por meio do contrato de alienação fiduciária em garantia, o credor 
torna-se proprietário do bem alienado e seu possuidor direto. 
II. Não se admite a alienação fiduciária em garantia de bens imóveis. 
III. No contrato de alienação fiduciária, não se admite cláusula que 
autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em 
garantia, se a dívida não for paga no vencimento. 
Assinale: 
(A) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(D) se somente a afirmativa III estiver correta. 
 
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(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
Comentários 
A afirmação I está errada. Por meio do contrato de 
alienação fiduciária em garantia, o credor torna-se proprietário do 
bem alienado e seu possuidor indireto. 
Segundo o artigo 1.361, § 2°, do Código Civil, “com a 
constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da 
posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa”. 
Os bens móveis e imóveis podem ser objeto de alienação 
fiduciária em garantia, conforme prescreve a Lei 9.514/97, art. 22. 
Portanto, o item II está também incorreto. Vejam como as questões 
se repetem. Esta assertiva já foi cobrada na questão 2, em concurso 
realizado pela FCC. 
Por fim, o item III está correto. Nos termos do art. 1.365 
do Código civil: É nula a cláusula que autoriza o proprietário 
fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não 
for paga no vencimento. 
Gabarito Æ D. 
15. (OAB/DF/2005) Na comissão mercantil o comissário realiza 
negócios em nome do comitente e, assim, não é parte nos contratos 
de compra e venda. 
Comentários 
Na lição de Fran Martins, comissão mercantil é o 
contrato segundo o qual um comerciante se obriga a realizar atos ou 
negócios de natureza mercantil em favor e segundo instruções de 
outra pessoa, agindo, porém, em seu próprio nome e, por tal razão, 
se obrigando para com terceiros com quem contrata. 
Fábio Ulhoa define como aquele em que uma das partes 
(comissário) se obriga a praticar atos por conta da outra (comitente), 
mas em nome próprio. 
São obrigações do comissário: 
a) Agir de acordo com as ordens do comitente; 
b) Avisar ao comitente de qualquer dano sofrido pelas mercadorias; 
c) Prestar contas ao comitente. 
São obrigações do comitente: 
a) Pagar a comissão devida; 
b) Pagar as despesas realizadas no desempenho da comissão. 
Outro aspecto importante sobre a comissão que pode 
ser cobrado em prova é o seguinte: Os riscos comerciais do negócio 
cabem, em princípio, ao comitente. Assim, se verificada 
 
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inadimplência de terceiro, as conseqüências decorrentes serão 
suportadas por ele (comitente). Contudo, através de cláusula 
chamada del credere. Por esta cláusula, pode o comissário 
responder, perante o comitente, pelas obrigações assumidas pelo 
terceiro com quem contratou, solidariamente com este. O risco da 
transação realizada ficará, pois, distribuído. Ressalve-se, contudo, 
que mesmo na comissão em que haja cláusula del credere, os 
demais riscos, como de vício na coisa vendida ou evicção devem ser 
suportados pelo comitente. 
Gabarito Æ Incorreto. 
16. (OAB/DF/2005) Nos contratos de distribuição, o proponente se 
obriga a aceitar todos os pedidos de compra encaminhados pelo 
distribuidor. 
Comentários 
A distribuição é o contrato pelo qual uma das partes, 
denominada distribuidor, se obriga a adquirir da outra parte, 
denominada distribuído, mercadorias geralmente de consumo, para 
sua posterior colocação no mercado, por conta e risco próprio, 
estipulando-se como contraprestação um valor ou margem de 
revenda. 
O preponente não está obrigado a aceitar todos os 
pedidos de compra encaminhados pelo distribuidor. Todavia, não 
pode recusá-los todos imotivadamente. Se o fizer, deverá indenizar o 
distribuidor. 
Lembrem-se de que dissemos que os contratos de 
colaboração podem ser: 
1) por aproximação: o colaborador não é intermediário, ou seja, não 
adquire o produto para revendê-lo. Apenas identifica quem possa 
estar interessado em fazê-lo. 
2) por intermediação: o colaborador celebra com o fornecedor um 
contrato de compra e venda, adquirindo os produtos para revenda. 
O contrato de distribuição pode enquadrar-se sobre 
qualquer destes tipos. 
Gabarito Æ Incorreto. 
17. (OAB/DF/2005) O foro do contrato de representação comercial é 
o do domicílio do representado. 
Comentários 
Para julgamento das controvérsias que surgirem entre 
representante e representado é competente a Justiça Comum e o 
foro do domicílio do representante (Lei 4.886/65, art. 39). 
 
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Gabarito Æ Incorreto. 
18. (Banco do Brasil/Escriturário/2006) A alienação fiduciária, deve 
ser celebrada por instrumento público ou particular a ser registrado 
no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do credor. 
Comentários 
A questão está incorreta, por um pequeno detalhe. 
Conforme o §1º do artigo 1.361 do Código Civil: 
Constitui-se a propriedadefiduciária com o registro do contrato, 
celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de 
título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do 
devedor, OU, em se tratando de veículos, na repartição competente 
para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de 
registro. Vejam que a questão falou em credor! Errou, portanto. 
Gabarito Æ Incorreto. 
19. (OAB/DF/2006) Em relação aos contratos mercantis é correto 
afirmar: 
a) faturizador e faturizado têm que ser, necessariamente, pessoa 
jurídica; 
b) o vínculo empregatício entre franqueado e franqueador só se 
verificará se houver cláusula expressa; 
c) o representante poderá resolver o contrato face à inobservância da 
cláusula de exclusividade pelo representado; 
d) o vendedor poderá exigir uma caução do comprador falido (massa 
falida) como condição para entrega da coisa. 
Comentários 
A letra a está incorreta. A faturizadora deve ser 
instituição financeira. O faturizado é empresário, seja pessoa física, 
seja jurídica. 
Letra b: Franquia empresarial é o sistema pelo qual um 
franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou 
patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-
exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao 
direito de uso de tecnologia de implantação e administração de 
negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo 
franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, 
no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. A lei não 
ressalva a possibilidade de cláusula em sentido contrário. 
A letra c é o nosso gabarito. 
Lei 4.886/65. Art. 36. Constituem motivos justos para rescisão do 
contrato de representação comercial, pelo representante: 
a) redução de esfera de atividade do representante em desacôrdo 
com as cláusulas do contrato; 
 
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b) a quebra, direta ou indireta, da exclusividade, se prevista 
no contrato; 
c) a fixação abusiva de preços em relação à zona do representante, 
com o exclusivo escopo de impossibilitar-lhe ação regular; 
d) o não-pagamento de sua retribuição na época devida; 
e) força maior. 
A letra d está incorreta também. 
Pois bem, a regra geral, aplicável à compra e venda civil, 
é a de que o vendedor pode exigir, na insolvência do comprador, 
uma caução antes de proceder à entrega da coisa vendida (CC art. 
495). 
Na compra e venda mercantil, os direitos do vendedor, 
na falência do comprador, variam segundo o momento em que se 
encontrava a execução do contrato quando da quebra. Em alguns 
casos, o vendedor tem o direito à restituição da coisa; em outros, à 
notificação do administrador para que seja decidido se seu contrato 
será resolvido ou deverá ser cumprido. Mas, em nenhuma 
circunstância, pode o vendedor na compra e venda mercantil exigir 
do comprador falido (isto é, da massa falida) a prestação de caução 
do pagamento como condição para fazer a entrega da coisa vendida. 
O art. 495 do CC não se aplica à compra e venda mercantil, sujeitas 
às regras específicas da LF, e nisso reside sua especificidade. 
Gabarito Æ C. 
20. (ESAF/Fiscal de Tributos Estaduais/Sefaz PA/2002) A franquia 
é contrato mercantil que visa 
a) substituir a representação comercial. 
b) reduzir investimentos em controles e fiscalização na oferta de 
bens. 
c) ampliar os canais de distribuição de bens. 
d) dar maior visibilidade a marcas de serviços. 
e) criar sociedades entre franquiador e franquiados. 
Comentários 
A atividade da franquia envolve sempre duas partes: 
1) franqueador: proprietário do know-how do negócio, 
2) franqueado, que pretende utilizar a marca e os conhecimentos 
técnicos do franqueador para desenvolver a atividade comercial. 
Os dois têm um interesse comum: o sucesso da 
franquia. O franqueador, porque o bom resultado da loja franqueada 
lhe permite, além de receber uma boa quantia de royalties sobre 
faturamente, a ampliação e consolidação da marca por ele detida. O 
franqueado, pelos lucros que poderá obter com as vendas dos 
produtos em sua loja. Por isso, pode-se dizer que franqueador e 
franqueado estão "no mesmo barco", sendo o principal objetivo da 
franquia ampliar os canais de distribuição de bens. 
 
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Gabarito Æ C. 
Bem, amigos, por hoje é só. Ficaremos por aqui. Já 
tratamos sobre os principais aspectos dos contratos mercantis. 
Quaisquer dúvidas podem ser enviadas ao Fórum de 
Dúvidas ou, alternativamente, em meu e-mail 
(gabriel@pontodosconcursos.com.br). A disciplina de contratos é 
extensa, passamos aqui os principais aspectos que já foram 
cobrados e que têm grande probabilidade de cobrança na prova de 
vocês. 
Um abraço a todos e até a próxima! 
Gabriel Rabelo. 
 
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Questões comentadas nesta aula 
0. (ESAF/AFRFB/2009) Sobre a transformação, assinale a opção 
incorreta. 
a) A passagem de uma companhia fechada para uma aberta 
constitui transformação societária. 
b) O ato de transformação independe da prévia dissolução ou baixa 
da forma empresarial originária. 
c) Na hipótese de concentração de todas as cotas da sociedade 
limitada sob titularidade de um único sócio, este pode requerer ao 
Registro Público de Empresas a transformação do registro da 
sociedade para empresário individual. 
d) Admite-se a transformação de uma sociedade em nome coletivo 
para uma sociedade limitada. 
e) Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá 
solicitar ao Registro Público de Empresas a transformação de seu 
registro de empresário para resgistro de sociedade empresária. 
1. (ESAF/PGFN/2007) Contratos empresariais caracterizam-se por: 
a) uma das partes ser empresária. 
b) terem por objeto o exercício da empresa. 
c) serem uma das formas de organização da atividade empresária. 
d) haver cooperação entre diferentes agentes econômicos na 
organização dos negócios. 
e) serem essenciais para a circulação de bens e serviços em 
mercados. 
2. (FCC/Promotor de Justiça/MP CE/2009) Em relação a contratos 
mercantis, é correto afirmar que: 
a) por sua natureza, o mandato mercantil pode ser oneroso ou 
gratuito. 
b) a compra e venda é mercantil quando o vendedor ou comprador 
são empresários, podendo uma das partes sê-lo ou não. 
c) a alienação fiduciária em garantia tem sua abrangência restrita a 
bens móveis. 
d) as empresas de faturização, ou fomento mercantil, a exemplo das 
instituições financeiras, devem manter sigilo sobre suas operações. 
 
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e) o arrendamento mercantil é a locação caracterizada pela compra 
compulsória do bem locado ao término da locação. 
3. (Cespe/Juiz Federal/TRF 5ª/2009) Acerca de aspectos diversos 
do direito civil e do direito empresarial, assinale a opção incorreta. 
a) Encontra-se já sedimentado na jurisprudência do STJ que, nos 
contratos garantidos por alienação fiduciária, não há depósito típico, 
razão pela qual não há que se falar em imposição de prisão civil, 
possibilidade presente apenas para o devedor de pensão alimentícia. 
b) Nos contratos de leasing, caso conste cláusula resolutiva 
expressa, não se exige a notificação prévia do arrendatário para que 
o contrato seja considerado em mora. 
c) Os contratos de colaboração empresarial são aqueles que se 
definem por uma obrigação particular, em que um dos contratantes 
(o colaborador) assume, em relação aos produtos ou serviços do 
outro (o fornecedor),a criação ou ampliação do mercado. 
d) De acordo com a jurisprudência, as administradoras de cartões 
de crédito são consideradas instituições financeiras. 
4. (Cespe/Advogado Geral da União/2009) Caracteriza-se leasing 
operacional quando uma sociedade empresária aliena um bem de 
sua propriedade à companhia de leasing, que o arrenda à mesma 
pessoa jurídica que o vendeu. 
5. (ESAF/PGFN/2006) Pelo entendimento predominante nos 
tribunais pátrios, na falta de pagamento das prestações do contrato 
de leasing, a ação cabível para a retomada do bem é a reintegração 
de posse, não se admitindo a equiparação do arrendatário à 
depositário infiel. 
6. (Cespe/Auditor Fiscal/Vila Velha/2007) Considere-se que João 
celebre contrato de representação comercial autônoma com certo 
fabricante de produtos alimentícios. Nesse caso, a relação jurídica 
travada entre João e o fabricante de produtos alimentícios é regida 
pelas leis trabalhistas. 
7. (FCC/Juiz Substituto/TRT 11ª/2007) Alberto era representante 
comercial da ABC Ltda., tendo exercido essa função por dez anos. 
Ao longo desse período, por imposição da empresa representada, as 
partes celebravam contratos por prazo determinado de um ano, ao 
fim do qual se procedia a sua imediata renovação. Ao final do 10o 
ano, a ABC Ltda. notificou Alberto a respeito da não-renovação de 
seu contrato e extinção do vínculo negocial. Alberto agora pleiteia o 
recebimento de indenização equivalente a 1/12 (um doze avos) das 
comissões auferidas durante todo o período de representação, em 
 
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razão da extinção imotivada do contrato por iniciativa da 
representada. Essa indenização 
a) é devida, pois é aplicável a todos os contratos de representação 
comercial. 
b) é devida, apenas com relação ao último período anual de 
contrato. 
c) é devida, pois é aplicável a contratos com mais de cinco anos de 
vigência. 
d) é devida, pois o contrato celebrado com Alberto deve ser 
considerado a prazo indeterminado. 
e) não é devida. 
8. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT 6ª/2006) Acerca do contrato de 
representação comercial, assinale a alternativa correta: 
a) No contrato de representação comercial, o representado nomeia 
um procurador, chamado representante comercial, com poderes 
para administrar bens, vender, negociar preço e condições. 
b) A representação comercial pode ser exercida por pessoa física ou 
jurídica, com total autonomia jurídica e negocial em relação ao 
representado, e se caracteriza pela obrigação do representante 
distribuir, numa área determinada, os produtos comercializados 
pelo representado. 
c) A representação comercial pode ser exercida por pessoa física, 
que, sem vínculo de emprego com o representado, se obriga a obter 
pedidos de compra e venda de mercadorias fabricadas ou 
comercializadas pelo representado, bem como a prestar-lhe contas. 
d) Na representação comercial, ao representado é vedado qualquer 
tipo de ingerência nos negócios do representante, não podendo o 
representado estipular preços ou condições de pagamento a serem 
praticados pelo representante, sob pena de caracterizar 
subordinação e descaracterizar o contrato de representação 
comercial. 
e) Nos contratos de representação comercial com prazo determinado, 
a parte que o denunciar estará obrigada a conceder pré-aviso de 30 
dias e pagar indenização correspondente a 1/3 do total de 
comissões recebidas pelo representante. 
9. (Cespe/Juiz Substituto/TJ TO/2007) Acerca de contrato de 
compra e venda mercantil, assinale a opção correta. 
a) Considera-se perfeita a compra e venda pura quando as partes 
acordam quanto ao preço e ao objeto. 
b) É vedada a compra e venda sem fixação de preço. 
c) A compra e venda mercantil não pode ter por objeto coisa futura. 
d) Com relação a bens excluídos da comunhão, a lei veda a compra 
e venda entre cônjuges. 
10. (Juiz do Trabalho Substituto/TRT 24ª/2006) Considere as 
definições abaixo: 
 
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I. Espécie de contrato em que um empresário cede a outro, total ou 
parcialmente, os seus créditos provenientes de vendas a prazo a 
terceiros, recebendo do segundo o montante desses créditos, 
mediante o pagamento de uma remuneração. 
II. Contrato pelo qual um empresário cede a outro o direito de uso 
de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva 
ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, 
também ao direito de uso da tecnologia de implantação e 
administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou 
detidos pelo primeiro, mediante remuneração direta ou indireta, sem 
que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. 
III. Negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de 
arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de 
arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens 
adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da 
arrendatária e para uso próprio desta. 
IV. Contrato pelo qual uma pessoa, que é o devedor, a fim de 
garantir o adimplemento de obrigação e mantendo-se na posse 
direta, obriga-se a transferir a propriedade de uma coisa ou a 
titularidade de um direito a uma outra pessoa, que é o credor, o 
qual, por sua vez, fica adstrito a retransmitir a propriedade ou a 
titularidade do direito ao devedor, assim que paga a dívida 
garantida. 
V. Contrato que se aperfeiçoa quando um fabricante obriga-se a 
vender, continuadamente, a um distribuidor, que, por sua vez, se 
obriga a comprar, com vantagens especiais, produtos de sua 
fabricação, para posterior revenda, em zona determinada. 
Os conceitos acima correspondem, seqüencialmente, às seguintes 
espécies contratuais: 
a) faturização; franquia; leasing; alienação fiduciária em garantia; 
concessão comercial. 
b) factoring; concessão mercantil; alienação fiduciária em garantia; 
arrendamento mercantil; representação comercial. 
c) fomento mercantil; franquia; venda com reserva de domínio; 
alienação fiduciária em garantia; mandato mercantil. 
d) mandato mercantil; franchising; arrendamento mercantil; venda 
com reserva de domínio; representação comercial. 
e) fomento mercantil; mandato mercantil; arrendamento mercantil; 
venda com reserva de domínio; concessão mercantil. 
11. (FGV/Auditor Fiscal/Amapá/2010) A respeito do contrato de 
franquia é correto afirmar que: 
(A) configura-se relação trabalhista entre franqueado e franqueador. 
(B) a validade do contrato de franquia depende do seu registro no 
órgão competente. 
(C) o contrato de franquia pode ser apenas verbal. 
 
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(D) o franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou 
patente, associado ao direito de distribuição, exclusiva ou semi-
exclusiva de produtos ou serviços. 
(E) as empresas franqueadora e franqueadas constituem-se como 
grupo de sociedades nos termos da disciplina societária. 
12. (FGV/Agente Fiscal de Rendas/2009) A respeito do contrato de 
arrendamento mercantil, é correto afirmar que: 
(A) a cobrança antecipada do Valor Residual Garantido (VRG) 
descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil, 
transformando-o em compra e venda a prestação. 
(B) a cobrança antecipada do Valor Residual Garantido (VRG) não 
descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil. 
(C) é proibido o pagamento antecipado de Valor Residual Garantido 
(VRG). 
(D) o bem objeto do contrato de arrendamento mercantil deve 
necessariamente ser adquirido pelo arrendatário. 
(E) o bem objeto do contrato de arrendamento mercantil deve 
necessariamente retornar à instituiçãofinanceira. 
13. (FGV/Agente Fiscal de Rendas/Sefaz RJ/2010) Com relação à 
representação comercial autônoma, analise as seguintes 
afirmativas. 
I. Para o exercício da atividade de representante comercial 
autônomo é necessário o prévio registro no Conselho Regional dos 
Representantes Comerciais. 
II. O contrato de representação comercial passou a ser regido pelo 
Código Civil, revogando-se a Lei n.º 4.886, de 9 de dezembro de 
1965, que regulava, em sede especial, as atividades dos 
representantes comerciais autônomos. 
III. O representante comercial autônomo faz jus ao recebimento da 
comissão quando for feito o pagamento dos pedidos ou propostas. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
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14. (FGV/Agente Fiscal de Rendas/Sefaz RJ/2010) Com relação à 
alienação fiduciária em garantia, analise as afirmativas a seguir: 
I. Por meio do contrato de alienação fiduciária em garantia, o credor 
torna-se proprietário do bem alienado e seu possuidor direto. 
II. Não se admite a alienação fiduciária em garantia de bens imóveis. 
III. No contrato de alienação fiduciária, não se admite cláusula que 
autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em 
garantia, se a dívida não for paga no vencimento. 
Assinale: 
(A) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(D) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
15. (OAB/DF/2005) Na comissão mercantil o comissário realiza 
negócios em nome do comitente e, assim, não é parte nos contratos 
de compra e venda. 
16. (OAB/DF/2005) Nos contratos de distribuição, o proponente se 
obriga a aceitar todos os pedidos de compra encaminhados pelo 
distribuidor. 
17. (OAB/DF/2005) O foro do contrato de representação comercial é 
o do domicílio do representado. 
18. (Banco do Brasil Escriturário/2006/FCC) A alienação fiduciária, 
deve ser celebrada por instrumento público ou particular a ser 
registrado no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do 
credor. 
19. (OAB/DF/2006) Em relação aos contratos mercantis é correto 
afirmar: 
a) faturizador e faturizado têm que ser, necessariamente, pessoa 
jurídica; 
b) o vínculo empregatício entre franqueado e franqueador só se 
verificará se houver cláusula expressa; 
c) o representante poderá resolver o contrato face à inobservância da 
cláusula de exclusividade pelo representado; 
d) o vendedor poderá exigir uma caução do comprador falido (massa 
falida) como condição para entrega da coisa. 
20. (ESAF/Fiscal de Tributos Estaduais/Sefaz PA/2002) A franquia 
é contrato mercantil que visa 
 
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a) substituir a representação comercial. 
b) reduzir investimentos em controles e fiscalização na oferta de 
bens. 
c) ampliar os canais de distribuição de bens. 
d) dar maior visibilidade a marcas de serviços. 
e) criar sociedades entre franquiador e franquiados. 
 
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Gabarito das questões comentadas nesta aula 
0. Gabarito Æ A. 
1. Gabarito Æ C. 
2. Gabarito Æ D. 
3. Gabarito Æ B. 
4. Gabarito Æ Incorreto. 
5. Gabarito Æ B
6. Gabarito Æ Incorreto. 
7. Gabarito Æ D. 
8. Gabarito Æ C. 
9. Gabarito Æ A. 
10. Gabarito Æ A. 
11. Gabarito Æ D. 
12. Gabarito Æ B. 
13. Gabarito Æ C
14. Gabarito Æ D. 
15. Gabarito Æ Incorreto. 
16. Gabarito Æ Incorreto. 
17. Gabarito Æ Incorreto. 
18. Gabarito Æ Incorreto. 
19. Gabarito Æ C. 
20. Gabarito Æ C.

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