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Contextualizando a Adolescência Profª. Sâmya Lôbo Curso de Enfermagem da Faculdade Maurício de Nassau Disciplina: Cuidado à Saúde do Adolescente OBJETIVOS • Definir os termos adolescência, juventude e puberdade. • Caracterizar a adolescência ao longo dos períodos históricos. • Discutir os aspectos sociais e culturais que influenciam a adolescência atualmente. ADOLESCÊNCIA “Adolescente" vem do latim adolescere, que significa crescer, desenvolver, aumentar, tornar-se maior. Início 1430 ADOLESCÊNCIA Fase de transição gradual entre a infância e o estado adulto, que se caracteriza por intenso crescimento e desenvolvimento, manifestado por transformações anatômicas, fisiológicas, psicológicas e sociais. • Período de desenvolvimento situado entre a infância e a idade adulta. • 2ª década de vida: 10 aos 19 anos (OMS). • 12 aos 18 anos (ECA). Critério cronológico • Início na primeira manifestação da puberdade e término no momento em que o desenvolvimento físico está quase concluído. Desenvolvimento físico • Período em que a sociedade deixa de encarar o indivíduo como criança, mas não lhe confere plenamente o status de adulto, nem em seus papéis e nem em suas funções. Critério sociológico • Período de extensa reorganização da personalidade que resulta de mudanças no status biossocial entre a infância e a idade adulta. Critério psicológico PUBERDADE Conjunto de modificações biológicas que transformam o corpo infantil em adulto, constituindo-se em um dos elementos da adolescência. Entre 10 e 13 anos (meninas) e 12 e 14 (meninos). JUVENTUDE 15 aos 24 anos. Adolescentes jovens (de 15 a 19 anos). Adultos jovens (de 20 a 24 anos). ADOLESCÊNCIA Ao mesmo tempo em que é proposta a universalidade do estágio da adolescência, observa-se que ela depende de uma inserção histórica e cultural, que determina, portanto, variadas formas de viver a adolescência, de acordo com o gênero, o grupo social e a geração (Martins & cols., 2003). AO LONGO DA HISTÓRIA Sprinthall e Collins (1999) afirmam que os componentes psicológicos e fisiológicos fundamentais desse período sempre existiram nas pessoas, independente do período histórico ou cultural, embora nem sempre se reconhecessem as características específicas da adolescência. A história nos conta que, até por volta do séc. XV a infância não era reconhecida, as crianças eram vistas como seres que careciam de proteção, inseguros e totalmente dependentes do adulto. AO LONGO DA HISTÓRIA Somente nos séculos XIX e XX, acontecimentos sociais, demográficos e culturais parecem ter propiciado o estabelecimento da adolescência como período distinto do desenvolvimento humano (Kimmel & Weiner, 1998). GRÉCIA Na Grécia Antiga, os jovens eram submetidos a um verdadeiro adestramento, cujo fim seria incentivar-lhes as virtudes cívicas e militares. Aos 16 anos, podiam falar nas assembleias, e atingiam a maioridade civil aos 18 anos, ocasião em que eram inscritos nos registros públicos da cidade (Grossman, 1998). GRÉCIA A ginástica era bastante utilizada para estimular o desenvolvimento. As moças faziam exercícios esportivos a fim de adquirir saúde e vigor para seu futuro de mães de família. Casavam-se aos 15 ou 16 anos. ROMA ANTIGA Não existia “maioridade” legal: o indivíduo era considerado impúbere até que o pai ou o tutor considerasse que estava na idade de tomar as vestes de homem e cortar o primeiro bigode. ROMA ANTIGA As meninas eram consideradas em idade de casar aos 12 anos. O casamento se consumava, no máximo, aos 14 anos, quando então eram consideradas adultas. IDADE MÉDIA Na Idade Média, não havia distinção entre crianças e adultos. Quando a criança adquiria a condição de viver sem o desvelo constante da mãe ou da ama, ingressava plenamente no mundo adulto, participando de todas as atividades sociais. BRASIL COLÔNIA Até 1500 – Para os indígenas, as crianças eram responsabilidade não apenas dos pais, mas de toda a tribo. 1501 a 1600 – Crianças e adolescentes abandonados e marginalizados, em Portugal, são trazidos para o Brasil para colaborar na aproximação com os índios e na catequese. IDADE MODERNA Família burguesa: nuclear, heterossexual, monógama e patriarcal, centrada na educação dos filhos. Estado passou a interferir, com maior frequência, no espaço social: formas de agir na família, comunidade, grupos religiosos e educacionais. DÉCADAS DE 40 – 50 Final do século XX – Surgimento das primeiras escolas no Brasil, criadas como espaços de ordem e homogeneização das crianças da elite. Século XIX – criação de escolas para meninas, onde as jovens poderiam, por meio de uma educação intelectual, religiosa e moral, prepararem-se para serem mães (Sarat & Sarat, 2007). DÉCADA DE 50 “Juventude transviada” ou “rebelde sem causa”. Década de 60 – 70 Os jovens passaram a negar todas as manifestações visíveis dessa sociedade. Foco na contestação. Década de 80 Década de 80 Aumento da taxa de natalidade. Aumento do número de adolescentes. Apoio às causas sociais e políticas. Década de 90 A criança e o adolescente passam a ser considerados sujeitos de direito e em fase especial de desenvolvimento, afirmando a ideia de proteção integral do estado. Década de 90 Crescimento da formação técnica na década de 80-90. Crescimento da formação universitária no final da década de 90 até o século XXI. SÉCULO XXI SÉCULO XXI SÉCULO XXI SÉCULO XXI SÉCULO XXI REFERÊNCIAS • FERREIRA, T. H. S.; FARIAS, M. A. Adolescência através dos Séculos. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Abr-Jun 2010, Vol. 26 n. 2, pp. 227- 234.
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