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AULA 3: Transporte Hidroviário Profa. Ms. Ana Paula Fugii PORTOS 15/08/2016 5ºA/5ºB/5ºDE AEROPORTOS E PORTOS CAPITULO VII Notas Aulas -2013 HIDROVIAS Hidrovia é uma rota pré-determinada para o tráfego aquático; Hidrovia, aquavia, via navegável, caminho marítimo ou caminho fluvial são sinônimos; Hidrovia interior ou via navegável interior são denominações comuns para os rios, lagos ou lagoas navegáveis. O que é Hidrovia? Assim como existem estradas de rodagem carroçáveis, não pavimentadas, pavimentadas e rodovias, existem rios flutuáveis, de navegação rudimentar, francamente navegáveis e hidrovias. Desde tempos muito antigos, o homem utiliza a água como estrada. Nos dias atuais, mares, lagos e rios são constantemente cortados por embarcações do mais diferentes tipos, desde os imponentes navios até as humildes barcaças. Cada um desses veículos foi planejado e construído de forma a preencher certos requisitos que lhe deem o máximo de eficiência na tarefa que lhe cabe. As hidrovias são vitais para o transporte de grandes volumes de cargas a grandes distâncias, e constituem importante ferramenta para o comércio interno e externo, pois propiciam a oferta de produtos a preços competitivos. Até um tempo atrás o uso das hidrovias brasileiras pela logística era considerada uma opção bem menos comercial e até exótica. Mas este quadro vem mudando em função do crescimento econômico e seu novo perfil de exigências no mundo globalizado. Parte em função de que as rodovias brasileiras têm condições de infraestrutura instáveis, sempre com pavimentações deficientes com poucas exceções. Em outra parte os investimentos no transporte ferroviário são lentos. Na parte aérea existem altos custos. E mais: as matrizes das grandes corporações internacionais tem metas mais rigorosas na redução de emissão de carbono em suas operações...afinal.. estamos na época da sustentabilidade. Os tipos de mercadorias que costumam ser transportados nas hidrovias são sempre os materiais não perecíveis, como carvão, areia, grãos, minério de ferro entre outros. MERCADORIAS As vantagens da implantação de hidrovias: • alta capacidade de transporte; • baixo custo de manutenção • baixo custo de implementação. VANTAGENS As desvantagens são: • a lentidão; • a falta de flexibilidade no transporte; • as limitações quanto ao tipo de carga transportada; • a excessiva dependência das condições climáticas. DESVANTAGENS Apesar de ser relativamente barata, a implementação de uma hidrovia pode ter custos variados, dependendo da necessidade da infraestrutura a ser construída, como barragens e eclusas. O processo de implementação depende, sobretudo, da construção de uma sinalização adequada para as embarcações, bem como de correções nos cursos d’água para a facilitação da circulação dos navios. DESVANTAGENS • Barcaça é uma embarcação de fundo chato, reforçada, usada para transportar grandes quantidades de cargas, tais como: cimento, carvão, toras, óleo, areia e açúcar. Algumas barcaças são empurradas ou puxadas por rebocadores. Outras são propulsionadas por seus próprios motores. TIPOS EMBARCAÇÕES • BARCAÇA TIPOS EMBARCAÇÕES • Batelões e chatas são tipos de barcaças usadas principalmente em águas paradas. TIPOS EMBARCAÇÕES BATELÃO TIPOS EMBARCAÇÕES • Balsa é uma embarcação de fundo chato, com pequeno calado, para poder operar próximo às margens e em águas rasas, e grande boca, muitas vezes utilizada para transporte de veículos. TIPOS EMBARCAÇÕES TIPOS EMBARCAÇÕES BALSA Deve ser observado que balizamento de uma via aquática é entendido como sendo basicamente as boias de auxílio à navegação, que demarcam o canal de navegação, e como sinalização, as placas colocadas nas margens dos rios para orientação dos navegantes. As cartas de navegação são mapas delimitadores das rotas de navegação. Instrumentos de Navegação ANTAQ Principais Hidrovias: Hidrovia do Rio Madeira A hidrovia do Rio Madeira é localizada no corredor norte (Rondônia – Amazonas) especializado no transporte de soja. Atualmente transporta cerca de 2 toneladas/ano. O rio tem este nome porque, no período de chuvas, seu nível sobe e inunda as margens levando troncos e restos de madeira das árvores. A extensão total aproximada é de 1450 quilômetros. Sua largura varia de 440 metros a 9.900 metros, com profundidade também variável de acordo com as estações seca e chuvosa, chegando a mais de 13 metros, o que permite, no período de sua enchente, a navegação de navios, inclusive oceânicos, até Porto Velho. Hidrovia do Rio Madeira É nesse período de cheia que as águas do Madeira inundam as florestas adjacentes, alagando dezenas de quilômetros. Já a estação seca forma praias ao longo de suas margens. Variável também é a velocidade do Madeira que vai de dois a 10 quilômetros por hora durante o ano. Hidrovia do Rio Madeira Hidrovia do Rio Madeira Hidrovia Paraguai-Paraná A Hidrovia Paraguai-Paraná é uma hidrovia que envolve os cinco países do Rio da Prata: Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. A hidrovia começa no município de Cáceres, no Mato Grosso, e atravessa 1.300 km até Nueva Palmira, no Uruguai, e passa pelas cidades de Corumbá e Assunção. Sua intenção era permitir o tráfego de barcaças 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias do ano. Pela região passam enormes comboios que percorrem suas águas, transportando soja, trigo, minérios, combustíveis e madeira. Mas as curvas são muitas e bem acentuadas. No tempo da seca, bancos de areia surgem do nada, como icebergs, dificultando a navegação. Hidrovia Paraguai-Paraná Comboio Típico do Rio Paraguai Hidrovia Paraguai-Paraná Hidrovia Tocantins – Araguaia A Hidrovia do Tocantins-Araguaia é a principal hidrovia e um dos principais troncos viários do corredor Centro-Norte brasileiro. Ela se sustenta principalmente pela navegação nos rios Tocantins e Araguaia, não sendo porém navegável em todos os seus afluentes devido a limitação da calha dos rios e a corredeiras em todo o seu percurso. É uma hidrovia que transporta cargas por uma região de planalto no sentido norte-sul. Pertencente ao corredor Centro-Norte, a hidrovia do Tocantins-Araguaia se divide em quatro tramos. O primeiro, de Peixe a Marabá, com 1.021 km de extensão, o segundo, de Marabá à foz do Tocantins, com 494 km, o terceiro de Baliza a Conceição do Araguaia - se apresenta com um imenso potencial para o escoamento da produção de grãos do Mato Grosso, Goiás, Pará e Tocantins e o quarto trecho que é muito limitado - devido as grandes corredeiras do Araguaia, vai de Conceição do Araguaia à foz do Araguaia, no próprio rio Tocantins. Hidrovia Tocantins – Araguaia Hidrovia Tocantins – Araguaia Hidrovia Solimões-Amazonas A Hidrovia do Solimões-Amazonas é a principal hidrovia e de fato o principal tronco viário da região norte-brasileira. Ela se sustenta principalmente pela navegação no rio Solimões/Amazonas, mas é navegável em praticamente todos os seus afluentes devido a relativa profundidade da calha dos rios e a inexistência de corredeiras na planície amazônica. Hidrovia Solimões-Amazonas Nesta hidrovia é transportado além de passageiros, praticamente todo o transporte cargas que são direcionados aos grandes centros regionais - Belém e Manaus. Em quase sua totalidade o transporte de passageiros da planície amazônica é feito por essa hidrovia. Esta hidrovia é divididaem dois ramos. O Solimões, que se estende de Tabatinga a Manaus, tendo aproximadamente 1600 km e o Amazonas, que vai de Manaus a Belém, com 1650 km. O primeiro tramo possui calado mínimo de 6 metros, com alguns pontos críticos na secas, e o segundo com calados de 10 metros, o que permite acesso de navios marítimos de até 60 000 TPB. Esta via é de extrema importância, pois além das grandes cidades existentes às suas margens, ainda é a confluência de outros cursos de água navegáveis, tais como o Madeira e Tocantins. Hidrovia Solimões-Amazonas Hidrovia Tietê-Paraná A Hidrovia Tietê - Paraná é uma via de navegação situada entre as regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, que permite a navegação e consequentemente o transporte de cargas e de passageiros ao longo dos rios Paraná e Tietê. Um sistema de eclusas viabiliza a passagem pelos desníveis das muitas represas existentes nos dois rios. É uma via muito importante para o escoamento da produção agrícola dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais. Possui 12 terminais portuários, distribuídos em uma área de 76 milhões de hectares. A entrada em operação desta hidrovia impulsionou a implantação de 23 polos industriais, 17 polos turísticos e 12 polos de distribuição. Gerou aproximadamente 4 mil empregos diretos. Hidrovia Tietê-Paraná Hidrovia Tietê-Paraná Hidrovia do São Francisco Equivalente à distância entre Brasília e Salvador, a Hidrovia do São Francisco é, sem dúvida, a mais econômica forma de ligação entre o Centro- Sul e o Nordeste. Há muito tempo o Rio São Francisco ocupa lugar de destaque no transporte aquático nacional. O rio São Francisco é navegável em 1.371 km, entre Pirapora e Juazeiro / Petrolina, para a profundidade de projeto de 1,5 m, quando da ocorrência do período crítico de estiagem (agosto a novembro). Sem saída para o Atlântico, em função principalmente das barragens das hidrelétricas de Paulo Afonso e Xingu, o rio São Francisco tem seu aproveitamento integrado ao sistema rodoferroviário da região. Hidrovia do São Francisco Hidrovia do São Francisco Exemplo de Canal Fluvial Comboio no rio Madeira – Soja (42mil ton) Comboio no rio Paraguai - Minério ECLUSAS Eclusa é uma obra de engenharia que permite que embarcações subam ou desçam os rios ou mares em locais onde há desníveis (barragem, quedas de água ou corredeiras). ECLUSAS ECLUSAS 1. CHINA Extensão da rede: 110.000 km 2. RÚSSIA Extensão da rede: 102.000 km 3. BRASIL Extensão da rede: 50.000 km 4. ESTADOS UNIDOS Extensão da rede: 41.009 km 5. INDONÉSIA Extensão da rede: 21.579 km 6. COLÔMBIA Extensão da rede: 18.000 km 7. VIETNÃ Extensão da rede: 17.702 km 8. CONGO Extensão da rede: 15.000 km 9. ÍNDIA Extensão da rede: 14.500 km 10. MYANMAR Extensão da rede: 12.800 km Comparativo Fim
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