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A L T E R A Ç Õ E S D O S I S T E M A D I G E S T I V O : D I S T Ú R B I O S HEPÁTICOS E ANORRETAIS PROF. DR. ROBERTO WAGNER JR. FREIRE DE FREITAS DISTÚRBIOS ANORRETAIS 1. HEMORRÓIDAS; 2. ABSCESSO ANORRETAL; 3. FISSURA ANAL; 4. FÍSTULA ANAL. HEMORRÓIDAS v São veias dilatadas localizadas exteriormente ou interiormente ao esfíncter anal; v Quando as veias contêm coágulos, são denominadas como Hemorróidas Trombosadas. HEMORRÓIDAS FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA v Esforço crônico para evacuar; v Evacuação frequente com diarréia crônica; v Pacientes cujo trabalho exige permanência prolongada na posição sentada (Aumentam o risco); v Gestação; v Trabalho de parto prolongado… v ENFRAQUECEM O TECIDO QUE SUSTENTA AS VEIAS! HEMORRÓIDAS FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA v ENFRAQUECEM O TECIDO QUE SUSTENTA AS VEIAS! v As fezes ressecadas passam pelas hemorróidas congestionadas de sangue e a mucosa é distendida e irritada, dando origem aos sintomas locais de queimação, prurido e dor; v A evacuação de fezes endurecidas e ressecadas provoca sangramento das hemorróidas. HEMORRÓIDAS ACHADOS DA AVALIAÇÃO v Hemorróidas Externas – podem produzir poucos sintomas ou causar: DOR, PRURIDO e INFLAMAÇÃO na região anal. São pequenas protuberâncias azul- avermelhadas na borda anal. Hemorróidas externas trombosadas são dolorosas, mas raramente causam sangramento. v Hemorróidas Internas – produzem sangramento, são menos dolorosas, exceto quando protuem através do ânus. O sangramento varia: 1 ou 2 gotas de sangue ocasionais no papel higiênico até a perda crônica de sangue, acarretando anemia. HEMORRÓIDAS – TRATAMENTO CLÍNICO v É possível que as hemorróidas externas pequenas desapareçam sem tratamento, ou que o paciente obtenha alívio por meio do tratamento sintomático. v Banho de assento com água morna; v Aplicação de pomada anestésica para alívio de dor e prurido; v Dieta que corrija ou evite constipação. HEMORRÓIDAS TRATAMENTO CIRÚRGICO v Nos casos crônicos e graves, pode ser necessária a realização da HEMORROIDECTOMIA (remoção cirúrgica das hemorróidas). HEMORRÓIDAS INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM v ANAMNESE: 1. Antecedentes alérgicos e uso de medicamentos; 2. Descrever o sangramento, caso ele exista; 3. Verificar se existe histórico de constipação ou alternância de constipação e diarréia; 4. Hábitos alimentares do paciente v EXAME FÍSICO: Inspeção anal. ABSCESSO ANORRETAL v Trata-se de uma infecção com acúmulo de pus em uma área entre os esfíncteres anais interno e externo ABSCESSO ANORRETAL FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA v Fonte original da infecção: microrganismos que habitam o intestino; v O abscesso é comum entre pacientes com a doença de Cronh. v As infecções também são transmitidas por outros indivíduos, por meio de relação anal ou por corpos estranhos inseridos no reto; v O abscesso pode evoluir para uma fístula. ABSCESSO ANORRETAL ACHADOS DA AVALIAÇÃO v Dor – piora com a deambulação, posição sentada ou atividades que aumentam a pressão intra-abdominal: tosse, espirro, esforço para evacuar; v A presença de uma massa edemaciada no interior do ânus é evidente; v No caso de ruptura do abscesso, será possível observar a drenagem de uma secreção malcheirosa pelo ânus; v Uma cultura da secreção revela o microrganismo infeccioso. ABSCESSO ANORRETAL TRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO v Analgésicos; v Banhos de assento; v Antibioticoterapia para infecções gonocócicas, estafilocócicas, estreptocócicas, …; v Incisão e drenagem do abscesso para remover o tecido infectado. ABSCESSO ANORRETAL INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM v Orientação do paciente quanto: 1. Lavagem adequada das mãos após a evacuação; 2. Uso de artigos de higiene íntima individuais; 3. Limpeza de banheira após uso; 4. Utilização de preservativos em caso de relações anais. FISSURA ANAL v Trata-se de uma laceração linear do tecido do canal anal. FISSURA ANAL FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA v Constipação é a principal causa; v Eversão anal durante o parto vaginal; v Traumatismo anal (decorrente de relação anal) v Quando o canal anal é excessivamente distendido, a pele rompe e expõe o tecido subjacente. FISSURA ANAL ACHADOS DA AVALIAÇÃO v Dor intensa; v Sangramento durante evacuação v Relutância para evacuar; v A área lacerada pode ser visível quando o ânus é examinado; v É possível sentir a superfície irregular da fissura durante um toque retal. FISSURA ANAL TRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO v Aplicação de cremes, pomadas ou supositórios anestésicos; v Banhos de assento; v Analgésicos; v Prevenção da constipação; v A excisão cirúrgica pode ser necessária. FÍSTULA ANAL v É um trato que se forma no interior do canal anal. v Quando um abscesso anorretal não cicatriza adequadamente, ocorre a formação de um túnel inflamado que conecta o abscesso à pele da região perianal. Forma-se um material purulento, drenado através do orifício. FÍSTULA ANAL ACHADOS DA AVALIAÇÃO v Dor à evacuação; v O orifício da fístula encontra-se hiperemiado e há drenagem de pus pelo orifício externo da fístula. v Se a fístula for superficial, ela será sentida como um cordão à palpação. FÍSTULA ANAL TRATAMENTO CLÍNICO E CIRÚRGICO v Antibióticos são prescritos para tratar a infecção; v FISTULECTOMIA: Excisão do trato fistuloso. (Procedimento mais recomendado). TRANSAMINASES (ALT E AST) OU (TGP E TGO) AST (aspartato aminotransferase) e ALT (alanina aminotransferase), antigamente chamada de TGO (transaminase glutâmica oxalacética) e TGP (transaminase glutâmica pirúvica), respectivamente. TRANSAMINASES (ALT E AST) OU (TGP E TGO) v As transaminases ou aminotransferases são enzimas presentes dentro das células do nosso organismo, sendo responsáveis pela metabolização de algumas proteínas. As duas principais aminotransferases são a TGO e TGP. v Estas enzimas estão presentes em várias células do nosso corpo e apresentam-se em grande quantidade no hepatócitos (células do fígado). O fígado é uma espécie de estação de tratamento, sendo o órgão responsável pela metabolização de todas as substâncias presentes no sangue. TRANSAMINASES (ALT E AST) OU (TGP E TGO) v Toda vez que uma célula que contenha TGP ou TGP sofre uma lesão, essas enzimas “vazam” para o sangue, aumentando a sua concentração sanguínea. Portanto, é fácil entender por que doenças do fígado, que causam lesão dos hepatócitos, cursam com níveis sanguíneos elevados de TGO e TGP. v A TGO está presente também nas células dos músculos e do coração, enquanto que a TGP é encontrada quase que somente dentro das células do fígado. A TGP, é portanto, muito mais específica para doenças do fígado que a TGO.
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