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Ética em esquisa

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Profa.: Isabelle Fernandes
Curso: Biomedicina
C/h: 60 horas/aula
2014
Ética e Responsabilidade Social
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Introdução
5 minutinhos pra você refletir...
(Eu sou ético?!) 
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Introdução
Por que estudar Ética? 
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Desencanto/Descrédito: Como a ética está nos campos da religião, da política e governantes.
Novos Questionamentos: globalização, novas formas de organização, novas formas de trabalho.
Introdução
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A Palavra Ética, do grego éthos, refere-se aos costumes, à conduta de vida e às regras de comportamento;
Permeia o agir humano, os comportamentos cotidianos e as opções existenciais
Ética e Moral (Iguais ou Diferentes?!)
Introdução
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Ética vs Moral
MORAL
Lida com o
Certo x Errado
ÉTICA
Lida com o
Certo x Errado
DIREITO
Lida com o
Certo x Errado
Modo pessoal de agir
(É adquirida e formada ao longo da vida, por experiências)
Modo social de agir
(Implica no consenso e na adesão da sociedade)
Modo legal de agir
(É imposta aos cidadãos; exige cumprimento e obediência)
Normas e regras pessoais (É guiada pela consciência)
Normas e regras sociais (É guiada pela cultura da sociedade)
Normas e regras legais (É guiada pelas instituições jurídicas/leis)
Individual
(é o que fundamenta a ética)
Grupal e/ou coletivo
(Se constrói a partir do consenso de várias ‘morais’)
Jurídico
(Torna lei um pensamento geral)
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MORAL: são os valores que nos orientam a cada instante de nossa vida. 
ÉTICA: É o modo social de agirmos de acordo com valores morais. É a base usada na tomada de decisões. 
	A Ética orienta o comportamento das pessoas para o convívio social.
Definições
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Ética empresarial refere-se a padrões e princípios que orientam o comportamento e as relações das empresas e de seus negócios. 
Código de Ética - é documento formal que tem como objetivo guiar/orientar o comportamento e a tomada de decisão pelos integrantes de uma empresa. 
Definições
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Então a ética com os seres vivos...
É a Bioética!!!
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“Conjunto organizado de reflexões construtivas, no qual cada pessoa toma posição quanto à situações conflituosas referentes à vida e saúde humanas.”
Segre, M. 1999
Bioética
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Bioética
Procedimentos devem seguir os princípios:
Autonomia
Justiça
Beneficência
Não maleficência
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Bioética
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Bioética  Só que não!!!
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No século XIX, o médico dublinense William Wallace inoculou sífilis em 5 pessoas saudáveis, entre 19 e 35 anos, com a finalidade de observação e estudo; todos tiveram sífilis, e ele publicou seus trabalhos em 1851. 
Bioética  sqn
O bloco 10, onde se faziam os experimentos médicos de Joseph Mengele, em Auschwitz
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Através desses relatos passados de experimentação, pode-se ter ideia da prioridade que a ciência ocupou, ao longo dos séculos, em comparação ao indivíduo e seus interesses sociais. 
As histórias de abusos muitas vezes passaram despercebidas dos meios científicos, chegando até os dias atuais encobertas pela possibilidade de benefícios que se poderiam obter de seus resultados.
Bioética  sqn
O bloco 10, onde se faziam os experimentos médicos de Joseph Mengele, em Auschwitz
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Necessidade de regulamentação ética na pesquisa  Experimentação cometida na Segunda Guerra Mundial, nos campos de concentração nazistas. 
Prisioneiros raciais, políticos e militares foram colocados à disposição dos médicos para todo tipo de pesquisa, sem qualquer consentimento ou respaldo ético.
Bioética  sqn
O bloco 10, onde se faziam os experimentos médicos de Joseph Mengele, em Auschwitz
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Experimentos sobre malária, quando pessoas sadias foram contaminadas por injeções de extratos das glândulas secretoras dos mosquitos, ou sobre febre tifóide, com inoculação de bactérias em pessoas sadias, com o objetivo de produzir vacinas. 
Os prisioneiros eram utilizados em experimentos com venenos, com sulfanilamida, testes de altitude e temperatura, e até para 
organizações de coleções 
de esqueletos para universidades. 
Bioética  sqn
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No fim da guerra, durante os Julgamentos de Nuremberg, muitos médicos alegaram que tais abusos eram justificados pela ausência de uma regulamentação, ao longo da história, para a prática de tais experimentos.
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Abusos foram cometidos!!!
Entre 1932 e 1973, nos Estados Unidos da América, foi realizado um experimento sobre sífilis que resultou em 13 trabalhos publicados, em que vários pacientes foram mantidos sem tratamento, em Tuskegee, no Alabama. 
Os pacientes eram negros e pobres, e não foram avisados de que estavam sendo submetidos a uma experiência, mas sim que “era um tratamento especial gratuito”. 
O estudo durou 40 anos, e só foi suspenso quando denunciado por um jornalista no “Washington Star”.
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Houve diversos casos de experimentação controversa e sem benefícios para seus integrantes, mas só mais recentemente começaram os protestos contra o abuso de tais tipos de experimentos, daí a importância de regulamentação através da atitude ética e vigilância social e científica.
Bioética  sqn
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Em 19 de agosto de 1947, ocorreu o veredicto, no qual 7 acusados foram condenados à morte, 7 foram absolvidos e os demais foram condenados à prisão; 
Foi elaborado, também, um documento, que ficou conhecido como Código de Nuremberg.
Código de Nuremberg
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1. O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente essencial. Isso significa que a pessoa envolvida deve ser legalmente capacitada para dar o seu consentimento; tal pessoa deve exercer o seu direito livre de escolha, sem intervenção de qualquer desses elementos: força, fraude, mentira, coação, astúcia ou outra forma de restrição ou coerção posterior; e deve ter conhecimento e compreensão suficientes do assunto em questão para tomar sua decisão. Esse último aspecto requer que sejam explicadas à pessoa a natureza, duração e propósito do experimento; os métodos que o conduzirão; as inconveniências e riscos esperados; os eventuais efeitos que o experimento possa ter sobre a saúde do participante. O dever e a responsabilidade de garantir a qualidade do consentimento recaem sobre o pesquisador que inicia, dirige ou gerencia o experimento. São deveres e responsabilidades que não podem ser delegados a outrem impunemente.
Código de Nuremberg – 10 Princípios Básicos
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2. O experimento deve ser tal que produza resultados vantajosos para a sociedade, os quais não possam ser buscados por outros métodos de estudo, e não devem ser feitos casuística e desnecessariamente.
3. O experimento deve ser baseado em resultados de experimentação animal e no conhecimento da evolução da doença ou outros problemas em estudo, e os resultados conhecidos previamente devem justificar a experimentação.
Código de Nuremberg – 10 Princípios Básicos
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4. O experimento deve ser conduzido de maneira a evitar todo o sofrimento e danos desnecessários, físicos ou mentais.
5. Nenhum experimento deve ser conduzido quando existirem razões para acreditar numa possível morte ou invalidez permanente; exceto, talvez, no caso de o próprio médico pesquisador se submeter ao experimento.
6. O grau de risco aceitável deve ser limitado pela importância humanitária do problema que o pesquisador se propõe resolver.
Código de Nuremberg – 10 Princípios Básicos
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7. Devem ser tomados cuidados especiais para proteger o participante do experimento de qualquer possibilidade, mesmo remota, de dano, invalidez ou morte.
8. O experimento deve ser conduzido apenas por pessoas cientificamente qualificadas. Deve ser exigido o maior grau possível de cuidado e habilidade, em todos os estágios, daqueles que conduzem e gerenciam o experimento.
9. Durante o curso do experimento, o participante deve ter plena liberdade de se retirar, caso ele sinta que há possibilidade de algum dano com a sua continuidade.
Código de Nuremberg – 10 Princípios Básicos
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10. Durante o curso do experimento,
o pesquisador deve estar preparado para suspender os procedimentos em qualquer estágio, se ele tiver razoáveis motivos para acreditar que a continuação do experimento causará provável dano, invalidez ou morte para o participante.
Código de Nuremberg – 10 Princípios Básicos
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A Declaração de Helsinque é um conjunto de princípios éticos que regem a pesquisa com seres humanos, e foi redigida pela Associação Médica Mundial em 1964.
A Declaração é um importante documento na história da ética em pesquisa, e surge como o primeiro esforço significativo da comunidade médica para regulamentar a investigação em si. É considerada como sendo o 1º padrão internacional de pesquisa biomédica e constitui a base da maioria dos documentos subsequentes.
Declaração de Helsinque
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Resolução 196/96
A Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que regulamenta a pesquisa em seres humanos no país;
Não se limita ao caráter de declaração ou código
Conteúdo de natureza Bioética
Centrada na proteção ao sujeito da pesquisa
Reflexão ética
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“... O ser humano nunca poderá ser considerado como objeto de pesquisa...”
Titular de seus direitos – autonomia
Dono de suas ações e decisões
Proprietário da dignidade humana
Defesa da dignidade humana
Sujeito da pesquisa - usuário
Sujeito-pesquisador
Resolução 196/96
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Possibilidade de Danos 
Físicos
Psíquicos
Morais
Intelectuais
Sociais
Espirituais
Resolução 196/96
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“... Agravo imediato ou tardio, ao indivíduo ou à coletividade com sentido causal comprovado, direto ou indireto, decorrente do estudo científico...”
Vulnerabilidade
Incapacidade
Riscos e benefícios??
Mecanismos de proteção
Resolução 196/96
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Assegurar ao indivíduo envolvido na pesquisa:
Atendimento
Assistência integral
Suspensão da pesquisa
Informação de efeitos adversos
Indenização
Continuidade de tratamento
Resolução 196/96
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T.C.L.E. – indivíduo livre e esclarecido
Apresentação dos esclarecimentos;
Evitar limitação à autonomia;
Documento de proteção;
Não isenção de responsabilidade;
Resolução 196/96 – Sistema de Proteção
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C.E.P.
Defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade;
Garantir e resguardar os direitos dos voluntários, acompanhar o desenvolvimento dos projetos, receber denuncias e apurar responsabilidades;
Garantia de privacidade, confidencialidade;
Garantia de retorno de benefícios;
Acompanhamento, tratamento e orientação;
Ausência de conflito de interesses;
Resolução 196/96 – Sistema de Proteção
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Bioética e o Sujeito da Pesquisa – CONEP
Coordenar o sistema de CEP
Coordenar, supervisionar, acompanhar e fiscalizar aspectos éticos;
Autoridade para rever responsabilidades
Proibir ou interromper pesquisas definitiva ou temporariamente;
Requisitar protocolos;
Comunicação de eventos adversos à ANVISA;
Responsabilidade do pesquisador e co-responsabilidade do CEP;
Revistas e Financiadores
Registro e aprovação CEP - CONEP
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E... Sobre a ética empresarial?
Dá pra ganhar dinheiro sendo ético?
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Responsabilidade é: 
a condição por ser responsável por algo ou alguém; 
a condição de cumprir com suas obrigações ou deveres;
Social é: 
da sociedade (grupos de pessoas que vivem por vontade própria sob normas comuns).
Profissional é: 
Atividade ou ocupação especializada, da qual se podem tirar os meios de subsistência. 
Dicionário Aurélio
Ética Empresarial
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A empresa com responsabilidade social assume atitude condizente junto a toda cadeia produtiva da empresa, incluindo-se clientes, funcionários, fornecedores e ambiente. A responsabilidade atinge a todas as partes interessadas que são impactados por suas atividades. 
Responsabilidade Social
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Obrigação Social: são as empresas que buscam apenas satisfazer as obrigações sociais mínimas impostas pela lei. Exemplo: hospedagem, vale refeição, transporte, doações....
Responsabilidade Social: são as empresas que procuram receber ganhos financeiros com o seu trabalho e ganhos de aceitação das partes interessadas (stakeholders). Desde que estes ganhos de responsabilidade social não gerem despesas para empresa. Exemplo: programas educativos, ambientais...
Sensibilidade Social: são as empresas que atuam com responsabilidade social, mas também estão se antecipando aos problemas sociais do futuro. São empresas que querem garantir a sua permanência no mercado em que atua socialmente.
Grau de envolvimento das organizações
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Stakeholder (ou Partes Interessadas) é o termo utilizado para designar pessoas físicas ou jurídicas que podem afetar uma empresa, direta ou indiretamente, por meio de suas opiniões ou ações ou, ainda, serem afetados por ela. 
Ética Empresarial
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Stakeholders
O que osstakeholdersesperam da organização
Acionistas
Preservação do patrimônio.
Empregados
Salário justo; condições de trabalho; segurança.
Fornecedores
Respeito aos contratos.
Clientes
Qualidade e preço justo dos produtos. Propaganda honesta.
Comunidade/sociedade
Respeito, contribuição à melhoria da qualidade de vida, conservação e proteção dos recursos naturais.
Governo
Obediência às leis; pagamento de tributos.
Concorrentes
Lealdade na concorrência.
Ética Empresarial
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As atividades e atitudes de uma empresa socialmente responsável precisam caracterizar-se por:
Preocupação com atitudes éticas e moralmente corretas que afetam todas as partes interessadas.
Promoção de valores e comportamentos morais que respeitem os padrões universais de direitos humanos e de cidadania e de participação na sociedade.
Respeito ao meio ambiente e contribuição para sua sustentabilidade em todo o mundo.
Maior envolvimento nas comunidades em que se insere a organização, contribuindo para o desenvolvimento econômico e humano dos indivíduos ou até atuando diretamente na área social, em parcerias com governos ou isoladamente. 
Responsabilidade Social
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A Responsabilidade Social pode estar apoiada no:
Assistencialismo (doações, ajudas pontuais);
Sustentabilidade (capacidade de transformação e continuidade);
Responsabilidade Social
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Os Pilares da Sustentabilidade
ECONÔMICO
AMBIENTAL
SOCIAL
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Preservação de recursos naturais
 Eco-eficiência
 Energia renovável
Cidadania
Geração de Emprego
Engajamento das partes interessadas
Maximização do retorno do capital do investidor
Empreendedorismo
Lucratividade 
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Internalizar a Responsabilidade Social como parte integrante do negócio: faz parte da cultura organizacional.
Compromisso de todos e de longo prazo: expressa os valores éticos da empresa.
Compreensão de todos que a Responsabilidade Social possa trazer uma vantagem competitiva: é bom para o negócio.
Visão de longo prazo: processo progressivo e permanente. 
Transversalidade: não é a criação de um novo departamento dentro da empresa.
Integrar todas as áreas da empresa: política corporativa.
Capacidade de monitorar e avaliar o processo de maneira permanente: processo contínuo e aperfeiçoamento.
O Desafio da Responsabilidade Social
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Questões...
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Uma revista lançou a seguinte pergunta em um editorial: “Você pagaria um ladrão para invadir sua casa?”. As pessoas mais espertas diriam provavelmente que não, mas companhias inteligentes de tecnologia estão, cada vez mais, dizendo que sim. Empresas como a Google oferecem recompensas para hackers que consigam encontrar maneiras de entrar em seus softwares. Essas companhias frequentemente pagam milhares de dólares pela descoberta de apenas um bug – o suficiente para que a caça a bugs possa fornecer uma renda significativa. As empresas envolvidas dizem que os programas de recompensa tornam seus produtos mais seguros. 
Questões...
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 “Nós recebemos mais relatos de bugs, o que significa que temos mais correções, o que significa uma melhor experiência para nossos usuários”, afirmou o gerente de programa de segurança de uma empresa.
Mas os programas não estão livres de controvérsias. Algumas empresas acreditam que as recompensas devem apenas ser usadas para pegar cibercriminosos, não para encorajar as pessoas a encontrar as falhas. E também há a questão de double-dipping – a possibilidade de um hacker receber um prêmio por ter achado a vulnerabilidade e, então, vender a informação sobre o mesmo bug para compradores maliciosos. Disponível em: <http://pcworld.uol.com.br>. Acesso em: 30 jul. 2013 (adaptado). Considerando o texto acima, infere-se que:
Questões...
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a) os caçadores de falhas testam os softwares, checam os sistemas e previnem os erros antes que eles aconteçam e, depois, revelam as falhas a compradores criminosos.
b) os caçadores de falhas agem de acordo com princípios éticos consagrados no mundo empresarial, decorrentes do estímulo à livre concorrência comercial.
c) a maneira como as empresas de tecnologia lidam com a prevenção contra ataques dos cibercriminosos é uma estratégia muito bem-sucedida.
d) o uso das tecnologias digitais de informação e das respectivas ferramentas dinamiza os processos de comunicação entre os usuários de serviços das empresas de tecnologia.
e) os usuários de serviços de empresas de tecnologia são beneficiários diretos dos trabalhos desenvolvidos pelos caçadores de falhas contratados e premiados pelas empresas
Questões...
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Curso: Biomedicina
C/h: 60 horas/aula
26 de Junho de 2014
Profa.: Isabelle Fernandes
e-mail: isabellejoyce@gmail.com
Bons Estudos!
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