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DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA Prof. MSc. Flávio Spíndola ESTÁCIO DO RECIFE – CENTRO UNIVERSITÁRIO ENGENHARIA ELETRICA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP Sistema Elétrico de Potência (SEP) é o conjunto de todas as instalações e equipamentos destinados à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. No Brasil, O Governo Federal, como Poder Concedente, regula e fiscaliza a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. As concessões são de responsabilidade do Ministério de Minas e Energia (MME), enquanto a regulação e a fiscalização são exercidas pela ANEEL - Agência Nacional do Setor Elétrico. Outros órgãos que realizam a coordenação da expansão e operação do sistema: • ONS – Operador Nacional do Sistema, encarregado de planejar e coordenar a operação elétrica e energética de todo o sistema brasileiro; • EPE - Empresa de planejamento Energético, encarregada de planejar a expansão dos sistemas elétrico e energético; • CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, responsável pelos contratos de compra/venda de energia e pela contabilidade da energia fornecida/recebida pelos geradoras, distribuidoras, consumidores livres e comercializadores. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP Uma estrutura baseada em uma organização vertical e horizontal, como mostra o diagrama abaixo. Geração ou Produção de Energia Elétrica Geração (ou produção) é a “Conversão de uma forma qualquer de energia em energia elétrica”. As usinas normalmente são situadas o mais próximo possível dos locais de consumo com o objetivo de minimizar os custos de transmissão, dependendo também dos aspectos de segurança e conservação ambiental. Como fontes alternativas de energia elétrica existem energia solar fotovoltaica, usinas eólicas, usinas de Biomassa que utilizando-se da queima de biomassa (madeira, cana-de-açúcar, por exemplo) geram Energia Elétrica. Transmissão As tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil em corrente alternada podem variar de 138 KV até 765 KV, incluindo neste intervalo as tensões de 230 KV, 345 KV, 440 KV, 500 KV e 750KV. As Linhas com tensões nominais iguais ou superiores a 230 KV forma a chamada rede “Básica” de transmissão. Os sistemas de subtransmissão contam com níveis mais baixos de tensão, tais como 34,5 KV, 69 KV ou 88 KV e 138 KV e alimentam subestações de distribuição. Nascem nos barramentos das subestações regionais e terminam em subestações abaixadoras locais. Em um sistema é possível haver também dois ou mais níveis de tensões de subtransmissão. No Brasil existem Sistemas que operam em corrente contínua, com nível de tensão de 600 kVdc e 800kVdc . Algumas definições da NBR 5460 : – Subtransmissão – Linha de interligação entre a Transmissão (subestação abaixadora) e a Distribuição. – Subestação – Parte de um sistema de potência instalada em um dado local, compreendendo primordialmente as extremidades de linhas de transmissão e/ou de distribuição, com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção, incluindo as obras civis, estruturas de montagem e equipamentos como transformadores, seccionadoras, conversores e outros. Transmissão Podemos citar dentre os tipos de subestação: - Subestação Elevadora – Subestação transformadora na qual a tensão de saída é maior que a tensão de entrada. - Subestação Abaixadora – Subestação transformadora na qual a tensão de saída é menor que a tensão de entrada. – Subestação de Manobra (chaveamento) – Subestação cuja finalidade principal é modificar a configuração de um sistema elétrico, mediante modificação das interligações de linhas de transmissão. – Subestação telecontrolada (desassistida) – Subestação cuja operação é controlada a distância. Transmissão À medida que a demanda de energia aumenta, mais Energia e novas linhas de transmissão necessitam ser construídas para conectar essas novas estações geradoras aos novos pontos de distribuição e também às estações já existentes, surgindo assim a interligação de sistemas. Essas interligações são economicamente vantajosas e aumentam a confiabilidade do suprimento às cargas, embora implique numa maior complexidade de operação do sistema. Como exemplo temos a interligação dos sistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul do Brasil, que apresentam sensíveis diferenças de hidraulicidade de seus rios, uma vez que os períodos chuvosos não são coincidentes nas várias bacias hidrográficas. Transmissão Distribuição As linhas de Transmissão/Subtransmissão convergem para uma subestação rebaixadora onde a alta tensão é abaixada, usualmente para o nível de 13,8 kV. Distribuição é a transferência de energia elétrica para os consumidores, a partir dos pontos finais da Transmissão/Subtransmissão até a medição de energia dos consumidores. Os principais componentes do sistema de distribuição são: • Redes primárias; • Redes secundárias; • Ramais de serviço e entrada; • Medidores; • Transformadores de distribuição; • Capacitores e reguladores de rede; Distribuição A Distribuição é formada por linhas de tensões consideradas suficientemente baixas para ocuparem as vias públicas e suficientemente elevadas para que permita uma boa regulação. Algumas vezes desempenham o papel de linha de subtransmissão. Níveis de tensão Distribuição Primária encontrados no Brasil : 34,5 kV, 23 kV, 13.8 kV, 11.9 kV, 6.6kV, 3.8kV e 2,3 kV. Consumidores cuja carga instalada seja superior a 75 kW serão atendidos em tensão primária, tensão nominal de média ou alta tensão, dependendo de sua demanda. Distribuição Distribuição Primária (Rede Primária) é o conjunto dos alimentadores do sistema de distribuição, incluindo os primários dos transformadores de distribuição pertinentes. Os consumidores da tensão primária de distribuição são indústrias, centros comerciais, grandes hospitais etc. Esses alimentadores primários suprem um grande número de transformadores de distribuição, responsáveis por baixar o nível de tensão para o nível de tensão secundária destinada aos pequenos consumidores comercias e uso doméstico. Distribuição Na Distribuição Secundária (Rede Secundária), temos os valores nominais: 380/220 volts (entre fases) ou 220/110 volts (entre fase e neutro), fornecidos em circuitos trifásicos com neutro e circuitos monofásicos. Na Distribuição Secundária temos as tensões mais baixas do sistema e em geral apresentando linhas/ramais de alimentação com comprimento mais curtos de extensão. O COD – Centro de Operação da Distribuição é o órgão destinado a supervisisão/coordenação das atividades operativas do sistema de distribuição. Distribuição A centralização em um só órgão e local visam proporcionar: • Adequado atendimento aos consumidores; • Controle e análise das interrupções, visando minimizá-las; • Melhores condições operativas; • Diminuição dos riscos; • Manutenção da configuração planejada; • Melhorar o controle das manutenções; Na Distribuição, temos cerca de 85% de consumidores residenciais nos municípios do Brasil e, nos últimos 20 anos, o consumo de energia elétrica apresentou os maiores índices de expansãono consumo residencial, comercial e rural, enquanto a indústria ficou com a menor participação nesta expansão. Distribuição 5 – Operação de Sistema de Distribuição Para a Distribuição são imputadas como exigências o adequado controle da tensão e da freqüência no fornecimento da energia elétrica entregue aos consumidores. A Distribuição está sujeita às mais variadas solicitações de carga, com grandes solicitações entre os horários de pico e baixos níveis de demanda durante a madrugada. Como não é possível armazenar energia elétrica, ela deve ser produzida, a cada instante, na medida da demanda requerida. Além desse aspecto, temos também as variações aleatórias, tais como a desconexão/conexão de grandes cargas por defeito ou manutenção que ocasionam alterações, em geral, na tensão e frquência da rede. Distribuição Defeitos na rede que originam o desligamento de Geradores e Linhas, com grandes cargas e clientes, podem ocasionar as oscilações mais significativas. A freqüência é controlada automaticamente nos próprios Geradores através dos reguladores de velocidade. O controle da tensão pode ser feito através dos reguladores automáticos de tensão (controle de tap, por exemplo). De um modo geral, o controle junto à carga é bem mais efetivo, uma vez que o controle remoto pode não ser suficiente. Distribuição Além dos aspectos ligados ao controle de tensão e da freqüência, existe o problema de como distribuir as cargas entre as diversas usinas/geradores do sistema. À alocação dessas cargas e seu planejamento/execução influencia bastante na operação eficaz do Sistema como um todo. É interessante ressaltar também que existem sistemas automáticos de supervisão/controle e de despacho automático. com algoritmos de simulação/decisão em computador com dados monitorados continuamente. Distribuição de Energia FIM Até a próxima Aula!!!
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