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Apostila Atendente de Farmácia

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FARMÁCIAS - CURSO PARA ATENDIMENTO EM FARMÁCIAS E NOÇÕES DE MANIPULAÇÃO
1
Farmácias
CURSO PARA ATENDIMENTO EM FARMÁCIAS 
E NOÇÕES DE MANIPULAÇÃO
AUGE - ASSESSORIA EDUCACIONAL
2
FARMÁCIAS - CURSO PARA ATENDIMENTO EM FARMÁCIAS E NOÇÕES DE MANIPULAÇÃO
3
Sumário
- I) Introdução ao estudo de Farmacologia.......................................................................................05
- História...............................................................................................................................................05
- Conceitos e Definições........................................................................................................................05
- II) Receita ou Prescrição....................................................................................................................06
- Conceito.............................................................................................................................................06
- Classificação.......................................................................................................................................06
- Composição da Receita.......................................................................................................................07
- Fórmulas Magistrais............................................................................................................................08
- III) Fórmulas Farmacêuticas..............................................................................................................09
- Conceito.............................................................................................................................................09
- Classificação das Formas Farmacêuticas...............................................................................................09
- Formas Líquidas..................................................................................................................................09
- Formas Sólidas....................................................................................................................................09
- Uso Externo(Tópico)............................................................................................................................10
- Fórmulas Semi- Sólidas.......................................................................................................................10
- Medicamentos Administrados através de mucosas............................................................................. 11
- IV) Classificação dos medicamentos................................................................................................11
- V) Fatores que modificam o efeito farmacológico........................................................................12
- Fatores dependentes do meio ambiente..............................................................................................12
- Fatores dependentes da droga............................................................................................................12
- Fatores dependentes do organismo.....................................................................................................12
- VI) Efeitos indesejáveis das drogas.................................................................................................12
- VII) Efeitos indesejáveis das drogas de abuso...............................................................................13
- VIII) Posologia...................................................................................................................................13
- IX) Vias de administração de drogas..............................................................................................13
- Conceito.............................................................................................................................................13
- Tipos de vias de administração............................................................................................................14
- X) Usos terapêuticos dos medicamentos........................................................................................16
- Analgesia e Anestesia..........................................................................................................................16
- Cardiovascular....................................................................................................................................17
- Digestivo.............................................................................................................................................17
- Psiquiatria...........................................................................................................................................17
- Antibióticos.........................................................................................................................................17
- XI) Vitaminas....................................................................................................................................17
- Conceito.............................................................................................................................................17
- XII) Segurança do Trabalho.............................................................................................................18
- Introdução..........................................................................................................................................18
- Riscos Ocupacionais............................................................................................................................18
- Riscos Ambientais...............................................................................................................................19
- Riscos Químicos..................................................................................................................................19
- Riscos Biológicos.................................................................................................................................20
- Riscos de Acidentes.............................................................................................................................20
- Riscos Ergonômicos.............................................................................................................................20
- Medidas de Controle...........................................................................................................................20
- Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).........................................................................................21
- Normas Regulamentadoras.................................................................................................................21
- Normas Regulamentadoras Rurais, segurança e higiene do Trabalho Rural..........................................24
- Incêndio..............................................................................................................................................25
- XIII) Como organizar uma farmácia................................................................................................27
- Critérios Básicos de Organização.........................................................................................................27
- Outros Métodos de Organização.........................................................................................................27
- XIV) Balconista: O elo entre a farmácia e o cliente........................................................................27
- Funções do Balconista.........................................................................................................................27
- O elo entre a farmácia e o consumidor................................................................................................28- Paciência e Dedicação.........................................................................................................................28
- A Arte de Atender...............................................................................................................................28
- Recursos Promocionais........................................................................................................................28
- A ética no Atendimento......................................................................................................................29
AUGE - ASSESSORIA EDUCACIONAL
4
- A importância da informação..............................................................................................................29
- O Trabalho ao Balconista.....................................................................................................................29
- XV) Compras por impulso................................................................................................................29
- XVI) Bula: Aprenda a conhecê-la.....................................................................................................31
- Nome do Medicamento......................................................................................................................31
- Formas e Formulas..............................................................................................................................31
- Introdução ao Paciente........................................................................................................................31
- Informações técnicas ou Ações ou Propriedades..................................................................................31
- Indicações...........................................................................................................................................31
- Contra- Indicações..............................................................................................................................31
- Precauções..........................................................................................................................................32
- Reações Adversas................................................................................................................................32
- Interações Medicamentosas................................................................................................................32
- Posologia............................................................................................................................................32
- Superdosagem....................................................................................................................................32
- Nome do Fabricante............................................................................................................................32
- Conclusão...........................................................................................................................................32
- XVII) Orientação ao Paciente...........................................................................................................33
- Orientação no balcão da farmácia.......................................................................................................33
- Orientações quanto à guarda e utilização de medicamentos em casa..................................................33
- XVIII) Legislação...............................................................................................................................34
- XIX) Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias......................................................34
- Condições Gerais................................................................................................................................34
- Funcionários........................................................................................................................................35
- Aplicação de Injetáveis........................................................................................................................35
- Documentação ...................................................................................................................................35
- Regulamento Téc.o que institui as Boas Práticas de Dispensação para Farmácias e Drogarias...............35
- Condições Gerais de Funcionamento das Farmácias e Drogarias..........................................................35
- É proibido em farmácias e drogarias....................................................................................................35
- Responsabilidades e Atribuições..........................................................................................................36
- XX) Medicamentos Genéricos.........................................................................................................36
- Termos................................................................................................................................................36
- Rotulagem..........................................................................................................................................37
- Prescrição............................................................................................................................................38
- Dispensação........................................................................................................................................38
- XXI) Medicamentos de uso controlado..........................................................................................39
- Lista de substâncias.............................................................................................................................39
- Receitas- Específicas para comércio de farmácia..................................................................................40
- Casos de Emergência..........................................................................................................................40
- Escrituração- Livro de Registro Específico.............................................................................................40
- XXII-Noções de manipulação...........................................................................................................41
- História...............................................................................................................................................41
- Por que usar um Medicamento Manipulado? .....................................................................................41
- O quê é a Manipulação de remédios ..................................................................................................41
- Por que o médico mandou “Manipular” os seus remédios? ................................................................42
- Quais as vantagens do medicamento manipulado? ............................................................................42
- Quem é o Farmacêutico?....................................................................................................................42
- Informações Gerais ............................................................................................................................42
- E quanto à qualidade? Podemos confiar nos medicamentos manipulados? .........................................42
- Informações Sobre os Medicamentos Manipulados ............................................................................42
- Informações sobre Medicamentos Controlados...................................................................................43
- XXIII) Anexos....................................................................................................................................44
- Lei n° 6.360, de 23 de setembrode 1976...........................................................................................44
- Lei nº 9.965, de 27 de abril de 2000...................................................................................................46
- Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999............................................................................................46
- Resolução nº 357, de 20 de abril de 2001...........................................................................................48
- Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998..............................................................................................69
FARMÁCIAS - CURSO PARA ATENDIMENTO EM FARMÁCIAS E NOÇÕES DE MANIPULAÇÃO
5
I. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FARMACOLOGIA
História
Desde a pré-história os povos já conheciam os efeitos benéficos ou tóxicos de muitas substâncias 
de origem vegetal ou animal. Os primeiros registros escritos da China e Egito relacionam muitos tipos de 
remédios inclusive alguns que são reconhecidos ainda hoje como compostos farmacologicamente ativos 
como exemplo o ópio (morfina), a beladona(atropina), a dedaleira(digitalis), a casca de quina (quinina e 
quinidina), folhas de coca (cocaína), etc. Esta relação continha várias drogas úteis , no entanto muitas 
eram consideradas inúteis ou até mesmo prejudiciais. Nos 2500 anos, aproximadamente, que precederam 
a época Moderna , os métodos medicinais aplicados fracassaram , pois tentavam explicar as doenças sem 
recorrer a experimentação e obsevação cuidadosas. Além disso, promulgavam noções bizarras como a 
idéia de que as feridas poderiam ser curadas aplicando-se um ungüento à arma causadora do ferimento , 
de que as doenças eram causadas por excesso de sangue no corpo, etc.
No final do século XVII, a Medicina passou a utilizar a experimentação como base para toda formulação 
de teorias. Entretanto, o conhecimento dos mecanismos de ação das drogas ainda era impedido pela falta de 
métodos para isolamento dos princípios ativos e pela falta de métodos para execução dos testes das drogas 
nos seres vivos. Ao final do século XVIIII e início do século XIX, porém, François Magendie e Claude Bernard 
começaram a desenvolver métodos experimentais em animais, devido aos avanços observados na Química e 
no desenvolvimento da Fisiologia. Paradoxalmente, os avanços da farmacologia básica durante o século XIX 
foram acompanhados de uma explosão de propaganda não científica por parte de fabricantes e vendedores 
de inúteis “remédios patenteados”. Foi só a cerca de 50 anos com a introdução da terapêutica racional e da 
introdução de novos conceitos e técnicas ensaio que se tornou possível a compreensão de vários mecanismos 
de ação de drogas e consequentemente avaliar corretamente as alegações terapêuticas.
Conceitos e Definições 
A Farmacologia é uma das ciências que mais tem se desenvolvido nos últimos tempos. Etimologicamente, 
deriva do grego : Pharmakon = fármaco e Logos = estudo. Portanto, Farmacologia é a ciência que estuda 
os fármacos (medicamentos) e seus efeitos nos seres vivos sejam eles benéficos ou maléficos. Essa ciência 
se subdivide em várias áreas ou capítulos , a saber:
1. Autofarmacologia: Estuda todas as substâncias de interesse farmacológico que existem no organismo, 
tais como hormônios, enzimas e mediadores químicos.
2. Correlato: A substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo 
uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou 
de ambientes, ou a fins diagnósticos ou analíticos, os cosméticos ou perfumes, e, ainda, os produtos 
dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários.
3. Dispensação: Ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos 
e correlatos, a título remunerado ou não.
4. Distribuidor,representante,importador e exportador: Empresa que exerça direta ou indiretamente 
o comércio atacadista de drogas, medicamentos em suas embalagens originais, insumos farmacêuticos 
e de correlatos.
5. Droga: Substância ou matéria-prima com atividade farmacológica ou não que tenha finalidade medi-
camentosa ou sanitária.
6. Drogaria: Estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuti-
cos e correlatos em suas embalagens originais.
7. Entorpecente: Substância que pode determinar dependência física ou psíquica relacionada, como tal, 
nas listas da Portaria 344.
8. Ervanaria: Estabelecimento que realize dispensação de plantas medicinais.
9. Farmácia: Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficiais, de comércio de drogas, 
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendi-
mento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica.
10. Fármaco: Uma substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de propriedade 
farmacológica.
AUGE - ASSESSORIA EDUCACIONAL
6
11.Farmacocinética: Estuda os princípios cinéticos do medicamento como absorção, distribuição, bio-
transformação e eliminação.
12. Farmacodinâmica: Estuda os mecanismos de ação e efeitos bioquímicos e fisiológicos que os agentes 
medicinais (vegetais, animais, minerais, semi-sintéticos e sintéticos) produzem nos seres vivos.
13. Farmacogenética: Estuda a influência das drogas nos mais diferentes campos da transmissão genética.
14. Farmacognosia: É o ramo da farmacologia que estuda os princípios ativos naturais sejam animais, 
minerais ou vegetais.
15. Farmacotécnica: É a ciência que estuda os métodos de preparo dos medicamentos.
16.Farmacoterapia: É a aplicação dos medicamentos na prevenção, no diagnóstico e no tratamento das 
doenças. Estuda as ações e efeitos dos medicamentos sobre o organismo em condições patológicas. É 
o ramo da farmacologia que, juntamente com a Farmacodinâmica, mais interessa à Medicina.
17. Loja de conveniência e “drugdtore”: Estabelecimento que, mediante auto- serviço ou não, comercializa 
diversas mercadorias, com ênfase para aquelas de primeira necessidade, dentre as quais alimentos em geral, 
produtos de higiene e limpeza e apetrechos domésticos, podendo funcionar em qualquer período do dia e 
da noite, inclusive nos domingos e feriados. (Redação dada pela Lei nº 9.069, de 29/6/95).
18.Medicamento homeopático: Toda preparação farmacêutica segundo os compêndios homeopáticos 
reconhecidos internacionalmente, obtida pelo método de diluições seguidas de sucussões e/ou tritura-
ções sucessivas, para ser usada segundo a lei dos semelhantes de forma preventiva e/ou terapêutica.
19.Medicamento magistral: É aquele preparado na farmácia a partir de uma prescrição de profissional 
habilitado, destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça em detalhes sua composição, 
forma farmacêutica, posologia e modo de usar.
20.Medicamento oficinal: É aquele preparado na farmácia , cuja fórmula esteja inscrita no formulário 
nacional ou em formulários internacionais reconhecidos pela Anvisa.
21.Medicamento: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, 
curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
22.Medicamentos especializados: São aquelas preparações farmacêuticas apresentadas no mercado 
em embalagem própria da indústria(medicamentos de marca).
23.Placebo: É uma substância inerte, ou cirurgia ou terapia “de mentira”, usada como controle em uma 
experiência, ou dada a um paciente pelo seu possível ou provável efeito benéfico.
24.Psicofarmacologia: Estuda as drogas que alteram o estado psíquico de organismos normais ou doentes.
25.Psicotrópico: Substância que pode determinar dependência física ou psíquica e relacionada, como tal, 
nas listas da Portaria 344.
26.Remédio: Esta palavra é empregada num sentido amplo e geral, sendo aplicada a todos os meios usados 
coma finalidade de prevenir ou de curar doenças. Deste modo são remédios não só os medicamentos, mas 
também os agentes de natureza física ou psíquica a que recorre na terapêutica. A idéia de remédio não está, 
portanto, obrigatoriamente ligada à composição farmacêutica a que constitui o medicamento.
27.Supermercado: Estabelecimento que comercializa, mediante auto- serviço, grande variedade de mer-
cadorias, em especial produtos alimentícios em geral e produtos de higiene e limpeza (Redação dada 
pela Lei nº 9.069, de 29/6/95).
II. RECEITA OU PRESCRIÇÃO
Conceito
É uma ordem escrita com detalhadas instruções sobre o medicamento que deve ser dado ao pacien-
te, e quantidade determinada, indicando via administração e a duração do tratamento.
A prescrição ou receita adequada baseia-se em três áreas do conhecimento médico: diagnóstico correto e 
compreensão de fisiopatologia da doença a ser tratada e domínio da farmacologia do medicamento indicado.
Classificação
1. Prescrição Excessiva: É observada quando a droga não é necessária ou prescrita em dose muito elevada, 
por período longo demais ou em quantidade exagerada para as necessidades imediatas do paciente.
2. Subprescrição: Consiste na falha em prescrever uma medicação necessária como, por exemplo, uma 
FARMÁCIAS - CURSO PARA ATENDIMENTO EM FARMÁCIAS E NOÇÕES DE MANIPULAÇÃO
7
droga para baixar a pressão de um paciente hipertenso. A posologia inadequada ou a administração 
em período demasiadamente curto também pertencem a esta categoria.
3. Prescrição Incorreta: Ocorre quando a droga é indicada para diagnóstico errado, quando se seleciona 
droga errada para o caso ou quando a receita é preparada de modo impróprio. Observa-se a prescrição 
incorreta quando o médico não está a par de fatores genéticos, ambientais ou a própria doença podem 
alterar a resposta do paciente à droga.
4. Prescrição Múltipla: Ocorre quando o paciente consulta e recebe receitas de vários médicos, quando utiliza 
drogas não prescritas(automedicação) com as prescritas ou quando o médico não suspende uma droga 
antes de iniciar outra ou prescreve uma especialidade farmacêutica que encerra diversas drogas.
5. Prescrição Racional: Algumas abordagens para a prescrição racional de drogas incluem:
a) Melhorar e ampliar a educação sobre o uso racional das drogas começando-se pelas escolas médicas 
e continuando-se ao longo da carreira do clínico.
b) Reduzir as pressões ostensivas e insidiosas das fontes comerciais e dos pacientes que forçam o médi-
co a aumentar a utilização das drogas.
c) O médico deve ter consciência de que a seleção e o uso racional de drogas são tão gratificantes e 
compensadores, e talvez até mais quanto elaborar um diagnóstico correto.
Exemplo de Prescrição Racional:
Drª FERNANDA RODRIGUES DE LUNA
Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica
CRM 1992
Para: Débora Pontes
R
Uso interno
1. Amoxil 250mg
 Suspensão............................2 vidros
 Uso: 5 ml de 8/8 horas durante 10 dias
2. Nebulização com soro fisiológico 3 vezes ao dia
3. Reavaliação com uma semana
Fernanda Rodrigues
Em 21/12/2007
Centro Médico Cabo Branco
Rua Miguel Duarte, 50 apto 301, João Pessoa – PB
Tel: 3235-3321
Composição da receita
1. Cabeçalho: Nesta parte encontram-se impressos, na porção superior do papel, o nome completo do médi-
co, veterinário ou cirurgião dentista, sua especialidade, número de inscriçãono Conselho Regional da classe 
(CRM, CRO e CRMV), endereço, podendo ainda ser acrescentados o CPF e a inscrição municipal.
2. Nome do Paciente: Em alguns casos, além do nome podem ser colocados endereço e a idade do pa-
ciente, informações úteis para o farmacêutico monitorar o uso dos medicamentos.
AUGE - ASSESSORIA EDUCACIONAL
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3. Indicação da via de administração: Antes da inscrição, usam-se os seguintes termos para definir o 
modo de administração: uso interno, uso externo, uso local ou tópico, via intramuscular, via subcutâ-
nea, via intravenosa etc.
a) A expressão uso interno é usada para indicar a administração pela boca pode-se preferir-se a ex-
pressão uso oral.
b) A expressão via externa é sinônima de uso local ou tópico.
4. Inscrição: Indica a medicação prescrita que pode assumir quatro modalidades: especialidade farmacêu-
tica, fármaco genérico, fármaco oficinal ou magistral, já definidos anteriormente.
5. Subscrição ou instruções para o farmacêutico: Esta parte da prescrição consiste em instruções para 
o farmacêutico sobre a manipulação da medicação e é mais utilizada nas fórmulas magistrais. O far-
macêutico deve estar atento para detectar doses excessivas e outros erros.
6. Instruções para o paciente: Estas instruções devem conter informações sobre a dose do fármaco, horário e 
freqüência da dose, além de outros fatores, tais como diluição e via de administração. Esta parte da prescrição 
assume grande importância a fim de evitar a desobediência do paciente ao regime terapêutico. Expressões 
como “usar como indicado”, “tomar quando necessário” e abreviaturas nunca são satisfatórias e não devem 
ser usadas. Paciente idoso requer cuidados especiais quanto a maneira de utilizar seus medicamentos.
7. Assinatura ou firma profissional: É a parte da prescrição em que se colocam local, data e assinatura do 
profissional. Quando o cabeçalho não identifica o autor, como nos talonários com vários profissionais ou de 
hospitais, deve-se juntar à assinatura o carimbo com identificação e número do CRM do profissional.
Fórmulas magistrais
Embora atualmente, sejam prescritos principalmente os medicamentos fabricados pela indústria far-
macêutica, chamados especialidades farmacêuticas, ainda se observa a prescrição de fórmulas magistrais. 
Nessas fórmulas confeccionadas pelo próprio médico, são indicadas as quantidades dos seus constituintes 
e a forma farmacêutica apropriada. Elas são aviadas ou manipuladas no momento, para aquele paciente 
em particular. Na prescrição de especialidades farmacêuticas ou fármacos genéricos, basta a indicação do 
nome comercial ou do nome genérico, seguida naturalmente das instruções sobre posologia.
Como a manipulação de fórmulas magistrais está sendo revitalizada no nosso país, faremos alguns co-
mentários sobre elas. Uma fórmula é completa e tecnicamente bem equacionada quando nelas são observados 
somação, potenciação ou sinergismo medicamentoso, a par de adequada apresentação e boa estabilidade.
Em geral, uma fórmula deve constituir-se de: (a) princípio ativo ou base medicamentosa, (b) coadju-
vante terapêutico, (c) coadjuvante técnico, (d) corretivo, (e) veículo ou excipiente.
Exemplo de prescrição magistral
Dr. GABRIEL NÓBREGA LIMA
Cirurgião dentista
CRO 1988
Para: Henrique Soares
Preparar 
Diclofenaco sódico.....................50 mg
Excipiente qsp.............................1 cápsula
Mande 20 cápsulas
Posologia: 1 cápsula 2 vezes ao dia
Gabriel Nóbrega
Em 01/09/2007
Centro Odontológico Cabo Branco
Rua Miguel Duarte, 50 apto 301, João Pessoa- PB
Tel: 3222-1158
FARMÁCIAS - CURSO PARA ATENDIMENTO EM FARMÁCIAS E NOÇÕES DE MANIPULAÇÃO
9
Conceito
São consideradas o estado final que as substâncias ativas apresentam depois de serem submetidas as 
operações farmacêuticas necessárias, a fim de facilitar a sua administração e obter o maior efeito terapêu-
tico desejado. A sujeição das substâncias ativas às operações farmacêuticas deve-se ao fato da maioria das 
substâncias ativas não poderem ser diretamente administradas ao doente.
Classificação das formas farmacêuticas
Uso interno
Formas Líquidas
1. Soluções: São misturas homogêneas de duas ou mais substâncias. As soluções farmacêuticas são sem-
pre líquidas e obtidas a partir da dissolução de um sólido ou líquido em outro líquido. São exemplos de 
soluções: xaropes, elixires e tinturas.
2. Xaropes: São soluções aquosas contendo cerca de 2/3 deseu peso em sacarose(açúcar comum) ou 
outros açúcares. Ex: xarope de hidroxizine(antialérgico)
2.1) Vantagens dos xaropes: 
-Dissimular o sabor desagradável
-Aumentar o tempo de conservação(impede o crescimento de fungos e bactérias)
3. Elixires: 
3.a) Preparações de fármaco num solvente alcoólico.
3.b) Utilizados para fármacos não solúveis em água.
4. Tinturas: São extratos alcoólicos ( por exemplo, de uma erva ou solução de uma substância não-volátil, 
como iodo e mercurocromo). Soluções de substâncias voláteis são denominadas espíritos, embora tal nome 
seja dado também a vários outros materiais obtidos através da destilação, mesmo que não incluam álcool.
5. Emulsões: São sistemas constituídos de 2 fases líquidas imiscíveis (que não se misturam), uma oleosa e 
outra aquosa. Existem emulsões do tipo óleo em água(O/A: fase externa aquosa) e água em óleo(A/O: 
fase externa oleosa). A estabilidade da emulsão é garantida com o uso de agentes emulsificantes. As 
emulsões podem ser pastosas(creme) ou líquidas(loções), destinadas ao uso interno ou externo.
6. Suspensões: São misturas heterogêneas de partículas sólidas em meio líquido. As partículas precipitam 
quando a solução fica em repouso. Devem ser agitadas antes da administração para uma distribuição 
uniforme das partículas.
7. Injeções: São preparações estéreis de soluções, emulsões ou suspensões destinadas à administração parenteral.
Formas Sólidas
1. Pós (simples e compostos): São medicamentos formados por partículas sólidas obtidas por divisão que 
são misturados com líquidos(água ou sumos) antes da sua administração.
1.a) Vantagens:
- Efeitos rápidos e regulares, pois as partículas são pequenas e uniformes;
- Pequeno tamanho- menor limitação gástrica;
- Facilidade de dissolução;
- Atividade maior quanto maior o grau de divisão;
- Facilidade de administração.
1.b) Desvantagens:
- Susceptibilidade às condições atmosféricas;
- Impossibilidade de mascarar odor e sabor desagradável.
2. Grânulos: São formas farmacêuticas compostas de um pó ou uma mistura de pós umedecidos e sub-
metidos à secagem, para produzir grânulos de tamanho desejado.
2.a) Vantagem: 
- Maior estabilidade química e física que os pós.
3. Comprimidos: São formas farmacêuticas sólidas de forma variável, cilíndrica ou discóide, obtidas por 
compressão de medicamentos mais o excipiente. Os comprimidos com massa entre 60mg e 600mg e são 
a forma farmacêutica mais utilizada, por ser a via mais apropriada. Os comprimidos são dissolvidos no 
estômago pelos sucos digestivos.
AUGE - ASSESSORIA EDUCACIONAL
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3.a) Vantagens em relação aos pós e formas líquidas:
- Precisão na dosagem;
- Boa conservação;
- Rapidez na preparação;
- Economia, devido ao rendimento;
- Boa apresentação;
- Volume reduzido.
4. Tipos de comprimidos:
4.a) Comprimidos com ranhura- permitem uma divisão equilibrada da dose;
4.b) Comprimidos com revestimento entérico- resistem à dissolução no ph ácido do estômago, mas 
dissolve-se no ph alcalino do intestino. Utilizados para fármacos que são destruídos ou inativados 
pelo ph ácido. Não devem ser mastigados ou triturados;
4.c) Comprimidos de ação prolongada (retard) ou de libertação controlada- Preparados para serem 
absorvidos de forma gradual.
5. Drágeas: São formas farmacêuticas sólidas, revestidas destinadas ao uso oral. Chama-se drágea aos com-
primidos revestidos por qualquer espécie de envolvimento o que está de acordo com a Farmacopéia 
Portuguesa IV 2ª edição. Para este fim utiliza diversas substâncias, como: queratina, ácido esteárico, 
gelatina endurecida com formaldeído.
5.a) Vantagens: 
- Proteção de aroma e sabor desagradável;
- Resistência ao suco gástrico;
- Facilita a deglutição,
- Proteção e conservação dos princípios ativos.
5.b) Desvantagem: Custo elevado
6. Cápsulas: São formas farmacêuticas sólidas as quais uma ou mais substâncias medicinais(líquido ou 
pó) são acondicionadas em um invólucro à base de gelatina, que se dissolve no tubo gastrointestinal e 
liberta o medicamento para ser absorvido. Forma adequada para administração de fármacos com sabor 
desagradável e irritantes a mucosa gástrica. Devem ser deglutidas inteiras.
6.a) Duras: São usadas para drogas sólidas. Os invólucros vazios são feitos de uma mistura de gelatina, açú-
car e água e podem ser transparentes ou coloridas. São formadas por duas peças que se unem após o enchi-
mento com a droga pulverizada. São utilizadas para substâncias secas e granulosas. Ex: Adalat: nifedipina.
6.b) Moles: São cápsulas preparadas com película de gelatina com adição de glicerina ou sorbitol 
para tornar a gelatina elástica. Podem ser de várias formas e são usadas para conter líquidos, suspen-
sões, materiais pastosos ou pós. Exemplo: óleos minerais(que oxidam facilmente).
7. Pastilhas: São preparações farmacêuticas de consistência sólida, destinadas a dissolverem-se lentamen-
te na boca. São preparadas por moldagem de uma massa elástica, constituída na maioria das vezes por 
mucilagem e/ou açúcar associados a princípios medicamentosos.
8. Extratos sólidos: São formas farmacêuticas sólidas obtidas por separação dos princípios ativos de 
drogas vegetais em dissolventes adequados, sendo submetidas a um processo de concentração destas 
drogas por evaporação da parte líquida. O dissolvente pode ser: água destilada, álcool, éter, ácido 
acético, pelo que os extratos se denominam aquosos, alcoólicos, etéricos ou acéticos respectivamente. 
Exemplo: extrato seco de Ginkgo biloba.
Uso externo (tópico)
Formulas Semi-Sólidas
1. Loções: São soluções que se impregnam na pele. O veículo é aquoso e usado sem fricção. Sua fluidez 
permite aplicação rápida e uniforme sobre uma ampla superfície.
2. Cremes: São formas farmacêuticas de aspecto cremoso feitas com a mistura de um líquido em óleo, de 
modo a formar um líquido espesso ou um sólido mole. No seu preparo são utilizados agentes emulsio-
nantes como a goma arábica e gelatina.
3. Pomadas: São preparações farmacêuticas semi-sólidas preparadas numas base gorda como a lanolina ou a 
vaselina.
Características: 
3.a) Completa ou moderadamente absorvidas pela pele.
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3.b) Conservam a umidade pelo que aumentam a absorção do fármaco- são o veículo mais eficaz 
para a absorção de fármacos pela pele.
4.Emplastros: São formas farmacêuticas que se dissolvem à temperatura do corpo, aderindo-se a pele. É 
usado como esparadrapo.
Medicamentos Administrados Através das Mucosas
1. Retal: 
1.a) Supositórios: São formas farmacêuticas sólidas, de forma cônica destinadas a ser introduzidas 
num orifício corporal(ânus) onde devem desintegrar-se à temperatura do organismo(37ºC), liberando 
o fármaco e exercendo efeito local ou sistêmico. Devem ser armazenados em local fresco. O exce-
piente mais usado é a manteiga de cacau.
1.b) Solução para enema de pequeno volume, previamente embalada.
2-Vaginal:
2.a) Óvulos: São formas farmacêuticas sólidas obtidas por compressão ou moldagem para aplicação vagi-
nal, onde devem se dissolver para exercerem uma ação local. O excipiente em geral é a glicerina.
2.b) Cremes vaginais(fornecidos com aplicador)
3-Nasal:
3.a) Gotas nasais: São formas farmacêuticas líquidas destinadas aos orifícios nasais.
4-Olhos:
4.a) Gotas oftálmicas: As soluções oftálmicas são estéreis, facilmente administráveis e habitualmente 
não interferem com a visão.
4.b) Pomadas oftálmicas: provocam alterações da acuidade visual. Tem maior duração de ação que as gotas.
5-Ouvidos:
5.a) Gotas otológicas: São formas farmacêuticas líquidas destinadas aos orifícios auditivos.
6-Inalação:
6.a) Condução de medicamentos para os pulmões através das vias nasal ou oral.
6.b) Vaporização: medicamento é transportado através de um fluxo de vapor.
7-Atomização e nebulização: separação da solução em pequenas gotículaspara ser inalada.
IV. CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
1-De acordo com a quantidade de fármacos presentes na fórmula:
1.a) simples: preparados a partir de um único fármaco. Ex: bicarbonato de sódio
1.b) compostos:preparados a partir de um ou mais fármacos. Ex: polivitamínicos
2-De acordo com seu emprego
2.a) uso interno: O que se destina a ser administrado no interior do organismo por via bucal e pelas 
cavidades naturais ou acidentais. As vias oral, retal, vaginal, nasal, auricular, parenteral e tranqueo-
pulmonar, constituem, portanto, meios de acesso para medicamentos de uso interno.
2.b) uso externo: Medicamentos de exclusiva aplicação na superfície do corpo ou em mucosas facil-
mente acessíveis ao exterior.
3-De acordo com o tipo de preparação
3.a)medicamentos oficinais: São aqueles que se encontram oficializados nas monografias 
oficiais(farmacopéias)
3.b)medicamentos magistrais: São aqueles preparados pelo farmacêutico segundo indicações expres-
sas numa receita médica.
3.c)medicamentos especializados: São aqueles apresentados no mercado em embalagem própria e 
que apresentam uma marca privativa.
4-De acordo com sistemas terapêuticos existentes
4.a) alopático: tratamento que segue o princípio “Contraria contrariis curantur”(cura pelo contário)
4.b) homeopatia: tratamento que se baseia no princípio da cura pelos semelhantes “Similia similibus 
curantur”.
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V-FATORES QUE MODIFICAM O EFEITO FARMACOLÓGICO
Existem muitos fatores que podem modificar as respostas biológicas produzidas pela interação de 
drogas com os organismos vivos.
O efeito terapêutico de uma droga geralmente se manifesta quando sua concentração no plasma atin-
ge um dado valor, denominado “nível plasmático efetivo”. O nível plasmático de compostos depende 
da quantidade de substância administrada, mas é regulado principalmente pela absorção, distribuição, 
fixação nos tecidos, biotransformação e excreção. Assim quaisquer fenômenos que alterem estes fenôme-
nos podem aumentar ou diminuir os efeitos terapêuticos das drogas.
Fatores dependentes do meio ambiente
1-Luz e temperatura: Existem substâncias que expostas a esses dois fatores sofrem alterações que com-
prometem sua atividade terapêutica. Ex: soluções de NaF.
2-Ruído: Pode provocar convulsões no paciente intoxicado pela estricnina, bem como retardar ou impedir 
que pacientes medicados com hipnóticos adormeçam.
Fatores dependentes da droga
1-Dose: Quanto maior for a dose , maior será a intensidade do efeito(relação quantitativa)
2-Propriedades: Físico-químicas: as propriedades físico químicas das drogas, tais como solubilidade, esta-
do físico, difusibilidade são determinantes para o seu uso e a sua atividade farmacológica
3-Forma farmacêutica: As propriedades de uma forma farmacêutica podem influenciar a velocidade de ab-
sorção de uma substância e consequentemente o efeito farmacológico da droga. O fator mais importan-
te neste caso é a velocidade de dissolução, tendo sido verificadas,ainda, variações na eficácia clínica entre 
marcas diferentes da mesma droga, na mesma dosagem e forma, simplesmente por haver variação nas 
velocidades de desintegração do sólido. Ordenando-se as diferentes formas em ordem decrescente de 
velocidade de desintegração tem-se: solução aquosa> suspensão> pó> cápsula> comprimido> drágea.
4-Vias de administração: Influenciam na velocidade de absorção das drogas.
Fatores dependentes do organismo
1-Espécie animal: As variadas espécies respondem de maneiras diversas às drogas. Isso se deve à diferen-
te capacidade de o organismo desses animais de biotransformar substâncias nele introduzidas.
2-Sexo: geralmente as fêmeas são mais susceptíveis que os machos a numerosas drogas. Em caso de mulheres 
grávidas recomenda-se reduções de dose para evitar efeitos indesejáveis sobre o embrião ou feto.
3-Idade: Em animais recém nascidos, a atividade metabolizadora do fígado está totalmente ausente ou 
existe apenas em nível muito reduzido. A capacidade excretora também é consideravelmente menor 
no recém-nascido devido ao desenvolvimento incompleto da função renal. Os idosos também apresen-
tam redução nas funções hepáticas e renais.
4-Peso corpóreo: quanto maior o peso do indivíduo maior será a dose para produzir o efeito farmacológico.
5-Estado nutricional e patológico: O estado de subnutrição ou a presença de doença principalmente 
hepática reduzem a atividade metabolizadora do fígado. Isso diminui a biotransformação da droga o 
que promove a permanência prolongada da droga nos sítios de ação.
6-Fatores genéticos: Ocorre quando membros de uma população homogênea, respondem a drogas de 
maneira inesperada. A idiossincrasia é o fenômeno que ocorre quando uma resposta anormal do indi-
víduo é determinada por alterações genéticas.
VI. EFEITOS INDESEJÁVEIS DAS DROGAS
1-Efeitos tóxicos: São efeitos que dependem da quantidade excessiva de um fármaco, caracterizando o 
fenômeno da superdosagem. A superdosagem pode ser absoluta(quando o fármaco é administrado 
em grandes quantidades) ou relativa(quando ocorrem variações farmacocinéticas e o fármaco é acu-
mulado no organismo).
2-Efeitos colaterais: São efeitos que ocorrem mesmo quando o fármaco é administrado em doses tera-
pêuticas. Estes efeitos ocorrem em órgãos ou sistemas diferentes do alvo terapêutico.
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3-Efeitos adversos: Constituem todo e qualquer efeito indesejável ao organismo.
4-Efeitos teratogênicos: São manifestações anormais do desenvolvimento fetal, geradas por fármacos 
administrados à gestantes.
5-Efeitos de hipersensibilidade: São ocasionados por respostas anormais do sistema imune. São inde-
pendentes de doses, podendo ser desencadeadas por pequeniníssimas quantidades de alérgenos caso 
o paciente seja sensível e tenha tido uma prévia sensibilização.
6-Efeitos idiossincrásicos: São reações diferentes da das reações geralmente esperadas associadas a 
variações individuais geneticamente induzidas.
7-Efeitos paradoxais: São efeitos que se caracterizam pelo aparecimento de manifestações opostas às 
esperadas após o uso do fármaco.
8-Efeito rebote: Ocorre quando a interrupção do uso da droga leva ao agravamento dos sintomas iniciais 
da doença. Nesses casos, a retirada da droga deve ser lenta e gradual.
9-Síndrome da retirada: caracteriza-se pelo aparecimento de manifestações clínicas em decorrência da 
suspensão brusca de um fármaco usado em doses terapêuticas por tempo prolongado.
VII. EFEITOS INDESEJÁVEIS DAS DROGAS DE ABUSO
1-Tolerância: É uma condição que se caracteriza pela resposta diminuída de uma droga quando a mesma 
está sendo usada continuadamente. Quando isso acontece, há a necessidade de aumentar progres-
sivamente as doses destas drogas para manter a intensidade dos efeitos iniciais, Muitas drogas que 
induzem à tolerância também induzem à dependência.
2-Dependência: É a condição que se caracteriza pelo uso repetitivo de substâncias que produzem um 
estado de bem-estar no organismo. Podendo ser de dois tipos:
2.a) dependência física: É a condição caracterizada por distúrbios físicos quando se interrompe abrup-
tamente a administração de uma droga.
2.b) dependência psíquica: É a condição caracterizada pelo desejo emocional ou mental de tomar a 
droga para se sentir bem.
2.c) Síndrome de abstinência: Conjunto de sinais característicos que aparecem após a suspensão 
brusca de uma droga utilizada em altas doses por tempo prolongado.
VIII. POSOLOGIA
1-Conceito: É a indicação da dose(quantidade) recomendada para o medicamento.
2-Dose: É a quantidade de medicamentos que se prescreve a um paciente para obtenção de determinados efeitos.
3-Dosificação: É a estimação da dose para um determinado fim.
4-Dosagem: é o ato de dosar.
4.a) Tipos de dose
-Dose oficial: É a dose especificada pela Farmacopéia.-Dose terapêutica: É a dose calculada para fins de prevenção, diagnóstico ou tratamento de doenças e que 
produz seu efeito em 50% da população. É calculada conforme o peso e idade corpórea do paciente.
-Dose usual: É a dose eficaz em 50% da população.
-Dose fracionada: É a dose resultante de divisões da dose terapêutica.
-Dose mínima: É a menor dose necessária para produzir o seu efeito característico.
-Dose máxima: É a maior quantidade de um medicamento que se pode administrar sem que haja 
perigo para o paciente.
-Dose letal mínima(DLM): É a dose mínima capaz de matar um animal pertencente a um grupo.
-Dose letal 50: É a dose capaz de matar 50% de um grupo uniforme de animais.
IX. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE DROGAS
Conceito
É o caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo. Sem dúvida, a substância tem 
que ser transportada do ponto de entrada até a parte do corpo onde se deseja que ocorra sua ação(a menos 
que esse local seja na superfície do corpo). As propriedades farmacocinéticas de uma droga(isto é, as proprieda-
des relacionadas a absorção, distribuição e eliminação) são bastante influenciadas pelas vias de administração.
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Tipos de vias de administração
Administração Enteral: É o tipo de administração que ocorre no decorrer do tubo digestivo desde a 
boca até o ânus, São elas:
1-Via Oral: É a via que permite a entrada do medicamento através da cavidade oral seguida de deglutição.
1.a) Vantagens:
- Via segura;
- Prática;
- Auto-administração (comodidade de aplicação)
- Mais econômica;
- Grande extensão de absorção.
1.b) Desvantagens:
- Ação moderada e lenta;
- Inativação pelos sucos digestivos;
- Formação de complexos insolúveis com alimentos;
- Fármacos que sofrem metabolismo de primeira passagem.
- Fármacos que são muito irritantes a mucosa digestiva;
- Não deve ser usado quando há êmese ou dificuldade de deglutição;
- Sabor e odor desagradável dificultam a deglutição.
1.c) Métodos de administração: Deglutição e sondagem gástrica.
1.d) Formas farmacêuticas: Comprimidos, cápsulas, drágeas, suspensões, emulsões, elixires, xaropes 
e soluções.
2-Via Bucal: É a via que permite a introdução do mediamento na cavidade oral sem que haja deglutição. Os fár-
macos administrados através dessa via apresentam um efeito local atuando sobre bochechas e gengivas.
2.a)Desvantagem: Ação diluidora da saliva que dificulta o contato do fármaco com a mucosa oral.
2.b)Métodos de administração: Aplicação, fricção, instilação, irrigação, aerosol e bochecho.
2.c)Formas farmacêuticas: Dentríficios, colutórios(anti-sépticos bucais) e soluções para bochecho.
3-Via Sublingual: É a via que consiste na colocação do medicamento debaixo da língua para serem ab-
sorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos ali situados.
3.a)Vantagens:
-Absorção rápida de pequenas doses devido a rico suprimento sanguíneo e a pouca espessura da 
mucosa absortiva;
-Não sofre metabolismo de 1ª passagem;
-Evita a inativação pelo suco gástrico;
-Retenção do fármaco por tempo maior;
-O fármaco absorvido passa diretamente a corrente circulatória.
3.b)Desvantagem: Pouca disponibilidade farmacêutica
3.c) Formas farmacêuticas: Comprimidos que devem ser totalmente dissolvidos ela saliva, não podem 
ser deglutidos. Ex: Isordil (vasodilatador).
4-Via Retal: Consiste na colocação do medicamento através do reto. A via retal é utilizada quando a in-
gestão não é possível por causa de vômitos ou porque o paciente se encontra inconsciente. É usada 
também em crianças pequenas que não sabem deglutir.
4.a) Vantagens:
- Evitar metabolismo de 1ª passagem;
- Absorção rápida.
4.b) Desvantagens:
- Incomodidade de administração;
- Possibilidade de irritação na mucosa e absorção errática.
4.c) Métodos de administração: Aplicações e enemas.
4.d) Formas farmacêuticas: Soluções, suspensões e supositórios.
5-Administração Parenteral: É o tipo de administração que ocorre fora do tubo digestivo e apresenta 
efeitos sistêmicos. Podendo ser diretas ou indiretas.
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Vias Diretas
1-Via Intravenosa: Consiste na via em que o medicamento é colocado diretamente na corrente sanguí-
nea através de uma veia.
1.a) Vantagens:
- Efeito imediato;
- 100% de biodisponibilidade;
- Indicação em emergências médicas e em presença de baixo fluxo sanguíneo periférico (choque);
- Infusão de substâncias irritantes;
- Infusão de grandes volumes;
- Permite o controle da dose (níveis plasmáticos previsíveis)
1.b) Desvantagens:
- Necessidade de assepsia e pessoa treinada;
- Incomodidade para o paciente;
- Menor segurança, efeitos agudos e intensos podem ser adversos;
- Maior custo de preparação;
- Efeitos locais indesejáveis(flebite, infecção, trombose);
- Risco de embolia;
- Reação anafilática;
- Choque pirogênico
- Impróprio para substâncias insolúveis e oleosas.
1.c) Métodos de administração: Injeções e infusão contínua.
1.d) Formas farmacêuticas: Soluções aquosas puras.
2-Via Intradérmica: É a via pela qual o medicamento é injetado na derme. Esta via permite a administração 
de pequenas quantidades, por isso é utilizada somente para testes diagnósticos, alérgicos(tuberculina) 
e para vacinação. Esta via proporciona efeito local.
2.a)Desvantagens:
- Propicia início de efeito mais lento que por via cutânea;
- Emprego de pequenas quantidades do fármaco.
2.b) Métodos de administração: Injeção ou raspado da epiderme.
2.c) Formas farmacêuticas: Soluções.
3-Vias Subcutânea e Submucosa: Estas vias abrangem, respectivamente, as áreas abaixo da pele(derme) e 
mucosas. Emprega-se pouca quantidade de fármaco e esta via proporciona efeito sistêmico do fármaco.
3.a)Vantagem: 
- A absorção lenta propicia um efeito persistente que pode durar até semanas.
3.b)Desvantagens:
- Inadequada para grandes volumes ou substâncias irritantes;
- Propicia início de efeito mais lento;
- Efeitos adversos: dor local, abscessos estéreis, infecções e fibroses.
3.c) Métodos de administração: Injeção com agulha de bisel curto e implante de substâncias sob a 
pele (sob a forma sólida pellet).
3.d) Formas farmacêuticas: Soluções, suspensões e pellets.
4-Via Intramuscular: consiste na via que permite a introdução do fármaco diretamente no músculo ultra-
passando a pele e o tecido subcutâneo.
4.a)Vantagens:
- É mais segura do que a intravenosa;
- Adequada para volumes moderados, veículos aquosos, não-aquosos(oleosos) e suspensões;
- Permite a infusão de substâncias irritantes;
- A absorção depende do fluxo sanguíneo local e o grupo muscular utilizado;
- Alguns fármacos fazem depósito no músculo promovendo concentrações plasmáticas terapêuti-
cas prolongadas como, por exemplo, a Penicilina G benzatina(3 a 4 semanas).
4.b)Desvantagens:
- Efeitos adversos locais: dor, desconforto, dano celular, hematoma, abcessos estéreis ou sépticos 
e reações alérgicas.
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4.c)Métodos de administração: Injeção profunda, para que ultrapasse a pele e o teciso subcutâneo. 
Usar agulha de bisel longo.
4.d)Formas farmacêuticas: Soluções aquosas, oleosas e suspensões.
5-Via Intra-arterial: É a via que consiste na aplicação do medicamento diretamente na veia, É raramente 
empregada, quer seja pelas dificuldades técnicas em aplicá-la, quer seja pelos riscos que oferece. A 
justificativa de uso tem sido obter altas concentrações locais de fármacos, antes de ocorrer sua diluição 
por toda circulação. Uma variante dessa é a via intracardíaca, hoje em desuso, desde que foi substituída 
pela punção de grandes vasos venosos para administrar fármacos com reanimação cardio-respiratória. 
É usada em cateterismo, arteriografias e angioplastias.
6-Via Peridural: Utiliza o espaço delimitado pela dura-máter que circunda a medula. Via alternativa à via 
intratecal para anestesia de medulaespinhal e raízes nervosas
7-Via Intra-articular: Nesta via o fármaco é injetado no interior da cápsula articular.
Vias Indiretas
1-Via Cutânea: Esta via consiste na aplicação do medicamento para efeitos tópicos(locais) e sistêmicos. A 
absorção depende de área de exposição, difusão do fármaco na derme(alta lipossolubilidade), tempe-
ratura e estado de hidratação da pele.
1.a) Métodos de administração: Aplicação, fricção e banhos
1.b) Formas farmacêuticas: Soluções, cremes, pomadas, óleos, loções, ungüentos, geléias e adesivos 
sólidos(absorção transcutânea e efeitos sistêmicos).
2-Via respiratória: Consiste na via que compreende a administração do fármaco desde a mucosa nasal 
até os alvéolos.
2.a) Vantagens:
- Pode ser usada para efeitos locais ou sistêmicos (anestésicos inalatórios);
- Administração de pequenas doses com rápida ação e poucos efeitos adversos sistêmicos.
2.b)Desvantagens:
- Pode levar a irritação da mucosa;
- Pode ocorrer perda de efeito por decomposição de partículas inaladas na via aérea superior ou 
impedimento da progressão ao trato respiratório inferior devido às secreções.
2.c) Métodos de administração: Inalação por nebulização ou aerossóis.
X-USOS TERAPÊUTICOS DOS MEDICAMENTOS
Analgesia e Anestesia
1-Analgésicos: São medicamentos usados para aliviar a dor. O efeito analgésico é devido à inibição da 
produção local de prostaglandinas, mediadores da inflamação. Estas prostaglandinas, se forem produ-
zidas, vão sensibilizar as terminações nervosas locais da dor, que será iniciada por outros mediadores 
inflamatórios como a bradicinina. Ex: AAS, paracetamol, dipirona, etc.
2-Antitérmicos: São medicamentos de agem abaixando a temperatura corpórea. Elas agem inibindo a 
síntese de prostaglandinas que em excesso provoca o aumento da temperatura corporal. Ex: AAS, 
paracetamol, dipirona, etc.
3-Antiespasmódicos: são medicamentos que combatem os espasmos. Espasmos são concentrações do-
lorosas de alguns músculos de nossos órgãos abdominais(estômago, intestino, rins, vesícula biliar e 
útero). Ex: Buscopan.
4-Anestésicos Gerais: São fármacos que produzem analgesia, perda de consciência, relaxamento mus-
cular mediante a ação depressora do SNC. Ex:Halotano, Éter, Óxido Nitroso(anestésicos por inalação) e 
Tiopental, Fentanila. Alfentanila, Remifentanila(anestésicos intravenosos).
5-Antiinflamatórios Não-esteroidais (AINES): São fármacos que inibem a inflamação através da inibição de 
síntese de prostaglandinas, já que estes mediadores são importantes em quase todos os fenômenos asso-
ciados à inflamação, como vasodilatação, dor e atração de mais leucócitos ao local atingido pelo processo 
inflamatório. Ex: Diclofenaco, Ibuprofeno, Nimesulida, AAS, Piroxicam, Ácido Mefenâmico, etc.
6-Antiinflamatórios Esteroidais ou Corticóides: São medicamentos dotados de efeitos antiinflamató-
rios e imunossupressores mais potentes que os AINES, mas que apresentam também maior incidência 
de efeitos colaterais. São muito utilizados para fenômenos alérgicos. Ex: Dexametasona.
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7-Analgésicos Opióides: São fármacos narcóticos que produzem profundos efeitos de analgesia, sonolência e 
mudanças de disposição de ânimo. Como as mudanças de humor podem ser agradáveis, criam um poten-
cial para o abuso desses agentes (tolerância e dependência). Ex: Morfina, Codeína, Heroína e Metadona.
Cardiovascular
1-Cardiotônicos: São fármacos que tem efeito tônico sobre o coração, ou seja, aumentam a força contrátil. 
Podem ser esteróides glicosídicos digitálicos, simpatomiméticos (adrenérgicas), ou ainda outras drogas, sen-
do usados após infarto do miocárdio, cirurgia cardíaca, no choque, ou na insuficiência cardíaca congestiva. 
Ex: Digoxina (digitálicos cardiotônicos).
2-Diuréticos: São fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam 
os níveis de água e cloreto de sódio sanguíneos, sendo usados no tratamento da hipertensão arterial, insufici-
ência renal, insuficiência cardíaca ou cirrose do fígado.Ex: Furosemida, Hidroclorotiazida e Espironolactona.
3-Anti-hipertensivos: São os fármacos usados no tratamento da hipertensão arterial. Ex: Captropil.
Digestivo
1-Antiácidos e antiúlcera: São fármacos que removem ou neutralizam ácido do conteúdo gástrico a 
assim aliviam a dor. Ex: Cimetidina, Omeprazol e Hidróxico de alumínio.
2-Antidiarréicos (Constipantes): São medicamentos que diminuem a freqüência das evacuações e que 
aumentam a consistência das fezes. Ex: Difenoxilato, Loperamida e Racecadotrila.
3-Digestivos: São fármacos que auxiliam o processo de digestão no trato gastrintestinal. Ex: Alcachofra e Boldo.
4-Antieméticos: São fármacos que impedem ou aliviam a náusea e o vômito. Ex: Bromoprida, Domperidona 
e Metoclopramida.
5-Laxantes (catárticos ou purgantes): São fármacos que facilitam a eliminação de fezes. Ex: Agar, Sene, 
Fenolftaleína, Óleo mineral, Óleo de rícino, etc.
Psiquiatria
1-Antidepressivos: São medicamentos utilizados no tratamento de pessoas com sintomas de transtorno 
depressivo. Ex: Fluoxetina.
2-Psicoestimulantes: São drogas que agem estimulando as funções do SNC. Ex: Cafeína, Cocaína e 
Anfetaminas.
3-Sedativos e Ansiolíticos: São drogas sintéticas usadas para diminuir a ansiedade e a tensão. Ex: Diazepam.
Antibióticos
São medicamentos utilizados na Medicina para a luta contra infecções bacterianas ( causados por 
bactérias). Seu uso indiscriminado e sem controle médico faz com que surjam cepas de bactérias resisten-
tes a estas drogas, sendo necessária a descoberta constante de novas drogas mais eficazes. O tratamento 
de infecções virais(provocadas por vírus) é ineficaz por antibióticos.
Os principais grupos de antibióticos são:
1-Penicilinas: Foi o primeiro grupo a ser descoberto.Ex: Penicilina, Ampicilina, Amoxicilina, etc.
2-Cefalosporinas: São antibióticos resistentes à enzima betalactamase(prouzidas por bactérias para des-
truir o antibiótico).Ex: Cefalotina, Cefalexina, Cefaclor e etc.
3-Aminoglicosídeos: São antibióticos naturais que contém em sua molécula dois ou mais açúcares. São 
potencialmente tóxicos e são todos de uso injetável. Ex: Amicacina, Gentamicina, Tobramicina, etc.
4-Macrolídeos: Podem ser usados como bacteriostáticos e bactericidas de acordo com sua concentração, 
densidade bacteriana e fase de crescimento. Ex: Eritromicina, Azitromicina, Claritromicina, etc.
XI-VITAMINAS
Conceito
São nutrientes muito importantes para o funcionamento do corpo e para a proteção contra numero-
sas doenças. Não podem ser sintetizadas pelo homem, pelo menos em quantidades apreciáveis. A falta de 
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vitaminas facilita o aparecimento de doenças e o mau funcionamento do organismo (provocando as avita-
minoses). O excesso também traz problemas e é chamado de hipervitaminose; os humanos precisam de 13 
vitaminas diferentes. As vitaminas podem ser classificadas em dois grupos de acordo com sua solubilidade:
1-Vitaminas Lipossolúveis: São vitaminas solúveis em gorduras e sua absorção é feita junto à da gordu-
ra, podendo acumular-se no organismo alcançando níveis tóxicos. São as vitaminas A, D, E e K.
2-Vitaminas Hidrossolúveis: São vitaminas solúveis em água e consistem nas vitaminas presentes no complexo 
B e a vitamina C. Essas não são acumuladas em altas doses no organismo, sendo eliminada pela urina. Por isso 
se necessita de uma ingestão quase diária para a reposição dessas vitaminas. Algumas vitaminas do Complexo 
B podem ser encontradas como co-fatores de enzimas, desempenhando a função de coenzimas. São elas:
2.a) Tiamina (vitamina B1)
2.b) Riboflavina (vitamina B2)
2.c) Ácido pantotênico (vitamina B5)
2.d) Vitamina B6 (piridoxina, piridoxamina e piridoxal)
2.e) Ácido fólico
2.f) Cobalamina (vitamina B12)
2.g) Ácido ascórbico (vitaminaC)
2.h) Biotina (vitamina BH)
2.i) Niacina (vitamina PP)
Apesar de precisarem ser consumidas em pequenas quantidades, se houver deficiência de algumas 
vitaminas, estas podem provocar doenças específicas, como beribéri, escorbuto, raquitismo e xeroftalmia.
XII-SEGURANÇA DO TRABALHO
Introdução
1-Segurança do trabalho: É o conjunto de medidas que são adotadas com o objetivo de minimizar os 
acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de tra-
balho do trabalhador. A segurança do trabalho estuda diversas disciplinas como: Introdução à segu-
rança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e 
Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplica-
da à Engenharia de Segurança, O ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia 
de Pesquisa, Legislação Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção ao Meio 
Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios, Explosões e Gerência de Riscos.
2-Acidente do trabalho: É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo 
exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que 
cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
São considerados acidentes de trabalho:
2.a) Na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
2.b) Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
2.c) Em viagem a serviço da empresa;
2.d) No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela;
2.e) Doença profissional (provocadas pelo tipo de trabalho);
2.f) Doença do trabalho (provocadas pelas condições do trabalho).
3-O acidente de trabalho deve-se principalmente a duas causas:
3.a) Ato inseguro: É o ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está con-
tra as normas de segurança. São exemplos de atos inseguros: subir em telhado sem cinto de segurança 
contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas e dirigir a altas velocidades.
3.b) Condição Insegura: É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e/ou risco ao trabalha-
dor. São exemplos de condições inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em esta-
do precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados.
Riscos Ocupacionais:
1-Classificação dos Riscos Profissionais: Os riscos profissionais são os que decorrem das condições 
precárias inerentes ao ambiente ou ao próprio processo operacional das diversas atividades profissio-
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nais. São, portanto, as condições ambientes de insegurança do trabalho capazes de afetar a saúde, a 
segurança e o bem-estar do trabalhador.
1.a) As condições ambientes relativas ao processo operacional, como por exemplo, máquinas despro-
tegidas, ferramentas inadequadas, matérias-primas, etc; são chamadas de riscos de acidente.
1.b) As condições ambientes relativas ao ambiente do trabalho, como por exemplo, a presença de 
gases, vapores, ruídos, calor, etc; são chamadas de riscos ambientais.
1.c) As condições ambientes relativas ao conforto, postura, como por exemplo, esforços repetitivos, 
postura viciosa e etc; são chamados de riscos ergonômicos.
Riscos Ambientais
Os riscos ambientais são os fatores desencadeantes das doenças do trabalho e podem ser classifi-
cados segundo a sua natureza e forma com que atuam no organismo humano em: riscos físicos, riscos 
químicos e riscos biológicos.
1-Riscos Físicos: Os agentes físicos causadores em potencial de doenças ocupacionais são: ruído, vibrações, 
temperaturas extremas(calor e frio), pressões anormais, radiações ionizantes(raios x, raios alfa, raios beta, 
raios gama), radiações não-ionizantes(raio infravermelho), umidade e nível de iluminamento.
2-Ruído: Reduz a capacidade auditiva do trabalhador, a exposição intensa e prolongada ao ruído atua 
desfavoravelmente sobre o estado emocional do indivíduo com conseqüências imprevisíveis sobre o 
equilíbrio psicossomático. De um modo geral, quanto mais elevado os níveis encontrados, maior o 
número de trabalhadores que apresentarão início de surdez profissional e menor será o tempo em que 
este e outros problemas se manifestarão. É aceito ainda que o ruído elevado influa negativamente na 
produtividade, além de ser frequentemente o causador indireto de acidentes de trabalho, quer por 
causar distração ou mal entendimento de instruções, quer por mascarar avisos ou sinais de alarme.
3-Vibrações: As vibrações são também relativamente freqüentes na indústria, e podem ser divididas em 
duas categorias: vibrações localizadas e vibrações de corpo inteiro.
4-Temperaturas Extremas: As temperaturas extremas são as condições térmicas rigorosas, em que são 
realizadas diversas atividades profissionais.
5- Pressões Anormais: As pressões anormais são encontradas em trabalhos submersos ou realizados 
abaixo do nível do lençol freático.
6-Radiações ionizantes: Oferecem sério risco a saúde dos indivíduos expostos , São assim chamadas,pois 
produzem uma ionização nos materiais sobre os quais incidem, isto é, produzem a subdivisão de par-
tículas inicialmente neutras em partículas eletricamente carregadas. As radiações ionizantes são prove-
nientes de materiais radioativos como é o caso de raios alfa(a), beta(b) e gama(g), ou são produzidas 
artificialmente em equipamentos, como é o caso dos raios x.
7-Radiações Não-ionizantes: São de natureza eletromagnética e seus efeitos dependerão de fatores 
com a duração e intensidade da exposição, comprimento de onda de radiação, região do espectro em 
que se situam, etc.
8-Umidade: As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade 
excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores.
9-Nível de Iluminamento: A partir da teoria da relatividade- Albert Einstein – podemos estabelecer as 
seguintes definições relacionadas à luz:
9.a)A luz é constituída de variados comprimentos de ondas ou de partículas que são os fótons, ou 
seja, em comportamento ondulatório ou corpuscular, manifestando-se conforme o caso.
9.b)A luz é uma forma de energia radiante que se manifesta pela capacidade de produzir a sensação 
da visão.
No caso da Higiene Industrial, basta-nos o estudo da luz em seu comportamento ondulatório, uma 
vez que trataremos principalmente da forma como vamos iluminar os ambientes de trabalho.
Riscos Químicos
São agentes ambientais causadores em potencial de doenças profissionais devido a sua ação química so-
bre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados tanto na forma sólida, como líquida ou gasosa.
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Além do grande número de matérias e substâncias tradicionalmente utilizadas ou manufaturadas no 
meio industrial, uma variedade enorme de novos agentes químicos em potencial vai sendo encontrada, 
devido à quantidade sempre crescente de novos processos e compostos desenvolvidos.
Eles podem ser classificados de diversas formas, segundo suas características tóxicas, estado físico, 
etc. Conforme foi observado, os agentes químicos são encontrados em forma sólida, líquida e gasosa.
Os agentes químicos, quando se encontram em suspensão ou dispersão no ar atmosférico, são chamados 
se contaminantes atmosféricos. Estes podem ser classificados em: aerodispersóides, gases e vapores.
1-Aerodispersóides: São dispersões de partículas sólidas ou líquidas de tamanho bastante reduzido (abai-
xo de 100m, que podem se manter por longo tempo em suspensão no ar). Exemplos:
1.a) Poeiras: são partículas sólidas, produzidas mecanicamente por ruptura de partículas maiores.
1.b) Fumos: sãopartículas sólidas produzidas por condensação de vapores metálicos.
1.c) Fumaça: sistemas de partículas combinadas com gases que se originam em combustões incompletas.
1.d) Névoas: partículas líquidas produzidas mecanicamente, como por processo “spray”.
1.e) Neblinas: são partículas líquidas produzidas por condensação de vapores.
O tempo que os aerodispersóides podem permanecer no ar depende do seu tamanho, peso 
específico(quanto maior o peso específico, menor o tempo de permanência) e velocidade de movimenta-
ção do ar. Evidentemente, quanto mais tempo o aerodispersóide permanece no ar, maior é a chance de 
ser inalado e produzir intoxicações no trabalhador.
As partículas mais perigosas são as que se situam abaixo de 10m,visíveis apenas com microscópio. 
Estas constituem a chamada fração respirável, pois podem ser absorvidas pelo organismo através do sis-
tema respiratório. As partículas maiores, normalmente ficam retidas nas mucosas da parte superior do 
aparelho respiratório, de onde são expelidas através da tosse, expectoração, ou pela ação dos cílios.
2-Gases: São dispersões de moléculas no ar, misturadas completamente com este (o próprio ar é uma mistura 
de gases).
3-Vapores: São também dispersões de moléculas no ar, que ao contrário dos gases, podem condensar-se 
para formar líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Uma outra diferença 
importante é que os vapores em recintos fechados podem alcançar uma concentração máxima no ar, 
que não é ultrapassada, chamada de saturação. Os gases, por outro lado, podem chegar a deslocar 
totalmente o ar de um recinto.
Riscos Biológicos
São microorganismos causadores de doenças com os quais pode o trabalhador entrar em contato, 
no exercício de diversas atividades profissionais.
Vírus, bactérias, parasitas, fungos e bacilos são exemplos de microorganismos aos quais frequen-
temente ficam expostos médicos, enfermeiros, funcionários de hospitais, sanatórios e laboratórios de 
análises biológicas, lixeiros, açougueiros, lavadores, tratadores de animais, trabalhadores de cortume e de 
estações de tratamento de esgoto, etc.
Riscos de Acidentes
É qualquer circunstância ou comportamento que provoque alteração da rotina normal de trabalho.
Riscos Ergonômicos
São aqueles relacionados com fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à execução das atividades 
profissionais. Estes fatores podem produzir alterações no organismo e estado emocional dos trabalhadores, 
comprometendo a sua saúde, segurança e produtividade. Exemplos: movimentos repetitivos, levantamento e 
transporte manual de pesos, movimentos viciosos, trabalho em pé, esforço físico intenso, postura inadequada, 
controle rígido de produtividade, desconforto acústico, desconforto térmico, mobiliário inadequado, etc.
Medidas de Controle
São medidas necessárias para a eliminação e a minimização dos riscos ocupacionais.
Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas 
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de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontraram-se em fase de estudo, plane-
jamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras 
medidas, obedecendo-se a seguinte hierarquia:
1- medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
2- utilização de equipamento de proteção coletiva – EPC e individual – EPI.
Todo EPI deverá apresentar em caráter indeléveis e bem visíveis o nome comercial da empresa fabri-
cante ou importador, e o número do CA.
Equipamentos de proteção individual (epis)
São quaisquer meios ou dispositivos destinados a serem utilizados por uma pessoa contra possíveis 
riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade. Um EPI 
pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra 
um ou vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de equipamento só deverá ser contemplado quando não for 
possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade.
Tipos de EPIs
Os EPIs podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger:
1-Proteção da cabeça: Capacete;
2-Proteção auditiva: Abafadores de ruído (ou protetores auriculares) e tampões;
3-Proteção respiratória: Máscaras, aparelhos filtrantes próprios contra cada tipo de contaminante do ar: 
gases, aerosóis por exemplo;
4-Proteção ocular facial: Óculos, viseiras e máscaras;
5-Proteção de mãos de braços: Luvas feitas em diversos materiais e tamanhos conforme os riscos contra 
os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou elétricos.
6-Proteção de pés e pernas: Sapatos, botinas, botas, tênis, apropriados para os riscos contra os quais se 
quer proteger: mecânicos, químicos, elétricos e de queda;
7-Proteção contra quedas: Cintos de segurança, sistemas de paraquedas.
Normas Regulamentadoras
São normas relativas à segurança e medicina do trabalho, que devem, obrigatoriamente ser cumpridas pelas 
empresas privadas e públicas que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
NR1 - Disposições Gerais: Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras 
de Segurança e Medicina do Trabalho do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigações do Go-
verno, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema específico. A fundamentação legal, 
ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 154 a 159 da 
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 
NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar ao MTb a realiza-
ção de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realização. A fundamentação 
legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 160 da CLT. 
NR3 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer pa-
ralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, 
pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do 
Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta 
NR, é o artigo 161 da CLT. 
NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabele-
ce a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de 
organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do traba-
lhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico 
à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.
NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das empresas 
públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão cons-
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tituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da apresenta-
ção de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as condições de trabalho, eliminando 
as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e 
específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da CLT.
NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI’s a que as em-
presas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, 
a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária

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