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Patrística e Escolástica: Filosofia Cristã Medieval

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PATRISTICA
A PATRISTICA surgiu no século IV d.C. Foi elaborada pelos “pais” da igreja católica (padres e teólogos). É considerada a primeira fase da filosofia medieval. Tem como objetivo compreender a relação entre fé e o racionalismo científico, buscando racionalizar a fé cristã. 
Os principais temas explorados por essa filosofia estavam ancorados nas vertentes do maniqueísmo, ceticismo e neoplatonismo. São eles: criação do mundo; ressurreição e encarnação; corpo e alma; pecados; livre arbítrio; predestinação divina.
A patrística consiste na elaboração doutrinal das verdades da fé. Os “pais” da igreja defendiam a liturgia, disciplina, a criação de costumes e os caminhos que a igreja católica deveria tomar. A patrística foi a responsável pelo que denominamos tradição católica.
O evento que marca a patrística foi o primeiro Conselho de Niceia, onde foi objetivado um consenso entre todas as vertentes do cristianismo e, também, a natureza do messias e sua relação com Deus. 
ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS
Essa filosofia surge em um período de expansão do cristianismo onde o número de cristãos cresce numerosamente. O Imperador Constantino institui o cristianismo como religião principal do Império Romano e, ele mesmo se converte. 
É nesse período que vemos o declínio do Império Romano e a mudança do formato de sua sociedade. As intensas ondas migratórias dos bárbaros da região norte da Europa e da Ásia, forçam o Império a utilizar, cada vez mais, seu exército para a defesa de sua cidade central, Roma. Com tantos conflitos, o Império cai em uma crise econômica e, onde sistema escravista passa a ser substituído pelo colonato, onde os grandes proprietários de terra oferecem proteção aos seus colonos em troca de serviços. O crescimento do sistema de colonato provoca a decadência dos centros urbanos e atividades comerciais nas cidades. 
PRINCIPAIS FILÓSOFOS
Agostinho de Hipona (Aurelius Augustinus Hipponensis), conhecido como Santo Agostinho (354-430) - Foi um dos principais teólogos e filósofos da patrística. Era bispo na cidade de Hipona. 
Surge como renovador da filosofia patrística, explorando temas que estavam além das questões do platonismo cristão e buscando na razão a justificativa para a fé. Explorou a questão do livre arbítrio, defendendo que a Graça Divina seria o elemento garantidor da liberdade humana. Formulou ainda a doutrina do pecado original e a teoria da guerra justa. 
Agostinho também se utilizou de argumentos céticos, especialmente em sua refutação à corrente filosófica conhecida como acadêmicos. Defendia que o testemunho de outras pessoas, mesmo quando não nos traz uma informação verdadeira ou passível de verificação, podem nos trazer novos conhecimentos. Desenvolveu ainda o "argumento a partir da analogia a outras mentes" como solução padrão para o problema das outras mentes. 
Anselmo de Aosta (1033 - 1109) - O pensamento filosófico de Anselmo é todo direcionado para as especulações em torno dos conceitos de Deus e os temas a ele ligado. O filósofo distingue a existência de Deus e a natureza de Deus, pois no primeiro caso a investigação filosófica é em torno de se algo existe e no segundo caso, a investigação direciona-se para saber o que é esse algo sobre o qual se investigou a existência. Seguindo essa linha de raciocínio, demonstra a existência de Deus a priori e a posteriori. Defende que não podemos pensar em nada maior que Deus, mesmo um ateu. 
A busca pela verdade tem como fundamento a fé, mas somente a fé não é o bastante para confirmar a verdade, ela exige também demonstrações e confirmações racionais, confirmações estas que são encontradas através da razão. A razão, guiada por Deus, ilumina o caminho da busca da verdade. 
ESCOLÁSTICA
A escolástica surge, baseada na patrística, quando a filosofia praticada no cristianismo passa a ser ensinada em escolas, no séc IX, perdurando até o fim da idade média. Dedica-se a atividade especulativa, dedicando-se a formulação da filosofia cristã. Ensinada pelos escolásticos nas escolas medievais, o conteúdo aplicado divide-se em: gramática, retórica, lógica, aritimética, geometria, astronomia e música. 
A filosofia da escolástica vem sobrepor a uma filosofia com traços clássicos e helenísticos. Ela sofre influência da cultura judaica e da cristã a partir do sec. V, em uma tentativa de harmonizar as exigências do pensamento filosófico com a fé. 
A questão central de todo o pensamento escolástico é a harmonização da fé e a razão. O pensamento de Agostinho, mais conservador, defende uma subordinação maior da razão em relação à fé, por crer que esta venha restaurar a condição decaída da razão humana. Enquanto que a linha de Tomás de Aquino defende uma certa autonomia da razão na obtenção de respostas, por força da inovação do aristotelismo, apesar de em nenhum momento negar tal subordinação da razão à fé.
Para a escolástica, algumas fontes fundamentais de sua reflexão, por exemplo os filósofos antigos, a Bíblia e os Padres da Igreja, autores dos primeiros séculos cristãos que tinham sobre si a autoridade de fé e de santidade. O método escolástico consiste em leitura crítica de obras selecionadas, aprendendo a apreciar as teorias do autor, por meio do estudo minucioso de seu pensamento e das consequências deste. Neste processo, como complemento, são explorados outros documentos ou obras relacionadas com a obra em questão. A partir da comparação entre o texto da obra e os documentos a ela relacionados, especialmente documentos da igreja e análises de estudiosos anteriores, se produzia as sententiae, curtas sentenças nas quais eram listadas as discordâncias entre fontes diversas, acerca dos temas tratados na obra em estudo. As setentiae podiam incluir também recortes dos textos originais, para comparação e comentário.
O objetivo da setentiae é explorar a fundo tudo o que foi dito pelo autor da obra, desenvolvendo contradições e levando seus alunos a compreensão profunda do tema estudado. 
ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS
Depois de décadas em crise, a cidade de Roma é tomada por uma tribo de germanos, os ostrogodos. Ao mesmo tempo, outras tribos germanas conquistam várias regiões da Europa. As formações dos Reinos Germanos acabam com a unidade política do Império Romano do Ocidente. Apesar de toda mudança política e cultural, os germanos aprendem a governar povos que estavam adaptados as regras impostas pelos romanos, e por isso, muito da cultura romana permanece, tais como a língua, a religião e o sistema de colonato. Assim, podemos dizer que a Idade Média é fruto da junção da herança romana e da cultura germana.
PRINCIPAIS FILÓSOFOS 
Tomás de Aquino - Nascido em uma família de nobres, Tomás de Aquino fez os primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Formou-se em teologia e lecionou durante três anos e Roma. 
Chamado de Doutor Angélico e de Príncipe da Escolástica, Tomás de Aquino foi canonizado em 1323 e proclamado doutor da Igreja Católica em 1567.
A primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino é a das relações entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. Fundada na revelação, a teologia é a ciência suprema, da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe demonstrar a existência e a natureza de Deus.
Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma idéia clara e distinta.
Para provar a existência de Deus, o filósofo procede a posteriori, partindo não da idéia de Deus, mas dos efeitos por ele produzidos, formulando cinco argumentos, cinco vias:
1) o movimento existe e é uma evidência para os nossos sentidos; ora, tudo o que se move é movido por outro motor; se esse motor, por sua vez, é movido, precisará de um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o que é impossível, se não houver um primeiro motor imóvel, que move sem ser movido, que é Deus;
2) há uma série de causas eficientes, causas e efeitos, ao mesmo tempo; ora, não é possível remontar indefinidamentena série das causas; logo, há uma causa primeira, não causada, que é Deus;
3) todos os seres que conhecemos são finitos e contingentes, pois não têm em si próprios a razão de sua existência - são e deixam de ser; ora, se são todos contingentes, em determinado tempo deixariam todos de ser e nada existiria, o que é absurdo; logo, os seres contingentes implicam o ser necessário, ou Deus;
4) os seres finitos realizam todos determinados graus de perfeição, mas nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito, causa de todas as perfeições, que é Deus;
5) a ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim; esse ser inteligente é Deus.
Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se encontra, no universo, entre os anjos e os animais. Princípio vital, a alma é o ato do corpo organizado que tem a vida em potência.
Conhecer, para Tomás de Aquino, não é lembrar-se, como pretendia Platão, mas extrair, por meio do intelecto agente, a forma universal que se acha contida nos objetos sensíveis e particulares. Do conhecimento depende o apetite, ou o desejo, inclinação da alma pelo bem.
O homem, segundo Tomás de Aquino, só pode desejar o que conhece, razão pela qual há duas espécies de apetites ou desejos: as sensíveis e os intelectuais. Os primeiros, relativos aos objetos sensíveis, produzem as paixões, cuja raiz é o amor. Quanto aos segundos, produzem à vontade, apetite da alma em relação a um bem que lhe é apresentado pela inteligência como tal.
Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino diz que, para o homem, o bem supremo é a felicidade, que não consiste na riqueza, nem nas honrarias, nem no poder, em nenhum bem-criado, mas na contemplação do absoluto, ou visão da essência divina, realizável somente na outra vida, e com a graça de Deus, pois excede as forças humanas.
Outros nomes da escolástica são: Anselmo de Cantuária, Alberto Magno, entre outros.
O pensador máximo da Escolástica claramente é São Tomas de Aquino, podemos deixar isso em evidencia pelo fato de dividirmos a Escolástica em pré-tomistas e pós-tomistas.
 
FACULDADE DE ROLIM DE MOURA - FAROL
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
	
JHENIFER SILVA PEREIRA
PATRISTICA E ESCOLÁSTICA
Rolim de Moura
2018
JHENIFER SILVA PEREIRA
PATRÍSTICA E ESCOLÁSTICA
Trabalho de pesquisa apresentado a Faculdade de Rolim de Moura como requisito parcial avaliativo do Curso de Ciências Contábeis, disciplina de Filosofia Prof. José Ricardo Teles Feitosa.
Rolim de Moura
2018

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