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Anat. superfície - Moore - Membro superior - Ossos do membro superior

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Membro superior – Ossos do membro superior
Anatomia de superfície
Moore
	 A clavícula é sub-cutânea e pode ser facilmente palpada em toda a sua extensão. Sua extremidade esternal projeta-se acima do manúbrio. Entre as extremidades esternais elevadas das clavículas encontra-se a incisura jugular (incisura supra-esternal). A extremidade acromial da clavícula frequentemente ergue-se mais alto do que o acrômio, formando uma elevação palpável na articulação acrômio-clavicular. A extremidade acromial pode ser palpada 2 a 3cm medial á margem lateral do acrômio, especialmente quando o membro superior é movido para a frente e para trás. Uma ou ambas as extremidades da clavícula podem ser proeminentes; quando presente, esta condição normalmente é bi-lateral. Observe a elasticidade da pele sobre a clavícula, notando a facilidade com que pode ser pinçada e movida ao redor. Esta propriedade da pele é útil quando se liga a terceira parte da artéria subclávia: a pele que se situa acima da clavícula é puxada para baixo sobre a clavícula e depois cortada; após a incisão ser feita, permite-se que a pele retorne á sua posição acima da clavícula, onde se estende sobre a artéria (que assim não foi colocada em perigo durante a incisão).
	 O acrômio da escápula é facilmente sentido e frequentemente visível. A face superior do acrômio é sub-cutânea e pode ser seguida medialmente até a articulação acrômio-clavicular. As margens lateral e posterior do acrômio se encontram para formar o ângulo do acrômio – o ponto a partir do qual o comprimento do membro superior é medido. Abaixo do acrômio, o músculo deltoide forma a curva arredondada do ombro. A “crista da espinha da escápula” é completamente sub-cutânea e facilmente palpada. Quando o membro superior está na posição anatômica:
O ângulo superior da escápula situa-se no nível da vértebra T2
A extremidade medial da raiz da espinha da escápula é oposta ao processo espinhoso da vértebra T3
O ângulo inferior da escápula situa-se no nível da vértebra 
T7, próximo da margem inferior da 7ª costela e do 7º espaço inter-costal.
	 A margem medial da escápula é palpável abaixo da raiz da espinha da escápula, á medida que cruza da 2ª até a 7ª costelas; a margem lateral não é facilmente palpada porque é coberta pelo músculo redondo maior (do latim teres major). 
	 Quando o membro superior está abduzido e a mão está colocada sobre o dorso da cabeça, a escápula é girada, elevando a cavidade glenoidal de modo tal que a margem medial da escápula torna-se paralela e assim pode ser usada para estimar a posição da 6ª costela e, profundo á costela, a fissura oblíqua do pulmão. O ângulo inferior da escápula é facilmente sentido e muitas vezes visível. Ele é agarrado para imobilizar a escápula que se testam os movimentos da articulação do ombro.
	 O processo coracoide da escápula pode ser sentido palpando-se profundamente no lado lateral do trígono infra-clavicular. A cabeça do úmero é envolvida por músculos, exceto inferiormente; consequentemente, pode ser palpada apenas empurrando-se os dedos bem para cima em direção á axila. O braço não de deve estar completamente abduzido, caso contrário a fáscia situada na axila ficará esticada e impedirá a palpação da cabeça. Quando o braço é movido e a escápula é imobilizada, a cabeça do úmero pode ser palpada.
	 O tubérculo maior do úmero pode ser sentido, em palpação profunda através do músculo deltoide, com o braço da pessoa pendente ao lado do corpo, abaixo da margem lateral do acrômio. Nesta posição, o tubérculo maior é o ponto ósseo mais lateral do ombro e, junto com o músculo deltoide, dá ao ombro seu contorno arredondado. Quando o braço é abduzido, o tubérculo maior desaparece abaixo do acrômio, não sendo mais palpável. 
	 O tubérculo menor do úmero pode ser sentido com dificuldade por meio da palpação profunda através do deltoide na face anterior do braço, aproximadamente 1,25cm lateral e ligeiramente inferior á ponta do processo coracoide. A rotação do braço facilita a palpação do tubérculo menor. A localização do sulco inter-tubercular, entre os tubérculos maior e menor, é identificável, durante a flexão e extensão da articulação do cotovelo, pela palpação do tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial á medida que este se move através do sulco inter-tubercular.
	 O corpo do úmero pode ser sentido com clareza variada através dos músculos que o envolvem. Nenhuma porção da parte proximal ou do corpo do úmero é sub-cutânea. Os epicôndilos medial e lateral do úmero são sub-cutâneos e facilmente palpados nas partes proximais das faces medial e lateral da região do cotovelo. O epicôndilo medial em forma de botão, projetando-se póstero-medialmente, é mais proeminente do que o epicôndilo lateral. Quando a articulação do cotovelo está parcialmente fletida, o epicôndilo lateral é visível. Quando a articulação do cotovelo está completamente estendida, o epicôndilo lateral pode ser palpado mas não pode ser visto na parte inferior da depressão na face póstero-lateral do cotovelo.
	 O olécrano e a margem posterior da ulna podem ser facilmente palpados. Observe que, quando a articulação do cotovelo é estendida, a ponta do olécrano e os epicôndilos do úmero situam-se em uma linha reta, enquanto que, quando o cotovelo está fletido, o olécrano desce até que sua ponta forme o ápice de um triângulo aproximadamente equilátero, do qual os epicôndilos formam ângulos na sua base. Estas relações normais são importantes no diagnóstico de ceras lesões no cotovelo (e.g., luxação da articulação do cotovelo).
	 A cabeça do rádio pode ser palpada percebendo-se sua rotação na depressão sobre a face póstero-lateral da articulação do cotovelo estendido, imediatamente distal ao epicôndilo lateral do úmero. A cabeça do rádio também pode ser palpada á medida que gira durante a pronação e supinação do antebraço. O nervo ulnar assemelha-se a um fascículo espesso quando passa posterior ao epicôndilo medial do úmero; pressionando-se o nervo nesse local produz-se uma sensação desagradável de “dor de viúva”.
	 O processo estiloide do rádio pode ser facilmente palpado na tabaqueira anatômica no lado lateral do pulso; ele é maior e aproximadamente 1cm mais distal do que o processo estiloide da ulna. O processo estiloide do rádio é muito fácil de palpar quando o polegar está abduzido. Ele é encoberto pelos tendões dos músculos do polegar. Como o processo estiloide do rádio estende-se mais distalmente do que o processo estiloide da ulna, é possível um desvio ulnar maior do pulso do que um desvio radial. A relação dos processos estiloides do rádio e da ulna é importante no diagnóstico de certas lesões no pulso (e.g., fratura de Colles). Proximal ao processo estiloide do rádio, as faces anterior, lateral e posterior do rádio são palpáveis por diversos centímetros. O tubérculo dorsal do rádio é facilmente sentido no meio da face dorsal da extremidade distal do rádio. O tubérculo dorsal atua como uma polia para o tendão do músculo extensor longo do polegar, que passa medial a ele. 
	 A cabeça da ulna forma uma grande proeminência sub-cutânea arredondada, que pode ser facilmente vista e palpada no lado medial da face dorsal do pulso, especialmente quando a mão está pronada. O processo estiloide da ulna é sub-cutâneo e pode ser sentido ligeiramente distal á cabeça da ulna quando a mão está supina. 
 O pisiforme pode ser sentido na face anterior da margem medial do pulso e ser movido de um lado para o outro quando a mão está relaxada. O hâmulo do hamato pode ser palpado com pressão profunda sobre o lado medial da palma, cerca de 2cm distal e lateral ao pisiforme. Os tubérculos dos ossos escafoide e trapézio podem ser palpados na extremidade proximal da eminência tenar (intumescência do polegar) quando a mão é estendida.
	 Os metacarpais, embora cobertos pelos tendões dos músculos extensores longos dos dedos, podem ser palpados no dorso da mão. As cabeças desses ossos formam as nodosidades do punho; a cabeça do 3º metacarpal émais proeminente. O processo estiloide na face lateral da base do 3º metacarpal pode ser palpada cerca de 3,5cm do tubérculo dorsal do rádio. As faces dorsais das falanges podem se facilmente palpadas. As nodosidades dos dedos são formadas pelas cabeças das falanges proximal e média.

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