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REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0267 
Título 
Caso Concreto 10 
Descrição 
A demonstração pode auxiliar a argumentação a alcançar seus objetivos, uma vez 
que ela se caracteriza por ser um ?meio de prova, fundado na proposta de uma racionalidade 
matemática?, a qual é operacionalizada pela lógica formal ? silogismo. 
A título de exemplo, reconheçamos que, para desenvolver uma argumentação que 
convença o magistrado da procedência do pedido de alimentos, é necessário demonstrar 
que realmente o requerido tem essa obrigação de alimentar o requerente, ou seja, é 
fundamental que a parte autora demonstre a paternidade para o juiz, sem a qual não tem 
qualquer serventia o fundamento jurídico selecionado. 
Quais os meios de prova admitidos pelo Direito no tocante à comprovação 
(demonstração) da paternidade? Vejamos o art. 1605 do Código Civil: na falta, ou defeito, 
do termo de nascimento (certidão), poderá provar-se a filiação por qualquer modo 
admissível em direito: I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, 
conjunta ou separadamente; II - quando existirem veementes presunções resultantes de 
fatos já certos. 
Na mesma temática já abordada insere-se a sentença, cujo relatório adiante será 
transcrito. 
Ação de investigação de paternidade, 
Processo número ... 
S E N T E N Ç A[2] 
Vistos etc. 
L.S.S. ajuizou ação de investigação de paternidade em face de P.C.V.A., 
alegando ser ele o seu pai, tendo a concepção ocorrida durante período em que M.G.F.S. 
trabalhava como doméstica, na residência dos pais do 
 requerido. Acostou à peça inicial certidões e cópias de 
 documentos civis. 
Citado, o réu apresentou contestação a fls. 19/21, negando qualquer tipo de 
envolvimento ou relacionamento sexual com a mãe do autor, ou com qualquer outra 
empregada doméstica, mesmo porque, à época da concepção, contava com 14 anos de 
idade, sem experiência na área sexual. Conclui atribuindo à exploração política, o 
ajuizamento da presente ação, que seria represália ao fato de não haver, ele réu, ajudado 
financeiramente o autor, quanto lho solicitou. 
Réplica a fls. 24 e 27/30. A partir deste ponto, voltou-se o esforço processual à 
realização de exame de DNA, que culminou por não ser realizado ante a negativa do réu 
(fls. 47). 
Após dois adiamentos, foi a audiência realizada a fls. 77/90, com os depoimentos 
pessoais das partes e inquirição de testemunhas tanto do autor quanto do réu, que 
novamente negou-se a se submeter a exame de DNA. 
Nova audiência a fls. 100/102, e outro adiamento a fls. 107, para finalmente 
ocorrer a audiência de fls. 112/117 com a oitiva de testemunhas referidas. 
Alegações finais do autor a fls. 118/124 e do réu a fls. 125/129, manifestando-se o 
Ministério Público a fls. 131/133. Vieram os autos conclusos em 09 de novembro de 1999. 
É O RELATÓRIO. 
Questão 1 
Verificamos, pela leitura, que o requerido, alegando exploração política do fato, nega-se 
sistematicamente a realizar o exame de DNA, prova demonstrativa necessária à 
verificação dos fatos alegados pelo requerente. O Judiciário já presumiu algumas vezes a 
paternidade, tendo em vista a conduta de negativa de realização desse exame. 
A partir das informações já expostas nesta aula, realize uma pesquisa de jurisprudência e 
indique, sucintamente (até 10 linhas de texto argumentativo), qual a premissa maior que 
sustenta a presunção relativa de paternidade mesmo sem o exame de DNA. Sustente, 
ainda, se você é favorável ou contrário a esse raciocínio. 
R: O fato de a demonstração ser, muitas vezes, procedimento indispensável para 
comprovação da verdade das alegações apresentadas. Há situações, porém, como a que ora 
se apresenta, em que a produção da prova técnica, de Natureza demonstrativa, esbarra em 
outros direitos, o que exige do Profissional do Direito uma verdadeira ponderação de 
interesses para avaliar qual fundamento jurídico deve predominar. Mesmo sendo o exame 
de DNA procedimento indispensável -Segundo a compreensão popular - para atribuir a 
paternidade em casos de divergência, o Direito estabelece regras (especialmente pela 
Jurisprudência) que podem determinar as mesmas obrigações decorrentes da paternidade, 
ainda que sem esse exame, como é o Caso da negativa reiterada de comparecer para a 
colheita de material Genético, em respeito ao melhor interesse da criança. Dessa forma, 
diz-Se que a demonstração está a serviço da argumentação, mas a sua Obrigatoriedade 
depende de regras próprias que o próprio Direito Estabelece. 
 
Questão 2: Objetivas 
1. Leia as assertivas I e II e marque a alternativa que NÃO AS ANALISA DE MODO 
COERENTE E CORRETO. I) A prática argumentativa envolve o raciocínio e a lógica, 
VISTO QUE II) o argumentador deve elaborar provas para defender sua tese. 
(A) Ainda que de modo indutivo o argumentador deve construir ?provas?, ou seja, 
apresentar razões em face de demonstrações, por isso a afirmativa II relaciona-se a I. 
(B) O método argumentativo indutivo desconstrói premissas construídas estritamente à 
letra da Lei, por isso não desconsidera a demonstração lógica. 
(C) Na perspectiva Perelmaniana, o conhecimento possui uma dimensão dialética o 
que permite ao argumentador elaborar teses que privilegiam fatores sociais. 
(D) A lógica formal de raciocínio argumentativo é competência do juiz, que 
deve aplicála aos conhecimentos da vida cotidiana, sem ponderações razoáveis. 
(E) As assertivas I e II estão corretas e se completem 
2. Segundo Chaïm Perelman, ao tratar da argumentação jurídica na obra Lógica Jurídica, 
a decisão judicial aceitável deve satisfazer três auditórios para os quais ela se destina. 
Assinale a alternativa que indica corretamente os auditórios. 
(A) A opinião pública, o parlamento e as cortes superiores. 
(B) As partes em litígio, os profissionais do direito e a opinião pública. 
(C) As partes em litígio, o parlamento e as cortes superiores. 
(D) As cortes superiores, os organismos internacionais e os profissionais do direito. 
(E) As cortes superiores, o parlamento e profissionais do direito.

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