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ACIDENTES DE TRABALHO

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ACIDENTES DE TRABALHO
Aula teórica: Profª Samantha Batista Amui Correia
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INTRODUÇÃO
Cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrados em média no Brasil todos os anos, sem contar os casos não notificados oficialmente, de acordo com o Ministério da Previdência. 
O País gasta cerca de R$ 70 bilhões esse tipo de acidente anualmente.
 
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DEFINIÇÃO
É aquele que ocorre no exercício de atividade a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados. (art. 19 da Lei nº 8.213/91)
Pode provocar: 
lesão corporal ou perturbação funcional, 
a morte, 
a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. (inciso VII do art. 11 desta lei)
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TAMBÉM:
A doença profissional ou do trabalho, produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade; 
Acidente típico, que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa; 
o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
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a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
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o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
ato de pessoa privada do uso da razão;
desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
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Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
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CAUSAS DE ACIDENTES DE TRABALHO
Maquinário velho e desprotegido;
Tecnologia ultrapassada;
Mobiliário inadequado;
Ritmo acelerado;
Assédio moral;
Cobrança exagerada;
Desrespeito a diversos direitos.
 
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TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO
Os acidentes mais frequentes são os que causam:
 fraturas, 
luxações, 
amputações e outros ferimentos. 
Muitos causam a morte do trabalhador. 
Solução: atualização tecnológica constante nas fábricas e a adoção de medidas eficazes de segurança
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Outro tipo considerado acidente de trabalho são:
Lesões por esforço repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/Dort): lombalgia (dores nas costas).
 
Solução: A prevenção se dá por correções posturais, adequação do mobiliário e dos instrumentos e dosagem da carga de trabalho. 
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Além dos anteriores pode- se citar:
os transtornos mentais e comportamentais, como episódios depressivos, estresse e ansiedade. 
Segundo Remígio Todeschini, diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência Social, esses são os problemas de solução mais complexa.
 
Solução: valorizar o trabalhador. Ele precisa ter orgulho do que faz, sentir-se valorizado, para ganhar qualidade de vida e bem-estar, não doenças. 
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PREJUÍZO MATERIAL DO ACIDENTE DE TRABALHO
Se caracteriza pela diminuição das possibilidades em obter os mesmos rendimentos por meio da força de trabalho de que dispunha o empregado antes do fato ocorrido. 
Essa redução diz respeito à profissão ou ofício então desenvolvidos, em que se comprova a diminuição da capacidade de trabalho por parte do empregado, consoante entendimento extraído do art. 950 do Código Civil de 2002.
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Acidentes não causam repercussões apenas de ordem jurídica. 
Nos acidentes menos graves, em que o empregado tenha que se ausentar por período inferior a quinze dias, o empregador deixa de contar com a mão de obra temporariamente afastada em decorrência do acidente e tem que arcar com os custos econômicos da relação de empregado. 
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Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado.
Incumbe ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS administrar a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte.
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FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO
Instaurado a partir de 2010
Obrigou as empresas a pagarem mais impostos sobre a folha de pagamentos conforme o índice de acidentes de trabalho. 
Esses recursos servem para financiar o Seguro Acidente de Trabalho (SAT), para custear benefícios ou aposentadorias decorrentes de acidentes de trabalho. 
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POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Uma nova Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho foi criada em 2011. 
Antes focada em reabilitação e tratamento.
Agora ela visa à prevenção, com ações combinadas de três ministérios: Previdência, Trabalho e Saúde. 
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As políticas públicas no campo da saúde e segurança no trabalho constituem ações implementadas pelo Estado visando garantir que o trabalho, base da organização social e direito humano fundamental, seja realizado em condições que contribuam para a melhoria da qualidade de vida, a realização pessoal e social dos trabalhadores, sem prejuízo para sua saúde, integridade física e mental. 
Incluem aqui aspectos gerais, como: a garantia de trabalho, a natureza e relações de trabalho, a distribuição da renda, as questões diretamente relacionadas às condições e ambientes de trabalho.
 
objetivo: promoção, proteção e recuperação da saúde e a reabilitação profissional. 
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Para Jeferson Seidler, auditor fiscal do trabalho no Ministério do Trabalho, uma cultura de trabalho seguro e saudável começa com o comprometimento efetivo dos empresários e gestores. 
“É preciso investir nesse campo com o mesmo empenho com que se investe na qualidade dos produtos ou no controle financeiro”, diz.
Embora o número de acidentes esteja caindo gradativamente, Seidler reconhece que ainda há muito que melhorar. 
 
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Ainda acontece de empregadores e trabalhadores acharem que as medidas de segurança atrapalham o serviço e não levam as normas a sério.
Para muitos trabalhadores brasileiros, qualidade de vida no trabalho parece ser um sonho distante. 
“Primeiro precisamos alcançar os patamares mínimos de trabalho decente, com jornadas de trabalho adequadas, remuneração justa, tratamento humano e risco muito baixo de acidentes e doenças”, afirma Seidler. 
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ACIDENTES DE TRABALHO E VIOLÊNCIA
Os acidentes de trabalho, conectam-se intrinsecamente ao problema da violência vivido hoje pela sociedade brasileira nos centros urbanos. 
As relações entre trabalho e violência têm sido enfocadas em múltiplos aspectos: 
a violência contra o trabalhador no seu local de trabalho, traduzida pelos acidentes e doenças do trabalho;
a violência decorrente de relações de trabalho deterioradas, como no trabalho escravo e envolvendo crianças; 
a violência ligada às relações de gênero e o assedio moral, caracterizado pelas agressões entre pares, chefias e subordinados.
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A violência urbana e a criminalidade estendem-se aos ambientes e às atividades de trabalho, traduzida em assaltos e roubo, que resultam em agressões por vezes fatais. 
São freqüentes agressões a trabalhadores em serviços sociais e de atendimento ao público, como motoristas, policiais, vigilantes e os trabalhadores da saúde. 
A violência também acompanha o trabalhador rural brasileiro, conseqüência dos seculares problemas envolvendo a posse da terra. 
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CAT- COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO
A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.
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IMPORTÂNCIA DO CAT
Ressalta-se a importância da comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social.

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