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TRE NOITE DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 10 12072017 (2)

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
TEMA: 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Profº ALEXANDRE PRADO 
 
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CONTROLE 
ADMINISTRATIVO 
LEGALIDADE 
MÉRITO 
ADMINISTRATIVO 
ANULAÇÃO 
REVOGAÇÃO 
LEGISLATIVO 
CONTROLE 
FINANCEIRO 
LEGALIDADE, 
ECONOMICIDADE e 
LEGITIMIDADE 
SUSTAÇÃO 
CONTROLE 
PARLAMENTAR 
JUDICIAL 
LEGALIDADE 
ANULAÇÃO 
CONTROLE 
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CONCEITO DE CONTROLE 
Controle, em tema de administração pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção 
que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro. 
 
O controle no âmbito da Administração direta ou centralizada decorre da subordinação 
hierárquica, e, no campo da Administração indireta ou descentralizada, resulta da vinculação 
administrativa, nos termos da lei instituidora das entidades que a compõem. Daí por que o 
controle hierárquico é pleno e ilimitado e o controle das autarquias e das entidades 
paraestatais em geral, sendo apenas um controle finalístico, é sempre restrito e limitado aos 
termos da lei que o estabelece. 
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CONCEITO DE CONTROLE 
Os tipos e formas de controle da atividade administrativa variam segundo o Poder, órgão ou 
autoridade que o exercita ou o fundamento, o modo e o momento de sua efetivação. 
Assim, temos a considerar com precedência sobre os demais, por sua permanência e 
amplitude, o controle da própria Administração sobre seus atos e agentes (controle 
administrativo ou executivo) e, a seguir, o do Legislativo sobre determinados atos e agentes do 
Executivo (controle legislativo ou parlamentar) e, finalmente, a correção dos atos ilegais de 
qualquer dos Poderes pelo Judiciário, quando lesivos de direito individual ou do patrimônio 
público (controle judiciário ou judicial). 
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TIPOS E FORMAS DE CONTROLE 
 Esses controles, conforme seu fundamento, serão hierárquicos ou finalísticos; 
 Quanto a localização do órgão que os realiza, podem ser internos ou externos; 
 Quanto ao momento em que são feitos, consideram-se prévios, concomitantes ou 
subseqüentes, ou, por outras palavras, preventivos, sucessivos ou corretivos e 
 Quanto ao aspecto controlado, podem ser de legalidade ou de mérito. 
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TIPOS E FORMAS DE CONTROLE 
 Controle hierárquico - É o que resulta automaticamente do escalonamento vertical dos 
órgãos do Executivo, em que os inferiores estão subordinados aos superiores. Daí decorre 
que os órgãos de cúpula têm sempre o controle pleno dos subalternos, 
independentemente de norma que o estabeleça. O controle hierárquico pressupõe as 
faculdades de supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, aprovação, revisão e 
avocação das atividades controladas, bem como os meios corretivos dos agentes 
responsáveis. 
 
 Controle finalístico - É o que a norma legal estabelece para as entidades autônomas, 
indicando a autoridade controladora, as faculdades a serem exercitadas e as finalidades 
objetivadas. Por isso mesmo, é sempre um controle limitado e externo. 
É um controle teleológico, de verificação do enquadramento da instituição no programa 
geral do Governo e de seu acompanhamento dos atos de seus dirigentes no desempenho 
de suas funções estatutárias, para o atingimento das finalidades da entidade controlada. 
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TIPOS E FORMAS DE CONTROLE 
 Controle interno - É todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela 
atividade controlada, no âmbito da própria Administração. Assim, qualquer 
controle efetivado pelo Executivo sobre seus serviços ou agentes é considerado 
interno, como interno será também o controle do Legislativo ou do Judiciário, por 
seus órgãos de administração, sobre seu pessoal e os atos administrativos que 
pratique. 
 A Constituição de 1988 determina que os três Poderes de Estado mantenham 
sistema de controle interno de forma integrada. E, mais, que os responsáveis pelo 
controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade, dela 
deverão dar ciência ao Tribunal de Contas, sob pena de responsabilidade solidária 
(art. 74 e § 1.°). 
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CONTROLE INTERNO 
 Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, 
sistema de controle interno com a finalidade de: 
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas 
de governo e dos orçamentos da União; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem 
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; 
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e 
haveres da União; 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. 
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária. 
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma 
da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. 
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TIPOS E FORMAS DE CONTROLE 
 Controle externo - É o que se realiza por órgão estranho à Administração 
responsável pelo ato controlado, como, p. ex., a apreciação das contas do Executivo 
e do Judiciário pelo Legislativo; a auditoria do Tribunal de Contas sobre a efetivação 
de determinada despesa do Executivo; a anulação de um ato do Executivo por 
decisão do Judiciário; a sustação de ato normativo do Executivo pelo Legislativo (CF, 
art. 49, V). 
 Controle externo popular - É o previsto no art. 31, § 3.°, da CF, determinando que 
as contas do Município (Executivo e Câmara) fiquem, durante sessenta dias, 
anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação 
podendo questionar-lhes a legitimidade nos termos da lei. A inexistência de lei 
específica sobre o assunto não impede o controle, que poderá ser feito através dos 
meios processuais comuns, como o mandado de segurança e a ação popular. 
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TIPOS E FORMAS DE CONTROLE 
 Controle prévio ou preventivo ("a priori") - É o que antecede a conclusão ou 
operatividade do ato, como requisito para sua eficácia. Exemplos: a liquidação da 
despesa, para oportuno pagamento; a autorização do Senado Federal para a União, 
o Estado-membro ou o Município contrair empréstimo externo. 
 Controle concomitante ou sucessivo - É todo aquele que acompanha a realização 
do ato para verificar a regularidade de sua formação, como, p. ex., a realização de 
auditoria durante a execução do orçamento; o seguimento de um concurso pela 
corregedoria competente; a fiscalização de um contrato em andamento. 
 Controle subseqüente ou corretivo ("a posteriori") - É o que se efetiva após a 
conclusão do ato controlado, visando a corrigir-lhe eventuais defeitos, declarar sua 
nulidade ou dar-lhe eficácia. Exemplos: a homologação do julgamento de uma 
concorrência; o visto das autoridades superiores em geral. 
 
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TIPOS E FORMAS DE CONTROLE 
 Controle de legalidade ou legitimidade - É o que objetiva verificar unicamente a 
conformação do ato ou do procedimento administrativo com as normas legais que 
o regem. 
 Por legalidade ou legitimidade deve-se entender não só o atendimento de normas 
legisladas como, também, dos preceitos da Administração pertinentes ao ato 
controlado. Assim, para fins deste controle, consideram-se normas legais desde as 
disposições constitucionais aplicáveis até as instruções normativas do órgão 
emissor do ato ou os editais compatíveis com as leis e regulamentos superiores. 
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 Controle de mérito - É todo aquele que visa à comprovação da eficiência, do resultado, da 
conveniência ou oportunidade do ato controlado. Daí por que esse controle compete 
normalmente à Administração, e, em casos excepcionais, expressos na Constituição, ao 
Legislativo (CF, art. 49, IX e X), mas nunca ao Judiciário 
 
 
 
 
 A eficiência é comprovada em face do desenvolvimento da atividade programada pela 
Administração e da produtividade de seus servidores; o resultado é aferido diante do 
produto final do programa de trabalho, levando-se em conta o trinômio custo-tempo-
benefício; a conveniência ou oportunidade é valorada internamente pela Administração - e 
unicamente por ela - para a prática, abstenção, modificação ou revogação do ato de sua 
competência. 
Art. 49, IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a 
execução dos planos de governo; 
Art. 49, X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, 
incluídos os da administração indireta; 
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 Controle administrativo é todo aquele que o Executivo e os órgãos da administração dos 
demais Poderes exercem sobre suas próprias atividades, visando a mantê-las dentro da lei, 
segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas e econômicas de sua realização, 
pelo que é um controle de legalidade e de mérito. 
 
 
 
 
STF já sumulou que: "A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial" (Súmula 473). 
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TIPOS E FORMAS DE CONTROLE 
 O controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a Administração tem 
sobre seus próprios atos e agentes. Esse controle é normalmente exercido pelos órgãos 
superiores sobre os inferiores (controle hierárquico próprio das chefias e corregedorias), com 
auxílio de órgãos incumbidos do julgamento de recursos (controle hierárquico impróprio) ou, 
ainda, de órgãos especializados em determinadas verificações (controle técnico de auditorias 
etc.), mas integrantes da mesma Administração, pelo quê se caracteriza como controle 
interno, pois que o externo é sempre atribuído a órgão estranho ao Executivo. 
 Os meios de controle administrativo, de um modo geral, bipartem-se em fiscalização 
hierárquica e recursos administrativos, embora a lei possa especificar outras modalidades 
mais adequadas para certos órgãos, entes ou atividades da Administração direta ou indireta, 
como é a prestação de contas. 
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MEIOS DE CONTROLE ADMINISTRATIVOS 
 Fiscalização hierárquica 
 
 Supervisão ministerial 
 
 
 
 Recursos administrativos 
ACEPÇÃO AMPLA 
representação, a reclamação e o pedido de reconsideração 
ACEPÇÃO RESTRITA 
recursos hierárquicos próprios e os recursos hierárquicos impróprios. 
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MEIOS DE CONTROLE 
 Fiscalização hierárquica – A fiscalização hierárquica é exercida pelos órgãos superiores sobre os 
inferiores da mesma Administração, visando a ordenar, coordenar, orientar e corrigir suas 
atividades e agentes. É inerente ao poder hierárquico, em que se baseia a organização 
administrativa, e, por isso mesmo, há de estar presente em todos os órgãos do Executivo. São 
características da fiscalização hierárquica a permanência e a automaticidade, visto que se 
exercita perenemente, sem descontinuidade e independentemente de ordem ou de solicitação 
especial. É um poder-dever de chefia, e, como tal, o chefe que não a exerce comete inexação 
funcional. 
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MEIOS DE CONTROLE 
 Supervisão ministerial - A supervisão ministerial é um meio atenuado de controle administrativo 
geralmente aplicável nas entidades da Administração indireta vinculadas a um Ministério (Dec.-
lei 200/67, arts. 19 e ss.). 
 Supervisão não é subordinação, pois que esta decorre do poder hierárquico e aquela resulta do 
sistema legal imposto às autarquias e entidades paraestatais, sujeitas, apenas, ao controle 
finalístico da Administração que as instituiu. 
 A subordinação admite o controle pleno do órgão superior sobre o inferior; a supervisão é 
limitada aos aspectos que a lei indica, para não suprimir a autonomia administrativa e financeira 
das entidades vinculadas à Administração central. 
DL 200/67 - Art . 19. Todo e qualquer órgão da Administração Federal, direta ou indireta, está sujeito à 
supervisão do Ministro de Estado competente, excetuados unicamente os órgãos mencionados no art. 32, que 
estão submetidos à supervisão direta do Presidente da República 
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MEIOS DE CONTROLE 
 Recursos administrativos- Recursos administrativos, em acepção ampla, são todos os meios 
hábeis a propiciar o reexame de decisão interna pela própria Administração. No exercício de sua 
jurisdição a Administração aprecia e decide as pretensões dos administrados e de seus 
servidores, aplicando o Direito que entenda cabível, segunda a interpretação de seus órgãos 
técnicos e jurídicos. 
 Os recursos em geral são interpostos voluntariamente pelo particular interessado (recurso 
provocado) e os hierárquicos o são também pela autoridade que proferiu a decisão inferior 
(recurso de ofício), desde que a lei ou o regulamento assim o determine expressamente. 
 Em qualquer modalidade de recurso a autoridade ou o tribunal administrativo tem ampla 
liberdade de revisão do ato recorrido, podendo modificá-lo ou invalidá-lo por motivo de 
legalidade, conveniência, oportunidade ou, mesmo, por razões de ordem técnica que 
comprometam a eficiência do serviço público ou a utilidade do negócio em exame, sendo 
admissível até a reformado in pejus, em discordância com o pedido do recorrente. 
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REVISÃO DO PROCESSO E COISA JULGADA ADMINISTRATIVA 
 Revisão do processo: revisão do processo é o meio previsto para o reexame da punição 
imposta ao servidor, a pedido ou de ofício, quando se aduzir fato novo ou circunstância 
suscetível de justificar sua inocência ou a inadequação da penalidade aplicada. Ela tem 
caráter de recurso. 
 
 Coisa julgada administrativa: a denominada coisa julgada administrativa, que, na 
verdade, é apenas uma preclusão de efeitos internos, não tem o alcance da coisa 
julgada judicial, porque o ato jurisdicional da Administração não deixa de ser um 
simples ato administrativo decisório, sem a força conclusiva do ato jurisdicional do 
Poder Judiciário. 
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CONTROLE LEGISLATIVO 
 Controle legislativo ou parlamentar é o exercido pelos órgãos legislativos (Congresso Nacional, 
Assembléias Legislativas e Câmaras de Vereadores) ou por comissões parlamentares sobre 
determinados atos do Executivo na dupla linha da legalidade e da conveniência pública, pelo que 
caracteriza-se como um controle eminentemente político, indiferente aos direitos individuais dos 
administrados, mas objetivando os superiores interesses do Estado e da comunidade. 
 Ampliando seus poderes de controle, a Constituição de 1988 deu ao Congresso Nacional 
competência para "sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa" (art. 49, V). Essa sustação, no âmbito 
federal, pode ser feita de ofício, pelo Congresso Nacional, ou mediante representação do 
interessado; no âmbito estadual e municipal dependerá do que constar da respectiva 
Constituição Estadual e da lei orgânica local. 
 Esse controle deve limitar-se ao que prevê a Constituição Federal, para evitar a interferência 
inconstitucional de um Poder sobre outro (nesse sentido: STF, RTJ 143/510). 
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CONTROLE LEGISLATIVO 
 Segundo Caio Tácito, "O controle do Legislativo sobre a Administração Pública, especialmente 
nos governos presidencialistas, é caracteristicamente de efeito indireto. Não pode o Congresso 
anular atos administrativos ilegais, nem exercer sobre as autoridades executivas poderes de 
hierarquia ou de tutela". 
 
 O nosso sistema presidencialista não concede ao Legislativo faculdades ilimitadas de controle 
sobre os demais Poderes, mas permite a apuração de irregularidades de qualquer natureza 
através de Comissão Parlamentar de Inquérito, e cremos que poderá, mesmo, instituir o 
representante parlamentar para acompanhar os julgamentos do Judiciário e as atividades mais 
relevantes do Executivo, a fim de apontar suas falhas para oportuna correção legal. Além disso, 
a Constituição da República já atribuiu a ambas as Casas do Congresso Nacional a fiscalização dos 
atos da Administração, em especial da administração financeira e orçamentária. 
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CONTROLE JUDICIAL 
 Controle judiciário ou judicial é o exercido privativamente pelos órgãos do Poder Judiciário 
sobre os atos administrativos do Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário quando 
realiza atividade administrativa. 
 É um controle a posteriori, unicamente de legalidade, por restrito à verificação da 
conformidade do ato com a norma legal que o rege. Mas é sobretudo um meio de 
preservação de direitos individuais, porque visa a impor a observância da lei em cada caso 
concreto, quando reclamada por seus beneficiários. 
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CONTROLE JUDICIAL COMUM 
 Os atos sujeitos a controle judicial comum são os administrativos em geral. No nosso sistema 
de jurisdição judicial única, consagrado pelo preceito constitucional de que não se pode 
excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito, individual ou 
coletivo (art. 5.°, XXXV), a Justiça Ordinária tem a faculdade de julgar todo ato de 
administração praticado por agente de qualquer dos órgãos ou Poderes de Estado. Sua 
limitação é apenas quanto ao objeto do controle, que há de ser unicamente a legalidade, 
sendo-lhe vedado pronunciar-se sobre conveniência, oportunidade ou eficiência do ato em 
exame, ou seja, sobre o mérito administrativo. 
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ATOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL 
 Enquanto os atos administrativos em geral expõem-se à revisão comum da Justiça, outros 
existem que, por sua origem, fundamento, natureza ou objeto, ficam sujeitos a um controle 
especial do Poder Judiciário, e tais são os chamados atos políticos, os atos legislativos e os 
interna corporis. 
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ATOS SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL 
 Atos políticos - são os que, praticados por agentes do Governo, no uso de competência 
constitucional, se fundam na ampla liberdade de apreciação da conveniência ou oportunidade de sua 
realização, sem se aterem a critérios jurídicos preestabelecidos. São atos governamentais por 
excelência, e não apenas de administração. São atos de condução dos negócios públicos, e não 
simplesmente de execução de serviços públicos. 
 Atos legislativos - Os atos legislativos, ou seja, as leis propriamente ditas (normas em sentido formal 
e material), não ficam sujeitos a anulação judicial pelos meios processuais comuns, mas sim pela via 
especial da ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade, tanto 
para a lei em tese como para os demais atos normativos. 
 "Interna corporis" - Os interna corporis das Câmaras também são vedados à revisto judicial comum. 
Interna corporis são só aquelas questões ou assuntos que entendem direta e imediatamente com a 
economia interna da corporação legislativa, com seus privilégios e com a formação ideológica da lei,que, por sua própria natureza, são reservados à exclusiva apreciação e deliberação do Plenário da 
Câmara. 
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FGV – 2013 – FUNDAÇÃO PRÓ- SANGUE - ADVOGADO 
 
A Administração Pública possui uma série de mecanismos de controle. No que tange a 
essa temática, assinale a afirmativa correta. 
 
(A) O Poder Executivo é o único que exerce controle interno. 
(B) O Poder Judiciário poderá exercer controle interno sobre os demais poderes. 
(C) O Poder Legislativo exerce controle interno e externo. 
(D) O controle judicial poderá ser sempre exercício de oficio. 
(E) Com exceção do poder executivo, os demais poderes não poderão exercer controle 
interno fazendo uso da autotutela. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2014 – FCC - TRF - 4ª - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal 
A Administração pública, é sabido, está sujeita a princípios expressos e implícitos no exercício 
de suas funções. A observância desses princípios está sujeita a controle, do que é exemplo o 
controle 
 a) exercido pela própria Administração, que se presta a verificar a observância dos princípios 
expressos e implícitos, vedada, no entanto, a revisão dos atos, que deve ser feita judicialmente. 
 b) administrativo externo, que se presta à verificação da observância dos princípios, desde que 
expressos, que regem a Administração. 
 c) exercido pelo Legislativo, pelo Judiciário e pela própria Administração, sem prejuízo da 
participação do usuário no bom desempenho das funções administrativas, o que lhes confere, 
inclusive, direito à informações sobre a atuação do governo. 
 d) exercido pelo Judiciário, que se consubstancia em verificação interna dos princípios 
expressos, tais como, legalidade, impessoalidade e supremacia do interesse público. 
 e) legislativo externo, que se presta somente à verificação da observância dos princípios 
expressos e da discricionariedade da Administração. 
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Quanto à função exercida Legislativo, judicial e administrativo. 
Quanto ao Poder controlador Externo e interno. 
Quanto ao momento Prévio, concomitante e posterior. 
Quanto ao modo de desencadear De ofício, por provocação e compulsório. 
Quanto à entidade controladora Hierárquico e finalístico. 
Quanto ao objeto De legalidade e de mérito. 
Quanto à amplitude De ato e de atividade. 
CONTROLE – TIPOS E FORMAS 
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REQUISITOS OU ELEMENTOS DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO 
VINCULADO 
DISCRICIONÁRIO 
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FORMAS DE 
EXTINÇÃO 
REVOGAÇÃO ANULAÇÃO 
MOTIVO 
Inconveniência/ 
inoportunidade 
Ilegalidade/ilegitimidade/ilicitu
de 
COMPETÊNCIA 
Privativa da 
Administração 
Pública 
Administração Pública / Poder 
Judiciário 
EFEITOS Ex nunc Ex tunc 
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Questões de Concursos 
Ano: 2014 - Banca: FCC - Órgão: TCE-PI - Prova: Auditor Fiscal de Controle Externo 
A recomposição da ordem jurídica violada pela edição de atos administrativos com 
vicío de validade poderá ser obtida pela 
 a) revogação, que opera efeitos ex tunc, sendo opção discricionária do administrador 
a retirada ou não do ato administrativo exarado com vício de competência. 
 b) invalidação, que, em razão do princípio da legalidade, não encontra limites e opera 
necessariamente efeitos ex tunc. 
 c) invalidação, que, necessariamente, opera efeitos ex tunc e pela revogação, que 
opera efeitos ex nunc, na hipótese em que atingidos terceiros de boa-fé. 
 d) revogação, que opera efeitos ex tunc, podendo, no entanto, operar efeitos ex nunc 
quando atingidos terceiros de boa-fé ou na hipótese de atos discricionários produzidos 
com vício de competência. 
 e) invalidação que opera efeitos ex tunc, podendo, no entanto, operar efeitos ex nunc 
quando, por exemplo, atingidos terceiros de boa-fé. 
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CONTROLE 
FINANCEIRO 
REALIZADO 
PELOS 
TRIBUNAIS DE 
CONTAS 
Apreciação das contas do Presidente da República. 
ART. 71, 
I 
Julgamento das contas dos demais agentes 
públicos. 
ART. 71, 
II 
Apreciação da legalidade de atos relativos a 
pessoal. 
ART. 71, 
III 
Realização de inspeções e auditorias. 
ART. 71, 
IV 
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Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer 
prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores 
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e 
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio 
ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer 
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a 
das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores 
que não alterem o fundamento legal do ato concessório; 
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão 
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e 
Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; 
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V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, 
de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; 
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, 
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; 
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por 
qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as 
sançõesprevistas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano 
causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos 
Deputados e ao Senado Federal; 
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. 
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https://www.facebook.com/prof.alexandrep
rado 
 
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que 
solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
 
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas 
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. 
 
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título 
executivo. 
 
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas 
atividades. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2013 - Banca: FCC - Órgão: DPE-RS - Prova: Analista - Administração 
De acordo com a Constituição Federal brasileira, o controle externo da Administração 
pública pelo Poder Legislativo, exercido com o auxílio do Tribunal de Contas, NÃO abrange 
 a) a fiscalização patrimonial das entidades da Administração indireta. 
 b) as concessões de aposentadorias e pensões, para fins de registro. 
 c) as contas de empresas supranacionais de cujo capital a União participe de forma indireta. 
 d) a aplicação de subvenções e renúncia de receitas. 
 e) as nomeações para cargos de provimento em comissão. 
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CONTROLE 
PARLAMENTAR OU 
DIRETO 
(Controle exercido 
pelo Poder 
Legislativo sobre 
os atos dos outros 
poderes) 
REALIZADO 
DIRETAMENTE 
PELO 
PARLAMENTAR 
Comissão parlamentar de inquérito ART. 58, §3° 
Convocação de autoridades. ART. 50 
Requerimentos de informações por escrito. ART. 50, §2° 
Controle direto dos atos do executivo. ART. 49, X 
Aprovação de atos do executivo. 
ART. 49, I, II; 
ART. 52, III 
Julgamento de crimes de responsabilidade. 
ART. 52, I e 
II 
Suspensão da eficácia de atos do executivo. ART. 49, V 
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Questões de Concursos 
2014 - Banca: FCC - Órgão: TRT - 2ª REGIÃO (SP)Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
De acordo com a separação de poderes constitucional- mente estabelecida, a função de administrar 
incumbe ao Poder Executivo. A Administração pública, no desempenho das tarefas inerentes a essa 
função 
 a) admite controle do poder externo, tanto dos órgãos que integram a estrutura da Administração, 
quanto do Tribunal de Contas, cuja análise de mérito é mais restrita que o controle desempenhado pelo 
Poder Judiciário, que o faz sem distinção. 
 b) submete-se a controle externo exercido pelo Legislativo, com auxilio do Tribunal de Contas, que pode 
abranger análise de critérios que excedem a legalidade, tal como economicidade. 
 c) submete-se a controle externo do Poder Judiciário, vedada interferência de outros órgãos ou entes, 
ainda que da mesma esfera de governo, em especial quando se tratar de atuação discricionária. 
 d) admite controle interno de outros órgãos, entes ou Poderes, vedado controle externo no que se 
refere aos aspectos discricionários da atuação. 
 e) submete-se a controle interno, pelos órgãos que integram sua própria estrutura, e a controle externo, 
desempenhado pelo Tribunal de Contas e pelo Poder Judiciário, vedada análise de qualquer aspecto 
discricionário. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2014 - Banca: FCC - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa 
Considere: 
I. Convocação de Ministro de Estado por Comissão do Senado Federal para prestar, pessoalmente, 
informações sobre o tema da demarcação de terras indígenas. 
II. Controle administrativo sobre órgãos da Administração Direta. 
Acerca do Controle da Administração pública, os itens I e II correspondem, respectivamente, a 
controle 
 a) legislativo de natureza política e controle administrativo interno decorrente do poder de tutela da 
Administração pública. 
 b) legislativo de natureza política e controle administrativo interno decorrente do poder de 
autotutela da Administração pública. 
 c) administrativo de natureza política e controle administrativo interno decorrente do poder de tutela 
da Administração pública. 
 d) legislativo de natureza financeira e controle administrativo externo decorrente do poder de 
autotutela da Administração pública. 
 e) administrativo de natureza política e controle administrativo externo decorrente do poder de 
tutela da Administração pública. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR)Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
As atividades desempenhadas pela Administração pública não estão imunes a controle, o que 
é inerente, inclusive, ao princípio da separação de poderes. Contrapondo o controle exercido 
pelos Tribunais de Contas e a teoria do ato administrativo, a atuação daquelas Cortes de 
Contas 
 a) é expressão do controle interno dos atos da Administração pública, restrito aos aspectos 
financeiros, o que abrange não só a análise contábil, de receitas e despesas, mas também 
verificações da oscilação patrimonial dos entes. 
 b) é acessória e dependente do controle do Poder Legislativo, que atua em maior abrangência e 
profundidade nas matérias exemplificativas constantes da Constituição Federal, examinando não 
só os aspectos de legalidade dos atos administrativos, mas também o núcleo essencial dos atos 
discricionários. 
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Questões de Concursos 
c) envolve também análise de mérito da atuação da Administração pública, pois abarca exame 
de economicidade, o que implica avaliar a relação entre as opções disponíveis e o benefício 
delas decorrentes. 
 d) restringe-se às pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração direta ou 
indireta, que celebram negócios jurídicos e proferem manifestações que possuem natureza 
jurídica de ato administrativo. 
 e) possui apenas competências fiscalizatórias, ou seja, de natureza inquisitória, cabendo as 
funções corretivas e sancionatórias ao Poder Legislativo ao qual a Corte de Contas está 
vinculada, ainda que possa propor as medidas coercitivas cabíveis. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2016 - Banca: FCC - Órgão: Prefeitura de Campinas - SPProva:Procurador 
Os contratos celebrados pela Administração pública municipal estão sujeitos a controle, não 
só interno, mas também externo. Dentre as possibilidades deste controle destaca-se o 
controle exercido 
a) pelos Tribunais de Contas, que podem ingressar no mérito dos atos e contratos, como 
medida de exame de economicidade, bem como exercer competências sancionatórias e 
corretivas, desta sendo exemplo a sustação de ato impugnado, ainda que seja necessária 
posterior comunicação ao Legislativo. 
b) pelos Tribunais de Contas, desde que caracterizada a natureza de contrato administrativo 
nos quais a Administração pública exerça prerrogativas típicas das cláusulas exorbitantes, para 
que se evidencie eventual desatendimento aos princípios da economicidade, legalidade e 
isonomia. 
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Questões de Concursos 
c) pelo Poder Judiciário, na qualidade de verificação superior dos critérios de legalidade e 
economicidade ou como instância revisora das decisões proferidas pelas Cortes de contas. 
d) pelo Poder Legislativo, com auxílio dos Tribunais de Contas, aos quais compete a sustação da 
execução de atos e contratos cuja irregularidade ou ilegalidade não tenha sido sanada pela 
Administração pública. 
e) pela Administração pública central em relação aos contratos celebrados pelos entes 
integrantes da Administração indireta, podendo, nos casos de ilegalidade não sanada pelo ente, 
determinar a sustação da execução do ajuste. 
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CONTROLE 
JUDICIAL 
REALIZADO 
PELOS ÓRGÃOS 
DO PODER 
JUDICIÁRIO 
DENTRO DE SUA 
COMPETÊNCIA 
SOBRE TODOS 
OS ATOS 
EMITIDOS PELO 
ESTADO 
CONTROLE 
COMUM 
Atos 
Administrativos 
Em Geral 
Licença, Autorização, 
admissão, etc. 
CONTROLE 
ESPECIAL 
Atos políticos 
concessão de indulto, 
Intervenção Federal, etc. 
Atos 
legislativos 
Leis propriamente ditas 
(normas em sentido formal 
e material) 
Atos “interna 
corporis” 
dizem respeito apenas a 
assuntos internos, como a 
eleição da mesa e a 
cassação de mandatos. 
Observe-se que o controle judicial dos atos administrativos é, normalmente, subseqüente ou 
corretivo, salvo em mandado de segurança preventivo, em ação civil pública e em ação popular, que, 
em alguns casos, antecede a conclusão do ato impugnado. 
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Questões de Concursos 
2014 – FCC - TRT - 2ª REGIÃO (SP)Prova: Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
Os atos praticados pela Administração estão sujeitos a controle, exercido por diversos entes, 
em variados graus e medidas. O controle judicial possui amparo constitucional, abrangendo 
análise . 
 a) restritiva, considerando apenas os aspectos de legalidade referentes à forma dos atos, 
excluindo análise de violação ao princípio da moralidade e qualquer elemento do ato 
discricionário. 
 b) estritamente de legalidade, não abrangendo atos discricionários ou violação de outros 
princípios constitucionais. 
 c) eminentemente de legalidade, como, por exemplo, a conveniência e oportunidade dos 
motivos para a prática de determinado ato. 
 d) eminentemente de legalidade, podendo, no entanto, também apreciar aspectos técnicos dos 
atos discricionários. 
 e) abrangente, tanto dos aspectos de legalidade, quanto de moralidade e discricionariedade 
dos atos administrativos, sem distinção. 
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Questões de Concursos 
2016-FCC-Prefeitura de Teresina – PI - Técnico de Nível Superior - Analista em Gestão Pública 
Concernentes ao controle judicial, considere: 
I. Alguns atos da Administração pública não podem ser examinados pelo Poder Judiciário, 
como, por exemplo, os gerais e os unilaterais. 
II. Haverá invasão do mérito do ato administrativo, quando o Poder Judiciário apreciar os 
motivos de tal ato, isto é, os fatos que precederam a elaboração do ato. 
III. Os Regimentos dos órgãos públicos, em regra, não são apreciados pelo Poder Judiciário, 
exceto se ferirem direitos individuais e coletivos. 
Está correto o que consta em 
 a)II, apenas. 
 b) I, II e III. 
 c) I, apenas. 
 d) III, apenas. 
 e) II e III, apenas. 
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Questões de Concursos 
2016 - FCC - Órgão: TRT - 23ª REGIÃO (MT)Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
O contrato administrativo confere à Administração pública algumas prerrogativas não 
concedidas ao contratado, mas também a sujeita a controle externo, 
a) exercido pela Administração pública central, quando se tratar de instrumentos celebrados por 
entes da Administração indireta, hipótese em que se implementa com maior rigor e alcance, 
inclusive para permitir a análise de aspectos discricionários, desde que preservado o núcleo 
essencial de decisão. 
b) sobre os aspectos orçamentário-financeiros, capitaneado pelo Tribunal de Contas 
competente, que exerce essa competência em auxílio ao Poder Legislativo, em cujo âmbito é 
promovido o exame de mérito das contratações da Administração pública, para autorizar a 
celebração dos ajustes. 
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Questões de Concursos 
c) que não pode adentrar às alterações unilaterais promovidas no objeto contratual, qualitativas 
e quantitativas, tendo em vista que essas medidas se inserem no exame essencialmente 
discricionário do contratante. 
d) exercido previamente à celebração da avença, durante a fase de licitação, tendo em vista que 
após o contrato constitui lei entre as partes, não podendo ser alterado, sob pena de 
comprometimento do equilíbrio econômico-financeiro. 
e) que se presta ao exame de legalidade não só das alterações que o Poder Público venha a 
promover, qualitativas ou quantitativas, com ou sem concordância do contratado, mas também 
dos termos originais do contrato celebrado, que pode ser maculado, inclusive, por vícios 
identificados no procedimento licitatório. 
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RESPONSABILIDADE CIVIL 
Alexandre Prado 
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Responsabilidade Civil 
A Responsabilidade Civil em nosso ordenamento jurídico é pautada em uma frase em latim, 
originária do direito romano: 
 
Nemimnem Laeder 
 
Ou seja, a ninguém é dado o direito de causar prejuízo a outrem. 
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Responsabilidade Civil 
Alguns autores, como por exemplo Hely Lopes Meirelles, prefere a designação 
responsabilidade civil da Administração Pública ao invés da tradicional responsabilidade civil 
do Estado, porque, em regra, essa responsabilidade surge de atosda Administração, e não 
de atos do Estado como entidade política, uma vez que é da atividade administrativa dos 
órgãos públicos, e não dos atos de governo, que emerge a obrigação de indenizar. 
 
Responsabilidade civil da Administração é, pois, a que impõe à Fazenda Pública a obrigação 
de compor o dano causado a terceiros por agentes públicos, no desempenho de suas 
atribuições ou a pretexto de exercê-las. É distinta da responsabilidade contratual e da legal. 
 
 
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Evolução Doutrinária da Responsabilidade Civil 
A doutrina da responsabilidade civil da Administração Pública evoluiu do conceito de 
irresponsabilidade para o da responsabilidade com culpa, e deste para o da 
responsabilidade civilística e desta para a fase da responsabilidade pública, em que 
nos encontramos. 
 
 
IRRESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE 
COM CULPA 
RESPONSABILIDADE 
CIVILISTA 
RESPONSABILIDADE 
PÚBLICA 
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EVOLUÇÃO DOUTRINÁRIA 
Sob o domínio dos Governos absolutos negou-se a responsabilidade do Estado, secularizada 
na regra inglesa da infalibilidade real -"The King can do no wrong" -, extensiva aos seus 
representantes; sob a influência do liberalismo, assemelhou-se o Estado ao indivíduo, para 
que pudesse ser responsabilizado pelos atos culposos de seus agentes; finalmente, em nossos 
dias, atribui-se à Administração Pública uma responsabilidade especial de Direito Público. 
A doutrina da irresponsabilidade está inteiramente superada, visto que as duas últimas 
Nações que a sustentavam, a Inglaterra e os Estados Unidos da América do Norte, 
abandonaram-na, respectivamente, pelo Crown Proceeding Act, de 1947, e pelo Federal Tort 
Claims Act, de 1946. 
A doutrina civilística ou da culpa civil comum, por sua vez, vem perdendo terreno a 
cada momento, com o predomínio das normas de Direito Público sobre as regras de 
Direito Privado na regência das relações entre a Administração e os administrados. 
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TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE 
O nascimento do Estado moderno não trouxe, de pronto, como se pode imaginar, a 
responsabilidade estatal por atos decorrentes das suas funções. Ao contrário, durante 
muitos séculos, vigorou o princípio da irresponsabilidade do Estado, advindo da teoria do 
direito divino dos reis, elaborada por Bossuet para justificar o poder absoluto dos monarcas 
a impossibilitar qualquer tentativa de responsabilizá-lo, pois o rei, designado por Deus, era 
infalível. 
Entretanto, mesmo vigendo a teoria da irresponsabilidade do Estado no período 
Absolutista, já se admitia a responsabilidade pecuniária pessoal dos agentes da 
Administração. Isto se devia a que, consoante preleciona SÉRGIO CAVALIERI FILHO, 
"sustentava-se que o Estado e o funcionário são sujeitos diferentes, pelo quê este último, 
mesmo agindo fora dos limites de seus poderes, ou abusando deles, não obrigava, com seu 
fato, a Administração". 
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CONCEPÇÕES CIVILISTAS 
Em um segundo momento da evolução, nos dizeres de SÉRGIO CAVALIERI FILHO, 
ocorreu a passagem da teoria da irresponsabilidade, “para uma concepção civilista da 
responsabilidade estatal, fundada na culpa do funcionário e nos princípios da 
responsabilidade por fato de terceiro (patrão, preponente, mandante, representante)”. 
Em decorrência da Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, e do início do 
sistema capitalista, a estrutura da sociedade sofreu grandes transformações 
acompanhadas por uma notável evolução tecnológica. Além disso, difundiu-se a idéia 
de submissão do Estado ao Direito, gerando um crescente reconhecimento dos 
direitos dos indivíduos perante o Estado. 
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CONCEPÇÕES CIVILISTAS 
Foi nesse contexto de mudanças sociais e econômicas que paradigmas de alicerce da 
responsabilidade civil do Estado foram lançados, no final do século XIX, como, por 
exemplo, o surgimento da figura do Estado empresário. Passou-se a reconhecer, desta 
forma, a separação da atividade estatal em atos de império e atos de gestão. Em 
relação aos atos de Império, não haveria responsabilização do Estado, em 
contraponto aos atos de gestão, em que, atuando como se particular fosse, o Estado 
era obrigado a reparar os danos causados no desempenho de suas funções, desde 
que houvesse culpa do agente. 
Todavia, esta situação ainda se apresentava muito desvantajosa para o indivíduo, 
ficando este, muitas vezes, sem ser ressarcido ante a impossibilidade de se distinguir 
as duas espécies de atos (de império e de gestão) em um caso concreto. Além disso, 
ainda que fosse possível separá-los, era preciso comprovar a culpa do agente 
administrativo, o que não raro resultava inviável. 
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TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA 
A responsabilização do Estado por ato do agente foi possível com a evolução do 
entendimento da natureza da relação existente entre eles. 
A teoria da culpa administrativa representa o primeiro estágio da transição entre a 
doutrina subjetiva da culpa civil e a tese objetiva do risco administrativo que a 
sucedeu, pois leva em conta a falta do serviço para dela inferir a responsabilidade da 
Administração. 
Nesta Teoria não se indaga da culpa subjetiva do agente administrativo, mas perquire-
se a falta objetiva do serviço em si mesmo, como fato gerador da obrigação de 
indenizar o dano causado a terceiro. Exige-se, também, uma culpa, mas uma culpa 
especial da Administração, a que se convencionou chamar de culpa administrativa. 
A falta do serviço, no ensinamento de Duez, pode apresentar-se sob três 
modalidades: inexistência do serviço, mau funcionamento do serviço ou 
retardamento do serviço. Ocorrendo qualquer destas hipóteses, presume-se a culpa 
administrativa e surge a obrigação de indenizar. 
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TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA 
Nas hipóteses de omissão os danos não são causados por agentes públicos, e sim, por 
fatos da natureza ou fatos de terceiros, todavia, os danos causados poderiam ter sido 
amenizados ou evitados se não houvesse ocorrida omissão estatal. 
Assim, a responsabilidade do Estado é subjetiva, aplicando-se a Teoria da Culpa do 
Serviço Público ou “Faute Du service” ou Culpa Anônima ou, ainda, Culpa 
Administrativa. 
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Questões de Concursos 
Prova: CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Disciplina: Direito 
Constitucional 
 
O Estado não responde civilmente pelos danos causados por atos praticados por agrupamentos de 
pessoas ou multidões, por se tratar de atos de terceirosque caracterizam uma excludente de 
causalidade, salvo quando se verificar omissão do poder público em garantir a integridade do 
patrimônio danificado, hipótese em que a responsabilidade civil é subjetiva. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: DPU - Prova: Analista Técnico - Administrativo 
Acerca da organização administrativa da União, da organização e da responsabilidade civil do 
Estado, bem como do exercício do poder de polícia administrativa, julgue o item que se segue. 
 
Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica de direito público tenha sido 
responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um dos seus servidores públicos. Assertiva: 
Nessa situação, o direito de regresso poderá ser exercido contra esse servidor ainda que não 
seja comprovada a ocorrência de dolo ou culpa. 
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TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO 
A teoria do risco administrativo faz surgir a obrigação de indenizar o dano só do ato 
lesivo e injusto causado à vítima pela Administração. Não se exige qualquer falta do 
serviço público, nem culpa de seus agentes. Basta a lesão, sem o concurso do lesado. 
Na teoria da culpa administrativa exige-se a falta do serviço; na teoria do risco 
administrativo exige-se, apenas, o fato, do serviço. Naquela, a culpa é presumida da 
falta administrativa; nesta, é inferida do fato lesivo da Administração. 
Nesta Teoria não se cogita da culpa da Administração ou de seus agentes, bastando 
que a vítima demonstre o fato danoso e injusto ocasionado por ação ou omissão do 
Poder Público, pois baseia-se no risco que a atividade pública gera para os 
administrados e na possibilidade de acarretar dano a certos membros da comunidade, 
impondo-lhes um ônus não suportado pelos demais. 
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TEORIA DO RISCO INTEGRAL 
A teoria do risco integral é a modalidade extremada da doutrina do risco 
administrativo, abandonada na prática, por conduzir ao abuso e à iniquidade social. 
Por essa fórmula radical, a Administração ficaria obrigada a indenizar todo e qualquer 
dano suportado por terceiros, ainda que resultante de culpa ou dolo da vítima. Daí por 
que foi acoimada de "brutal", pelas graves consequências que haveria de produzir se 
aplicada na sua inteireza. 
Essa teoria, Segundo Hely Lopes Meirelles, jamais foi acolhida entre nós, embora haja 
quem tenha sustentado sua admissibilidade no texto das Constituições da República. 
Segundo ele, essa teoria se desgarra da doutrina acolhida pelo nosso Direito e se 
divorcia da jurisprudência que se formou acerca do citado dispositivo constitucional, 
consagrador da teoria objetiva, mas sob a modalidade do risco administrativo, e não 
do risco integral. 
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TEORIA DO RISCO INTEGRAL 
Quem defende a aplicação dessa teoria do risco integral, afirma que a mesma não se 
preocupa com elementos pessoais, sequer de nexo causal, ainda que se trate de atos 
regulares praticados por agentes no exercício de suas funções. Aqui a responsabilidade 
é aplicada mesmo sendo a vítima quem deu exclusivamente causa à situação. 
 
NA TEORIA DO RISCO INTEGRAL NÃO SE ADMITEM EXCLUDENTES DO NEXO CAUSAL 
COMO: 
A) CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA 
B) FATO DE TERCEIRO 
C) CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR 
Aplica-se a TEORIA DO RISCO INTEGRAL a danos ambientais, nucleares, atos terroristas. 
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Evolução da Responsabilidade Civil no Brasil 
IRRESPONSABILIDADE TEORIA DA CULPA 
TEORIA DO RISCO 
A Constituição do Império, datada de 1824, consagrava a responsabilização dos empregados públicos pelos abusos e 
omissões praticados no exercício de sua função. Posteriormente, nesse mesmo sentido, foi promulgada na 
Constituição Republicana, de 1891, disposição com idêntico teor. 
Inexistiu no Brasil 
O artigo 15, do Código Civil de 1916, foi o primeiro dispositivo legal a tratar do regime jurídico da responsabilidade 
civil do Estado 
Constituição de 1824/1891 
A Constituição Federal de 1946 veio, explicitamente, consagrar a responsabilidade objetiva, com base no risco 
administrativo 
Constituição de 1946 
Constituição de 1967/1969 
Constituição de 1988 
As Constituições promulgadas posteriormente, em 1967, 1969 e a vigente CF/88, mantiveram a responsabilidade 
objetiva pelo risco, “impondo à administração pública o dever de indenizar os danos causados por conduta 
comissiva ou omissiva de agente ou servidor, que aja nessa qualidade” 
Código Civil de 1916 
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Teoria Atualmente Aplicada no Direito Brasileiro 
A Constituição atual usou acertadamente o vocábulo agente, no sentido genérico de 
servidor público, abrangendo, para fins de responsabilidade civil, todas as pessoas 
incumbidas da realização de algum serviço público, em caráter permanente ou 
transitório. O essencial é que o agente da Administração haja praticado o ato ou a 
omissão administrativa no exercício de suas atribuições ou a pretexto de exercê-las. 
O abuso no exercício das funções por parte do servidor não exclui a responsabilidade 
objetiva da Administração. 
Incide a responsabilidade civil objetiva quando a Administração Pública assume o 
compromisso de velar pela integridade física da pessoa e esta vem a sofrer um dano 
decorrente da omissão do agente público naquela vigilância. Assim, alunos da rede 
oficial de ensino ou pessoas internadas em hospitais públicos, caso sofram algum dano 
quando estejam sob a guarda imediata do Poder Público, têm direito à indenização, 
salvo se ficar comprovada a ocorrência de alguma causa excludente daquela 
responsabilidade estatal (STF, RT 733/130). 
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Teoria Atualmente Aplicada no Direito Brasileiro 
O legislador constituinte só cobriu o risco administrativo da atuação ou inação dos 
servidores públicos; não responsabilizou objetivamente a Administração por atos 
predatórios de terceiros, nem por fenômenos naturais que causem danos aos 
particulares. 
Para a indenização dos atos e fatos estranhos à atividade administrativa observa-se o 
princípio geral da culpa civil, manifestada pela imprudência, negligência ou imperícia 
na realização do serviço público que causou ou ensejou o dano. 
Exige-se a prova da culpa da Administração nos casos de depredação por multidões e 
de enchentes e vendavais que, superando os serviços públicos existentes, causam 
danos aos particulares. 
E na exigência do elemento subjetivo culpa não há qualquer afronta ao princípio 
objetivo da responsabilidade sem culpa, estabelecido no art. 37, § 6.°, da CF, porque o 
dispositivo constitucional só abrange a atuação funcional dos servidores públicos, e 
não os atos de terceiros e os fatos da Natureza. 
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Responsabilidade Civil 
• Responsabilidade Subjetiva, composta por: 
- Conduta 
- Nexo-causal 
- Dano 
- Culpa 
• Responsabilidade Objetiva composta por: 
- Conduta 
- Nexo-causal 
- Dano 
- Risco 
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Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: DPU - Prova: Técnico em Assuntos Educacionais 
 
A respeito da responsabilidade civil do Estado e das licitações, julgue o item subsequente. 
A responsabilidade do Estado inclui o dever de indenizar as vítimas quando de ação ou 
omissão, ainda que lícita, resultar-lhes danos. 
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TEORIA DO RISCO INTEGRAL APLICADO NO BRASIL 
A responsabilidade civil da União por danos provocados por atentados terroristas 
constitui exemplo clássico da aplicação da teoria do risco integral. 
Nesse sentido, a Lei 10.744/2003 autorizou a União, na forma e critérios estabelecidos 
pelo Poder Executivo, a assumir despesas de responsabilidades civis perante terceiros 
na hipótese da ocorrência de danos a bens e pessoas, passageiros ou não, provocados 
por atentados terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, ocorridos no Brasil ou 
no exterior, contra aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras 
de transporte aéreo público, excluídas as empresas de táxi aéreo. 
A referida lei não prevê qualquer excludente de responsabilidade. Logo, a 
responsabilidade se estende inclusive aos passageiros embarcados em solo 
estrangeiro. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: DPU - Prova: Técnico em Assuntos Educacionais 
 
A respeito da responsabilidade civil do Estado e das licitações, julgue o item subsequente. 
Para a configuração da responsabilidade objetiva do Estado, é necessária a demonstração de 
culpa ou dolo do agente público. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 18, 19, 37 e 
38 (+ provas) 
Com relação à responsabilidade civil do Estado, aos serviços públicos e ao controle da 
administração pública, julgue o item subsequente. 
Situação hipotética: O motorista de determinado veículo particular, não tendo respeitado o 
sinal vermelho do semáforo, provocou a colisão entre o veículo que dirigia e um veículo oficial 
do TCE/PA que estava estacionado em local proibido. 
 
Assertiva: Nessa situação, o valor da indenização a ser paga pelo Estado será atenuado ante a 
existência de culpa concorrente, já que o Brasil adota a teoria da responsabilidade objetiva do 
tipo risco administrativo. 
 
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Questões de Concursos 
Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PR - Prova: Analista de Controle - Jurídica 
Em determinado município da Federação, uma empresa pública municipal refinadora 
de petróleo, durante o desenvolvimento de sua atividade, deixou vazar milhões de 
litros de óleo cru, material que alcançou importantes mananciais aquíferos e 
espalhou-se por várias cidades do respectivo estado-membro, tendo deixado 
inúmeras famílias ribeirinhas desprovidas de suas atividades laborais e do seu 
sustento. 
Nessa situação, segundo entendimento do STJ, 
a) houve responsabilidade subjetiva do Estado, instruída pela teoria do risco integral. 
b) não houve responsabilidade do Estado, porquanto a culpa foi da empresa refinadora. 
c) houve responsabilidade objetiva do Estado, instruída pela teoria do risco 
administrativo. 
d) houve responsabilidade objetiva do Estado, instruída pela teoria do risco integral. 
e) houve responsabilidade subjetiva do Estado, instruída pela teoria do risco 
administrativo. 
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Ano: 2016 - Banca: FCC - Órgão: SEGEP-MA - Prova: Procurador do Estado 
Uma célula de grupo terrorista detona uma carga explosiva em aeronave de matrícula 
brasileira, operada por empresa brasileira de transporte aéreo público, causando 
mortes e ferimentos em diversos passageiros. Esclareça-se que a aeronave decolou de 
aeroporto brasileiro e a explosão ocorreu por ocasião da chegada ao destino, em solo 
norte-americano, sendo que diversas vítimas haviam embarcado em escala no 
México. Em vista de tal situação e nos termos da legislação brasileira, 
a) a responsabilidade principal e de caráter objetivo é da empresa prestadora do serviço 
de transporte aéreo público, somente havendo responsabilidade estatal em caráter 
subsidiário. 
b) fica excluída a responsabilidade da União, haja vista que somente fatos ocorridos no 
território nacional são capazes de justificar a aplicação da responsabilidade objetiva nos 
serviços públicos. 
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c) somente deve haver responsabilização da União em favor dos passageiros que 
embarcaram em solo brasileiro, caracterizada, no caso, a responsabilidade subjetiva por 
culpa do serviço, em razão da falha na prestação do serviço de segurança aeroportuária. 
d) não há responsabilidade estatal, visto que se trata de caso fortuito, circunstância 
excludente de responsabilidade, haja vista a inexistência de nexo causal entre o evento 
danoso e a conduta das autoridades estatais. 
e) aplica-se a teoria do risco integral, devendo a União indenizar os passageiros que 
tenham sofrido danos corporais, doenças, morte ou invalidez sofridos em decorrência 
do atentado. 
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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO EM CASO DE MORTE DE DETENTO 
Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, 
inciso XLIX, da CF/88, o Estado é responsável pela morte de detento. STF. Plenário. RE 
841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 30/3/2016 (repercussão geral) (Info 819) 
 
Em regra: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento. Isso porque 
houve inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso 
XLIX, da CF/88. 
Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a 
morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade 
entre o resultado morte e a omissão estatal. " 
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RESPONSABILIDADES POR ATOS LEGISLATIVOS E JUDICIAIS 
O ato legislativo típico, que é a lei, dificilmente poderá causar prejuízo indenizável ao 
particular, porque, comonorma abstrata e geral, atua sobre toda a coletividade, em 
nome da Soberania do Estado, que, internamente, se expressa no domínio eminente 
sobre todas as pessoas e bens existentes no território nacional. 
Só excepcionalmente poderá uma lei inconstitucional atingir o particular uti singuli, 
causando-lhe um dano injusto e reparável. 
Segundo Hely Lopes Meirelles, se tal fato ocorrer, necessária se torna a demonstração 
cabal da culpa do Estado, através da atuação de seus agentes políticos, mas isto se nos 
afigura indemonstrável no regime democrático, em que o próprio povo escolhe seus 
representantes para o Legislativo. 
Não obstante o entendimento do Autor, o STF tem decidido que, se ficar comprovado 
que a lei inconstitucional causou dano ao particular, a responsabilidade do Estado é 
cabível (RDA 189/305 e 191/175). 
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RESPONSABILIDADES POR ATOS LEGISLATIVOS E JUDICIAIS 
O Estado não deverá ser responsabilizado por ato legislativo, ou seja, não poderá ser 
responsabilizado pela promulgação de uma lei ou pela edição de um ato administrativo 
genérico e abstrato. Como regra, o Estado não pode ser responsabilizado por ato 
normativo ou por ato legislativo. 
A primeira exceção a esta regra, se refere à hipótese que o ato normativo não possui 
as características de generalidade e abstração. Trata-se de lei de efeitos concretos 
porque esta só é lei em sentido formal (passou por um processo formal legislativo). A 
lei de efeitos concretos, na sua substancia material, é um ato administrativo porque ela 
possui os seguintes elementos: (i) um interessado e (ii) destinatário específico ou (iii) 
alguns destinatários específicos. 
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A segunda exceção é aquele caso em que a lei foi declarada inconstitucional, visto que 
o Estado possui o dever de legislar de maneira adequada, ou seja, de acordo com a 
Constituição e nos limites da mesma. Caso contrário atuará de forma ilícita 
respondendo pelo ato. 
A terceira exceção é a da omissão legislativa: se houver prazo para legislar, o simples 
descumprimento já geraria dano, passível de responsabilização; nos demais casos, 
exige-se a configuração de mora, seja por MI ou por ADI-O. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Auxiliar Técnico de Controle Externo 
 
Julgue o item que se segue, a respeito do controle da administração e da responsabilidade civil 
do Estado. 
 
Em nenhuma circunstância será o Estado responsabilizado por danos decorrentes dos efeitos 
produzidos por lei, uma vez que a atividade legislativa é fundamentada na soberania e limitada 
somente pela Constituição Federal de 1988. 
ERRADO 
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RESPONSABILIDADES POR ATOS LEGISLATIVOS E JUDICIAIS 
O ato judicial típico que é a sentença, enseja responsabilidade civil da Fazenda Pública, 
como dispõe a CF de 1988, em seu art. 5.°, LXXV. Ficará, entretanto, o juiz individual 
civilmente responsável por dolo, fraude, recusa, omissão ou retardamento 
injustificado de providências de seu ofício, nos expressos termos do art. 133 do CPC, 
cujo ressarcimento do que foi pago pelo Poder Público deverá ser cobrado em ação 
regressiva contra o magistrado culpado. 
Quanto aos atos administrativos praticados por órgãos do Poder Judiciário, 
equiparam-se aos demais atos da Administração e, se lesivos, empenham a 
responsabilidade civil objetiva da Fazenda Pública. 
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REPARAÇÃO DO DANO 
A reparação do dano causado pela Administração a terceiros obtém-se amigavelmente 
ou por meio da ação de indenização, e, uma vez indenizada a lesão da vítima, fica a 
entidade pública com o direito de voltar-se contra o servidor culpado para haver dele o 
despendido, através da ação regressiva autorizada pelo § 6.° do art. 37 da CF. 
O legislador constituinte bem separou as responsabilidades: o Estado indeniza a 
vítima; o agente indeniza o Estado, regressivamente. 
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Art. 37, § 6º - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa 
Administração Direta Administração Indireta 
União 
Estados 
Distrito Federal 
Municípios 
Autarquias 
Fundações Públicas 
Empresas Públicas 
Sociedades de Economia Mista 
Pessoas Jurídicas de Direito Público 
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Questões de Concursos 
Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TRE-PI - Prova: Técnico Judiciário - Administrativa 
Se determinado agente de uma sociedade de economia mista estadual, 
concessionária do serviço de energia elétrica, causar, durante a prestação de um 
serviço, dano à residência de um particular, 
a) a concessionária responderá objetivamente, de acordo com a teoria do risco integral, 
caso fiquem comprovados o dano causado ao particular, a conduta do agente e o nexo 
de causalidade entre o dano e a conduta. 
b) a concessionária de serviço público poderá responder pelo dano causado ao 
particular, independentemente da comprovação de culpa ou dolo do agente. 
c) haverá responsabilidade subjetiva do estado federado, caso a concessionária de 
serviço público não tenha condições de reparar o prejuízo causado. 
d) será excluída a responsabilidade da concessionária e a do estado federado, caso o 
particular tenha concorrido para a ocorrência do dano. 
e) a concessionária não responderá pelo dano, por não possuir personalidade jurídica 
de direito público. 
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Questões de Concursos 
Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: FUNPRESP-JUD - Prova: Assistente - Secretariado Executivo 
Em relação à organização administrativa e às concessões e permissões do serviço público, 
julgue o item a seguir. 
 
As fundações públicas de direito público devem responder objetivamente pelos danos que seus 
agentes causem a terceiros. Sendo condenadas a indenizar pelo prejuízo que seu agente 
culposamente tenha cometido, assegura-se a elas o direito de propor ação regressiva contra o 
agente causador do dano. 
CERTO 
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Art. 37, § 6º - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão

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