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Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 1 PANCREATITE AGUDA QUADRO CLÍNICO Náusea, vômitos, febre Dor Abdominal em faixa com irradiação dorsal Aumento da amilase e lipase acima de 3 vezes os valores normais Diminuição do Hematócrito Sinal de Grey Turner e sinal de Cullen CLASSIFICAÇÃO Moderada - É caracterizada por edema intersticial e infiltrado inflamatório, sem necrose evidente do parênquima. Grave - Extensa necrose gordurosa peripancreática, líquido peritoneal hemorrágico e por zonas confluentes de necrose acinar, necrose de parede vascular, focos hemorrágicos e necrose e ruptura de ductos pancreáticos. QUAL O PAPEL DA IMAGEM NESSA PATOLOGIA? Esclarecer o diagnóstico quando o quadro clínico é confuso Avaliar a gravidade (pontuação de Balthazar) e assim determinar o prognóstico Detectar complicações Determinar possíveis causas CRITÉRIO DIAGNÓSTICO? Preencher no mínimo 2 desses 3 critérios 1. Dor abdominal em faixa 2. Amilase e/ou lípase aumentada mais de 3 vezes os valores normais 3. TC com contraste apresentando aspectos típicos: o Aumento do volume do pâncreas o Indefinição dos seus contornos o Realce heterogêneo o Densificação dos planos adiposos peripancreáticos ULTRASSONOGRAFIA USG é o primeiro exame a ser realizado Excluir diagnósticos diferenciais: Colecistite Aguda Para identificar cálculos biliares como uma possível causa Diagnóstico de complicações vasculares, por exemplo trombose Identificar áreas de necrose que aparecem como regiões hipoecóicas RADIOGRAFIA DO ABDOME É inespecífico e de baixa sensibilidade Achados: aumento da distância entre o estômago e o cólon transverso Interrupção de gás no ângulo esplênico do cólon Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 2 1º Dia- Área hipoecóica focalizada mal definida no colo do pâncreas. Possibilidade de pancreatite focal sugerida. 5º Dia – Áreas de inflamação no colo do pâncreas CRITÉRIOS DE ESTADIAMENTO DE BALTHAZAR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Utilizada na avaliação inicial e evolutiva dos pacientes. Utilizada para confirmação diagnóstica e estadiamento de pancreatites agudas Possibilita o diagnóstico de necrose pancreática nas primeiras 48-72 horas da instalação ACHADOS NA TC 1. Aumento focal ou, mais frequentemente, difuso do pâncreas. 2. Realce heterogêneo após a injeção EV do meio de contraste, traduzindo áreas de necrose. 3. Densificação dos planos adiposos peripancreáticos. 4. Líquido na cavidade peritoneal e retroperitoneal. 5. Derrame pleural e atelectasias basais. 6. Espessamento da parede do estômago e duodeno Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 3 Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 4 A e B, Necrose do corpo e cauda pancreática em caso de pancreatite aguda caracterizada pela ausência de realce ao contraste endovenoso (setas). Coleção peripancreálica infectada em caso de pancreatite aguda. A presença de imagem gasosa (seta) é indicativa do processo infeccioso associado. Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 5 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 6 Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 7 OUTROS MÉTODOS CPRE tem sido reservada para o tratamento de pacientes com pancreatite biliar após o surto ter sido controlado e o paciente estar estabilizado; CPRM tem ocupado o espaço da CPRE no diagnóstico da coledocoliúase; Ecoendoscopia é o método mais sensível para o diagnóstico de microcoledocolitíase, considerada o padrão de referência; Angiografia seletiva está atualmente reservada apenas para aqueles pacientes que se beneficiariam de tratamento endovascular de um pseudoaneurisma, entre outras complicações vasculares DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS PANCREATITE CRÔNICA GENERALIDADES A pancreatite crônica (PC) se caracteriza por: Alterações morfológicas e danos funcionais irreversíveis do pâncreas. A sua causa mais comum é: O alcoolismo (em até 70% dos casos) . Outras causas são: Hiperlipidernia; Hiperparatireoidismo; Trauma; Doenças autoimunes; Malformações congênitas; Pancreatite familiar e tropical. OBS: A colelitiase, causa frequente de PA, raramente leva à pancreatite crônica. ACHADOS CLÍNICOS E LABORATORIAIS Dor abdominal persistente em faixa, constante ou intermitente e de difícil controle (95%); Perda de peso, simulando doença neoplásica; Sinais de insuficiência pancreática (esteatorreia e diabetes mellitus); Icterícia (ducto colédoco intrapancreático); Elevação da amilase e lipase (podem estar ausentes). OBS: Pacientes com PC podem ter surtos de agudização, porém quanto mais avançado for o processo de PC, menos exsudativo será o episódio de agudização. Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 8 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA O diagnóstico tomográfico de PC é feito através da identificação de três sinais: o Redução volumétrica do pâncreas; o Dilatação e irregularidade do ducto pancreático comum; o Cálculos e calcificações pancreáticas. A sensibilidade e a especificidade (90% e 85%) OBS: A TC (e a RM) não permitem avaliar a gravidade da PC Os sinais de tomográficos de PC são: Atrofia do corpo e da cauda do pâncreas (O aumento focal do pâncreas pode simular o carcinoma e consiste em um importante desafio diagnóstico) Dilatação (> 2 mm) e irregularidade do ducto pancreático principal e seus ramos. (50%) Calcificações pancreáticas (60%) - sinal mais fidedigno de PC Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 9 Presença de pseudocisto. (20-60%) - Raramente calcifica ou apresenta vegetações parietais Alterações vasculares: eventualmente observam-se pseudoaneurismas e trombose da v. esplênica e v. porta, com circulação colateral e varizes gástricas. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Atrofia pancreática Dilatação e irregularidade do ducto pancreático: mais bem caracterizadas na CPRM do que na TC Calcificações pancreáticas (ausência de sinal no ducto pancreático, na CPRM, porém mais facilmente individualizadas na TC) Pseudocisto: com conteúdo heterogêneo (debris), sem realce após a injeção do contraste e correspondendo à material necrótico Renata Valadão Bittar – Medicina Unit / P5 10 PANCREATITE CRÔNICA ALCOÓLICA (70%) Costuma se apresentar com: o Redução volumétrica do órgão; o Dilatação ductal; o Vários cálculos no ducto pancreático principal e em ductos secundários.
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