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Estratégia Saude da Familia

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ROSANGELA FRANCISCO VARELA
Discuta as atribuições da Estratégia de Saúde da Família e como é o processo de trabalho. Pensando nos sistemas Comparados em Saúde, como é o sistema de saúde no Brasil e cite quais os países que apresentam modelo de Atenção Primária em Saúde semelhantes ao brasileiro.
Santo André
2018
	
	Com a possibilidade de construir um modelo de atenção à saúde, humanizado e centrado no usuário e, dada a emergência da Estratégia da Saúde da Família (ESF) em consonância com o Sistema Único de Saúde (SUS), na década de 90, que buscou por um modelo de saúde pautado na integralidade da atenção, articulou-se entre as diferentes instituições de saúde, a intersetorialidade e o trabalho coletivo, considerando-se, segundo PAIM, 2001), os diferentes recursos existentes (físicos, tecnológicos ou humanos) para solucionar as demandas em saúde de uma coletividade. Modelo este, que se relaciona com o contexto socioeconômico, por possuir uma dimensão ética e política. 
 	 A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. 
	A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades.
	 É desenvolvida por meio do exercício de práticas de cuidado e gestão, democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios definidos, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações, além de utilizar tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território, observando critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda de saúde ou sofrimento necessita.
	A Atenção Básica tem como fundamentos e diretrizes:
 I - Ter território adstrito, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o desenvolvimento de ações setoriais e Inter setoriais;
 II - Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada aberta e preferencial da rede de atenção, acolhendo os usuá- rios e promovendo a vinculação e corresponsabilização pela atenção às suas necessidades de saúde. 
III - Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado;
 IV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos, a saber: integrando as ações programáticas e demanda espontânea; articulando as ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica 
 V - Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território.
	Além de atender aos fundamentos e diretrizes estabelecidos pelo MS, a atenção básica deve cumprir funções com o objetivo de contribuir para o pleno funcionamento das Redes de Atenção à Saúde. Dentre elas:
Ser base, com o mais elevado grau de descentralização;
Ser resolutiva, identificando riscos, necessidades e demandas de saúde, articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo;
Coordenar o cuidado elaborando e acompanhando, gerindo projetos terapêuticos, além de organizar o fluxo dos usuários e atuar como centro de comunicação;
Reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade.
	Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família – eSF), uma das principais características da Estratégia de Saúde na Família, onde há intensa transferência de conhecimentos e habilidades entre diferentes trabalhadores de diversas categorias no sistema de saúde brasileiro, que impera no Brasil, compreendendo o modelo coletivo de trabalho, composta por, no mínimo: (I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde, além dos profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal, quando houver.
	Poucos, outros países adotam este modelo pautado na perspectiva do direito à integralidade e intersetorialidade. 
	Participam do Sistema: 
Reino Unido - fundado em 1948 , serviu de inspiração para a criação do SUS. Por todo o Reino Unido, existe uma rede de hospitais e clínicas públicas onde todos residentes podem ser atendidos gratuitamente.
Canadá - exclusivamente financiado pelo Estado, ou seja, ninguém paga pelos serviços de saúde e todos os residentes têm acesso aos mesmos médicos e tratamentos. Os planos de saúde privados existem para cobrir serviços não prestados pelo governo, como oftalmologia, odontologia, atendimento médico em residência, quartos privados em hospitais etc.
Austrália - O Medicare, sistema de saúde da Austrália, é universal e oferece amplo serviço de saúde para todos os residentes do país. O governo federal é responsável pela criação de políticas de saúde, assim como a regulamentação e o financiamento por meio do dinheiro arrecadado com impostos. 
França - A saúde pública na França funciona por meio do SHI, o Seguro Obrigatório de Saúde, um seguro universal e compulsório para todos os residentes do país. Os trabalhadores colaboram mensalmente com o fundo, com uma taxa descontada diretamente do salário, e grupos em situação de vulnerabilidade tem a cobertura do SHI sem necessidade de contribuição.
Suécia - Sistema universal onde todos os residentes legais têm direito aos serviços de saúde que são financiados majoritariamente por impostos. O sistema de saúde cobre quase todos os serviços, incluindo remédios, atendimento domiciliar para idosos, tratamento psiquiátrico, oftalmologia e odontologia, mas os cidadãos devem contribuir pagando uma pequena parcela.
Inglaterra - Desde 1948 , o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, oferece garantias de acesso universal, através de financiamento fiscal, com um modelo assistencial regionalizado, além de ter servido de referência nas reformas sanitárias.
Colômbia - Sistema geral de seguridade social em saúde, sem universalização, sendo financiado por contribuições, impostos e pagamentos diretos, prestando seus serviços através de empresas promotoras de saúde, numa mistura de serviços públicos e privados.
Argentina - Seguros públicos e com acesso segmentado, financiado por contribuições, impostos, seguros privados e pagamentos diretos; também numa mistura de público e privado.
	Uma diferença entre os serviços públicos latino-americanos e os países desenvolvidos fundamenta-se na enorme disparidade nos patamares de investimento.
	O investimento brasileiro no setor ainda está comprometido, pois conta com atendimento de baixa qualidade, falta de leitos e um tempo de espera muito longo para realizar procedimentos.Mas, muitas conquistas já foram alcançadas e muitas outras estão por vir, pois o SUS, com toda sua filosofia está apto a tornar-se um dos maiores patrimônios do nosso país, oferecendo melhores condições de vida e saúde para todos os cidadãos, pois a saúde é um direito universal e uma conquista para um país, ainda mais num mundo globalizado onde muitos outros países não garantem esses direitos a seus cidadãos.
 
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
https://virtual.ufms.br/objetos/Unidade2/obj-un2-mod1/10.html
Politica Nacional de Atenção Básica (PNAB) Ministério da Saúde.
http://rededepesquisaaps.org.br/2017/03/15/ - Revista Ciência e Saúde Coletiva, Março/2017.
http://www.simers.org.br/2016/06/
CONILL, E. M. Sistemas comparados de saúde. In: Campos et al. Tratado de Saúde Coletiva. HUCITEC/FIOCRUZ, 2008.
OS SISTEMAS DE SAÚDE NO BRASIL E NO MUNDO – UNA-SUS – Ministério da Educação
Livro Digital – AVA
www.revistaforum.com.br

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