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1 
 
 
Fungicidas: Modo de ação e 
Programas de controle 
 
Módulo I 
2 
 
 
O que é fungicida? 
 
A palavra fungicida deriva do latim fungus = fungo + caedo = matar. São 
substâncias químicas, de origem natural ou sintética que quando aplicadas às 
plantas protegem-nas da penetração e/ou do posterior desenvolvimento de 
fungos patogênicos em seus tecidos. 
 
Uma substância química fungicida não necessita obrigatoriamente “matar” o 
fungo, podendo agir de modo a inibir o crescimento miceliano ou a 
esporulação, sendo chamados de substâncias fungistáticas e antiesporulantes. 
Os bactericidas e os antibióticos com ação fungicida estão implicitamente 
incluídos no conceito de fungicida. 
 
 
Saiba mais... 
O conceito de fungicidas tem sido ampliado com o advento de novas 
substâncias químicas que controlam doenças causadas por fungos, porém, 
não agem diretamente sobre o agente causal. Servem de exemplos os 
princípios ativos que aplicados às plantas ativam suas defesas tais como, o 
acibenzolar metílico e o fosetil 
 
 
Para controlar doenças de plantas, deve-se procurar fungicidas que sejam 
eficientes em relação ao patógeno, adequados ao meio ambiente e 
econômicos. Na prática, às vezes é difícil conciliar esses fatores... 
 
... então, quais características são desejáveis em fungicidas? 
 
A maioria das características desejáveis dos fungicidas é idêntica para os 
diversos tipos de produtos químicos utilizados com esta finalidade. As 
principais características desejáveis em fungicidas são as seguintes: 
3 
 
 
1) Ser letal ao patógeno: se possível, em baixas concentrações. 
Fungitoxicidade e especificidade são as características mais importantes 
do fungicida. 
2) Não ser fitotóxico: a fitotoxidez é influenciada principalmente pela 
concentração do fungicida e pela temperatura do ambiente. A ação 
fitotóxica manifesta-se por redução no crescimento, queda de folhas, 
flores e frutos, crestamento, produção reduzida e redução na 
fotossíntese. 
3) Ser inócuo ao homem, plantas, animais e meio ambiente: não 
devem ser tóxicos ao homem e aos animais, principalmente aqueles 
aplicados diretamente na proteção de partes comestíveis das plantas 
(frutas, hortaliças e grãos de cereais). 
4) Ser inócuo aos organismos benéficos: associações denominadas de 
micorrizas e bactérias do gênero Rhizobium spp. são organismos 
benéficos do solo por realizarem simbiose com seus hospedeiros. No 
primeiro caso, as plantas se beneficiam porque recebem fósforo do 
fungo simbionte e, no segundo caso, o nitrogênio. Quando sementes ou 
solo são tratados com agrotóxicos, pode haver eliminação ou redução 
da população desses microrganismos, afetando a absorção desses 
nutrientes pela planta. De modo geral, deve-se dar preferência a 
fungicidas que não afetem seriamente a população desses organismos e 
que sejam eficientes no controle do patógeno visado. 
5) Solubilidade: varia de acordo com a formulação e o tipo de fungicida 
empregado. Os fungicidas protetores devem ser relativamente insolúveis 
em água ou ter solubilidade lenta. Esta característica possibilita que o 
princípio ativo do fungicida seja liberado lentamente, conferindo, assim, 
maior período de proteção à planta. Fungicidas sistêmicos, devem 
apresentar alta solubilidade para que o princípio ativo penetre e seja 
translocado prontamente nos tecidos da planta. Os produtos com 
propriedades erradicantes devem também ser solúveis em água para 
4 
 
 
remover as estruturas do patógeno da superfície das partes da planta 
afetada. 
6) Tenacidade: é a resistência à ação das intempéries. Tenacidade é 
definida por vários pesquisadores como sinônimo de persistência. Se um 
produto químico adere-se fortemente à superfície foliar (tenacidade), é 
possível que seu efeito possa perdurar por longo tempo (persistência). O 
bom fungicida não deve ser decomposto por hidrólise, por reações 
fotoquímicas, pela volatilização ou sublimação e, principalmente, não 
deve ser facilmente lavado pela água. A ação da água de chuva 
provavelmente é o principal problema para a tenacidade da maioria dos 
fungicidas. 
7) Redistribuição: a pulverização dificilmente atinge todas as partes da 
planta, escapando sempre espaços que ficam sem proteção. Daí a 
necessidade do fungicida ser redistribuído na folha e na planta, 
possibilitando atingir aquelas regiões da planta não alcançadas durante 
a aplicação. Em geral, a redistribuição de fungicidas em plantas com 
maior área foliar ocorre com mais eficiência do que em plantas com 
baixa densidade de área foliar. A redistribuição é a característica que 
mais se aplica aos fungicidas protetores. 
8) Compatibilidade: é interessante que fungicidas sejam compatíveis com 
outros agrotóxicos, visando o controle de doenças, pragas ou ervas 
daninhas. Entendem-se como compatíveis duas substâncias que, 
misturadas, não apresentam alteração em suas características. Em 
alguns casos, a incompatibilidade pode manifestar-se por fitotoxidez ou 
pela redução no residual do fungicida. Produtos que provoquem uma 
redução de pH da calda para valores abaixo de 4,0 podem acarretar 
alterações significativas na eficácia do fungicida. 
9) Aderência e cobertura: adesão e cobertura dependem das 
propriedades do fungicida, da superfície da planta, da formulação e do 
equipamento utilizado para a pulverização. Algumas maneiras de 
melhorar a cobertura e a aderência são: reduzir o diâmetro das gotas 
5 
 
 
(produz um aumento na superfície e na força de adesão) ou adicionar 
espalhantes, principalmente quando a superfície é de natureza tal que 
dificulta a cobertura (pilosidade, cerosidade, etc.). 
10) Estabilidade: é a capacidade de uma formulação permanecer ativa por 
longo tempo, mantendo sua ação tóxica. Muitos fungicidas são 
decompostos facilmente pela ação da luz e umidade. A decomposição 
do defensivo pode ocorrer durante o armazenamento ou após o preparo, 
caso não seja imediatamente aplicado. 
11) Facilidade de aplicação: formulações que não apresentam precipitação 
e sedimentação são bastante estáveis e de fácil preparo e aplicação. 
12) Não ser corrosivo: alguns fungicidas podem causar corrosão dos 
equipamentos (Ex.: fungicidas cúpricos). 
13) Ter especificidade: fungicidas sistêmicos e antibióticos apresentam 
modo de ação específico, atuando em ponto definido do ciclo de vida do 
patógeno. Por esta razão, aplicações contínuas desses produtos 
químicos podem, com o tempo, causar o aparecimento de raças novas, 
tolerantes ou resistentes a esses pesticidas, na população do patógeno. 
14) Ser econômico: o emprego de um fungicida por mais eficiente que seja 
sob o ponto de vista técnico, está condicionado ao fator econômico, que 
deve considerar os parâmetros da eficácia, relação custo/beneficio, valor 
do produto agrícola, número de aplicações, entre outros. 
 
Você já pensou para quais usos os fungicidas podem ser empregados? 
 
(i) Os fungicidas podem ser utilizados no tratamento de sementes, bulbos, 
raízes, mudas ou outros órgãos de propagação. No caso das sementes, o 
tratamento pode ser feito pela empresa produtora (tratamento industrial), ou 
pelo produtor no momento de semeadura. O objetivo é eliminar os 
6 
 
 
patógenos presentes na semente e/ou proteger as plântulas do ataque 
de patógenos do solo. 
 
 
Saiba mais... 
Não existem métodos universais de tratamento de sementes, mas 
é incontestável a necessidade desta prática pelo fato da semente, 
além de ser um local utilizado para a sobrevivência de patógenos, 
atuar como agente de disseminação. As sementes podem estar 
infectadas externa ou internamente. Ao germinarem,os patógenos 
tornam-se ativos, podem causar o apodrecimento da própria 
semente, a morte das plântulas, infectar radículas/radicelas e 
produzir doenças radiculares ou vasculares em estádios mais 
avançados. 
 
 
 
(ii) Os fungicidas podem ser utilizados no tratamento do solo, podendo ser 
aplicados no sulco do plantio ou após o plantio (como irrigação ou como uma 
pulverização ao redor da base da planta). O solo constitui-se na fonte 
primária de muitos patógenos, onde a matéria orgânica atua como o suporte 
de estádios ativos ou dormentes desses organismos. 
 
 
Saiba mais... 
Algumas considerações a respeito desse tema devem ser 
destacadas: (i) fungos formadores de esclerócios são mais 
resistentes aos fungicidas, muito embora não haja uma relação 
definida entre a eficiência dos fungicidas sobre hifas e esporos; (ii) 
quanto maior o grau de envolvimento de um organismo em 
materiais orgânicos, maior a probabilidade de ineficiência dos 
tratamentos fungicidas; (iii) quanto mais amplo o espectro de 
atividade e maior a eficiência de um fungicida contra os fungos, 
mais prolongado será seu efeito sobre a microflora do solo. 
 
 
 
(iii) Os fungicidas podem ser utilizados no tratamento de folhagem ou 
partes superiores da planta, sendo geralmente aplicados por meio de 
pulverizações. Para o controle efetivo de muitas doenças foliares são 
necessárias aplicações sequenciais de fungicidas, com o objetivo de 
7 
 
 
proteger as partes da planta em crescimento e para “substituir” o fungicida já 
decomposto na superfície da planta. 
 
 
 
Saiba mais... 
Existem diversos sistemas para aplicação dos produtos na folhagem 
das plantas, normalmente relacionados ao sistema de cultivo da 
cultura alvo, da densidade foliar, do seu porte ou da arquitetura das 
plantas. Destacam-se: pulverizadores terrestres com bicos 
hidráulicos, aviões, e helicópteros. 
 
 
 
Você conhece a classificação dos fungicidas presentes no mercado? 
 
Os fungicidas podem ser classificados... 
Quanto à mobilidade do fungicida na planta, ou seja, se os fungicidas 
permanecem na superfície da planta após a deposição ou se são absorvidos e 
translocados pelo sistema condutor para locais distantes da deposição. Assim, 
os fungicidas podem ser: 
 
(i) Tópicos ou imóveis: São fungicidas que quando aplicados nos órgãos 
aéreos não são absorvidos e translocados, permanecendo na superfície da 
planta (do grego topykos = lugar), no local onde foram depositados. Também 
são chamados de não sistêmicos. Exemplo: Cobre, zinco, enxofre 
 
(ii) Sistêmicos ou móveis: Substâncias que quando absorvidas pelas raízes e 
folhas, são translocadas pelo sistema condutor da planta via xilema ou floema. 
Uma vez no interior da planta estes fungicidas conferem uma ação protetora 
prolongada. Não ficam expostos a lixiviação pela chuva e a foto-decomposição 
e, portanto, não requerem aplicações tão frequentes. 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em alguns casos é possível observar que logo após a aplicação, o produto 
penetra rapidamente via cutícula. 
Os fungicidas sistêmicos aplicados em semente não são absorvidos nem 
translocados nesse órgão, pois as sementes não apresentam sistema 
condutor. Dessa forma, os fungicidas permanecem na superfície da mesma, 
sendo somente absorvidos via solo (pela radícula) e translocados (via xilema) 
para os órgãos aéreos da plântula quando ocorre a germinação. 
 
 
Saiba mais... 
Aplicados em sementes: 
(i) Fungicidas que controlam carvões são translocados e agem 
no momento que o micélio do fungo encontra-se no meristema 
apical da plântula. 
(ii) Nos fungicidas que controlam oídios e ferrugens, o processo 
de absorção é também via radicular e a translocação via 
xilema. O período prolongado de proteção deve-se a liberação 
lenta a partir da superfície da semente e sua absorção via 
radicular. 
 
 
Além das movimentações via xilema e floema, os fungicidas também podem 
ser translocados somente a pequenas distâncias dentro da folha, a partir do 
ponto de deposição, sendo chamados loco-sistêmicos. Nesses casos, é 
necessária uma boa cobertura para que seja obtida eficiência máxima no 
controle. 
 
Saiba mais... 
A translocação via xilema ou acropetal é a mais comum, como ocorre 
com os benzimidazóis e triazóis. Os triazóis, translocam-se 
principalmente via xilema, porém apresentam uma pequena 
translocação via floema. O movimento via floema, ou basipetal, é 
mais difícil, e somente o composto fosetil alumínio apresenta esta 
propriedade. Por isso, os fungicidas sistêmicos diferem-se dos não 
sistêmicos por sua habilidade de serem redistribuídos dentro dos 
órgãos tratados, principalmente folhas com translocação acro e 
basipetal. 
 
9 
 
 
 
 
Saiba mais... 
O termo “sistêmico” pode induzir à ideia de que o fungicida com a 
propriedade loco-sistêmica pode ser translocado para qualquer parte 
da planta, independentemente da espécie botânica. Por exemplo, em 
gramíneas a translocação é completa dentro da folha, da base para o 
ápice. Por outro lado, muitos fungicidas móveis, em plantas de folhas 
largas, apresentam uma ação loco-sistêmica, ou seja, são 
translocados somente a pequenas distâncias dentro da folha (REIS et 
al, 2001). 
 
 
(iii) Mesostêmicos: Fungicida mesostêmico consiste na união de dois 
conceitos: sistemicidade translaminar e episistêmico. A ação translaminar 
ocorre quando o fungicida é aplicado em uma das superfícies da folha e é 
translocado para a outra superfície. Fungicida episistêmico apresenta 
distribuição nas camadas de cera das folhas através de sua fase de vapor. Se 
a pressão de vapor da substância é suficientemente alta, a migração pode 
iniciar a partir da deposição na superfície da folha através da vaporização e 
transporte na forma de vapor. 
 
 
Saiba mais... 
O termo mesostêmico tem sido utilizado para definir este tipo de 
mobilidade devido sua atuação no mesófilo foliar. O mesófilo é o 
tecido fundamental da folha, que se localiza entre as epidermes 
superior e inferior. É um tecido especializado em realizar a 
fotossíntese. Os fungicidas mesostêmicos são penetrantes com ação 
translaminar. Por exemplo, os fungicidas do grupo das estrobilurinas 
apresentam propriedades mesostêmicas. 
 
 
 
Fungicidas com esta propriedade não são sistêmicos, porém formam: 
(a) um depósito livre que pode ser redistribuído pela água; 
10 
 
 
(b) um depósito mais coesivo na superfície da folha, resistente às 
intempéries; 
(c) um depósito fortemente associado com a camada de cera cuticular, 
muito resistente à remoção pela chuva, possibilitando um efeito residual 
longo; 
(d) uma fração que penetra o tecido foliar. 
 
Os fungicidas mesostêmicos apresentam características lipofílicas, cujos 
depósitos aderem fortemente à camada de cera da cutícula. Por isso, 
apresentam grande resistência à remoção pela água da chuva ou 
irrigação. 
Os principais fungicidas mesostêmicos são: azoxistrobin, kresoxim metílico, 
picoxistrobin, piraclostrobin e trifloxistrobin. 
 
Quanto ao momento da aplicação e as subfases do processo infeccioso... 
diz respeito às subfases da infecção que o fungicida atuará. A infecção 
compreende as subfases de deposição, germinação do esporo, penetração do 
tubo germinativo do fungo e o início da colonização do hospedeiro. 
 
Dessa forma, quando consideramos o momento da aplicação, os fungicidas 
podem ser classificados como: 
 
(i) Preventivos 
(ii) Curativos 
(iii) Erradicativos 
 
11 
 
 
 
 PREVENTIVO CURATIVO ERRADICATIVO 
Modo que agem 
no patógeno 
 
Agem no patógeno antes da sua 
penetração na planta (pré-penetração). 
Ofungicida inibe a germinação do 
esporo 
Agem no patógeno após sua 
penetração na planta (pós-penetração), 
porém antes que os sintomas sejam 
visualizados (pré-sintoma). 
Agem sobre o patógeno já 
estabelecido (sintoma). 
 
Momento de 
aplicação na 
planta 
 
Também chamado Protetor. Deve ser 
aplicado antes da infecção, pois forma 
uma camada protetora na superfície da 
planta. 
São aplicados quando já ocorreu a 
infecção, porém os sintomas ainda não 
são visíveis. 
 
Aplicados diretamente sobre o 
patógeno 
 Pré-penetração Pós-infecção -- Pré-sintoma 
 
Sintoma 
12 
 
 
Quanto a absorção do fungicida pelo esporo... 
(i) Contato: visa atingir o fungo em sua fase de repouso, tanto antes 
como após o fungo ter encontrado o sítio de infecção. 
 
 
Saiba mais... 
Fungicidas de contato são aqueles compostos aplicados quando os 
esporos ou inóculos estão presentes na superfície da planta, por 
exemplo, na estação de dormência de espécies frutíferas (repouso 
hibernal), quando ocorre queda das folhas. Isso permite a aplicação 
de produtos fitotóxicos que, ao entrarem em contato com qualquer 
tipo de inóculo (esporos, esporos dormentes, micélio) são 
absorvidos, matando o fungo. Não requerem a germinação do 
esporo. Exemplos: calda sulfocálcica, calda bordalesa e os cúpricos 
em doses altas. 
 
 
(ii) Residual: evitam ou diminuem a taxa de penetração do patógeno 
nos tecidos da planta, reduzindo o número de penetrações ou de 
lesões futuras. São absorvidos pelo tubo germinativo necessitando, 
para tal, a germinação do esporo. Os fungicidas protetores residuais 
quando em contato com a parede celular dos esporos, não lhes são 
tóxicos, pois não têm ação de contato. 
 
 
Saiba mais... 
Fungicidas residuais são aplicados nos órgãos aéreos das plantas, 
formando uma camada protetora tóxica. Deste modo, quando o 
inóculo (esporo) é depositado nos tecidos suscetíveis e germina, o 
tubo germinativo entra em contato com o produto depositado, 
absorvendo-o, o que determina a morte do inóculo. A ação residual 
tem por objetivo evitar a penetração, impedindo a infecção. 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
Quanto à natureza química do produto... 
(i) Inorgânicos: são os fungicidas cúpricos e sulfurados. 
(ii) Orgânicos: aceramida, aldeído, benzimidazóis, carbamatos, 
carboxamidas, dicarboxamidas, estrobilurinas, fosforados e imidazoles. 
(iii) Antibióticos: kasugamicida, estreptomicina e terramicina. 
 
 
14 
 
 
No Módulo 1 você viu que... 
 Fungicidas são substâncias que quando aplicadas às plantas 
protegem-nas da penetração e/ou do posterior desenvolvimento de 
fungos patogênicos em seus tecidos; 
 Fungicidas devem apresentar uma série de características para que 
sejam eficientes em relação ao patógeno, adequados ao meio 
ambiente e econômicos; 
 Fungicidas tanto podem ser empregados para o tratamento da parte 
aérea das plantas quanto para tratamento de solos e sementes; 
 
 Fungicidas podem ser classificados de diversas maneiras e é 
importante entender esses conceitos. Você pode ver um resumo dessa 
classificação na ilustração a seguir: 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
GLOSSÁRIO 
ANTIESPORULANTE: Substância antiesporulante é aquela que inibe ou reduz a 
produção de esporos (estrutura reprodutiva do fungo). 
COLONIZAÇÃO: Colonização é a invasão e extração dos nutrientes dos tecidos do 
hospedeiro. 
CUTÍCULA: é a cobertura de cera (impermeável à água) que se forma sobre a 
epiderme das folhas. 
FUNGISTÁTICO: Substância fungistática é aquela que inibe o crescimento do 
micélio (estrutura vegetativa do fungo). 
SISTEMA CONDUTOR: O sistema condutor da planta é composto pelo xilema e 
floema, que são tecidos diferenciados durante o processo de germinação. 
TRANSLOCAÇÃO: Translocação é o movimento do composto químico dentro do 
corpo da planta para regiões distantes do local da deposição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
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