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Apostila Constitucional Organização do Estado

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Organização do Estado Brasileiro
1º Federação
a) Centralização e descentralização
Na centralização há um único titular das prerrogativas,
competências e deveres públicos. Com a repartição ocorrer uma
descentralização, caracterizada pela existência de vários núcleos
titulares de certas atribuições.
Sob o aspecto político, a centralização consiste na atribuição de
capacidade legislativa a um único centro, ao passo que a
descentralização ocorre quando há mais de um núcleo com
capacidade para legislar.
b) Características essenciais
Entre as características essenciais de um Estado federal está a
descentralização político-administrativa fixada pela
Constituição. A descentralização política é a possibilidade de
inovar no ordenamento jurídico, por meio da criação de leis. A
simples repartição de competências legislativas fixada por lei
infraconstitucional, por si só, não é suficiente para caracterizar
esta forma do Estado, pois nesse caso poderá ser retirada a
qualquer momento pelo ente central. Assim, é necessário que a
descentralização esteja prevista na Constituição.
Outra nota definidora de uma federação é a participação das
vontades parciais na vontade geral (princípio da participação).
No federalismo brasileiro, a participação dos estados-membros na
vontade nacional se manifesta por meio do Senado, responsável
pela manutenção do equilíbrio federativo.
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A capacidade de auto-organização dos Estados-membros, por
meio de Constituições Estaduais, é também um requisito
indispensável para caracterizar a forma federativa de Estado
(princípio da autonomia). Os negócios locais devem ser
solucionados por autoridades locais, razão pela qual os Estados
federados possuem órgãos próprios para o exercício de suas
funções legislativas, executivas e jurisdicionais.
c) Requisitos para manutenção de uma federação
Ao lado das características essenciais, existem requisitos para a
manutenção de um estado federal, tais como:
a) Rigidez Constitucional: a constituição deve possuir um
processo mais solene de alteração.
b) Imutabilidade da forma federativa: é necessário que a forma
federativa seja consagrada como cláusula pétrea.
c) Órgãos encarregados de exercer o controle de
constitucionalidade das leis.
d) Soberania e Autonomia
A soberania consiste em uma autodeterminação plena, nunca
dirigida por determinantes jurídicas extrínsecas à vontade
soberana do povo, ao passo que a autonomia pressupõe, ao
mesmo tempo, uma zona de autodeterminação, que é o
propriamente autônomo, e um conjunto de limitações e
determinantes jurídicos extrínsecos, que é o heterônomo.
Os estados-membros do estado federal não são soberanos,
soberano é o Estado Federal, constituído pela pluralidade de
estados não soberanos.
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Todos os entes da federação brasileira possuem autonomia política
e administrativa, as quais consistem, respectivamente, na
capacidade para inovar na ordem jurídica em determinada matéria
e para executar o estabelecido por um núcleo central.
e) Tipos de federalismo
1º Quanto ao surgimento
O federalismo por agregação surge quando Estados
independentes cedem uma parcela de sua soberania para formar
um ente único (movimento centrípeto). O estado resultante da
extinção de Estados soberanos agregados como entes autônomos
também é denominado de Estado perfeito ou por associação,
como no caso do norte-americano.
Quando a federação é fruto da descentralização política de um
estado unitário (movimento centrífugo), surge um federalismo
por segregação, do qual se originam estados denominados de
imperfeitos ou por dissociação, como no caso do brasileiro.
2º Quanto à repartição de competência
O federalismo dualista é caracterizado pela repartição horizontal
de competências constitucionais entre União e os Estados,
estabelecendo-se uma relação de coordenação, como no caso do
federalismo clássico norte-americano.
O federalismo de integração tem como nota característica a
sujeição dos Estados federados à União. Adota-se uma relação de
subordinação entre os entes federativos, decorrentes do
fortalecimento do poder central.
Já no federalismo cooperativo, há uma repartição horizontal de
competências, entre estados e União, cada qual com suas
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competências específicas, mas há também uma repartição vertical
de competências. A ideia de competências verticais é veiculada
pelo exercício de coordenado das competências, sob a tutela da
União, com o objetivo de tornar mais eficiente o desempenho das
tarefas públicas, por meio da colaboração ente os entes estatais. É
o modelo adotado no Brasil (CF, art. 24).
3º Quanto à concentração do poder
O federalismo centrípeto se caracteriza pelo fortalecimento do
poder central. O federalismo centrífugo é o resultado de uma
reação à centralização excessiva do ente federal, tendo por
finalidade a preservação do poder atribuído aos estados federados
de modo a lhes conferir maior autonomia.
4º Quanto as características dominantes do modelo
O federalismo simétrico ou homogêneo é aquele que possui
características comuns nas várias constituições que adotam o
modelo de estado federativo. São exemplos dessas características:
I) possibilidade de intervenção federal nos estados-membros, para
preservar a integridade territorial; II) Poder Judiciário dual,
repartido entre União e os Estados; III) Existência de um poder
constituinte originário, com sede na União, e um poder
constituinte decorrente, nos Estados; IV) Organização bicameral
do Poder Legislativo Federal.
No federalismo assimétrico ou heterogêneo há um rompimento
com as linhas tradicionais definidoras do federalismo simétrico,
em razão do funcionamento do sistema federal. A Constituição
brasileira, apesar de consagrar um federalismo simétrico, possui
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algumas regras assimétricas em seu corpo, para atender as
peculiaridades de determinados Estados e regiões (Ex:
reconhecimento do município como ente federativo).
2º) Repartição de Competências
A repartição de competências na Constituição de 1988 adotou
como princípio informador o princípio da predominância do
interesse. Assim, em regra, a competência para estabelecer
normas de interesse geral foi atribuída à União; Já para tratar de
assuntos de interesse local foi atribuída aos Municípios. Por fim,
os assuntos de interesse regional tiveram a competência atribuída
aos Estados.
Na hipótese de conflito de normas editadas por entes federativos
diversos, a prevalência de um sobre a outra não será determinada
pela origem de sua emanação, mas da competência
constitucionalmente atribuída para sua edição.
A Constituição brasileira adotou 04 (quatro) critérios básicos para
a repartição de competências, os quais serão analisados a seguir:
a) Campos específicos de competência legislativas e
administrativas
Na repartição adotada pela CF/88 foram atribuídas poderes
enumerados à União (CF, arts. 21 e 22) e aos Municípios (CF,
art. 30) e poderes remanescente ou residuais aos Estados (CF, art.
25, §1º). O DF foi contemplado com as competências estaduais e
municipais (CF, art. 32, §1º). Em razão da inexistência de
disposição expressa acerca da possibilidade de delegação, as
competências administrativas devem ser consideradas exclusivas.
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b) Possibilidade de delegação
A Constituição consagrou a possibilidade de delegação de certas
competências legislativas. A União, por meiode lei complementar,
poderá autorizar os Estados a legislarem sobre questões
específicas das matérias de competência privativa (CF, art. 22,
parágrafo único).
c) Competências administrativas comuns
A competência comum (competência material) não implica, de
forma imediata, competência para legislar. Contudo, isso não
significa que os entes federativos estejam impedidos de legislar
sobre o tema, porquanto se em um Estado de direito tudo deve ser
feito dentro da lei, negar a competência legislativa acabaria por
tornar inócua a competência material (RE 308.399/MG).
d) Competências legislativas concorrentes
A repartição vertical de competência realiza a distribuição de
idêntica matéria legislativa entre as pessoas estatais, consagrado
um verdadeiro “condomínio legislativo”, consoante regras
constitucionais de conveniência. 
A constituição adotou a técnica de legislação federal fundamental,
de normas gerais e diretrizes essenciais, cujo preenchimento
deverá ser feito pela legislação estadual conforme as
peculiaridades e exigências de cada estado federado. Na repartição
da competência legislativa concorrente, o legislador constituinte
optou pela consagração de competências não cumulativas,
cabendo à União estabelecer normas gerais (CF, art. 24, §1º) e
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aos Estados e ao DF a criação de normas específicas, por meio do
exercício de competência suplementar (CF, art. 24, §2º). A
inexistência de lei federal estabelecendo normas gerais autoriza o
exercício de competência legislativa plena pelos Estados (CF,
art. 24, §3º) até que sobrevenha lei federal suspendo a eficácia da
lei estadual no que lhe for contrário (CF, art. 24, §4º).
A competência suplementar costuma ser dividida em duas
espécies: I) complementar, quando depende da prévia existência
de lei federal a ser especificada (CF, art. 24, §2º); e II) supletiva,
quando surge em virtude da inércia da União para editar as normas
gerais (CF, art. 24, §3º).
Os Municípios, apesar de não estarem elencadas entre os entes
federativos com competência concorrente, poderão suplementar a
legislação federal e estadual no que couber (CF, art. 30, II), como
no caso de assuntos de interesse local (CF, art. 30, I).
Critérios para definição das normas gerais: para o Ministro
Carlos Britto, a generalidade da norma decorre da possibilidade de
aplicação uniforme a todos os entes federados. Por sua vez, o
Ministro Carlos Velloso entende que uma norma seria geral em
razão de uma maior abstração, a exemplo dos princípios.
Bibliografia consultada para elaboração da apostila e indicada
para aprofundamento do tema:
– Curso de Direito Constitucional – Marcelo Novelino.
- Manual de Direito Constitucional – Nathalia Masson.
https://www.instagram.com/direitodiretoblog/
– Dizer o Direito (www.dizerodireito.com.br/).
https://www.instagram.com/direitodiretoblog/

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