Buscar

Aula 07- Epilepsia e Convulsão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Aula 07
Cotemar- Abaeté
Curso: Técnico de Radiologia
Disciplina: Primeiros Socorros
Docente: Daniela Geralda Pereira
Epilepsia e Convulsão
	Epilepsia é uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, frequencia e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial. Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente.
	Os sinais elétricos incorretos do cérebro (descarga neuronal) podem ser localizados ou difusos, no primeiro caso aparecendo como uma crise parcial e no segundo caso como generalizada, atingindo ambos os hemisférios cerebrais. Estas alterações geralmente duram de poucos segundos a alguns minutos. De acordo com o grau de comprometimento dos hemisférios cerebrais, a crise convulsiva pode ser de diversos tipos, não se utilizando mais a antiga nomenclatura de “pequeno e grande mal”. Pode ser apenas uma “crise de ausência”, quando o doente fica parado e ausente enquanto durar a crise e retornando onde tinha parado em seguida. Pode ser uma crise parcial simples ou complexa, na forma simples ocorrem apenas alterações na percepção do paciente em relação ao meio exterior, como medo e outras emoções, na forma complexa o paciente perde a consciência. As crises mais conhecidas, devido a dramaticidade do quadro, são as tônico-clônicas, quando o paciente perde a consciência e cai rígido, com as extremidades do corpo tremendo e se contraindo. 
Qualquer pessoa pode sofrer um ataque epiléptico, devido, por exemplo, a choque elétrico, deficiência em oxigênio, traumatismo craniano, baixa do açúcar no sangue, privação de álcool, abuso da cocaína (1 em cada 20 pessoas têm uma única crise isolada durante a sua vida, e essas crises isoladas não são sinônimo de epilepsia, termo empregado apenas para casos em que as crises têm uma tendência a se repetir espontaneamente ao longo do tempo). As crianças menores podem ter convulsões quando têm febre; nestes casos, são chamadas "convulsões febris", mas não representam epilepsia.
Causas
	Existem várias causas para a epilepsia, pois muitos fatores podem lesar os neurônios (células nervosas) ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; certas drogas ou tóxicos; interrupção do fluxo sanguíneo cerebral causado por acidente vascular cerebral; doenças infecciosas ou tumores.
	
Conquanto possa ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia, ao invés de algumas crenças habituais, não é contagiosa, ninguém a pode contrair em contato com um epiléptico. Na maioria dos casos a epilepsia deve-se à uma lesão cerebral causada por traumatismo provocado por acidente físico, num tumor, numa infecção, num parto mal feito ou numa meningite, embora em menor freqüência pode ser genético, significando que, em poucos casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos. Outro fator que pode explicar a incidência da epilepsia entre parentes próximos é que algumas causas como a infecção e a meningite, possíveis causas das lesões cerebrais, são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior. A despeito da crença popular que a epilepsia é incurável, existem tratamentos medicamentosos e cirurgias capazes de controlar e até curar a epilepsia.
Alguns fatores podem desencadear crises epilépticas:
Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (algumas pessoas têm ataques quando vêem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas); 
Privação de sono;
Ingestão alcoólica; 
Febre;
Ansiedade; 
Cansaço; 
Algumas drogas e medicamentos.
Procedimentos 
	Ao presenciar um ataque convulsivo (que tanto pode ser causado por epilepsia como por outros motivos, traumatismo craniano e febre alta), percebe-se a contração involuntária da musculatura provocando movimentos desordenados e geralmente perda da consciência. As manifestações mais evidentes são a queda, salivação abundante, eliminação de fezes e urina e movimentos desordenados.
Proteja a cabeça da vítima com um travesseiro ou pano (para que ela não se machuque se debatendo) e afrouxe-lhe a roupa. 
A vítima poderá morder a própria língua, mas não irá engolí-la. Por isso, não coloque objetos em sua boca nem tente puxar a língua para fora. 
Deixe a vítima debater-se livremente. Coloque-a deitada em posição lateral para que a saliva escorra e o paciente não engasgue. 
Mantenha-a em repouso, cessada a convulsão. Deixe-a dormir. 
Nas convulsões infantis por febre alta, deite a criança envolta de uma toalha úmida. 
Procure ajuda médica se: 
A pessoa se feriu gravemente com a crise (por exemplo, bateu a cabeça em algum objeto) 
A crise dura mais do que o normal para aquela pessoa (se não se souber a duração normal da crise para a pessoa em questão, tomar como limite cinco minutos) 
Importante: Não jogue água sobre a vítima, não dê tapas, não tenha receio (a saliva de uma pessoa com epilepsia não transmite a doença). Não é necessário fazer massagem no coração ou respiração boca-a-boca.

Outros materiais