Buscar

TRABALHO DE QUÍMICA ANALÍTICA

Prévia do material em texto

TRABALHO DE QUÍMICA ANALÍTICA EXPERIMENTAL
Aluna: Iris Paula Cana Brasil Murta e Guimarães de Andrade. 
	Professor: Cláudio Cerqueira Lopes
“Como detectar matéria orgânica e sangue oculto no ambiente hospitalar podem erradicar a presença do vírus da hepatite C.
Na sua opinião, qual o profissional da área de saúde mais indicado para chefiar uma CCIH. Justifique detalhadamente sua resposta.”
------------
INTRODUÇÃO
 	A infecção hospitalar é um assunto muito sério e grave, que atormenta toda a comunidade da saúde e a sociedade, por conta dos imensos riscos que esta pode trazer aos pacientes, médicos, enfermeiros e os demais trabalhadores de um hospital. 
 	Dentre as inúmeras doenças advindas de uma infecção hospitalar, uma muito recorrente e que tem como principal causa a infecção por esse tipo, é a Hepatite C, cujo vírus facilmente infecta uma pessoa que teve contato com um sangue contaminado, o que pode acontecer num ambiente de hospital. 
 	A Comissão de Controle à Infecção Hospitalar – CCIH serve, justamente para que possamos combater e, principalmente, prevenir da maneira mais eficiente possível casos de infecções hospitalares. É uma comissão muito importante para sociedade, por isso, tem que ser chefiada por um profissional eficiente, responsável e capaz de exercer seu trabalho da melhor forma. 
 	
DESENVOLVIMENTO
A matéria orgânica e sangue oculto no ambiente hospitalar, como em bombas de hemodiálise, material cirúrgico, cateteres, instrumental de endoscopia e etc podem ser facilmente detectados com a utilização do Luminol, o qual funciona como um detectador de sangue oculto.  O Luminol ao entrar em contato com o ferro coordenado presente na hemoglobina, seguido do tratamento com água oxigenada em meio básico, promove a formação de fótons sob forma de uma luz azulada através da quimiluminescência. 
	 Logo, em ambientes hospitalares, ele é de muita valia, uma vez que ele pode atuar no controle de processos de higienização, evitando que haja um processo de desinfecção incorreto. 
	Há diversas vantagens para a utilização do Luminol. Possui um baixo custo, é de fácil utilização, possui uma sensibilidade de detecção do sangue oculto muito maior que outras opções semelhantes disponíveis, ele é 5 vezes mais sensível que a fenolftaleína e 6 vezes mais que o Verde de Malaquita e Benzidina. Outro fator muito favorável para o utilização do Luminol é o fato de ele ajudar na erradicação da presença do vírus da hepatite C e outros microrganismos patogênicos do ambiente hospitalar. 
 	No caso da hepatite C, que é uma doença viral causada pelo vírus C, sua transmissão ocorre por meio do contato com sangue contaminado, seja por transfusão de sangue, acidentes com material contaminado, no caso de trabalhadores na área da saúde, ou por meio de drogas injetáveis. Ela é, dentre os outros tipos de Hepatite A e B, a considerada pior, possui efeitos mais degradantes. 
 	É evidente o quão importante é uma correta higienização hospitalar juntamente com a utilização do Luminol, para confirmar que não há presença de sangue nos materiais e ambiente, chegaríamos mais próximos de uma grande diminuição ou até mesmo erradicação da hepatite C, visto que a transmissão de mãe para filho é rara e a maioria dos estudos já feitos não conseguiu comprovar a transmissão da hepatite C por contato sexual.
“Infecção hospitalar mata 100 mil por ano no Brasil, não há controle adequado em 80% dos estabelecimentos” – Jornal O Globo, 19 de Setembro de 2011. 
Segundo o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, Victor Hugo Travassos da Rosa, o papel do farmacêutico no controle de infecção hospitalar é "de extrema relevância no sistema de saúde, tanto por conta da morbimortalidade como da farmacoeconomia. Isso porque a infecção hospitalar impacta a carga de doenças e de mortes, assim como os recursos gastos no setor."
O farmacêutico está estritamente relacionado aos diagnósticos de surtos de infecção, aparecimento de bactérias resistente, tanto no controle de compras, quando na padronização de antibióticos. Fazendo isso através de análise de prescrições, controle do armazenamento, qualidade dos produtos usados, higienizações desses ambientes hospitalares, etc. 
 	Com o intuito de se obter um maior controle de infecções hospitalares, no ano de 1983, pelo Ministério da Saúde, foi estabelecido que todos os hospitais do país deveriam manter a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) independente da entidade mantenedora. 
 	O farmacêutico possui o melhor currículo para chefiar mais eficientemente esse controle, principalmente porque é o profissional de saúde mais diretamente ligado ao combate nos erros de prescrições de antibióticos, os quais, como já ditos acima, podem levar ao aparecimento de bactérias resistentes, prejudicando o combate a infecção hospitalar. 
 	É um profissional capaz de reduzir a transmissão da infecção, de promover o uso racional de antimicrobianos, promover o uso correto de anti-sépticos, desinfetantes e esterilizantes, firmar procedimentos e regras visando prevenir a contaminação dos produtos ou materiais que irão ser utilizados, orientar no uso de EPI, equipamentos de proteção individual. 
 	A participação do farmacêutico no deve ser apenas administrativa, uma vez que este é um profissional com formação multidisciplinar, ele também deve estar envolvido em ações que tem como foco tornar o ambiente hospitalar um local apropriado para uma boa e eficiente recuperação dos pacientes que o mesmo recebe. 
 	Para um combate mais eficiente, é necessário que haja uma união com farmácia, a qual também possui uma participação imprescindível, uma vez que deve promover o uso racional de antimicrobianos germicidas e material médico hospitalar adequado, com o setor de treinamento de funcionários e profissionais ligados ao controle de infecções hospitalares. 
 	A farmácia hospitalar é realmente importante, pois é capaz de controlar o número de pacientes em uso de determinado antimicrobianos e a duração do tratamento. Isso tudo além de elaborar informações e orientações técnicas, realizar levantamentos de freqüência de indicações profiláticas e terapêuticas, determinar o consumo mensal de antimicrobianos, através de unidades de internação, fornecer dados que sejam capazes de subsidiar a revisão e/ou atualizações dos antimicrobianos, efetuando essa revisão por setores, inspecionar as condições de trabalho dos ambientes do hospital. 
 	
REFERÊNCIAS 
Conselho Federal de Farmácia. Disponível em:
<http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/130/encarte_farmacia_hospitalar.pdf> Acesso em 25 de novembro de 2014.
Portal Educação. Disponível em:
<http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/6899/o-papel-do-farmaceutico-no-controle-de-infeccao-hospitalar> Acesso em 25 de novembro de 2014.
Lasape. Disponível em:
<http://www.lasape.iq.ufrj.br/luminol.html#hospitalar> Acesso em 25 de novembro de 2014.
Minha vida. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hepatite-c> Acesso em 25 de novembro de 2014.

Outros materiais

Perguntas Recentes