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Direito de Nacionalidade

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Natureza jurídica da nacionalidade
Nacionalidade pode ser divida em primária e secundária.
 A nacionalidade primária é aquela no qual o indivíduo a adquire pelo simples fato do nascimento, independente de sua vontade. Pode ser chamada também de originária. Já a nacionalidade secundária, podemos dizer que é aquela que o indivíduo adquire por conta própria, por força híbrida. Fica de um lado o indivíduo, que é quem está solicitando a nacionalidade, e do outro lado o Estado, que é quem verifica os requisitos e concede ou não a nacionalidade para a pessoa.
A Nacionalidade primária, quanto ao seu critério, se divide em jus soli e jus sanguinis. O jus soli, também denominado critério de territorialidade, nos diz que a criança passará a ter a nacionalidade do território no qual a mesma vier a nascer. A condição é o lugar onde ela nasce. Já o jus sanguinis, também denominado de critério sanguíneo, se refere para aqueles que forem filhos de nacionais, assim considerados os estabelecidos através da ascendência.
Concluímos que a nacionalidade primária não necessita da vontade do agente para que venha a se tornar um cidadão daquele país. Baseia-se nos princípios da Constituição Federal a nacionalidade originária.
Já a nacionalidade secundária, que é aquela que se adquire perante um processo de naturalização, se concretiza com a ocorrência da vontade do naturalizando e a aquiescência do Estado. Está é matéria do Direito Internacional (“a ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade, nem do direito de mudá-la”). Entendemos que o indivíduo não deve ser repreendido ao adquirir uma nacionalidade e deve ter o direito de optar por mudá-la livremente. Deve ser respeitada a regra de cada país, cabendo ou não a aquisição de uma nacionalidade, se encaixado dentro dos requisitos cobrados para consegui-la.
É uma espécie de direitos fundamentais (categoria jurídica, que é feita constitucionalmente e dirigida à proteção da dignidade humana em todas as dimensões), prestando-se ao resguardo do ser humano na sua liberdade, nas suas necessidades e na sua preservação. Visa proteger a dignidade da natureza humana. 
A nacionalidade é um direito que a população foi adquirindo com o passar dos anos, não se criou uma lei, na qual ficou escrito que a partir daquele momento todos teriam nacionalidade, foi-se passando através de gerações. É um direito que a pessoa passa a ter a partir do momento que nasce, ou então, por sua vontade, através da naturalização. 
Previsão constitucional do direito 
Conforme exposto anteriormente, trata-se a nacionalidade de um direito fundamental, isto é, basilar/essencial para que um indivíduo viva dignamente, estando presente em qualquer situação, mesmo que não haja previsão na carta magna de um país, pois, conforme entendimento de grande parte da doutrina, é supranacional, sobrepondo-se a própria existência da nação, antes dessa já deve existir, de forma antecipada, estes direitos. 
Em nosso país, tal direito encontra previsão legal na Constituição Federal de 1988, que, através do Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais), Capítulo III (Da Nacionalidade), trouxe a nacionalidade dos indivíduos como item primordial para a vivência de um indivíduo em uma nação. Faz-se de grande importância distinguir direitos e garantias fundamentais, pois, enquanto o primeiro configura-se um rol de benefícios positivados em nossa Carta Magna, o segundo trata-se de ferramentas utilizadas para o reparo de eventuais violações que possam existir a direitos constitucionais. Ambos, porém, tem em comum o fato de serem irrenunciáveis, imprescritíveis e universais, dado que estarão sempre presentes, independentemente de a Lei Maior de um país prever ou não, conforme exposto no início deste tópico. 
Espécies de Nacionalidade – Nata ou Naturalizada
Variam as condições de atribuição de nacionalidade, de acordo com a legislação vigente nos diferentes países.
No Brasil há três formas de aquisição de nacionalidade: 
a) pelo nascimento; 
b) pela nacionalização; 
c) pela naturalização.
Brasileiros natos são: 
a) todos os indivíduos nascidos no território nacional, ainda que de pais estrangeiros, exceto se estes estiverem a serviço de seu país; 
b) os filhos de brasileiros, nascidos no exterior, se os pais estiverem a serviço do Brasil; 
c) filhos de brasileiro, ou brasileira, nascidos no exterior se vierem a residir no Brasil e optarem pela nacionalidade brasileira dentro de quatro anos após atingirem a maioridade.
A nacionalidade da pessoa física diz-se:
a) originária - quando decorre do fato do próprio nascimento.
b) adquirida - a que se verifica por vontade expressa do indivíduo capaz, que renuncia à nacionalidade de origem,
c) tácita - a que resulta da lei (naturalização, casamento, vg).
É a nacionalidade que faz do indivíduo o sujeito próprio do Estado. O conjunto dos nacionais, isto é, dos que têm a mesma nacionalidade, é que constitui o povo, sem o qual o Estado não pode existir.
Embora em sentido próprio somente se possa falar de nacionalidade em relação a ser humano, a pessoa física, em linguagem jurídica, usa-se, por extensão, fazer referencia à nacionalidade da pessoa jurídica. Fala-se, assim, em pessoa jurídica nacional ou estrangeira.
Em principio, todo indivíduo deveria ter apenas uma nacionalidade, entretanto, não raro encontram-se pessoas sem nacionalidade - apátridas, ou com mais de uma nacionalidade.
Métodos
Os métodos de determinação da nacionalidade de origem obedecem a três sistemas o do jus sanguinis (direito de sangue) segundo o qual a nacionalidade decorre da filiação, o do jus soli (direito de solo) que fixa a nacionalidade no lugar de nascimento, e o misto, que combina a filiação com o lugar de nascimento.
A aquisição automática aplica-se a certas pessoas, como resultado de reconhecimento, da legitimação, ou da adoção.
Naturalização
De acordo com a lei n.º 8l8, de l8.07.49, a concessão de naturalização no Brasil é de faculdade exclusiva do Presidente da Republica, em decreto referendado pelo Ministro da Justiça.
As condições essenciais para que um estrangeiro se naturalize brasileiro são: 
1.º prova de que possui capacidade civil, segundo a lei brasileira; 
2.º residência continua no território nacional, pelo prazo mínimo de cinco anos; 
3.º saber ler e escrever a língua portuguesa; 
4.º exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da família; 
5.º bom procedimento; 
6.º ausência de pronuncia ou condenação no Brasil; prova de sanidade física. 
N.B.: os portugueses são dispensados da 4.ª condição, sendo-lhes exigida apenas residência ininterrupta de um ano.
A naturalização é requerida ao Presidente da Republica, com declaração, por extenso, do nome do naturalizando, sua nacionalidade, naturalidade, filiação, estado civil, data do nascimento, profissão, lugares onde residiu antes, devendo ser por ele assinada. São exigidos como complemento à petição: carteira de identidade para estrangeiro, atestado policial de residência contínua no Brasil, atestado policial de bons antecedentes e folha corrida, passados pelos serviços competentes dos lugares do Brasil onde o naturalizante tiver residido, carteira profissional, diplomas, atestados de associações, sindicatos ou empresas empregadoras; atestado de sanidade física e mental, certidões ou atestados que provem as condições já citadas anteriormente como essenciais à naturalização.
O requerimento e os documentos que o completam são apresentados ao orago competente do Ministério da Justiça, no Distrito Federal, ou à Prefeitura Municipal da localidade em que residir o requerente. Após o exame da documentação, realizam-se sindicâncias sobre a vida pregressa do naturalizando, devendo o processo ultimar-se em cento e vinte dias, contados a partir do protocolo do requerimento.
Tipos de naturalização
A naturalização pode ser:
a) individual - quando relativa apenas a determinada pessoa; 
b) coletiva - a que incide sobre uma população ou parte desta,em virtude de sua anexação à de outro Estado; 
c) ordinária - aquela concedida ao estrangeiro que não goza dos mesmos direitos concedidos aos naturais do país; 
d) extraordinária - a que atribui ao naturalizado todos os direitos civis e políticos inerentes aos nacionais; 
e) tácita - adquirida por uma lei especial, de caráter geral; 
f) expressa - aquela que é conferida por decreto do governo do país a que o alienígena se radicou, mediante pedido deste.
Obs.: no Brasil, adquire, tacitamente, a nacionalidade do país o estrangeiro que nele reside, possui bens imóveis, for casado com brasileira ou tiver filho brasileiro.
Perda da nacionalidade
Em suma, a nacionalidade pode ser perdida: 
a) por mudança de nacionalidade; 
b) pelo casamento; 
c) pela naturalização; 
d) por cessão ou anexação territorial; 
e) pela renúncia pura e simples; 
f) por algum ato incompatível com a qualidade de nacional ou considerado como falta; 
g) pela presunção de renuncia em consequência de residência prolongada em país estrangeiro, sem intenção de regresso.
Em algumas legislações existem presunção de renuncia da nacionalidade no caso de indivíduo naturalizado que se instala em outro país, geralmente o seu país de origem. Presume-se que o naturalizado arrependeu-se. Em alguns casos a pessoa se naturaliza para beneficiar-se das leis locais, e evita que sua naturalização seja conhecida pela autoridade do país de origem, que poderia cassar a nacionalidade originária.
Diferenças entre brasileiro nato e naturalizado
A Constituição Federal proíbe a distinção entre brasileiros natos e naturalizados por meio de lei, conforme dispõe o artigo art. 12, 2º: A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
No entanto, a própria CRFB/88 consagra cinco diferenças existentes, que são:
1) Exercício de cargos :
Art. 12, 3º:
São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
2) Exercício de função :
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam:
(...)
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
3) Propriedade :
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
4) Perda da Nacionalidade :
Art. 12, 4º:
Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
5) Extradição :
Art. 5º, LI:
Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

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