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PROCESSO CIVIL 2 BIMESTRE

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PROCESSO CIVIL 2 BIMESTRE
10-04-2018
PROCESSO COLETIVO
A proteção dos direitos se dá de forma coletiva. E trabalha com três categorias de direito. 
Ex.: sindicato representado seus filiados; com relação ao meio ambiente, o exemplo da escarpa devoniana p/ preservação ambiental, também cabe ação coletiva.
Categorias:
- Direitos difusos: direito de todos, o direito fica resguardado até o cidadão necessitar dele, como o direito a saúde, a pessoa não precisa de assistência a saúde o tempo todo, mas quando precisar terá o direito. Não pertencem a ninguém e todos tem direito de exercê-lo.
- Direito coletivo: quando o direito pertence a determinado grupo de pessoas. Ex direito dos funcionários bancários.
- Direitos individuais Homogêneos: direito que diversas pessoas possuem, ou passam a possuir por alguma razão, mas não existe algo que permita reunir estas pessoas. Ex pessoas que compraram um celular Sansung com defeito, mas não existe um representante destes, não é um perfil específico de pessoa, existe direito individual que surgiu uma relação jurídica.
Função do processo coletivo: para proteger o direito das 3 categorias de direito.
Jurisdição: tutelar direitos com análise de fatos e julgar o caso. Tem a mesma obrigação de entregar a todos a proteção do direito a ser pleiteado.
Procedimento
Processo Civil Tradicional: é pensado para uma estrutura tradicional de litígio. Qualquer coisa a mais no processo gera confusão. Ex.: litisconsórcio e intervenção de terceiros.
Processo Coletivo: o foco é a proteção do interesse do direito massificado. Só assim, é que se elimina a confusão de processo com muitas pessoas. 
Existem alguns autores que entendem que cabe a cada um buscar sua reparação, mas não é comum, quem escreve defende um interesse individual.
A jurisdição é a tutela de direitos, a função do processo coletivo é processo envolver muitas pessoas em uma relação processual.
Se a união desejar abrir um processo coletivo contra determinado grupo de pessoas (pensionistas do INSS por exemplo) ele precisaria citar todos os interessados uns 5 milhões, o juiz precisaria ler 5 milhões de contestações, como saber se todos participam do processo, seria muito difícil citar todos. Seria inviável, para isso serve um processo coletivo, com uma estrutura de procedimento pensada para essa situação
O processo civil tradicional é pensado para uma estrutura individual de litigio, com algumas ressalvam com intervenção de terceiros. O processo coletivo é para entidades massificadas, atender em massa, admitir que muitas pessoas possam participar de um mesmo processo
A jurisdição continua a mesma, o juiz é o mesmo, não existe varas específicas que julgam esses processo, a função do processo que acaba mudando.
Podem existir ações coletivas tanto no polo ativo como passivo, devem ser ajuizadas por uma instituição coletiva, como o ministério público em nome dos consumidores, sindicato, instituição social.
No processo coletivo o sujeito legitimado é a entidade de classe, sindicato, associação, ministério público que deve ser personificado.
PRINCÍPIOS DO PROCESSO COLETIVO
Quando falamos em principio do processo pensamos em ideias básicas que sustentam determinada disciplina, como pontos de partida .
- INAFASTABILIDADE DA TUTELA JURISDICIONAL COLETIVA: uma vez que uma causa é levada ao judiciário, ele toma conta da causa, não é possível impedir e suportar as consequências. A decisão tem força de lei entre as partes, uma vez que o caso foi levado ao judiciário, não mais possível tirar do judiciário.
- TUTELA COLETIVA DIFERENCIADA: o processo coletivo tem peculiaridades tão grandes que o processo merece atenção diferenciada, tratamento diferenciado no curso do processo. É necessário pensar uma forma de proteger os direitos de maneira mais eficaz. . Ex.: sentença que manda por filtro na fábrica para parar de degradar o ambiente.
- DEVIDO PROCESSO SOCIAL: o devido processo legal tem origem em ideologia individualista que fala que o individuo não é privado do direito sem o devido processo, já o processo coletivo propõe que o processo coletivo deve respeitar o devido processo social, com publicidade, nas partes e com relação as decisões entendendo que está tutelando o direito de muitos e pensar de uma forma voltada para isso, não limitar a definição de processo voltada as questões individuais. Este produz efeitos em coisa julgada no processo coletivo, a coisa julgada só se dá em relação ao processo social, se perde o processo pode entrar com ação individual, se ganhar a coletiva ai sim faz coisa julgada e não pode entrar com ação individual.
- INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO COLETIVO: o processo coletivo deve se desenvolver para atingir seu fim pois existe determinado direito que esteja em discussão, para garantir o direito coletivo
- Reparação integral: para reparação do dano, status quo ante. Porém, não são muitos doutrinadores que expressam esse princípio como direito processual, mas sim material. Freddie Diddier fala que é um princípio processual. O Diddier também afirma que no processo coletivo, o juiz tem mais autoridade do que no processo individual. Aqui no processo civil também se falar que há processo inquisitorial, devido aos direitos coletivos que estão em jogo..
Alguns autores falam como principio o a ideia da “reparação integral”, o Didier entende que no processo coletivo o juiz tem mais poderes que no processo individual, mais inquisitorial que acusatório tendo mais poder do que as partes pela natureza dos direitos que estão em jogo, gerando um problema produzindo provas que quiser, indeferindo a prova que ele quer.
16-04-2018
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
São mais raras pois são menos eficaz
É uma ação regida essencialmente pela lei 7347/85, sua função era justamente permitir a proteção de direitos relacionados a grupos sociais ou coletividade, proteger direitos coletivos.
Propósito: proteger direitos coletivos lei 7.347/85 + CDC.
Com um detalhe de sua anterioridade com a CF de 88, legislada durante a ditadura. Nesse contexto de regime autoritário o direito não atinge o Estado. Proteção de direitos pensada com restrições de modo a não atingir de forma direta o próprio Estado. Nenhuma regra que ataque o Estado. Como exemplo os precatórios. A peculiaridade não é que seu procedimento é ruim, só não tinha a capacidade de colocar em pratica aquilo que era decidido, de modo a não fazer o Estado cumprir seu direito.
Se tornou mais importante, pois após 88 foi redigido uma segunda lei que transformou esta lei mais eficaz, que é o CDC (código de defesa do consumidor). Mesmo em relação entre particulares podem existir pessoas que possam mais ou menos no processo, o caminho para uma sociedade de massa. O CDC começa aprever as ações públicas e que a ação do CDC seria acrescida com a ação civil pública. A lei de ação civil pública traz o procedimento e o CDC complementa , esse conjunto ultrapassa as hipóteses apenas dos consumidores e esses artigos do CDC são lidos como aplicáveis na proteção de qualquer direito coletivo, seja difusos, concentrados ou individual homogêneo. 
Lei 7347/85 mais CDC – a lei sozinha iria somente mandar pagar a indenização, o CDC complementa de modo a tornar eficaz de modo a melhorar a punição, prevendo multa e outras sanções.
Existem entidades legitimadas para propor as ações, no art. 182 do CDC traz o rol dos legitimados, o MP é o legitimado universal para propor as ações civis públicas.
O MP tem a legitimidade para propor as mais diversas ações em todas as esferas, principalmente de interesse público.
Entidades possuem a legitimidade, desde que cumpram alguns requisitos.
CDC: transforma a ação civil pública em algo mais eficaz.
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
        Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
        I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de naturezaindivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
        II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
        III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.   
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente:             
        I - o Ministério Público,
        II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
        III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;
        IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear.
***ACP para questionar atos de outros entes personificados. ACP é mais utilizada pelo MP, mas também pelas entidades acima citadas.
AÇÃO POPULAR
Prevista na lei 4717/ 65 lei produzida no período da ditadura, tem uma interessante premissa, usada como forma de ludibriar a população de teriam algum direito, de ajuizar ações populares com a finalidade de controlar atos do poder público.
Qualquer pessoa física brasileira, de preferencia em dia com os votos, podem questionar o poder público.
Basta ter um ato do poder público e ser cidadão. O problema é a relação jurídica que se forma, pois o cidadão se encontra em posição de hipossuficiência diante das entidades, políticos, sujeitos públicos. Como ex. questionar nomeação feita pelo desembargador, discute com o órgão, entidade e com o sujeito do desembargador.
O problema não é o conteúdo da lei, nem a premissa da lei, o problema é a estrutura de processo que ela monta, pois é a pessoa contra o Estado.
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
 Tem o mesmo requisito do mandado de segurança individual, que é o direito líquido e certo.
Necessita do direito líquido e certo (sendo necessária a comprovação. É difícil a reparação); necessita também do ato coator da autoridade.
É muito difícil juntar prova deste direito líquido e certo, pois o mandado de segurança só admite prova documental.
O CPC anterior tinha artigo que permitia a transformação de processos individuais em processo coletivo, ele foi vetado, mas era um artigo redigido a pedido de atender interesses dos tribunais, de modo a reduzir o número de ações transformando mil ações em uma. Hoje tentam utilizar outros institutos para coletivizar os procedimentos que é o Incidente de resolução de demandas repetitivas IRDR.
O IRDR tem várias figuras, repercussão geral, transcendência, muitos criando esse tipo de filtro, pegar um caso e aplicar os diversos. O problema é julgar sem a proteção de interesse coletivo, problema relacionado com a legitimidade, pois a maioria não é representada pelo processo que foi escolhido. (a pessoa pode não ter o melhor advogado, não pode pagar as diligencias do advogado e vai estar lutando contra entidades com mais recursos.
Incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR): a ideia é pegar um caso que seja igual a vários outros e aplicar a mesma decisão para todos. Isso acontece sem a intermediação do processo coletivo.
Legitimidade x segurança jurídica: o instituto da segurança jurídica é usado como desculpa para desafogar o judiciário, uma vez que uma pessoa (processo) não tem legitimidade para julgar os casos idênticos (outros).
Ver sobre os legitimados!
AULA 12 – 23.04.2018 (aula com o prof.º Luan)
E-mail: luan@hfadvocacia.com.br
COISA JULGADA – PROCESSO COLETIVO
Art. 103/104, CDC
Difere conforme espécie de direito coletivo 
 Difuso
Coletivo
Individuais homogêneos
Difuso – Erga Omnes ocorre entre as partes do processo, apenas. Porém, não se aplica contra quem vai entrar com a ação. A coisa julgada com efeito erga omnes não vai se operar quando for julgada improcedente a ação por insuficiência de provas;
Coletivos – Ultra partes Grupo
Categoria
Classe
OBS: Terminologia Erga Omnes Colegitimados (MP, Associação e entes federativos, ...) e Coisa Julgada = imutabilidade da sentença
Coisa Julgada (diretamente ligada ao sucesso de provas nos autos) ≠ Eficácia da sentença 
Se a sentença for improcedente (sentença ilíquida), pode-se entrar com nova ação, desde que haja prova nova.
Secundum Eventum Probations (coletivos; difusos)
CDC autoriza nova ação com prova nova não se formou coisa julgada.
Art. 103
Se for julgada improcedente a ação, pela ação coletiva, nada impede que o demandante entre com ação individual.
Individuais Homogêneos
“Erga Omnes” ocorre entre as partes do processo, apenas. Porém, não se aplica contra quem vai entrar com a ação.
Secundum Eventum litis (resultado no processo); em caso de improcedência a coisa julgada se operou com relação ao demandante e demandado;
Art. 104, CDC
Direito difuso: Não consegue determinar qual é a parcela da sociedade que tem aquele direito.
Coletivo: consegue especificar quem tem aquele direito. Diz respeito a uma classe. Ex.: servidores aposentados;
Individuais homogêneos: ex. recall de veículo. Alguém entra com ação, porém não se consegue especificar se o direito é difuso ou coletivo. Acontece quando várias pessoas entram com o mesmo objeto da demanda. 
24-04-2018
Como está claro, a sentença é uma técnica processual que não se confunde com a tutela do direito, tanto é que pode não ser suficiente para prestá-la, dependendo da conjugação de outra técnica processual, a tutela executiva. 
Determinadas formas de tutela, como as tutelas declaratória e constitutiva, são suficientes para a realização do direito da parte, consumindo-se com a simples prolação da sentença. Afirma-se que as sentenças declaratória e constitutiva são autossuficientes, mas é preciso observar que tal suficiência decorre do fato de prestarem tutelas que não reclamam nada além da sentença, dispensando as formas executivas.
As sentenças autos suficientes - declaratória e constitutiva - são suficientes para entregar ao autor o bem da vida ou outorgar a tutela jurisdicional do direito, mas a tutela do direito não é prestada pelas sentenças dependentes de execução, como a que determina a inibição do ilícito, a reintegração na posse, a remoção do ilícito ou a condenação ao pagamento de soma em dinheiro.
Se as sentenças dependentes de execução, ao contrário das sentenças autossuficientes, não prestam a tutela jurisdicional do direito, é evidente que a ação que culmina em uma sentença que, julgando o mérito, depende de atos de execução não presta a tutela do direito material. A antiga ação condenatória, única alternativa para quem desejava soma em dinheiro até um determinado momento da história do processo civil brasileiro, apesar de responder ao conceito tradicional de ação, pois garantia uma sentença de mérito, não viabilizava, por si só, a tutela do direito material. Isto é suficiente para fazer ver a diferença abismal entre direito a uma sentença de mérito e direito à possibilidade de obtenção da tutela do direito material.
PROCESSO DE EXECUÇÃO
•	Pedido do autor com natureza declaratória ou constitutiva na sentença  processo de conhecimento;
•	É um direito potestativo, pois a outra parte nada pode fazer. Sendo assim, não precisa de execução;
•	Direito a uma prestação (direito de receber algo de alguém – obrigação de dar, de fazer, de não fazer)  depende do credor e que fica à vontade do devedor para que haja prestação;
•	Objetivo: entregar para o credor o que não foi cumprido de forma adequada. Poder de exigibilidade. Se tiver processo de execução é pq alguém é devedor (fazer, não fazer, dar).
Execução como a transferência de valor jurídico do patrimônio do réu para o do autor.Isto está correto quando se pensa na execução que objetiva o pagamento de dinheiro ou de qualquer prestação que envolva a transferência de patrimônio, bem como da coisa imóvel ou móvel, seja em virtude de direito real ou obrigacional.
Direito uma prestação que se dá por meio da execução, são modelos de execução. a execução nada mais é do que uma prestação jurisdicional voltada à tutela do direito de crédito.
- Execução de título executivo extrajudicial: Execução de título executivo extrajudicial (art. 784, CPC/2015): previsto em lei. Ex.: cheque, duplicata, nota promissória, contrato com assinatura de duas testemunhas, cobrança de condomínio com atraso de um ano (com o novo CPC/2015) oferece menos oportunidade de defesa.
- cumprimento de sentença: Execução de título executivo extrajudicial (art. 784, CPC/2015): previsto em lei. Ex.: cheque, duplicata, nota promissória, contrato com assinatura de duas testemunhas, cobrança de condomínio com atraso de um ano (com o novo CPC/2015) oferece menos oportunidade de defesa.
Ambas tem a finalidade de a parte cumprir, o cumprimento de sentença oportunizou maior defesa para o réu. Objetos de cumprimento de sentença também, são os acordos judiciais, sentenças arbitrais.
Grande parte dos processos de execução seguem o mesmo rito, vamos classificar as vias com as quais a execução vão acontecer:
-Vias típicas: medidas que o próprio código ou outra lei prevê, admite como mecanismo executivo expressamente previsto.
- Vias atípicas: medida não prevista expressamente na lei (ex. bloquear carteira de motorista, suspender passaporte) art. 139,IV, CPC utilizar qualquer melhor meio executivo coercitivo que entender pertinente.
A maioria dos juízes tem optado por empregar o art. 139, IV, CPC/2015 somente depois de ter tentado as vias típicas. 
Antes a execução era meramente patrimonial.
Execução no CPC/73 era patrimonial, não conseguia atingir a pessoa, somente o bem. Não poderia prejudicar o nome da pessoa executada. 
Isso mudou! 
Se o executado não pagar em 5 ou 10 dias pode haver a inscrição do nome no serasa marca uma mudança no novo código.
As execuções podem ser:
- Diretas: a opção pela via executiva pode prever o cumprimento exato da obrigação, ex. via bacenjud, faz se o bloqueio do valor que pode ser expedido o alvará 
-Indiretas: pode encaminhar ao desejado. Neste caso se faz o Renajud se faz uma restrição em um veículo que pode gerar em uma apreensão e leilão do veículo. Em caso de obrigação de fazer se impõe multa em caso de descumprimento. A execução indireta, também chamada de coerção indireta, ou de indução, não realiza, por si só,o direito material, mas apenas atua sobre avontade do devedor com oobjetivo de convencê-lo a adimplir. Constitui exemplo de execução indireta o emprego da multa, com a finalidade de constranger o demandado ao cumprimento.
A execução está entre as normas fundamentais do CPC, no art. 4, quando se fala inclusive a atividade satisfativa.
TÉCNICAS EXECUTIVAS:
Quanto aos meios utilizados podem ser:
- Coerção: usar o meio indireto para se atingir o objetivo. Algum tipo de força, autoridade, ameaça. Ou ao invés de impor ameaça, oferecer algo bom, como desconto em honorários. É possível, assim, sempre com o objetivo de dar efetividade à decisão, interditar direitos, a exemplo da cassação de licença especial, da proibição de contratar com o poder Público, da proibição do exercício de certa atividade por um período de tempo. Desde que o meio executivo não viole garantia constitucional, sua utilização é perfeitamente possível E possível, também, efetuar o bloqueio de verbas, até que o requerido cumpra certa determinação judicial. não são apenas os meios coercitivos que estão autorizados para a obtenção da tutela específica. O juiz também está autorizado a valer-se de sanções premiativas (mecanismos estimulatórios) para a obtenção do resultado desejado. Ao invés de ameaçar o requerido com um mal (multa coercitiva, restrição de direitos etc.),poderá ser acenado com um benefício para o imediato cumprimento da ordem. Tal é o que ocorre, por exemplo, na ação monitória e na execução de títulos extrajudiciais, em que o imediato pagamento do valor exigido dispensa o devedor, total ou parcialmente, de despesas processuais (arts. 701,9 1.0e827,9 1.0,do CPC), permissivo de parcelamento da dívida.
- Sub rogação: fazer pelo devedor algo que ele não faz por conta própria, como conseguir dinheiro, penhorando o bem e leiloando, forçar compra e venda do bem para levantar o dinheiro. É possível o emprego da intervenção judicial em empresa, que constitui uma técnica que mistura elementos de indução e de sub-rogação, podendo assumir diferentes modalidades e graus de incidência. Embora o art. 866 do CPC, possa aparentar que o emprego dessa técnica - ao menos para fins de expropriação parcial do faturamento da empresa
08-05-2018
A força executiva é função exclusiva da questão jurisdicional, uma vez que o Estado é o único legitimado a fazer isso!
Processo de execução: 
forçar alguém a prestar obrigação. Essas prestações não cumpridas geram direito para o credor;
poder judiciário p/ executar essa prestação;
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
No direito princípio pode ter dois significados: 
Sentido axiológico
Com relação às premissas que norteiam o processo de execução.
Título executivo: Toda execução tem por base instrumento especial, a que a lei denomina de título executivo. Esse título pode originar-se de um ato judicial (ou figura equiparada) ou de documento representativo de negócio jurídico, e constitui sempre pressuposto processual para o acesso à atividade executiva do Estado. Basta que se perceba que toda atividade executiva está condicionada à apresentação, por aquele que a requer, de um documento que a lei qualifica como título executivo. Daí decorre a primeira conclusão fundamental decorrente desse princípio: somente a lei pode criar títulos executivos e, consequentemente, somente ela pode estabelecer as hipóteses em que a execução é admitida. Em linhas gerais, o CPC atual arrola os documentos qualificados como títulos executivos nos arts. 515 e 784.
Tipicidade dos meios executivos: meios expressamente previsto em lei
Os termos "tipicidade" e "atipicidade" das formas da execução se relaciona, como já dito, à averiguação da necessária correlação, imposta porum sistema jurídico, entre as espécies de prestação. Ou seja, quando o sistema impõe necessariamente o emprego de determinada técnica para a tutela de certa prestação, diz-se que vige a tipicidade das formas executivas; se, ao contrário, o sistema é aberto, permitindo ao magistrado a eleição da melhor técnica, ele é chamado de atípico.
Em se tratando de títulos judiciais, é possível dizer que, para a proteção de prestações de fazer, não fazer e entregar coisa, o juiz está autorizado a determinar a modalidade de execução adequada a cada caso concreto.
Conclui-se, então, que, para os títulos judiciais, vigora hoje o sistema de atipicidade de meios executivos, de modo que ojuiz que ordena a satisfação de alguma prestação
Resultado: estrutura do processo de execução é conseguir o resultado, fazer a outra parte cumprir a decisão. O princípio do resultado talvez simbolize a mais significativa diferença entre a relação processual de conhecimento e aquela executiva. Enquanto a primeira é pautada pela isonomia entre as partes, na execução transparece a predominância da posição processual do credor.
A execução - e, logicamente, também o cumprimento de sentença - se desenvolve no exclusivo interesse do credor, como afirma o art. 797, do Código. Ainda que se respeite, obviamente, os direitos do devedor, a atividade executiva se volta, exclusivamente, a satisfazer um interesse já tido como existente do credor. Por isso, não há "paridade de armas" entre as partes, nem elas estão em situação de igualdade que lhes permita as mesmas oportunidades ou o mesmo espaço de participação no processo. Em conta disso, por exemplo, incumbe, em princípio exclusivamente, ao credor aindicação dos bens do devedor que se sujeitarão à execução. Tem ele ainda a prioridade na escolha da destinação do bem penhorado, podendo optar por adjudicá-lo ou por proceder à sua alienação (por iniciativa própria ou por meio de corretor ou leiloeiro público). Tem ele ainda a disponibilidade da execução, podendo desistir dela ou de alguns de seus atos, independentemente do consentimento do devedor (art. 775).
Princípio da responsabilidade patrimonial: no processo de execução o que está sujeito a execução é o patrimônio do executado. Hoje é possível restrição ao nome do executado, e ainda existe a possibilidade da prisão do devedor de alimentos. A orientação clássica do direito processual civil, na esteia do que fez o direito material, estruturou-se para direcionar a responsabilidade pelo cumprimento das obrigações para o patrimônio do sujeito obrigado. Como regra geral, sempre se compreendeu que o devedor deveria responder com o seu patrimônio pelas obrigações não adimplidas. Afirma-se, no campo do direito material, que a obrigação, embora inclua o "dever de prestar", oferece como conseqüência por seu descumprimento a "sujeição" patrimonial. 
Menor onerosidade da execução: uma espécie de anuncio que o exeqüente não vai levar o que pediu, dentre os meios executivos disponível vai ser usado o que gerar menos onerosidade ao executado. O principio não é bem utilizado dando tempo ao devedor depreciar o bem. Pois quando existe mais hipóteses de penhora é oportunizado ao devedor apontar qual bem lhe gera menor onerosidade.
Por isso, prevê o art. 805 do CPC, que, sempre que a execução possa desenvolver-se por mais de um meio, deve-se optar por aquele que seja menos gravoso ao executado. Ou seja, se coexistirem várias técnicas de efetivação judicial das prestações que tenham o mesmo grau de eficácia,então não se justifica o emprego da técnica mais onerosa ao executado, sob pena de transformar-se a execução em simples mecanismo de desforra do credor que não teve a sua obrigação pronta e voluntariamente cumprida pelo devedor.
Transparência patrimonial: o patrimônio das pessoas que estão sendo executadas não é sigiloso, até mesmo declaração de IR.
Para que essa forma de execução seja efetiva, portanto, é necessário que haja instrumentos que tornem acessível o patrimônio que pode ser afetado pela execução. Antigamente, ainda na vigência do CPC73, talvez a questão mais tormentosa para a efetividade da execução pecuniária era exatamente a localização de bens passiveis de penhora e alienação. Não raras vezes, tinha o exequente a árdua tarefa de pesquisar, o patrimônio que pode ser atingido pela execução - de títulos judiciais ou não – é transparente para o Judiciário, no sentido de que não pode o executado (ou o terceiro responsável) invocar qualquer grau de privacidade para esconder seus bens da constrição judicial. Tudo aquilo que possa interessar à execução deve estar acessível ao processo, ao exequente e, a fortiori, ao Judiciário.
O principio do contraditório: Por muito tempo, especialmente na vigência do código anterior, imaginou-se que a execução - que era sempre feita em processo autônomo, ao menos na forma original do CPC/1973 - diferenciava -se do "processo de conhecimento" especialmente porque lá não havia contraditório. Por isso,aliás,sempre em relação ao modelo original do código anterior, toda defesa que se quisesse opor à execução (de títulos judiciais ou não) deveria fazer-se em processo autônomo, denominado de embargos do devedor.
O código atual recepcionou essa mesma lógica, também admitindo que a defesa do executado (chamada impugnação) ocorra dentro do rito do cumprimento de sentença, não se cogitando mais de procedimento autônomo para a defesa do executado, ao menos em se tratando de efetivação de títulos judiciais.
TITULO EXECUTIVO- pág 765 marinoni
Inexistindo o título, havendo qualquer vício, não há processo de execução.
Atacar a validade do título – para quem defende o executado.
É um instituto que tem dois elementos:
- deve ser prescrito em lei (maioria no CPC, outros em leis específicas);
-deve ter algum elemento formal, elemento de substancia que diga que é um título e deve ter em seu conteúdo a previsão de uma obrigação: Todo título é um documento (escrituras, documentos com requisitos formais muito específicos, esse documento tem que ter em seu conteúdo a previsão de uma obrigação)
Títulos: Judiciais – Art. 515, CPC/2015
 Extrajudiciais – Art.784, CPC/2015
O pressuposto básico do processo de execução é proteger a propriedade, de modo a oferecer cuidados formais compatíveis com o direito fundamental que se está atacando, que é o direito a propriedade.
Os títulos executivos devem preencher três características:
Líquido: quando tem valor ou quando há determinação do objeto do título e que se faça algo (expressão daquilo que se deve, tem que estar expresso).
Certo: que não deixa dúvida.
Exigível: possibilidade de cobrança (da inadimplência da obrigação até a sua prescrição).
Existem títulos judiciais e extrajudiciais,
Os judiciais estão previsto no art. 515 do CPC:
Art. 515.  São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; acordos judiciais
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; extrajudicial quando as partes pedem ao juiz homologar
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; as partes buscam o judiciário
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; existem advogados que fazem as cobranças
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
X - (VETADO).
§ 1o Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
Os títulos judiciais previstos no art. 784, CPC mais alguns da legislação especial:
Art. 784.  São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o contrato formalizado por escritura pública, ou seja, levado a um cartório, ou se for assinado pelo devedor e duas testemunhas
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; 
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
Novidade do CPC incisos 10 e 11
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;débitos de condomínio, antes era necessário uma ação ordinária de cobrança
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2o Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados.
§ 3o O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.
Art. 785.  A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.
O titulo executivo deve ter 3 requisitos:
-Liquido: valor ou claramente a obrigação a ser prestada, a liquidez tem a ver com a determinação do objeto do título.
-Certo: algo que não deixa dúvida de que existe a dívida
-Exigível: a divida poder ser cobrada, ou seja após o vencimento da data de adimplemento até a prescrição da divida.
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Existem algumas situações que o título pode ser certo e determinado, mas que ainda não foi liquidado. (art. 324, II, CPC/2015: quando não se tem como precisar o dano no momento em que a petição inicial foi distribuída). Ex.: doença que não consegue precisar o dano.
Fase processual entre a sentença e o cumprimento da sentença: liquidação de sentença. Transformar uma sentença ilíquida em líquida para tornar viável a execução.
Credor tem interesse em liquidar a sentença, obviamente. Porém, o devedor também possui legitimidade para fazer, uma vez que contra ele corre correção monetária, juros, ...
Para apurar valor de sentença ilíquida:
 
ARBITRAMENTO: não á prova nova 510, CPC: ): não precisa provar nada novo; designação de perito para avaliação do bem; é essencialmente uma prova pericial para apurar o valor do dano ou da situação que está em jogo. (IMPORTANTE)
PROCEDIMENTO COMUM,: 511, CPC: Quando há a necessidade de provar fato novo (ex.: correntinha que ganhou da bisavó). Nova fase de procedimento (procedimento comum – processo de conhecimento) para discutir o valor da liquidação, do dano. Abre-se uma nova fase processual para que o exequente apresente uma petição indicando o valor e como chegar a esse valor. Ex.: prova testemunhal para demonstrar a importância do vincula que a pessoa tinha com bisavó, bem como apresentação de provas documentais que comprovam que a correntinha era valiosa. Art. 511, CPC/2015.
Quando se apresenta pedidos cumulados é necessários que o juiz julue todos os pedidos, existem os pedidos líquidos e os ilíquidos, o art. 509 preve a divisão do procedimento para os pedidos líquidos e ilíquidos. Pode ser cumprido o que for liquido nestes autos e nos autos apartados serão liquidados os valores.
Art. 509.  Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação;
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.
§ 1o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
§ 2o Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
§ 3o O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos interessados programa de atualização financeira.
§ 4o Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
Art. 510.  Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.
Art. 511.  Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código.
Art. 512.  A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.
 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Uma sentença liquida ou uma que foi objeto de liquidação se tornara objeto de cumprimento de sentença. Tendo a sentença liquida, certa e exigível, espera se o seu cumprimento.
- Art. 513, CPC/2015, aplica-se este título e no que for omisso, aplica-se no que tange ao processo de execução;
- Sentença líquida, certa e exigível;
Art. 513.  O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro II da Parte Especial deste Código.(ou seja usa a execução)
§ 1o O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente. (a parte deve pedir o cumprimento da sentença, mesmo que esse seja o principal motivo da demanda)
§ 2o O devedor será intimado para cumprir a sentença: (em 2006 foi criado o cumprimento de sentença, o CPC 2015 preve as intimação e seus incisos )
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos autos;
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, ressalvada a hipótese do inciso IV;
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1o do art. 246, não tiver procurador constituído nos autos
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256, tiver sido revel na fase de conhecimento.
§ 3o Na hipótese do § 2o, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274.
§ 4o Se o requerimento a que alude o § 1o for formulado após 1 (um) ano do trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 3odeste artigo. (tem a ver com a prescrição, presumindo que após um ano parado o processo o devedor está se sentido desobriado)
§ 5o O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento.
O devedor será intimado para cumprir a sentença: 
 - por DJ, na pessoa de seu advogado;
- Por carta com AR (defensoria pública ou quando não tem procurador constituído nos autos;
- Por meio eletrônico quando não tiver procurador constituído nos autos;
- Por edital quando réu for revel;
Art. 514.  Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o cumprimento da sentença dependerá de demonstração de que se realizou a condição ou de que ocorreu o termo.
Art. 515.  São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante,aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
X - (VETADO).
§ 1o Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
Art. 516.  O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único.  Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem.
Cumpre a sentença o juízo que tem a competência para cumprir, via de rera é o juízo cível, mas existem varas que tratam de cumprimento de sentença.
Art. 517.  A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523. (hoje é possível inscrever o nome do devedor no serasa, pois a sentença deveria apenas afetar o patrimônio, hoje é possível protestar a sentença por meio de cartório, inscrever nos orgaos de proteção ao crédito
§ 1o Para efetivar o protesto, incumbe ao exequente apresentar certidão de teor da decisão.
§ 2o A certidão de teor da decisão deverá ser fornecida no prazo de 3 (três) dias e indicará o nome e a qualificação do exequente e do executado, o número do processo, o valor da dívida e a data de decurso do prazo para pagamento voluntário.
§ 3o O executado que tiver proposto ação rescisória para impugnar a decisão exequenda pode requerer, a suas expensas e sob sua responsabilidade, a anotação da propositura da ação à margem do título protestado.
§ 4o A requerimento do executado, o protesto será cancelado por determinação do juiz, mediante ofício a ser expedido ao cartório, no prazo de 3 (três) dias, contado da data de protocolo do requerimento, desde que comprovada a satisfação integral da obrigação.
O CPC/2015 admitiu:
Protestar a sentença: usar o cartório de protesto para dizer que a pessoa não paga suas contas. Serasa.
Pegar a sentença e inscrever o nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito.
*** além da sentença, o título executivo extrajudicial (como sempre pode) também pode levar a protesto.
*** Serajud será um banco de inscrição dos nomes dos devedores.
Art. 518.  Todas as questões relativas à validade do procedimento de cumprimento da sentença e dos atos executivos subsequentes poderão ser arguidas pelo executado nos próprios autos e nestes serão decididas pelo juiz.
A exceção de pre executividade, quando foi inventada, era necessário ajuizar nova ação para questionar a execução, como única forma admitida de s defender em processo de execução, era necessário, distribuir, recolher custas e torcer para ir a um juízo competente. o art. 518 mudou isso. Caso se queira alegar a nulidade do processo pode ser feita por petição e que não necessita aguardar os prazos para se defender. Se tiver a ver com nulidade é o 518.
Mais grave que a nulidade é o plano da existência pode suscitar o art. 518 (citação invalida)
Art. 519.  Aplicam-se as disposições relativas ao cumprimento da sentença, provisório ou definitivo, e à liquidação, no que couber, às decisões que concederem tutela provisória.
Pede se o cumprimento da sentença da decisão interlocutório. Ou seja, a tutela provisória é cumprida pelo rito do cumprimento de sentença.
22/05/2018
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA: (520 a 522, CPC)
As decisões proferidas que justificam a concessão de tutelas provisória podem sem alteradas, ou mesmo reformada pelo juiz que a proferiu posteriormente.
É uma decisão precária. A sentença nem sempre será objeto de cumprimento provisório de sentença, pois a apelação tem o efeito suspensivo, mas existem hipóteses em que a apelação não terá efeito suspensivo, conforme o art.1012, parágrafo primeiro. Toda a sentença que confirma tutela provisória eu foi concedida não tem efeito suspensivo.
O cumprimento provisório da sentença precisa ser requerido pelo exequente.
A petição que pede o cumprimento provisório da sentença é a petição em que o exequente assume o risco, pois deverá ressarcir qualquer dano que o executado sofreu, deverá prestar o caução dos prejuízos que vier a causar. Poderá ser condena-lo a indenizar
- para decisões de caráter provisórios (precários) que ainda não se tornaram definitivo. Ex. 1: decisões proferidas para concessão de tutela provisória. Ex. 2: recurso de apelação que não tenha efeito suspensivo (art. 1.012, §1º); agravo de instrumento com efeito suspensivo ativo;
- assim as decisões proferidas em sede de cognição sumária podem ser alteradas, ou seja, uma decisão que concede tutela provisória, seja em Agravo de Instrumento ou pela reforma em tempo posterior.
Art. 520.  O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução; aplicação da teoria das unidades processuais.
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
Se o exequente quiser concluir o cumprimento de sentença provisório, deverá caucionar o juiz para que ocorra o cumprimento, a parte deverá oferecer uma garantia em caso de reversibilidade da decisão.
§ 1o No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se quiser, nos termos do art. 525.
§ 2o A multa e os honorários a que se refere o § 1o do art. 523 são devidos no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.
§ 3o Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o recurso por ele interposto.
§ 4o A restituição ao estado anterior a que se refere o inciso II não implica o desfazimento da transferência de posse ou da alienação de propriedade ou de outro direito real eventualmente já realizada, ressalvado, sempre, o direito à reparação dos prejuízos causados ao executado.
§ 5o Ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação de fazer, de não fazer ou de dar coisa aplica-se, no que couber, o disposto neste Capítulo.
Quando se fala em cumprimento definitivo, o CPC trata de pagar e de entregar coisa
As decisões são mais compatíveis com o que as partes querem, naturalmenteos pedido condenatórios são em maioria no judiciário, e os que não podem acabam sendo de condenação em pagar quantia, e são a maioria
*** quem deve caucionar o Juízo é o exequente, uma vez que o cumprimento é provisório e a o recurso que está pendente de análise pode reverter a sentença de 1º grau.
Art. 521.  A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que:
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - o credor demonstrar situação de necessidade;
III – pender o agravo do art. 1.042;                 
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
Parágrafo único.  A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
CUMPRIMENTO DEFINITIVO DA SENTENÇA
Objeto desta aula: sentença que condena a pagar;
Art. 523.  No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
Uma vez requerido o cumprimento de sentença, o executado será executado a pagar em 15 dias, nos termos do 513, na pessoa de seu advogado
§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento. Não pagar no prazo previsto gererá uma multa de 10 por cento a parte e mais 10 por cento ao advogado
§ 2o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os honorários previstos no § 1oincidirão sobre o restante.
§ 3o Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação. Se o exequente não conseguiu receber, deverá ir ao processo de execução para conseguir receber o valor.
A art. 524 prevê a maneira como deverá ser requerida o cumprimento de sentença.
Art. 524.  O requerimento previsto no art. 523 será instruído com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, devendo a petição conter:
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do executado, observado o disposto no art. 319, §§ 1o a 3o;
II - o índice de correção monetária adotado; deve ser necessário para a transferência de valores, para pesquisa de penhora pelo CPF
III - os juros aplicados e as respectivas taxas;
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária utilizados;
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados;
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível.
§ 1o Quando o valor apontado no demonstrativo aparentemente exceder os limites da condenação, a execução será iniciada pelo valor pretendido, mas a penhora terá por base a importância que o juiz entender adequada.
§ 2o Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista do juízo, que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, exceto se outro lhe for determinado.
§ 3o Quando a elaboração do demonstrativo depender de dados em poder de terceiros ou do executado, o juiz poderá requisitá-los, sob cominação do crime de desobediência.
§ 4o Quando a complementação do demonstrativo depender de dados adicionais em poder do executado, o juiz poderá, a requerimento do exequente, requisitá-los, fixando prazo de até 30 (trinta) dias para o cumprimento da diligência.
§ 5o Se os dados adicionais a que se refere o § 4o não forem apresentados pelo executado, sem justificativa, no prazo designado, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo exequente apenas com base nos dados de que dispõe.

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