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Psicologia_Aplicada_ao_Direito.pdf

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Profª Silvia Ignez Ramos
Matéria: Psicologia Aplicada ao Direito
FACHA
3º Período do Curso de DIREITO
psilig@gmail.com
EMENTA
Psicologia Aplicada ao Direito
Período: 3º Período 
Pré-requisito: Não há pré-requisito
Currículo: 2007
Créditos: 02 
Carga Horária: 36
EMENTA:
Reflexão crítica sobre a inserção da psicologia na justiça e no Sistema de
Garantia de Direitos (SGD). Análise da importância da interdisciplinaridade
entre o direito e a psicologia nos processos de guarda, adoção, ato
infracional, crime e violência. Estudo da psicologia como subsídio para o
magistrado para além da perícia técnica.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ÁLVARO, José Luis; GARRIDO, Alicia. Psicologia Social: perspectivas psicológicas e sociológicas. São Paulo: Mc Graw-Hill, 2006. 
ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1981. 
BRANDÃO, Eduardo; GONÇALVES, Hebe Signorini (orgs.). Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2004. 
BRITO, Leila Maria Torraca. Paternidades Contestadas. Belo Horizonte: Del Rey, 2008. 
COSTA, Jurandir Freire. Ordem Médica e Norma Familiar. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979. 
DONZELOT, Jacques. A Polícia das Famílias. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1986. 
FONSECA, Cláudia. Caminhos da Adoção. São Paulo: Cortez Editora, 1995. 
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Rio de Janeiro: Vozes, 1996. 
_______________. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau Editora, 1996. 
GRYNER, Simone; MANCINI, Paula C.M. Ribeiro; OLIVEIRA, Raquel C. (orgs.). Lugar de Palavra. Rio de Janeiro: Núcleo de Atendimento à 
Violência (NAV), 2003. 
IULIANELLI, Jorge A.S.; FRAGA, Paulo C. P. (orgs.). Jovens Em Tempo Real. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. 
UZIEL, Anna Paula. Homossexualidade e adoção. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
UNIDADE 1: 
ADOÇÃO e GUARDA
1.1 Breve histórico da psicologia e da psicologia jurídica
1.2 Família, Infância, Adolescência, Filiação e Parentalidade
1.3 Tipos de guarda e adoção 
1.4 A importância da interdisciplinaridade na formação profissional
1.5 Estudo de caso 
UNIDADE 2: 
ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI e CRIME
2.1 Sistema de Garantia de Direitos (SGD) 
2.2 Códigos de Menor, ECA e SINASE
2.3 Medidas Socioeducativas e Protetiva
2.4 Criminologia Crítica e Direitos Humanos
2.5 Estudo de caso e projeção de filme
UNIDADE 3: 
VIOLÊNCIA E SUAS TIPOLOGIAS 
3.1 Violência e suas tipologias 
3.2 A atuação do SGD em casos de abuso sexual de crianças e adolescentes 
3.3 Violência contra a mulher e o Idoso 3.4 
Estudo de caso
Hermenêutica
ciência voltada à interpretação dos signos e de seu 
valor simbólico, arte de descobrir o sentido exato de um texto;
Princípios
Deontologia
Judicialização
Hegemonia
raiz, razão, ditame moral, elemento fundamental que serve de 
base para um conhecimento;
supremacia, superioridade, 
etimologia: grego, “ação de guiar, poder absoluto”;
difusão de métodos típicos do poder judiciário em outras 
esferas ou poderes da vida pública ou privada;
deveres estabelecidos em um código específico, 
etimologia: deonto “o que é preciso” ; logia “estudo” .
Fonte: Houaiss
Conceitos básicos importantes
Para falar de interdisciplinaridade
falemos de Análise Institucional (René Lourau)
“ A sociedade é feita de rede, tecidos de instituições”.
INSTITUIÇÕES: ORGANIZAÇÕES: ESTABELECIMENTOS:
São abstrações,
idéias que regulam
as relações sociais. 
São um processo
dinâmico que se 
atualizam nas 
organizações
e estabelecimentos
São formas materiais 
e regulamentares 
que atualizam as 
instituições.
São intermediárias 
entre as instituições 
e estabelecimentos
São os espaços 
físicos que encarnam 
e realizam as 
instituições
Ex:
JUSTIÇA
EDUCAÇÃO
FAMÍLIA
MJ, as leis
MEC
REGRA/NORMAS
TJ
FACULDADE
CASA
MOVIMENTOS
INSTITUINTE INSTITUIÇÃO INSTITUÍDO
São abstrações,
idéias que regulam
as relações sociais. 
São um processo
dinâmico que se 
atualizam nas 
organizações
e estabelecimentos
Conjunto de forças 
que produzem e ou 
transformam as 
instituições
PROCESSO
NOVO
CRIAÇÃO
MOLECULAR (micro)
Conjunto de forças
Que trabalha no 
sentido contrário ao 
instituinte. No sentido 
de estabilizar e impedir 
os avanços das forças 
instituintes
FIXIDEZ
IMOBILIDADE
HEGEMONIA
MOLAR (macro)
“A revolução é molecular” Guatarri
A validade do texto jurídico acontece por meio de uma ficção que faz os
cidadãos cumprirem a Constituição, que está encarnada, digamos
assim, por esta tal autoridade imaginária, fictícia. Existem instrumentos
jurídicos que agem como punição/sanção para quem burla a norma
constitucional. Exatamente por haver uma variabilidade, por ser uma
ficção, há de se esperar uma atitude de transgressão à Constituição.
Sobre isso diz Giorgio Del Vecchio: “São interdependentes e
complementares as noções de Direito e Torto. Por muito que pareça
extraordinário, o Direito é essencialmente violável – e existe graça a sua
violabilidade. Se fosse impossível o Torto, desnecessário seria o
Direito”. (Cunha, 2002, pág. 26).
Reflexões Finais da Unidade I
Freud, em seu texto “Totem e Tabu”, sugere que: “Onde existe uma 
proibição tem de haver um desejo subjacente... afinal de contas, não há 
necessidade de se proibir algo que ninguém deseja fazer...”. (fragmentos da monografia pós 
psicologia jurídica uerj - silvia ignez)
Segundo Legendre, o ordenamento jurídico é um
conjunto de normas articuladas em um texto e
para que ele funcione, é necessário que se creia
nele. Portanto, a grande força de qualquer texto é
a sua credibilidade, o fundamento de toda lei
encontramos na fé dos homens, operando
socialmente.
Isto tudo para entendermos que o discurso jurídico
é o discurso do poder por excelência e o Direito se
mostra a mais antiga ciência que domina e faz
marchar a humanidade através do fazer crer (apud
Otoni, 2001, pág. 17).
(fragmentos da monografia pós psicologia jurídica uerj - silvia ignez)
_________________________________________________________
séc V séc XV séc XVII séc XVIII séc. XIX séc. XX 
LINHA DO TEMPO(resumida): família, infância e sociedade 
família
infância
cça e adol.
“menor”
higienismo
eugenismo
racismo
Idade Média
1808
Chegada 
realeza 
(mudanças 
políticas, 
sociais e
familiares)
Vida pública e privada misturada
Não possui noção de passagem da vida
do “mini-adulto” para a de adulto
Família sai do 
coletivo 
Intimidade
Díade mãe-filho
Sent. Classe 
Famílias burguesas 
não queriam
mistura com
camada popular
Estas 3 teorias
deram origem 
ao NAZISMO
e aos modelos 
dominantes
ocidentais
1927 e 1979
Cód. Menores
1990 - ECA
1988 - CF
7 anos ingressa na vida adulta
Não havia escola a aprendizagem se dava
com os adultos
ESCOLA INTERNATO
Famílias são
Grupos de 
classes
DEGASE 1994
Abolição 1888
Proclamação 
da Republica
1889
B
R
A
S
IL
 1
5
0
0 séc. XXI
Novo CC /02
Estatuto do 
Idoso/03
DSD/03 (sul)
Lei Maria da 
Penha/01
SINASE
(não é lei)
Capitalismo
Industrial BR
Nasc.. PRISÃO
Provas:
Psicologia Aplicada ao Direito
VA data:______
Verificação de Aprendizagem
Prova Individual
VF data:______
Verificação Final
Prova Individual
Breve Revisão Histórica Infância
Pré-Colônia – 1500/1530 – “Chegada” dos Portugueses – Existiam Índios - “Descoberta” termo Eurocentrista
Brasil Colônia – início 1530 - Europeus com interesses mercantilistas/”crianças” trabalhavam//índios considerados
“ineficientes”//escravidão negros
RODAS DOS EXPOSTOS (BR/RJ – 1738 - crianças negras/filhos de escravos=cças abandonadas // livrar-se da 
escravidão/esperança) --- Símbolo do Sistema Assistencialista Brasileiro
Capitalismo – séc. XVI Ocidente - 1800/1822– Brasil (Comercial //maior lucro: negros) ** 1930 (Industrial/produção//Financ.)
Infância – latim Infans – “aquele que não fala” (Bailleau, 1988) – o sentimento de infância passa a existir
1874/1922 - Devido ao imenso fluxo imigratório no Brasil, o período higienista, suscitou a criação de varias sociedades científicas
que trabalhavam no controle de doenças epidêmicas e na ordenação dos espaços públicos, e coletivos, inclusive escolas, internatos e 
prisões. Foi também nesse período que o Direito passou a atuar em conjunto com a Medicina, buscando identificar, por meio de características 
físicas, os desvios de conduta. É criado um novo modelo de sociedade, no qual a “purificação das raças” é almejada. 
1888 - Abolição da Escravatura no Brasil
1889 - Proclamação da República (Iniciou-se o controle dos “delinqüentes” pelo Jurídico)
Código de Menores 1927 (Preocupação com o controle dos delinqüentes e abandonados---ócio)
Código de Menores 1979 (“Menor em situação irregular” tinha que ser “protegido e recuperado” / FEBEM 1964)
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (Déc. 80 fim da ditadura/Intensas articulações e aberturas 
políticas e sociais em defesa dos Direitos Humanos):
ECA 1990 (Proteção Integral à pessoa em desenvolvimento/Sujeito de direitos e deveres/Dispositivo de
transformação social/Feito a “mil mãos” (Volpi, 2002) --- Conceito de transdisciplinaridade)
“A família pode ser pensada como um grupo de 
pessoas que são unidas por laços de 
consanguinidade, de aliança e de afinidade. 
Esses laços são constituídos de representações,
práticas e relações de obrigações mútua...”
(Plano Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária)
SAIR DO 
MODELO 
INCULCADO 
DE FAMÍLIA
“Capacidade de 
realizar as funções de 
proteção
e socialização das 
suas crianças e 
adolescentes”.
(ONG Terra dos Homens)
O que é família?
Configurações Familiares
Nuclear
Recomposta
Monoparental
Homossexual
Adotiva
Sem Filhos
Graus de Parentesco
http://www.gontijo-familia.adv.br/novo/legisla_008.htm
“Todos os filhos são biológicos e 
todos os filhos são adotivos.
Biológicos, porque essa é a única maneira 
de existirmos concreta e objetivamente, 
adotivos, porque é a única forma de 
sermos verdadeiramente filhos”. 
Luiz Schettini (psi MG)
Adoção 
e 
Guarda
(medida protetiva)
Tribunal de Justiça
VIJI – Pça Onze
1ª VRIJI – Madureira
2ª VRIJI – Santa Cruz varas regionais
VIJ – Rodrigues Alves
Guarda – VF
Percurso Grupo de Habilitação
Cartório -> Psi/SS -> Entrevistas e GH -> MP -> Juiz
Documentação
Novo ECA: 
Certidão Anteced. Criminais
E Cível
Acolhimento
Entrevistas Indiv.
Grupo Habilitação
2 meses máximo
ABMP
Recomendação nº2 CNJ
Atend. psicossocial
Sentença
Total tempo:
8 meses
Fiscaliza
Opina
Tipos de Adoção
Termo Jurídico: Adoção
Unilateral ou por Cônjuge
Homossexual 
Monoparental
Inter-racial
Pronta 
Tardia
Intuitu Personae
TEXTO 
“GC um passaporte para 
a convivência familiar”
LEILA TORRACA DE BRITO
Guarda (reversível)
ausente
?
+
•Ficará com a família extensa (do pai ou da mãe)
•Decisão rápida -> liminar (s/ analisar mérito) (“prioridade absoluta”)
•Caso não haja família extensa -> abrigo via CT (Estado)
•Para ser adotado precisa de DPF
Presente
c/ relação afetiva
•Vai pleitear a guarda
criança
Essa decisão é na 
VIJI ou na VF?
Tipos de Guarda
VIJI 
(medida protetiva)
Termo Jurídico: Guarda
Guarda Provisória
Guarda Definitiva
(na verdade guarda é sempre provisória)
VF
(aqui há responsáveis presentes)
Termo Jurídico: Guarda
Unilateral e Compartilhada
Guarda Unilateral
Guarda Compartilhada
Poder Familiar (NCC/02)
“O poder familiar é uma evolução do instituto tratado pelo Código Civil de 1916 como pátrio
poder. Este tem suas raízes na sociedade patriarcal e patrimonializada e conferia legitimidade ao
patriarca para reger a vida dos filhos menores e da esposa. Conforme dispunha o art. 380, caput e
parágrafo único, do Código Civil de 1916, o pai era detentor do pátrio poder, sendo que a mãe
apensa colaborava e, sempre que houvesse divergências entre eles, a vontade do pai era a
prevalente. A submissão dos filhos e da esposa ao patriarca, bem como a exclusão dos filhos
havidos fora do casamento (então chamados ilegítimos), aliados ao cunho patrimonialista do
casamento eram as características mais marcantes da família vigente no início do séc. XX. Inserido
nesse contexto, o pátrio poder configurava-se como um poder do pai que imperava sobre os filhos,
legitimado por uma concepção machista e patrimonial”.
“Um novo cenário, composto por novas relações familiares, exigiu a reconstrução do instituto do
pátrio poder. Ratificado pela CF/88, ECA/90 e NCC/02”.
Ana Carolina B. Teixeira
Advogada
Professora Direito Civil
Mestre em Direito PUC/MG
Doutoranda Direito Civil UERJ
Diretora do IBDFAM
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 11.698, DE 13 JUNHO DE 2008.
Mensagem de veto
Altera os arts. 1.583 e 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, para instituir e disciplinar
a guarda compartilhada.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Os arts. 1.583 e 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, passam a vigorar com a 
seguinte redação:
"Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.
§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 
1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do 
pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
§ 2o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la e, 
objetivamente, mais aptidãopara propiciar aos filhos os seguintes fatores:
I – afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar;
II – saúde e segurança;
III – educação.
§ 3o A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos.
§ 4o (VETADO)." (NR)
"Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:
I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de 
divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar;
II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo 
necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe.
§ 1o Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado da guarda compartilhada, a sua 
importância, a similitude de deveres e direitos atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de 
suas cláusulas.
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, será aplicada, sempre que 
possível, a guarda compartilhada.
§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, 
o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional 
ou de equipe interdisciplinar.
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda, unilateral ou 
compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu detentor, inclusive quanto ao 
número de horas de convivência com o filho.
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda à 
pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de 
parentesco e as relações de afinidade e afetividade." (NR)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de sua publicação.
Brasília, 13 de junho de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto
José Antonio Dias Toffoli
Qual a diferença entre 
Direito e Garantia?
Disposições declaratórias
Bem protegido pela CF 88
Faculdade atribuída aos indivíduos
Disposições Assecuratórias
Mecanismo criado pela CF para assegurar o direito
Caráter instrumental
Concretizar o direito escrito
SGD
O reconhecimento dos direitos da cidadania à criança e ao adolescente é a conquista 
mais recente na evolução histórica da consciência dos Direitos Humanos. 
No Brasil, é representada pela promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente em 
13 de julho de 1990/ Lei n° 8069 conhecido como ECA.
DIREITO GARANTIA
FLUXO DE ATENDIMENTO - SGD
Segurança 
Pública
SGD
Defensoria
Pública
Ministério 
Público
Poder 
Judiciário
Escola
Conselho 
Tutelar
Saúde
Entidades de 
Atendimento
Outros
Qual o objetivo do SGD? 
• O SGD caracteriza-se por uma interação de espaços, 
instrumentos e atores no interior de cada um dos três eixos e 
por uma interação complementar e de retroalimentação entre 
estes eixos;
• Os três eixos do SGD formam uma teia de relações 
entrelaçadas, que de modo ordenado, contribuem para o 
mesmo fim ou objetivos centrais - definidos como garantia de 
direitos. O desafio é entender e fazer funcionar o SGD, para a 
efetivação do objetivo da garantia de direitos.
O Sistema de Garantia de Direitos 
apóia-se, então, em três grandes eixos:
1. PROMOÇÃO;
2. CONTROLE SOCIAL;
3. DEFESA.
• Promoção – Atendimento direto às crianças e adolescentes. 
Atores: Serviços públicos nas áreas de saúde, educação e 
assistência social e ONGs. Este eixo é o que tem a participação 
mais destacada da Prefeitura;
• Controle Social – Órgãos e Instituições responsáveis pela 
fiscalização e avaliação do funcionamento geral do sistema. 
Atores: MP, Conselhos de Direitos, CT, TC, as Ouvidorias e as 
ONGs;
• Defesa – Atua na responsabilização, no controle no não 
cumprimento ou violação dos direitos previstos no ECA. Passíveis 
de punição tanto o adulto que violenta uma criança como uma 
Secretaria Municipal, por ex., que deixe de atender aos direitos 
destes sujeitos. Atores: VIJI, MP, CT, Def. Pública, Polícia Civil e 
entidades de Defesa dos Direitos das crianças e adolescentes.
A expressão "adolescente em conflito com a lei" 
surgiu com o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990). 
Do ponto de vista da psicanálise, seu significado é questionável. 
"O adolescente vive em conflito com a lei do ordenamento jurídico, 
mas, se ampliarmos a discussão, a psicanálise nos ajuda a 
compreender que todo sujeito vive um conflito com a lei. Lógico 
que aqui estamos falando de uma lei simbólica, mas sempre há 
um conflito entre o permitido e o proibido. Todos temos uma 
tentação de quebrar aquilo que acreditamos como certo, que 
aprendemos na cultura como legal. 
Essa expressão é muito interessante porque parece que só o 
adolescente vive em conflito com a lei“.
Junia de Vilhena (Psicanalista-PUC/RJ)
Alguns pontos básicos importantíssimos
a partir do ECA (1990)
Criança e Adolescente
De 0 a 12 anos incompletos
Entre 12 e 18 anos de idade
Ato Infracional (AI)
Medida Socioeducativa (MSE)
Medida Protetiva (MP)
Apreensão
Tempo Máximo: 3 anos
Adulto
De 18 anos para cima 
Crime
Pena
Prisão
Depende da Pena
Fluxo de Atendimento
Apreensão -> DPCA -> DEGASE -> OITIVA ->
FAMÍLIA OU DEGASE (IPS) -> AUDIÊNCIA ->
MSE/MP OU FAMÍLIA OU CT -> ABRIGO (PROGR.
ASSISTÊNCIA SOCIAL).
Leis
CÓDIGOS DE MENORES (1927 e 1979)
ECA (1990)
SINASE (2006)
Medidas
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
MEDIDA PROTETIVA (cça e adol.)
CONSELHO TUTELAR – Criança ato infracional
criança/adolescente/apreensão/ato infracional/medida/máx. 3 anos/
Degase até 18 anos e até 21 anos volta para cumprir
Quais são as MSE (art. 112/125) e MP (art. 101)?
Advertência – assinar “admoestação verbal”
Obrigação de Reparar Dano – restituir patrimônio/compense o prejuízo/ressarcir o dano
PSC – 8 horas semanais – máx. 6 meses
LA – mínimo 6 meses
Semiliberdade – tempo = internação
O que é o Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Menor ? 
Internação – 6 em 6 meses avaliação/ 3 anos máx. (vai para Semi ou LA)
Criança cumpre MSE? 
Adolescente cumpre MP?
Quantas leis existiram até agora relacionadas à 
infância e juventude?
Quando você chama um jovem de 
menor, de adolescente ou criança?
Há diferença entre esses termos?
Um jovem de 19 anos vai 
para o Degase? 
Quando é extinta a MSE?
O juiz pode determinar uma 
INTERNAÇÃO por 3 anos para o 
adolescente?
Integrarão as aulas:
Debates em Sala
Textos acadêmicos
Matérias de Jornal
FaCine

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