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Comportamento Assertivo Um Guia de Auto-Expressão INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! Comportamento Assertivo Um Guia de Auto-Expressão Robert E. Alberti, Ph. D. e Michael L. Emmons, Ph. D. TRADUÇÃO: Jane Maria Corrêa irterUvros Belo Horizonte - M G - 1983 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! YOUR PER FECT R IG H T — A Guide to A ssertive B ehavior COORDENAÇÃO EDITORIAL: Rachel K opit CAPA: C láudio M artins Copyright by Im p a c t Publishers, In c . FICHA CATALOGRÃFI CA C IP - B ra s il . Catalogação-na-fonte ______ Sind icato N acional dos E d ito res de Livros, R J A289c A lberti, R obert E .C om portam ento assertivo : um guia de auto- expressão / R obert E . A lberti e M ichael L. E m m ons; tradução | de | Jane M aria C orrêa. — Belo H orizonte: In te rliv ro s, 1978. T radução de: Y our p e rfec t right: a guide to assertive behavior B ibliografia 1. Psicologia social 2. Relações in terpessoais I . E m m ons, M ichael L. I I . T ítu lo 78 0324 CDD — 301.1 158.2 CDU — 301.151 INTERLIVBOS D E MINAS GERAIS LTDA Caixa Postal, 1843 — T el.: 222-2568 30000 — Belo H orizonte — MG Atendem os pelo Reem bolso Postal INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! índice A gradecim entos ................................................................................................................. 9 Prefácio ................ .............................................................................................................. 11 PR IM EIRA PARTE I . In tro du ção ......................................................................................................... 17 P or que este livro foi e sc rito . Q uem le rá este liv ro . I I . C om portam en to A ssertivo, N ão-assertivo e Agressivo ................... 25 Exem plos de casos. N ão-asserção geral e s itu ac io n al. Agres são geral e s ituacional. R econhecim ento do com portam en to não-assertivo e agressivo . I I I . F undam entos p a ra um C om portam en to A ssertivo .......................... 41 P or que devo m udar? Os seus d ire ito s . U m a advertência an tes que você com ece. Os com ponentes do com portam en to assertivo . IV . O D esenvolvim ento do C om portam en to A ssertivo ....................... 49 M udando com portam en to e a titu d es. O processo passo a p asso . U m “em pu rrão zin h o ” . V. A sserções m u ito Pessoais — Carinho, ód io e R eações P osterio res 55 C arinho com eça em casa . E stabelecendo con ta to . “É ta rd e de m ais agora!” A ra iva é saudável. V I . Além da A sserção ......................................................................................... 63 Reações po tenciais adversas . O ptando pela não-asserção. Q uan do você es tá e rra d o . A lgum as considerações casuais sobre com p o rta m en to assertivo . INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! V II. S ituações de C om portam ento Assertivo 69 S ituações de relações in te rpessoa is. S ituações de consum o. S i tuações no em prego. S ituações n a escola. S ituações sociais. SEGUNDA PARTE V III . In tro d u çã o à Segunda P a rte ..................................................................... 79 IX . P reparo do T erapeu ta ............................................................................... 81 X . D iagnóstico do C om portam ento N ão-assertivo, Agressivo e As sertivo ................................................................................................... 85 C onsiderações p re lim inares . M étodos de d iagnóstico . T estes padron izados. M edidas com portam en ta is ao vivo. X I. Facilitação T erapêu tica ................................................................................... 83 P rep aração do clien te . Facilitação ind iv idual. Facilitação em grupo. A m ontagem do grupo de tre inam en to assertivo . O processo do tre inam en to assertivo em g ru p o . M ais algum as p a lav ras sobre g rupos assertivos. X II . A plicações d o T reinam ento A ssertivo ...................................................... 101 Aplicações n a escola secundária e n a un iversidade. Aplicações p ro fissiona is. Aplicações fo ra da saúde m en ta l. Aplicações individuais e co m u n itá rias. O u tras aplicações. X II I . B ib liografia C om entada ................................................................................ 109 E stu d o s experim en ta is. E stu d o s de caso . M odelagem e rep re sen tação . O p rocesso do tre inam en to assertivo em g rupo . As serção em crianças. O u tras refe rências relevan tes. X IV . R eferências ....................................................................................................... 123 APÊNDICES Apêndice A: D eclaração U niversal dos D ireitos do H om em ................... 135 Apêndice B: In v en tá rio Assertivo ........................................................................... 141 Apêndice C: U m M odelo C om portam en ta l p á ra o C rescim ento Pessoal . . 145 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! Agradecimentos A resp o sta a C om portam en to A ssertivo — U m G uia de A uto-Expressão tem sido co n tín u a e c rescen te . Com trê s tiragens da p rim e ira edição agora em circu lação , sen tim os q u e é h o ra de am plia rm os e ap ro fu n d arm o s este trab a lh o . À m edida em q u e em barcam os n es ta nova v en tu ra , re ite ram os com sin ce ra g ra tid ão q u e n en h um liv ro é o p ro d u to dos au to re s apenas. V árias pessoas fizeram con tribu ições v ita is a es te volum e, e agradecem os- lhes seus esfo rços ded içados: A gradecem os a Jo hn V asconcellos p o r conceder generosam ente seu tem p o p a ra co locar no sso trab a lh o no contexto d e su as preocupações educa cionais e h u m an ís ticas e p o r su a a tenciosa ap resen tação . U m agradeci m e n to especial é devido a Jo seph W olpe, q u e estim ulou e en co ra jou nos sa abo rdagem ao tre in a m en to assertivo . L achlan P . M acD onald ed itou o m a n u sc rito e serv iu como consu lto r gera l e agen te de p ro d ução e d is tr ib u iç ã o . Além disso, su a percep tiv idade e cria tiv idade c o n tr ib u íra m sign ificativam ente p a ra nossa conceptualização teó ric a . E le é tam b ém u m valoroso am igo pessoa l. C harles e C a rita M erker, p ro p rie tá r io s de G randview P rin te rs , Glen dale, Arizona, d ed icaram generosam ente seu tem po e ta len to p a ra to m a r possível a publicação d a p rim e ira ed ição deste livro . D eborah A lberti e K ay E m m ons têm sido m odelos de assertiv idade, 9 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! ¥ $ en co ra jaram , a m aram e esp era ram . Sem elas não h av e jia es te livro A e las dedicam os este esfo rço . R . E . A. M . L. E . S an Luis O bispo, C alifo rn ia D ezem bro de 1973 10 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! Prefácio Nós estam os passando p o r m udanças sign ifica tivas em todos os aspec to s de n o ssa sociedade: religião, fam ília, trab a lho , m odo de vida, educação e governo. M uitas de n o ssas institu içõessociais, a trav és das qu ais as pessoas en co n trav am segu rança no passado, não são m ais segu ra s ou p resen tes com o costum avam se r . A educação, com o a sociedade e tod as su as o u tra s institu ições, e s tá experim entando confusão e crises p ro fu n d a s e do lo rosas. Com o p residen te do “Jo in t C om m ittee on C a lifo rn ia’s M aster P lan fo r H igher E d u c a tio n ”, e do “Jo in t C om m ittee on E d ucatio n a l G oals E valua t io n ”, tenho u m papel p riv ileg iado em fo rm a r os ca rac te res da educa ção que e s tá surg indo , e consequentem ente de nossa fu tu ra sociedade. T enho consciência de que m u ita s pessoas con tinuam a a c re d ita r em um im pulso em d ireção a aperfe içoam en tos — que pode se r cham ado de p ró p rio da evolução in te lec tual, c ien tífica ou h u m an ística . É v ita l que seres hum anos, especia lm en te aqueles qu e são responsáveis p o r e p a ra o u tro s, ten te m co m p reen der o que e s tá acontecendo — p a ra sua realiza ção pessoal, e p a ra a dos o u tro s . E s tam o s p assan do agora pela m a is p ro fu n d a e d ram á tica d as m u danças: com o o se r h u m an o vê o s e r hum ano , com o o hom em se vê com o pessoa, o qu e sign ifica a consciência, o que sign ifica te r u m corpo, ex p re ssa r em oções e relacionar-se au ten ticam en te . N a cu ltu ra ociden ta l trad ic ional, o hom em foi condicionado a ver-se e experim entar-se de mode® negativos — com m u ito m edo e vergonha e cu lpa . Q ualquer que se ja o re lac ionam ento (pa i e filho, p ro fesso r e aluno, 11 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! sacerdo te e fiéis, po líticos e povo)., o hom em foi p ressionado p a ra o lhar p a ra fo ra e p a ra cim a, p a ra a fig u ra de au to rid ad e , a fim de receber ins tru çõ es so b re com o devia ser. H o je e s ta relação e s tá m udando rad ica lm en te . M uitas pessoas estão olhando p a ra d en tro e vendo a condição h u m an a de m odo positivo . E quando eu m udo rad ica lm en te m eu aú toconceito (ou m elhor, auto-esti- m a), en tão to d as as e s tru tu ra s socia is e re lac ionam entos baseados n a au- tonegação, rep ressão e au to rid ad e tornam -se agudam ente questionáveis. E u desafio a h ipó tese de que o u tra pessoa sa iba m elho r qu e eu o qu e é bom p a ra m im . E u questiono aquelas institu ições que m e dizem q u e eu preciso que o u tre m d ite p a ra m im com o eu devo se r. E m m inha experiência p ró p ria (c riado com o católico ro m ano ), a fig u ra de au to rid ad e olhava p a ra a p a red e e falava um a língua e s tra n geira . M inha p ro fesso ra p rim á ria tin h a todo o m istério , as n o tas e o p o de r. Nós, alunos, devíam os sen ta r qu ietos, calar, ace itar, co n fo rm ar, negar nossa experiência e ap ren d er a não co n fia r em nossos p ró p rio s co r pos ou sen tim en tos existenciais. E s te s pad rões não são m ais adequados p a ra m im . P o rtan to , e s ta m os ten ta n d o d a r fôlego a estes m ovim entos que exaltam o hum ano ao invés de rebaixá-lo e que en co ra jam as pessoas a q u es tio n a r de m odo positivo o qu e são os seres hum anos e o qu e eles podem v ir a ser. Passa-se o m esm o com a educação h o je em d ia . E la deve se r re le van te p a ra nossa sociedade, que se m odifica tão ráp id a e rad ica lm en te . E la deve se to rn a r receptiva às necessidades e desejos de se res hum anos que se vêem e sentem -se de m odo d iverso . E xperiênc ias educacionais trad ic ionais d e ram aos jovens a idéia do lorosa de que eles tin h am de negar seus sen tim en tos, ca la r suas pergun tas e ficar qu ietos p o r receio de p a rece r rid ícu los. Lem bro-m e de m im m esm o passando pe la escola: o m enino in teligente que ganhava todos os p rêm ios, m as qu e tem ia fazer p e rg u n tas p o r m edo de ser rep reend ido ou rid icu larizado pela au to ridade . Is to já não serve m ais. Talvez a m elhor evidência s u r ja do que está acontecendo em tod a a C alifórnia. Todos os g rupos ligados à educação (conservadores e liberais, educadores, es tud an tes e pais, de todas as raças, am bos os sexos) estão nos in form ando conv ic tam en te de que a. le itu ra , a esc rita e a a ritm ética fo ram ligadas p o r um q u arto ob jetivo p rinc ip a l da educação: auto-estim a (eu acred ito que a au to-estim a se ja u m objetivo vital, básico, de toda relação e institu ição h u m an a). O objetivo da auto-estim a e as exigências de m uitos seres hum anos deixam claro que m u itas questões sobre hum an idade e n a tu re z a e p o ten cial hum ano são as m ais im p o rtan tes p a ra a educação esco lar atualm en- 12 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! te . E u quero especialm ente ver nossas escolas tornarem -se lugares onde alunos, p ro fessores, adm in istrado res, pa is e responsáveis ju n to s explorem o sign ificado de s e r h um ano . E é possível, assim com o necessário , envol ver a com unidade in te ira , m esm o seus m em bros m ais trad ic ionais, em u m diálogo sobre au to-estim a e sobre liberdade e s inceridade (au ten tic i dade) e am o r (cu id ad o ). E m b o ra tris tem en te desaparecidos em nossos tra to s ro tin e iro s um com o ou tro , e s tes perm anecem os nossos valores trad ic ionais básicos. A m enos que façam os isto , nós sim plesm ente não vam os resolver nossos m aio res p rob lem as sociais: violência, drogas, racism o, sexism o e gu erra . C o n stru ir a auto-estim a, aum entando a com preensão de nó s p ró p rio s e facilitando o com portam en to hum ano n a tu ra l e s tá se tom an d o cada vez m ais u m dos ob jetivos m ais v ita is e ine ren tes das responsabili dades de nosso s is tem a educacional. E s te livro é im p o rtan te p o rque fa la d ire tam en te do tem a . E le atinge d ire tam en te as ra ízes da baixa auto-estim a, no caso do p ad rão de com p o rtam en to se r não-assertivo ou agressivo — elaborando os valores técn i cos do com portam en to a lternativo -assertivo . E le d iscu te com o ap render p o r nós m esm os e com o podem os fac ilita r seu aprendizado p o r ou tros (m inha ú n ica reserva é m eu ceticism o sobre a m odificação do com porta m en to e m eu com prom isso com a psicologia h u m a n ís tic a ). Ju n tam en te com Bob A lberti e Mike E m m ons, m in h a convicção é que o ser hum ano tem u m a trem end a capacidade de crescim ento em ser, to rnar-se au tên tico , responsável e atencioso, assim com o p a ra relacionar- se e c resce r e ap ren d er. E m b o ra este livro não este ja apenas ligado à educação, nós com partilham os a opinião de que as escolas devem ser lu gares onde os seres hum anos se jam encorajados à a b e rtu ra e à expressão de si p ró p rio s — em vez de lugares onde se jam condicionados a sentir-se m al consigo m esm os, ace itar o rdens e adaptar-se, a seguir estudos sem questioná-los, e a p e rp e tu ar o velho sistem a e seus estereó tipos. Nós esperam os ab rir a educação na C alifórnia à exploração de m ui ta s a lte rna tivas e h ipó teses. As escolas devem c ria r o diálogo necessário p a ra c ria r e s tru tu ra s a lternativas, m étodos e cu rrícu los que to rn a rão os jovens capazes de resp e ita r a si m esm os e de descob rir suas capacidades de viver p lenam ente. A educação deve ser um processo que afirm e o d ireito da criança de nãose envergonhar de si m esm a, de não te r m edo de expressar suas necessidades e d ire ito s . A educação realm en te deve to m a r a criança ca paz de reconhecer seu corpo, m ente e em oções com o legítim os e valio sos, e com o com ponentes de ser e tom ar-se com pletam ente hum ano . A educação deve a f irm a r 0 resp e ita r a criança to ta lm en te . 13 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! Com portam ento A ssertivo — Um Guia de Auto-Expressão u ltrap assa as fro n te ira s d a educação baseada nos d ire ito s hum anos. S ua m ensagem c la ra dirige-se à sala de aula, à c línica e, espera-se, a u m a audiência m ais am pla . A prender a se r assertivo é educação p a ra a vida, p a ra se r h um a no, p a ra nos to m a r m ais hum anos e fazer a sociedade m ais hu m an a tam b ém . M as finalm ente, é u m a questão de su a p ró p ria escolha pessoal, de su a p ró p ria consciência de si, e sua p ró p ria boa vontade de c o rre r as espécies de riscos que fazem su a p ró p ria v ida p a rtic u la r cria tiva , signifi cativa e realizada. Jo h n Vasconcellos M em bro do Legislativo d a C alifórnia S acram en to , 6 de dezem bro de 1973. 14 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! Primeira Parte INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! I Introdução E n tre a s pessoas, com o e n tre as nações, o res peito ao d ire ito de cada u m assegu ra a paz! B enito Juarez E s ta segunda ed ição do C om portam ento A ssertivo — Um Guia de Auto- E xpressão é d irig id a a u m público m a io r do que supúnham os n a ocasião d a p r im e ira edição, em 1970. A p rim e ira edição é agora la rgam ente u sad a em escolas, un iversidades, cen tro s d e saú d e m ental, c lube de m eninos, p r i sões, in d ú s tria s e o u tra s organ izações p a ra fac ilita r o desenvolvim ento do co m p o rtam en to asse rtiv o . A inda assim , descobrim os que m u ito s le ito res são leigos, p rim e iram en te in te re ssad o s em seu p ró p rio desenvolvim ento pessoa l, q u e m u ita s vezes ficaram conhecendo o livro através de u m tera p e u ta . F icam os im p ression ad o s p e la q u an tid ad e de leigos p a ra os q uais e s te livro ev iden tem en te su p riu u m a necessidade im p o rtan te . Assim , e n q u an to a p r im e ira edição ten to u conciliar o s ob je tivos de u m liv ro e sc rito p a ra to d a s as pessoas e u m liv ro escrito p a ra p ro fissio n a is de saú d e m en ta l, e s ta segunda edição é d estin ad a ao leigo, com um a seção e x tra que inclu i m a te ria l técn ico p a ra o p ro fiss io na l. E screvem os conscientes do sen tim en to de im potência pessoa l que têm m u ito s ind iv íduos em nossa sociedade hoje, v ivendo em lugares lo ta dos. baru lhen to s, po lu ídos e hostis , onde os indivíduos con tam pouco ou nada, onde in d ú s tria s g igan tes o u serviços públicos, s in d ica to s ou sis tem as po líticos possuem todo o con tro le 17 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! A pesar de um eventual R alph N ader ou John G ardner,* o cidadão m édio continua a sentir-se dom inado, exp lorado e usado p o r quem q uer que o julgue um a fon te de luc ro e poder. O cidadão m édio chega a se n tir que é considerado com o u m recu rso dispensável. N ós não concordam os com isto . E stam o s certo s de quD o indivíduo m erece m u ito m ais . E este é o valor desse livro, a ju d a r a u ltra p a ssa r a im potência pes soal, a ju d a r as pessoas que se sen tem de algum m odo insign ifican tes ou fru s tra d a s no esquem a global das coisas. Nós sim plesm ente não jogam os a cu lpa da condição hum ana sobre o m undo m oderno da tecnologia, m as reconhecem os a necessidade de rea f irm ar o valor individual de cada ho m em com o da abso lu ta p rio rid ad e . O le ito r deve com preender que e s ta não é u m a p ro p o sta de revolu ção política , econôm ica ou social. E s tam o s p reocupados com o p o der em nível m u ito m ais pessoal — em casa, no trabalho , n a escola, em lo jas e res tau ran tes, em reuniões sociais, onde q u er que o sen tim en to d e insign ifi cância ou fru s tra ç ã o pessoa l se ja encon trado . Alguém já passou em sua fren te n a fila? Você tem d ificu ldade em dizer não a vendedores insisten tes? Você consegue ex p ressar sen tim en tos calorosos e positivos a alguém ? Você consegue tran q u ilam en te in ic ia r um a conversa com e s tran h o s em um a festa? Você já lam entou te r “passado p o r c im a” de o u trem quando ten tava a ting ir seus p ró p rio s objetivos? M uitas p essoas acham essas e o u tra s s ituações sim ilares incôm odas ou irr i ta n te s e m u ita s vezes parecem e s ta r d eso rie n tad as sem sab er encon t r a r a resp o sta “c e rta ” . O co m portam en to que to rn a a pessoa capaz de ag ir em seus p ró p rio s in teresses, a se a f irm a r sem ansiedade indevida, a ex p ressar sen tim en tos sinceros sem constrang im ento , ou a ex erc ita r seus p ró p rio s d ire ito s sem negar os alheios, é denom inado de com portam en to assertivo . A pessoa não-assertiva tende a p en sa r n a resp o sta ap ro p riad a depois que a oportun idade passou . A pessoa agressiva pode responder m uito v igorosam ente, causando u m a fo rte im pressão negativa e m ais ta rd e a r rep en d er-se d isso . É nosso p ropósito n este liv ro o rie n ta r a pessoa p a ra que ela ob tenha um rep ertó rio de com portam en to assertivo m ais ade quado p a ra que escolha resp o stas ap ro p riad as e sa tis fa tó ria s em várias situações. Pesquisas d em o n stra ram que o aprendizado de respostas assertivas in ib irá ou en fraquecerá a ansiedade p rev iam en te experim en tada em re la ções in terpessoais específicas. Q uando a pessoa se to rn a m ais capaz de afir- * Lideras dos direitos dos consumidoras nos EE.UU. (H.T-) 18 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! m ar-se e fazer co isas p o r in ic ia tiva p ró p ria , ela reduz apreciavelm ente sua ansiedade ou tensão a n te rio re s em situ açõ es críticas e au m enta seu senso de va lo r com o pessoa . E s te m esm o senso de valor e s tá geralm ente au sen te na p essoa agressiva, cu ja agressividade pode m a sc a ra r sen tim en tos de cu lpa e de insegurança . Nós endossam os sem reservas o conceito de igualdade en tre os seres h um anos. C ada ind iv íduo tem os m esm os d ire ito s fundam en ta is q u e tem seu sem elhan te em relações in te rp esso a is . O nosso ob jetivo é a ju d a r o m a io r n ú m ero de pessoas a ap re n d e r a exerc itar seus d ire ito s fundam en tais, sem in frin g ir o alheio. N ós re fo rçam o s o le ito r a tom ar-se com pleta m en te fam ilia r com a D eclaração U niversal dos D ireitos do H om em (Apên dice A ) . E stam o s m u ito p reocupados com a fo r te tendência em nossa socie dade p a ra av a lia r se res h um anos em escalas que fazem a pessoa “m e lh o r” que as o u tra s . C onsidere as segu in tes inform ações: ad u lto s são m elho res que crianças p a trõ es são m elho res que em pregados hom ens são m elhores que m ulheres b rancos são m elhores que p re to s m édicos são m elhores que bom beiros p rofesso res são m elhores que alunos po líticos são m elhores que eleito res generais são m elhores que civis vencedores são m elhores que perdedo res e assim p o r d ian te , ad in fin itu m . N ossas e s tru tu ra s sociais p e rp e tu am estes m itos e o u tro s sem elhan tes, e p e rm item aos seres hum anos nestes papéis se rem tra ta d o s com o se valessem m enos com o seres hum anos, con siderando-se apenas os papéis h ie rá rq u icos. Se você p assa pe la v ida cheio de inibições, cedendo à vontade alheia, guardando seus desejos d en tro de si, ou, ao co n trá rio , destru in d o os ou tro s a fim de a tin g ir seu s p ró p rio s ob jetivos, seu sen tim ento de au tovalo r e s ta rá baixo . M esm o sin tom as físicos com o d o r de cabeça, fadiga, d is tú r b ios estom acais, erupções da pele e asm a são freqüen tem en te o resu ltado do fracasso em desenvolver o co m p o rtam en to assertiv o . O indivíduo as sertiv o tem con tro le to ta l de si m esm o n as relações in terpessoais, sente-se co n fian te e capaz sem afe tação ou hostilidade, é basicam en te espontâneo na expressão de sen tim en to s e em oções, e é gera lm en te resp e itado e ad m irad o pelos o u tro s . G eralm ente, as p essoas confundem ag ressão com asserção , m as o in divíduo assertivo não p re ju d ica os o u tro s ou nega os d ire ito s deles, p a s sando sem con tem plações so b re as p e sso a s / A pessoa assertiv a é ab e r ta e flexível, genu inam ente p reo cu p ad a com os d ire ito s alheios e é ain- 19 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! da, concom itan tem ente, capaz de estabelecer m uito bem seus p ró p rio s d i re itos. Nosso desejo sincero é ev ita r q u a lq u e r co isa que se ja e s tru tu ra d a como u m m anual so bre “com o m an ip u la r os o u tro s” ou q u alq u er coisa que pareça u m a série de “m ace tes” . E s ta m o s p reocupados em a ju d a r a traze r à tona p ad rõ es de com portam en to du ráveis e positivos baseados nos p rinc íp ios científicos da ap rendizagem . Os conceitos de co m p o rta m ento assertivo , agressivo e não-assertivo são defin idos e ilu s trad o s a fim de d em o n stra r com o p rovocar m udanças em seu p ró p rio co m p o rta m ento . In s tru çõ es específicas p a ra ajudá-lo a a lcançar m aio r asserção são fornecidas em te rm o s claros, não-técnicos. U m a seção conclusiva d iscu te tópicos de in te re sse sobre o uso da asse rção . E s tá tam b ém inc lu ída u m a série variada de ilu straçõ es de situações asse rtiv as que são ú te is p a ra q u a lq u er pessoa que es te ja in te re ssad a e a le r ta a seu p ró p rio p rocesso de auto-aperfeiçoam ento . A segunda p a r te ab range os aspec to s técn icos e teóricos do co m p o rtam en to assertivo , e é designada a se r um guia p a ra pro fissionais qu e se co m prom etem a fac ilita r o cresc im en to pessoal de seus clien tes. POR QUE ESTE LIVRO FOI ESCRITO N ossa análise das e s tru tu ra s básicas dos m undos d a fam ília , da educação e dos negócios leva a conclu ir que o co m portam en to assertiv o é freqüen tem ente su p rim id o n este s trê s n íveis. Além disso, os ensina m entos básicos das organizações religiosas têm freqüen tem ente in ib ido a expressão com ple ta em situações in te rp esso a is . Às m ulheres, c rianças e m em bros de m ino rias é tn icas no s E stad o s U nidos tem sido ensinado, ca rac te ris ticam en te , que o co m p o rtam en to as sertivo é p rop riedade do adu lto b ranco do sexo m asculino . Sem dúvida, ta is a titu d e s es tão p ro fu n dam en te a rra iza d a s em n o ssa cu ltu ra . T em sido ex trem am en te difícil p a ra os que têm , reconhecer os d i re itos dos qu e não têm . As v itó rias qu e re su lta ram dos m ovim entos p a ra os d ire itos civis nas décadas de 1950 e 1960 fo ram vagarosas, do lorosas e trag icam ente custo sas. Fazendo um re tro sp ec to , pode-se im a g inar se as m udanças fo ram m a is que ligeiras. O P residen te Lyndon B aines Johnson observou que os “Civil R igh ts A cts” de 1964, 1965 e 1968 fo ram “as m elhores leis que poderiam Ser ap ro v ad as”, p o r u m Con gresso poderosam en te influenciado p o r ind iv íduos que hav iam dedicado suas vidas à p reservação do statu s quo an te . M ais recentem ente, as m u lheres têm encon trado resistência sim ilar aos seus recen tes esforços de auto-asserção Seus m aridos, em pregados, legisladores, P residente, têm todos dem onstrado resistência que vão da 20 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! condescendência à hostilidade a b e rta p o r suas ba ta lhas po líticas. A inda assim , as m ulheres estão ob tendo v itó rias ta rd ia s no reconhecim ento de seus d ireitos ind iv iduais. N otam os u m aum ento de tre inam en to s a sse r tivos p a ra m ulheres. Iron icam ente, u m grupo de m ulheres conscientes nos inform ou recen tem en te que nos “A gradecim entos” pela p rim eira edi ção desse livro nós p ra ticam en te reconhecem os que nossas esposas dei xam a d ese ja r quan to ao com portam en to assertivo (p o r exem plo, “espe r a r ”). A m ensagem é c lara . N ossa o rien tação cu ltu ra l em relação ao de senvolvim ento do com p o rtam en to assertivo é inadequada. Devem os co m eçar a valorizar e a recom pensar as asserções de cada indivíduo, re conhecendo seu d ire ito à auto-expressão sem m edos e culpas, valorizando seu d ireito à opinião e reconhecendo sua contribu ição , qu e é ún ica . Na fam ília, o indivíduo é geralm ente logo censurado, se se decide a defender seus d ire ito s. R epreensões fam ilia res são: “N ão ouse fa la r com su a m ãe (pai) desse m odo!”, “C rianças devem ser v is tas e não ou v id as”, “N unca m ais diga essa pa lav ra n a m inha fren te o u tra vez” . Obvia m en te es tas o rdens dos pais não levam a criança a se r au to-assertiva. Os p ro fessores são especialm ente culpados pelo com portam en to não- assertivo , basicam en te do m esm o m odo que os p a is . C rianças qu ie tas, bem com portadas, que não questionam o sistem a, são recom pensadas, enquan to aquelas que o fazem são de algum m odo tra ta d a s com des prezo . É que a espontaneidade n a tu ra l da c riança em ap ren d er é cer ceada a té a q u a r ta ou q u in ta série. Os rem anescen tes dos m étodos da educação escolar e fam iliar afe tam nossa a tuação em nossas ocupações e v ida d iá ria . Todo em pregado tem consciência de que, s in tom aticam en te, não se deve d izer n ad a que am eace a o rdem estabelecida n a organização. O p a trã o está “lá em ci m a ” e os o u tro s “em baixo” e sentem -se obrigados a conco rdar com o que é esperado deles, m esm o se consideram essa expectativa com pleta m ente inadequada. As experiências de trab a lho an terio res dos em prega dos lhes ensinam que, se você fa la r abertam en te , é provável que não Obtenha aum ento ou reconhecim ento , e pode a té p e rd er o em prego. Você rap idam en te ap rende a ser u m “hom em de confiança” da firm a, a m an te r as coisas co rrendo sem problem as, a te r poucas idéias p róp rias, a se r p ru d en te ao agir e ao fa la r p a ra que “o p a trão não fique sabendo” . A lição so b re se r não-assertivo em seu traba lho é m u ita c la ra . Os ensinam entos das igrejas con tem porâneas parecem ind icar que se r assertivo não é o com portam en to “religioso” a se r levado a efeito . Q ualidades como hum ildade,autonegação e auto-sacrifíc io são geralm en te incen tivadas a té à exclusão da afirm ação da p ró p ria personalidade. H á um a noção inco rre ta de que os ideais religiosos de fra te rn id ad e de vem, de algum m odo esotérico, se r incom patíveis com os sen tim en to s bons que se experim entem com o p ró p rio eu e com o sen tim en to de 21 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! tranquilidade e confiança n as relações com os o u tro s . A creditam os, e dem onstram os, que se r assertivo na vida não diverge de modo algum dos ensinam entos dos p rinc ipa is g rupos religiosos. Sua fuga do co m p o rta m en to de rep ressão à liberdade p erm ite a você ser m ais ú til aos seus se m elhan tes assim com o a si m esm o. O que pode haver de im pio nisso? In stitu içõ es políticas, em bora não ta n to q u an to as fam iliares, esco la res e religiosas, que influenciam o desenvolvim ento p recoce do com p o rtam en to não-assertivo, fazem pouco p a ra o desenvolvim ento do com p o rta m en to assertivo dos indivíduos a d u lto s . As decisões tom adas no p lano po lítico a tu a l não estão m uito longe dos d ias de abso lu tism o e as sim perm anecem largam ente inacessíveis ao cidadão m édio . No en tan to , é a inda verdade que “a ro d a que range deve se r lub rificad a” e quando os indivíduos se to m a m b as tan te expressivos, o governo geralm ente res ponde. N ossa esperança é que expressão assertiva m ais adequada p ro s creverá a necessidade d a agressiv idade e n tre os a tiv istas po liticam en te a lien ado s. :É com um p a ra a pessoa que tem sido agressiva em u m a d e te rm i n ad a situação se n tir cu lpa com o resu ltad o de seu com p o rtam en to . É m e nos aceito o fa to de que a pessoa assertiva gera lm ente sen te culpa p o r cau sa dos condicionam entos da infância . As institu ições da sociedade têm ensinado com tan to em penho a in ib ir a expressão dos d ire ito s ra zoáveis de u m a pessoa q u e es ta pode se sen tir cu lpada p o r haver se a firm ad o . A firm am os que não é saudável p a ra n inguém nu trir-se de sen ti m en to s de cu lpa p o r se r ele m esm o. E m b o ra as fam ílias, escolas, o rg a nizações econôm icas, ig re jas e governos tendam a negar a au to-asserçãc, nós con testam os com o fa to de qu e cada pessoa tem o d ireito de se r e de ex p ressar a s i m esm a, e sen tir-se bem (sem cu lpas) p o r faze r isso, desde q u e não f ira seus sem elhan tes no processo. A influência an ti-assertiva destes sistem as sociais básicos resu lto u em u m a b a rre ira de lim itações a ações qu e levam à auto-realização de m u itas pessoas. M uitos indivíduos cu jas v idas fo ram lim itadas pela in capacidade de se r adequadam ente assertivos a ting iram a auto-realização seguindo o p ro g ram a de tre inam en to assertiv o deste livro. QUEM LERA ESTE LIVRO E s te liv ro é p a ra tod o s aqueles que desejam desenvolver um a exis tên c ia pessoal p ró p ria m ais rica e p a ra aqueles que serão o s in s tru m e n to s da facilitação no crescim ento pessoal de o u tro s . Um livro de largo a lcance co rre o risco de se r su perfic ia l. C ontudo, nós firm em en te pen sam os que o conceito de asserção leg ítim a é necessário p a ra m u ita s pes soas, p a ra as quais u m volum e especializado não se ria ap ro p riad o . 22 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! E m bora este livrò se ja d irigido ao público em geral, nós supom os que m uitas pessoas das que o lerem estarão ligadas à p rá tic a te rap êu tica profissional, ou a papéis de m odificadores do com portam en to . Professores, técnicos em esportes, conselheiros e funcionários das escolas acharão ú ti l esse livro, como tam bém aqueles cu jas atividades são relacionadas com educação, porém m ais especializadas, com o os lo g o terap eu tas . P rofissio nais em p rá tic a te rap êu tica p a rtic u la r ou pública — psiq u ia tras , psicólo gos, m édicos, o rien tado res conjugais ou fam iliares, p asto res, assisten tes sociais, o rien tado res de em prego e reabilitação, acharão o tre inam en to assertivo valioso no exercício de sua p ro fissão . E les tam bém o indica rão com o le itu ra auxiliar p a ra seus clientes. P a ra alguns p ro fissionais este livro oferece um a breve revisão e um a abordagem organizada dos m éto dos que eles já ap licam em diversos níveis, e que podem serv ir p a ra au m e n ta r a eficácia desses. O rien tadores e técnicos em pessoal das g ran des ind ú stria s ou institu ições do governo acharão ú te is o s conceitos e técnicas descrito s aqui. Além disso, este m ate ria l é d irig ido a um a série de indivíduos engajados em organizações de jovens e com un itá rias. U m a exposição m ais d e ta lhada das aplicações potenciais do tre inam en to as sertivo nestes contextos será en con trada na segunda p a rte . E s te livro foi escrito tendo em m ente sua aplicação prática e fo i organizado de m odo a facilitar sua utilidade na prática. Incitam os o lei to r a fam iliarizar-se com o conceito de asserção, reconhecer sua validade em su a p ró p ria experiência e então aplicar seus princípios em sua vida p esso a l. N a segunda edição nós intencionalmente evitam os conc sitos e ter m inologia q u e possam deter o leitor comum. Um livro clinicamente orien tado sobre tre inam en to assertivo, estaria, sem dúvida, repleto de do cum entação de ex tensas pesquisas. Tal livro conteria longos e frequen te s d iscursos sobre a dinâmica da personalidade relacionada a situações q u e p roduzem ansiedade e a comportamento agressivo, assertivo e não- assertiv o . A segunda parte deste livro é destinada a preencher a neces sidade de ta l m a te ria l. A bibliografia é dirigida ao profissional. O leitor p ragm ático é convidado a aproveitar ao m áxim o a maior parte do que oferecem os aqui p a ra ajudar a si m esm o e aos outros. N ós solicitam os feedback e re la tó rio s desses dois tipos de leitores, leigos e profissionais, q u e em preguem estas técnicas, na esperança de que possam os continua m ente ap erfe iço ar e a tu a liza r este material e expandir sua utilidade. 23 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! II Comportamento Assertivo, Não-Assertivo e Agressivo Todos os hom ens nascem liv res e iguais e têm certo s d ire ito s n a tu ra is , essenciais e ina lienáveis . C onstitu ição d e M assachusetts, 1778. N osso s is tem a de v ida ocidental cu ltiva m ane iras conflitivas de com p o rta m e n to em m u ita s á reas de relac ionam ento in te rp esso a l. U m exem plo típ ico é encon trado nas a titu d es e ensinam en tos p o pu la res so b re sexua lid ad e h u m an a . R epressão sexual é a n o rm a d a fam ília de c lasse m édia am ericana, da escola e da Ig re ja . Os m eios de com unicação de m assa p o pu lares , contudo, lite ra lm en te b o m b ard eiam as aud iênc ias com u m a visão d ife ren te da sexualidade. P o r u m lado espera-se que as m oças se jam m eigas e inocentem en te não-assertivas, enquan to p o r o u tro elas são re fo rçad as p o r se r sensuais, vam pes e sed u to ra s . A agressiv idade sexual, especialm ente no hom em , é a ltam en te valorizada: o am an te é g lorificado pela im p ren sa e pelo cinem a e ad m irad o p o r seus com panheiros. P a radoxalm en te , ele éin s tru íd o a se re lac io n ar com m oças “respe itáve is” e advertido de que o re lac ionam en to sexual só é perm itido depois do casam en to . O u tros exem plos de conflito s e n tre com p o rtam en to s “recom endados” e “re fo rç ad o s” são ev identes. M esm o q uando e s tá c la ram en te expresso que se deve re sp e ita r os d ire ito s dos ou tros, freqüen tem en te observam os que pais, p ro fesso res e religiões con trad izem esses valores com seus p ró p rio s 25 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! a to s. Tato, dip lom acia, polidez, m aneiras refinadas, m odéstia e abnega ção gera lm ente são elogiados, em bora se ja aceitável que, p a ra su b ir na vida, “pise-se” no s o u tro s . O m enino é cu idadosam ente educado p a ra se r fo rte , b ravo e dom i n a d o r. S u a agressividade é p e rd o ad a e aceita, com o é o caso do orgulho sen tido pelo pa i cu jo m enino e s tá em ap u ro s p o r te r ace rtad o o nariz do valen tão . Iro n icam en te (e u m a fo n te de m u ita confusão p a ra o m eni no) o m esm o p a i en c o ra ja rá da m esm a m ane ira o seu filho a “te r respeito pelos m ais velhos”, “se r gen til”, e “d a r lug ar p a ra os o u tro s ’5. O a tle ta que p a rtic ip a de u m a com petição esp o rtiv a sabe quando foi agressivo ou “q u eb ro u ” um pouco as reg ras, m as isto é aceito p o rque “não im p o rta com o você joga, o im p o rta n te é que você vença”, em bora isto não se ja adm itido ab e rtam en te . (C onvidam os o p u ris ta e sp o rtis ta a d isco rdar d es ta afirm ação e co m p ara r os reforços receb idos pelo técnico vencedor em re lação aos recebidos pelo técnico honesto , p o rém vencido .) W oody H ayes, o m ais fam oso tre in a d o r de fu tebol da U niversidade de Ohio, fez a seguin te citação: “M ostre-m e um bom perd ed o r que eu te m os tra re i u m frac assa d o ” . A cred itam os qu e cada p essoa deveria se r capaz “de fazer sua p ró p r ia opção” so b re a m ane ira de ag ir n u m a d e term in ad a c ircu n stân c ia . Se su a resp o sta de “polidez re s trin g en te” é bem desenvolvida, ela pode se r incapaz de esco lher ag ir d a m ane ira que g o staria . Se desenvolveu m ais sua resp o sta agressiva, pode se r incapaz d e a ting ir seus o b je ti vos sem fe r ir os o u tro s . E s ta liberdade de escolha e exercício de au tocon tro le se to m a m possíveis com o desenvolvim ento de resp o stas assertiv as a situações q u e p ro d uz iram an te rio rm en te com portam en to assertivo ou agressivo baseado n a ansiedade . E xem plos com parando o com portam en to assertivo com o não-asser tivo e ações ag ressivas poderão a ju d a r a esc larece r esses conceitos. O p a d rão qu e aparece n o q u a d ro a seguir é tam bém d em o n strad o em cada u m dos exem plos que v irão logo após. O q u ad ro m o s tra d iversos sen ti m en tos e consequências m ais com uns p a ra o indivíduo (em isso r) cu jo com port m en to é não-assertivo, ou agressivo. M ostra tam b ém as conse qüências que cada um desses tip o s de com portam en to trazem p a ra o in divíduo ao q u al o com portam en to é d irig ido (rec ep to r) . Pode-se v er no qu ad ro que no caso de um a re sp o sta não-assertiva num a dada situação , o em issor e s tá c la ram en te se negando e in ib indo a expressão d e seus sen tim en to s . Como resu ltad o de seu com portam en to inadequado, elè se sente, freqüen tem ente , ferido e ansioso . D eixando que os o u tro s esco lham p o r ele, ra ra m en te ele atinge seus p ró p rio s ob jetivos desejados 26 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! A p essoa que leva seu desejo de auto-asserção ao ex trem o do com p o rta m en to “agressivo” n o rm alm en te consegue seu s ob je tivos às cu s ta s dos o u tro s . E m b o ra freqüen tem en te p e rceb a seu com portam en to com o au to e n r iq u e c e d o r e expressivo de seus sen tim en tos n a situação , n o rm al m en te no p rocesso m agoa os o u tro s ao fazer escolhas p o r e les e os desvaloriza com o pessoas. COMPORTAMENTO NÃO-ASSERTIVO COMPORTAMENTO AGRESSIVO COMPORTAMENTO ASSERTIVO O E m isso r O E m issor O E m issor Nega a si p ró p rio V aloriza-se às cu s ta s do s o u tro s V aloriza-se Fica inibido E xpressasse E xpressa-se F ica m agoado e ansioso D eprecia os ou tros S e n te se bem consigo m esm o P erm ite que o u tro s esco lham p a ra ele E scolhe para os outros E scolhe por si N ão atinge os ob je tivos desejados Atinge os ob jetivos d esejados ferindo os o u tro s Pode atingir o s ob jetivos desejados O R eceptor O R eceptor O R eceptor S ente cu lpa ou ra iva R epudia-se Valoriza-se D eprecia o em isso r Sente-se ferido, hum ilhado e na defensiva E xpressa-se Atinge os ob jetivos às cu sta s do em issor Não atinge os ob jetivos desejados Pode a tin g ir os ob je tivos desejados O co m portam en to agressivo re su lta com um ente n u m "reb a ix ar” o re cep to r. Seus d ire ito s fo ram negados e ele se sen te ferido , hum ilhado e n a defensiva. Seus ob jetivos na situação não são ating idos, é c la ro . E m 27 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! b o ra a pessoa agressiva possa a ting ir seus ob jetivos, ela pode tam bém ge ra r ódio e fru s tração que p o de rá receber m ais ta rd e com o vingança. P o r o u tro lado, u m com portam en to asse rtiv o ap rop riado na m esm a s ituação au m en ta ria a auto-apreciação do em isso r e u m a expressão ho nesta de seus sen tim en tos. G eralm en te ele a ting irá seus ob jetivos, tendo esco lhido p o r si m esm o com o ag ir. Um sen tim en to positivo a respeito de si m esm o acom panha u m a resp o sta asse rtiv a . D o m esm o m odo, q u an do as consequências destes trê s co m p o rta m en tos co n tra s tan te s são v is tas d a p erspec tiva d e u m a pessoa “sobre a q u a l” eles são em itidos (ou seja , o indivíduo ao qual o com portam en to é d irig ido) su rg e um p ad rão para le lo . O com portam en to não-assertivo p ro duz frequen tem ente sen tim en tos que vão de sim patia a u m franco desprezo pelo em isso r. T am bém a pessoa que recebe a ação (rec ep to r) pode sen tir cu lpa ou ra iva ao a ting ir seus p ró p rio s ob jetivos às cu s ta s do em isso r. Pelo co n trá rio , u m a transação envolvendo asserção au m en ta os sen tim en tos de autovalorização e p e rm ite expressão to ta l de si m esm o. Além disso, en q u an to o em isso r a tinge seus objetivos, os ob je tivos do ind iv íduo ao qual o co m p o rtam en to é d irig ido tam b ém podem se r ating idos. E m sum a, é c laro en tão que no co m p o rtam en to não-assertivo o em is so r se p re ju d ica p e la su a p ró p ria autodesvalorização ; no co m p o rtam en to agressivo o rece p to r é p re ju d icad o . No caso d a asserção , n enhum a p es soa é p re ju d icad a e, a m enos que os ob je tivos desejados se jam to ta lm e n te conflitan tes, am bos podem sair-se bem . EXEMPLOS DE CASOS: “Jantando Fora” O S r . e a S ra . A estão n u m re s ta u ra n te de p reços m oderados. O S r. A p ed iu um b ife especial, m as quando fo i serv ido perceb eu que estava m uito bem passado, ao co n trá rio do que ele hav ia ped ido Seu com por tam en to é: Não-Assertivo: O S r . A resm unga p a ra a m u lh era respe ito do b ife “queim ado” e diz que não v o lta m ais neste re s ta u ra n te . E le não diz n a d a ao garçom e responde “tu d o legal” à sua p e rg u n ta “e s tá tu d o bem ?” . A su a no ite e seu ja n ta r são a ltam en te insa tis fa tó rio s e ele se sen te culpado p o r não te r tom ado um a a titu d e . A au to-estim a do S r. A e a adm iração da S ra . A p o r ele são d im inuídas pela experiência. 28 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! A gressivo: O S r. A cham a o garçom à m esa e é in ju sto e grosseiro com ele p o r não te r a tend ido bem . A sua a titu d e rid icu lariza o garçom e cons trange a S ra . A. E le pede e recebe o u tro b ife m ais de acordo com o que q u eria . E le se sen te controlando a situação , m as o em baraço da S ra . A cria a tr ito en tre eles e es trag a a noite. O garçom fica hum ilhado, zangado e sem je ito o res to da no ite . Assertivo : O S r . A cham a o garçom à sua m esa, lem bra-lhe que ped iu u m b iie especial, m ostra-lhe o b ife bem passado, pede-lhe polida m as firm em ente que o tro qu e p o r um m al passado com o ele hav ia ped ido . O garçom pede desculpas pelo e rro e rap idam en te o a tende. O casal ap recia o ja n ta r e o S r . A se sen te sa tisfe ito consigo m esm o. O garçom se sen te feliz com o freguês satisfeito e o serviço adequado. “Em prestando Alguma C oisa” H elen é um a u n iv ers itá ria a traen te , b rilh an te e excelente estudan te , am ada pelos p ro fesso res e colegas. E la m ora num a repúb lica com seis m oças, div id indo seu q u arto com duas. Todas as m oças n am o ram regu larm ente . U m a noite, enquan to as colegas de q u arto de H elen se p rep a ravam p a ra en co n tra r os nam orados (H elen p lane ja u m a no ite tran q ü ila elaborando um trabalho escolar), M aria diz que vai sa ir com u m cara m uito legal e espera d a r um a boa im pressão . E la p e rg u n ta a H elen se pode u sa r um co lar novo e caro que H elen acabou de ganhar de seu irm ão que p re s ta serviço m ilita r na M arinha. H elen e seu irm ão são m u ito am igos e o co lar significa m u ito p a ra ela. Sua resposta é: Não-Assertiva: E la “engole em seco” seu m edo de o co lar ser perd ido ou dan ifica do, e seu sen tim ento de que seu significado especial o to rnava m uito im p o rta n te p a ra ser em prestado e diz: “C laro” . E la se desvaloriza, re fo rça M aria p o r fazer um pedido excessivo e se p reocupa tod a a no ite (o que tra z pouca contribu ição p a ra o trab a lho e sc o la r) . Agressiva: H elen m o stra indignação pelo pedido d a am iga, dizrlhe “abso lu tam ente n ão ” e com eça a censurá-la severam ente po r atrever-se a fazer um a p erg u n ta “tão c re tin a ” . E la hum ilha M aria e faz papel rid ícu lo . Mais 29 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! ta rd e se sen te incom odada e com sen tim en to de culpa, o que in te rfe re no seu estudo . M aria se sen te fe rid a e estes sen tim en tos m anifestam -se m ais ta rd e , e s tragando o seu encontro , pois não consegue se d iv e rtir , o que in trig a e desenco raja o rapaz . D aí em d ian te o relacionam ento de H elen com M aria p assa a ser b as ta n te tenso . A ssertiva: E la fala do significado do co lar e, gentil, m as firm em ente , diz que aquele pedido não pode ser atendido, po is a jó ia é m uito pessoa l. M ais ta rd e e la se sen te bem p o r te r sido sincera consigo m esm a e M aria, re conhecendo a validade da resp o sta de H elen, faz g rande sucesso com o rapaz, sendo ela tam b ém m ais h o nesta e fran ca com ele. “Fum ando M aconha” P am é u m a a lu na d o 3.° colegial, m u ito sim pática , que tem se en contrado com u m rapaz m u ito a tra e n te do qual tem gostado m u ito . N um a no ite ele a convida a p a rtic ip a r de u m bate-papo com o u tro s dois casais, am bos casados. Q uando todos se reu n iram n a festa , P am sentiu-se m u ito bem e gos to u m u ito . Depois de u m a h o ra m ais ou m enos, um dos hom ens casados pegou alguns c igarro s de m aconha e sugeriu que todos fum assem . T odos p ro n tam en te ace itaram , exceto Pam , que não q u eria experim en tar m aco n h a . E la fica em conflito , p o rq u e o rap az que e la ad m ira e s tá fum ando m aconha e, quando ele lhe oferece o cigarro , ela decide ser: Não-Assertiva: A ceita o cigarro , dem onstrando já te r fum ado m aconha an tes. E la observa aitentam ente os o u tro s p a ra ver com o eles fum am . No fundo ela tem e que eles lhe peçam p a ra fu m a r m ais. Os o u tro s es tão fa lando em "ficar m u ito do idos” e P am está p reocupada com o qu e o rapaz e s tá pen sando dela. E la negou a si p ró p ria , não fo i since ra com seu nam orado , e sen te rem orso p o r te r en trad o num a que não queria . Agressiva: P am fica ind ignada quando lhe oferecem a m aconha e explode com o rapaz p o r tê-la levado a u m a fes ta de tip o tão “baixo” . Diz que p re fe re vo lta r logo p a ra casa do que ficar com este tip o de gente . Q uando as o u tra s pessoas da fes ta lhe dizem que ela n ão p recisa fum ar, se não qu iser, ela não se sa tisfaz e con tinua ind ignada. Seu am igo fica hum i lhado, sem je ito com seus am igos e desapon tado com ela . E m b o ra ele con tinue cord ial com P am quando a leva p a ra casa, ele não m ais a con v idará p a ra sa ir . 30 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! Assertiva: Pam não ace ita o cigarro , dizendo sim plesm ente: “Não, obrigada. N ão estou com v o n tad e” . E la continua, explicando que nunca fum ou an tes e que não tem vontade de fazê-lo. Diz que p re fe r ir ia que os o u tro s não fum assem , m as reconhece o d ire ito que eles têm de fazer suas p ró p ria s esco lhas . “A Gorducha” O S r . e S ra . B estão casados h á nove anos e recen tem en te vêm tendo p rob lem as conjugais, po rque ele insiste em que ela e s tá m uito gorda e p recisa em agrecer. E le vo lta ao assunto co n stan tem m te , dizendo- lhe que ela não é m ais a m esm a m u lh er com quem se casou (que tin h a 5U Kg), que este excesso de peso lhe faz m al p a ra a saúde, que ela é um m au exem plo p a ra as crianças, e tc . Além disso, ele a goza, dizendo que ela está um a bola, o lha apaixo n ad am ente p a ra a s m oças m agras, com entando sobre o q u an to são a traen tes, e faz referências à sua m á aparência na fren te do s am igos. Nos ú lti m os trê s m eses o S r . B tem se com portado desta m ane ira e a S ra . B já es tá te rriv e lm en te co n tra riad a . E la tem ten tado perd er peso n estes trê s m eses, m as sem m u ito sucesso. Seguindo a onda recente de críticas do S r . B, a S ra . B é: Não-A ssertiva : E la pede descu lpas p o r seu excesso de peso, às vezes se descu lpa sem convicção, o u tra s sim plesm ente aceita calada as c rítica s d o m arido . In te rio rm en te ela sen te raiva do m arid o pela su a “encheção” e culpa-se pelo excesso de peso . S ua ansiedade to m a m ais difícil p a ra ela p e rd e r peso, e a b riga continua. A gressiva: A S ra . B faz freqüen tes com entários, dizendo que seu m arido ta m bém não vale g rande coisa. E la m enciona o fato de que à no ite ele cai no sono no sofá, é um péssim o parceiro sexual e não lhe dá atenção su ficien te. E s ta s coisas não têm n ad a a ver com o problem a, m as a S ra . B . con tinua. E la queixa-se de que ele a hum ilha n a fre n te d as c rianças e am igos m ais chegados e age com o u m “velho sem -vergonha” pelo m odo que olha a s m oças a traen te s . Na su a raiva ela só consegue fe r ir o S r . B e co n stru ir um a b a rre ira en tre eles, defendendo-se com o contra-ataque. 31 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! A ssertiva : A S ra . B . p ro cu ra o m arid o n u m a h o ra em que ele e s tá sozinho e n ã o se rá in terrom pido ; en tão lhe diz que sen te que ele e s tá certo com relação à su a necessidade de p e rd e r peso, m as que não go sta da sua mar n e ira de colocar o p ro b lem a. Diz que e s tá fazendo o m elhor que pode e que e s tá sendo duro p e rd e r peso e m a n te r o regim e. E le com preende a ineficácia de fica r rep isando o assu n to e decidem tra b a lh a r ju n to s num plano no qual ele vai reforçá-la s is tem aticam en te p o r seus esfo rços em p e rd e r peso . “O M enino do V izinho” O S r . e S ra . E têm u m filho de dois anos e u m a filha de dois m e ses . R ecentem ente, p o r d iversas no ites, o filho do vizinho, de 17 anos, tem ficado em seu carro , ao lado da casa, ouvindo som altíssim o. E le com eça exatam ente n a h o ra em que as duas crianças d o casal E se recolhem p a ra do rm ir, exatam ente ao lado da casa onde o rapaz ouve as m úsicas. A m úsica a lta aco rd a as c rianças tod a no ite e é im possível p a ra os pais fazê-las do rm ir, enquan to a m úsica con tinua. O casal E es tá incom odado e decide ser: N ão-A ssertivo : O S r . e S ra . E levam as crianças p a ra seu q u a rto , do ou tro lado d a casa, esperam a té qu e a m úsica cesse, p o r volta de 1 h o ra da m a d ru gada, en tão tran sfe rem as c rianças p a ra o q u a rto delas. E vão dorm ir m u ito depois do h o rá rio de costum e. E les con tinuam a m ald izer o rapaz em silêncio, e breve se desligam do s vizinhos. Agressivo : O casal E cham a a polícia e rec lam a que “um desses jovens selva gens” da casa ao lado está incom odando. E xigem que a polícia “faça seu p ap e l” e p a re com o baru lho de um a vez. A polícia fa la com o rap az e com seus pais, que ficam m in to chatea dos e com ra iva pelo em baraço da v isita d a po lícia. E les rep rovam o fato de o casal E te r cham ado a polícia an tes de conversar com eles e reso l vem ev ita r q u a lq u er relacionam ento com eles. A sse rtiv o : O casal vai à casa do rap az e diz a ele que su a m úsica e s tá m antendo a s c rianças aco rdadas à no ite . P rocura , ju n to com o rapaz, en co n tra r um a solução p a ra o caso, que não p e rtu rb e o sono das c rianças. O rapaz relu- ta n t em ente concorda em abaixar o vo lum e à noite, m as ap recia a a titude cooperativa do casal E . Todos se sen tem bem com os resu ltados. 3? INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! Já Passou dos L im ites’ M arcos, de 28 anos, chega em casa e encon tra um b ilhete da m ulher, dizendo que iniciou u m processo de d ivórcio . E le fica m u ito p e rtu rb ad o , p rinc ipa lm en te p o rq ue ela não lhe disse c a ra a ca ra . E n qu an to p ro cu ra se co n tro la r e com preender p o r que ela agiu daquela m aneira , ele re lê seu b ilhete: “M arcos, estam os casados h á 3 anos e nunca, em nenhum m om ento, você m e p e rm itiu se r eu m esm a e agir com o u m ser hum ano . Você sem p re m e d isse o que fazer, sem p re tom ou todas as decisões. Você nunca ap ren d erá a m o s tra r carinho e afeição p o r n inguém . Tenho m edo de te r filhos com receio de que eles possam se r tra ta d o s com o eu sou. A prendi a p e rd e r todo o respeito e adm iração p o r você. O ntem à noite, quando você m e bateu , foi o fim . Vou m e d ivorciar de v o cê .” M arcos decide reag ir a e s te b ilhete sendo: N ão-A ssertivo : Sente-se com pletam ente só, com rem orso e com pena de si m esm o. Com eça a beber e finalm en te tom a coragem sufic ien te p a ra cham ar su a m u lh er n a casa dos pais dela. No telefone, im p lo ra perdão , pede a e la que volte e p ro m ete m u d ar. A gressivo: M arcos fica furioso com o com portam en to de su a m u lh er e sai p a ra procurá-la . E le a ag a rra v io len tam ente pelo b raço e exige qu e e la volte p a ra o la r ao qual ela p e rte n c e . Diz-lhe que ela é sua m u lh er e tem que fazer o que ele diz. E la b riga e resiste; seus pais in tervêm e cham am a polícia. A ssertivo: M arcos liga p a ra sua m u lher e d iz lh e que percebe que foi tudo b a sicam en te p o r cu lpa dele, m as que g o staria de m u d ar. Fala da su a boa vontade em m a rca r um a consulta com um psicólogo e espera que ela p a r tic ipe com ele. “O D errotado” R ussel é um rapaz de 22 anos que trab a lh a num a fáb rica de p lástico . M ora sozinho n um q u a rto alugado. Nos -últimos q uato rze m eses ele não tem se enco n trad o com nenhum a g aro ta . Deixou a escola depois de um a série de coisas que o desag radaram — não estava indo bem nas pro- 33 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! vas, b rigas com os colegas nos a lo jam en tos de e s tu d an te s . E steve p reso duas vezes p o r causa de beb idas. O ntem recebeu um a c a rta de sua m ãe p erg u n tan d o com o estavam as coisas e p rinc ipa lm en te fa lando dos su cessos de seu irm ão . H o je seu chefe o rep reendeu asp eram en te e, de ce r ta form a, in ju stam en te , p o r u m e rro que, de fato , e ra da responsab lidade do p ró p rio chefe. Além disso um a sec re tá ria do seu serviço não aceitou u m convite que ele lhe hav ia feito p a ra ja n ta r . Q uando ele chegou ao seu ap artam en to naquela ta rd e , sentindo-se p a rtic u la rm en te deprim ido e des gastado, seu locador o encon trou n a p o r ta e com eçou com u m a conversa sobre “estes b eb e rrõ es” e com u m aviso (um a sem ana an tes do p razo) de que devia p agar o aluguel n o vencim ento . A resp o sta de R ussel é: Não-Assertiva: E le tom a sobre si toda a carga do locador, som ada a um a culpa que sen te e u m a depressão , ago ra au m en tad a . Sente-se com pletam en te de sam parado . P ica ad m irad o de com o seu irm ão pode ser tão bem sucedi do e ele tão d esas trad o . A rejeição d a sec re tá ria e a c rítica do chefe re fo rçam sua convicção de que não p re s ta p ra n ad a . Concluindo que o m un do ficaria m elhor sem ele, pega o pequeno revólver que tem no q u arto e com eça a carregá-lo, com o p ro p ósito de se su ic idar. Agressiva: O locador acrescen tou a gota d ’água no copo de R ussel. E le fica fu rioso e em p u rra o locador p a ra fo ra de seu q u a rto . Lá, sozinho, resolve “p eg ar” as pessoas que têm feito su a vida tão m iserável u ltim am ente: o cheve, a secre tá ria , o locador, e possivelm ente ou tro s tam b ém . Pega seu revólver e com eça a carregá-lo com o firm e p ro p ósito de sa ir à no ite e m a ta r as pessoas que o fe riram . Assertiva: Russel responde firm em ente ao locador, dizendo que sem pre pagou o aluguel em d ia e que ainda fa lta um a sem ana p a ra o vencim ento . L em bra ao locador que h á u m a b a rra d a escada q u eb rad a e que o conserto já de veria te r sido feito h á m ais tem po . Na m anhã seguinte, apósp en sar um pou co so bre su a vida, p ro cu ra um a clínica psicológica p a ra ajudá-lo . No t r a balho p ro cu ra o superv iso r e calm am ente lhe explica as c ircunstânc ias do e rro . E m bora p rocu rando se defender, o superv iso r reconhece o seu erro- e pede desculpas po r seu com portam en to agressivo. 34 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! \ NAO-ASSERÇÃO GERAL E SITUACIONAL U m apaziguador é alguém que alim enta um crocodilo esperando que este vá comê-lo m ais ta rd e . W inston Churchill Dois conceitos de não-asserção são ú te is no desenvolvim ento de re s p o stas m ais adap ta tiv as às situações da vida que exigem asserção . O p ri m eiro diz resp e ito àqueles indivíduos cujos com portam en tos são geralm en te adequados e p roporc ionam au tocrescim en to ; m as que em algum as situ a ções se sen tem a ltam en te ansiosos, o que os im pede de d a r respostas ade quadas a es tas situações. Iden tificam os esta ca tego ria com o não-asserção situacioraal. A segunda categoria , não-asserção generalizada, inclui aquelas pessoas cu jos com portam en tos são tip icam en te não-assertivos. E s te indivíduo fre- qüen tem en te v isto com o acanhado, tím ido ou reservado , acha-se incapaz de a firm ar seus d ire ito s ou ag ir de acordo com seus sen tim en tos n a m aior p a r te ou em quase todas as situações. E le não faz nada que p e rtu rb e os o u tro s . C onstan tem en te ele e s tá voltado p a ra os o u tro s ou sente cu lpa se nega algo a alguém . S em pre fez o que seus pa is qu iseram que fizesse. S ente que não tem idéias p ró p ria s e e s tá sem pre com medo dos o u tro s . E n qu an to a m aio ria das pessoas no m ín im o p ro te sta b ran d am ente quando se ab u sa dos seus d ireitos, o não-assertivo com um não diz n ad a . P o r exem plo , se alguém está fazendo b aru lho a ponto de p e rtu rb a r nosso p raze r no tea tro , a m aio ria de nós, sendo assim provocada, exigirá que respeitem nosso desejo de sossego, enquan to o não-assertivo com um so fre rá calado. E le p re fe re a té acusar-se de não ser com preensivo e am igável a pensar que a o u tra pessoa es tá e rra d a . É m u ito com um ele deixar de fazer suas coi sas p a ra deixar ou tro s levarem vantagem sobre ele. Alguns não-assertivos com uns pedem perm issão p a ra fazer coisas que todos acham m ais que n o r m ais. U m a m u lher achava necessário p ed ir perm issão ao m arido p a ra beijá-lo ou sen tar-se em seu colo! Um hom em em prestou seu ca rro p o r u m d ia . Q uando, três d ias depois, o su je ito o devolveu com pouca gaso lina e sem nenhum a explicação sobre o que tin h a acontecido, ele não d isse nada, em bora sua cabeça estivesse “pegando fogo” e seu estôm a go estivesse queim ando. O com um ente não-assertivo, conseqüentem ente, é um a pessoa que tem u m a au to-estim a m u ito baixa e a quem quase tod as as situações sociais deixam ansioso a ponto de incom odar. Seu sen tim en to de ser inadequa do, o pouco reconhecim ento de seu p ró p rio valor e o desconforto físico causado pela ansiedade generalizada pode dem andar um tra tam en to pro- 35 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! fundo. A inib ição ex trem a e fa lta de hab ilidade em responder em ocio nalm en te da p essoa não-assertiva pode exigir um desenvolvim ento tão p ro fundo de a titu d es e com portam en tos som ente possível no re lac io n a m en to com u m te ra p e u ta tre inado . E m b o ra incluam os no p ro g ram a de desenvolvim ento de asserção deste livro u m con jun to com preensível de situações de tre inam en to assertivo , nenhum a ten ta tiv a é fe ita aqu i de lid a r com condições te rap êu tica s efetivam ente necessárias p a ra a ju d a r as pes soas com um ente não-assertivas. Sugerim os que as pessoas identificadas com o geralm ente não-assertivas se jam encam inhadas a um te rap eu ta q u a lificado. O não-assertivo situacional pode reconhecer seu p ro b lem a p ro n ta m ente, e sem m u ito p re p a ro ou dem ora, in ic iar com sucesso a asserção . E x iste tam bém nesse indivíduo um a tendência a descob rir e sp o n tan ea m ente, n a sua vida d iária , m ane iras de ser assertivo consigo m esm o e com os o u tro s, sem se r especificam ente in s tru íd o p a ra isso . U m exem plo é C arolina, u m a u n iv ers itá ria de 27 anos que falou de como as pessoas aproveitaram -se dela u m a boa p a r te do tem po. Seu p ro b lem a a tu a l e ra com u m a colega de sala que lhe tin h a ped ido em prestadas suas anotações e que estav a com elas h á m ais de u m m ês. C arolina p recisava delas p a ra p re p a ra r um a au la e já as tin h a ped ido u m a vez, m as elas não lhe fo ram devolvidas. Os conceitos de asserção fo ram explicados a C arolina, es clareceram -se as d ificu ldades que ela v inha tendo em ser assertiv a de m a n eira adequada. E la en tão tre inou sua nova a titu d e cobrando da colega de novo, d es ta vez de m ane ira firm e e in sis ten te . Nos d ias seguintes ela p ro cu ro u de novo a colega, falando firm em en te sobre sua necessidade das anotações e rap id am en te conseguiu que e la as devolvesse. Além d isso re clam ou de u m e rro no tíq u e te do estac ionam ento e acabou ganhando . No passado esta m u lh er deixaria es tas coisas passarem , m as ela ap rendeu sua lição rap id am en te . C ontinuou sendo assertiva, o que resu ltou num a auto- im agem bem m elhorada. No caso de não-asserção situacional, supom os que estam os lidando com um a pessoa re la tivam en te saudável, que deseja desenvolver novas fo r m as de lid ar com situações que são a tu a lm en te desagradáveis, negativas e não adap ta tivas p a ra ela . Se não fizer n ad a a respe ito d estas situações, p o d e rá ainda ser capaz de ag ir de m ane ira re la tivam ente saudável, m as, sendo assertiva consigo m esm a em certas situações chave, ela fa rá sua vida tra n sc o rre r m ais tranqü ila e se sen tirá m ais com pleta com o pessoa O p ro fessor, conselheiro ou am igo, p o de rá observar a inabilidade d esta pes soa em agir na d ireção de seus p ró p rio s ob jetivos. Ou o indivíduo m esm o poderá p ro c u ra r a ju d a p a ra su p e ra r um a ansiedade n um a determ inada s itu ação . INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! AGRESSÃO GERAL E SITUACIONAL E u sou in fe rip r a q u a lq u er hom em cu jos d irei to s eu p iso . H orace Greeley N a seção a n te r io r descrevem os o com portam en to da pessoa c u ja an siedade in ibe re sp o sta s asse rtiv as adequadas. U m a o u tra pessoa pode re s p o nd er a e s ta ansiedade sen d o agressiva, “colocando o s o u tro s p o r baixo” p a ra “sen tir-se p o r c im a” . É com um confundir-se co m p o rtam en to assertiv o com com p o rtam en to agressivo . Tem os, contudo, obse rvado que asserção não envolve fe r ir o u tra pessoa . M uitas vezes o ind iv íduo agressivo deseja se lev an ta r sem fe r ir o u tra s pessoas m as n ão ap ren d eu re sp o sta s que se jam ap ro p riad am en te asse rtiv as . É fácil in te rp re ta r-se m al u m co m p o rtam en to agressivo e m an te r u m a baixa e s tim a p o r pessoas ag ressivas. Alguns liv ros popu lares re cen tes (B ach e W yden, 19S8) a ju d a ra m a au m e n ta r a com preensão so bre a agressividade, con tudo , m u ito a inda p rec isa se r feito sobre o assu n to. In fe lizm en te , o u tra s explanações popu larizadas, su pe r s im plificadas e in co rre ta s , com o a que ca ra c te riz a a ag ressiv idade h u m an a com o “in s tin tiv a”, são enganosas e d e pouco v a lo r p a ra a com preensão d este tip o de com p o rta m en to . T em os esp eran ça de que u m conhecim ento d a agressão como u m a re sp o sta inadequ ad a p a ra a an siedade e um reconhecim ento da fac i lidade com que u m a p essoa pode ap ren d er resp o stas assertivas m ais ade q u ad as red u z irá o conceito fo ra de p ro p ó sito que m u ita gente tem a resp e ito d a ag ressão dos ind iv íduos. Os conceitos de “g era l” e “s ituac ional” podem se r ap licados ao com p o rta m en to agressivo de m a n e ira sem elhan te à nossa discussão so bre não- asserção . O indivíduo gera lm en te agressivo caracteriza-se p o r um co m p o r tam en to que é tip icam en te agressivo com os o u tro s em tod as as situações. E le pode parecer, de fachada, te r m u ita autoconfiança, e s ta r n o con tro le de to d a situação , se r fo rte e capaz de lid a r com a v ida de sua p ró p ria m ane ira . E le pode v iver de aco rdo com su a concepção do ideal c u ltu ra l am ericano: a im agem da fig u ra agressiva, v iril, que dom ina seu am bien te e d em o n stra seu “m ach ism o” . Se ele tem um a orien tação m ais in te lec tual, p o d e rá d o m in ar conversações, d esfazer d as opiniões dos o u tro s e n ão dei x a r dúvida de que se considera a ú ltim a p a lav ra em quase tod o assu n to . Alguém que se ja gera lm en te ag ressivo parece te r a tr ito com a m aio ria das p essoas com q u em e n tra em co n ta to . É ex trem am en te sensível à c rítica e se sen te re je itado b o a p a r te do tem p o . A agressiv idade generalizada caracteriza-se pela facilidade com que a pessoa desencadeia explosões ag res sivas. E m casos ex trem os ela é tão sensível que um a leve am eaça a sua 37 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! segu rança p rovoca u m a reação co n trá r ia . O hom em é gera lm en te , m u i to au toc rá tico no seu relacionam ento com a fam ília , com m u lh e r e filhos subm issos, nenhum deles arriscando-se a con trariá -lo de n en h um a fo rm a . Pode re c o rre r à punição física com as c rianças e pode se r abusivo fisica m en te com a esposa . F reqüen tem en te é u m tip o co n sid erado ca rran cu d o e tac itu rn o ; pode t e r m u ita d ificu ldade em se m a n te r no em prego . E s ta pessoa geralm ente agressiva, devido a seu co m p o rtam en to se r tão ofensivo- p a ra os o u tro s , vê-se com poucos am igos e p o uca estim a dos seus conhecidos. S ua necessidade de afeição e aceitação é tã o g rande q u an to a de todo m undo , m as ela não sabe com o se r asse rtiv a consigo m esm a (e en tã o receber ace itação) ou com o d em a n d ar a fe ição . S u as ten ta tiv as de estabelecer con ta to h u m an o geralm ente te rm in am em fru s tração , devi do a seu com p o rtam en to abusivo . De novo, com o n o caso d a pessoa gera lm en te não-assertiva, o indi v íduo gera lm en te agressivo é, acred itam os, ansioso em q u ase tod as as si tuaçõ es socia is. S ua re lu tâ n c ia ou inabilidade p a ra resp o n de r a u m evento em ocional de m a n e ira honesta , enganando aos o u tro s e freq ü en tem en te a s i m esm o, exige u m relacionam ento te rap êu tico p ro fiss io n a l. A pessoa s ituacionalm en te ag ressiva responde com agressão apenas sob ce rta s condições. E la p o derá , geralm ente, reconhecer e s ta condição e v o lu n tariam en te b u sc a r ass is tên c ia p a ra o p ro b lem a específico ou respon d e r rap id am en te à sugestão de alguém de que deve m u d a r. P ro n tam en te pode ace ita r a sugestão de p o de r fac ilm en te a p re n d e r resp o stas m ais adap- ta tiv as do que a agressão . D ois exem plos de ag ressiv idade s ituacional ta l vez esc lareçam m ais e s ta idéia . Dois es tud an tes u n iv ers itá rio s fo ram enviados (p a ra tra ta m e n to ) pelo m esm o in s tru to r em ocasiões d ife ren tes . J im , u m e s tu d a n te d o 3.° ano, foi descrito com o irritad iço ; Adélia, u m a m oça do ú ltim o ano, fo i env iada p o r se r ex trem am en te d o m in ad o ra com u m in s tru to r e com seus colegas de classe . O rapaz tin h a tu n a influência pe rn ic io sa n a classe; fazia p e r g u n ta s de m a n e ira agressiva, o que in tim idava o p ro fesso r, e n as d iscus sões em sala ex ternava rudemenfce suas opiniões, não m o stran d o respe ito a lgum pela opinião dos o u tro s . A a titu d e v o lu n ta rio sa de J im e ra ofensiva e p io rava com seu desprezo pelos que não ace itavam su as conclusões “óbvias” . De fa to , ele p e rtu rb a v a todo o c lim a d a classe re je itand o a va lidade de q u a lq u er ponto-de-vista qu enão fo sse o seu p ró p rio . P a ra te r m in ar, J im ignorava todo m undo d en tro da sala, em bo ra m u itas das suas observações fossem lógicas e b em p en sad as. Adélia só se to m o u agressiva depois d e u m ex tenso período de não- a sse rtiv id a d e . À m edida que fo i vendo os o u tro s levarem sem p re v an ta gens sobre ela, não pôde m a is su p o rta r isso e com eçou a te r explosões d e agressiv idade. D epois de u m a dessas m anifestações de raiva, Adélia p a rec ia e s ta r bem , a té q u e o p rocesso ocorresse de novo, p roduzindo ou- 38 INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões! t r a exp losão . C ada u m d estes ind iv íduos estav a certo , m as eles a rru in a ra m a efetiv idade de suas idéias p o r ações in a p ro p riad as . A m bos m e lh o ra ram suas v idas acadêm icas p o r m eio de u m a aprendizagem de com o lid a r assertiv am en te com as situações. O u tro exem plo de agressividade- s ituacional é o de P a t, 37 anos, q u e estav a tendo sessões de aconselham ento conjugal, ju n ta m e n te com seu m arid o , depois de te r fe ito te ra p ia ind iv idual p o r a lgum tem p o . P a t es tava ex trem am en te d esco n ten te com seu m arid o pelo seu envolvim en to em a tiv idades fo ra de casa, m as ev itava u m a con fron tação d ire ta . E m vez d isso su as re sp o sta s a ele e ra m “super-am áveis”, inc lu indo afirm a ções d ire ta s de q u e e ia não se im p o rtav a com suas a tiv idades fo ra . Con tudo , P a t exp ressava seu am argo ressen tim en to a trav és de ações com o p eg a r o ca rro q u an d o sab ia que ele p recisava do m esm o, dando-lhe “c o r ta d a s ” n a f re n te dos o u tro s , deixando as c rianças com ele q uando ele es ta v a m ais ocupado em casa . E s te s co m p o rtam en to s agressivos su tis e ram su b s titu to s da con fro n tação h o n esta que P a t n ão conseguia te r . RECONHECIM ENTO DO COMPORTAMENTO NÃO-ASSERTIVO E AGRESSIVO Os exem plas dados n es te cap ítu lo a ju d a rã o a iden tificar a n a tu reza d a assertiv id ad e . Além disso, o Apêndice B fo rnece u m a série de q u es tões ú te is no p rocesso de se d efin irem resp o stas do dia-a-dia que não são ad ap ta tiv as p a ra o ind iv íduo . O m étodo m ais eficaz de d e te rm in a r a adequação da su a assertiv i dade é sim p lesm en te o u v ir a si m esm o descrevendo su as relações com as p essoas que são im p o rtan te s p a ra você. F aça um exam e cu idadoso d as su as in
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