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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 1 Governança de Tecnologia da Informação Prof. Edson Pedro Ferlin Aula 2 CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 2 CONVERSA INICIAL Olá, caro aluno! Seja bem-vindo a mais uma aula de Governança de Tecnologia da Informação! Iniciemos nossos estudos assistindo à videoaula da professora Maristela Regina Weinfurter Teixeira, que irá apresentar e contextualizar os assuntos que serão estudados nesta segunda aula sobre Governança de TI. Então, vamos ao material on-line? CONTEXTUALIZANDO Vimos no encontro anterior o motivo do surgimento da Governança Corporativa. Agora é hora de conversarmos sobre a Governança de TI. A Gestão da Tecnologia da Informação pode ser considerada parte integral da Governança Corporativa, uma vez que, além de atuar como uma Unidade de Negócio com todas as obrigações a ela designadas, ainda sustenta e melhora a estratégia e objetivos da organização na colaboração e cooperação com todas as demais Unidades de Negócio da organização. Assim como em qualquer Unidade de Negócio que compõe a estrutura da Governança Corporativa, a TI é liderada por um executivo de TI que acompanha e investe nas principais inovações tecnológicas, na melhoria contínua da TI com o objetivo de fornecer soluções tecnológicas (Infraestrutura, Comunicação, Software e Segurança) com alto desempenho, confiável e transparente para toda a organização e demais partes interessadas. O estudo de caso a seguir é bastante interessante, pois propõe uma reflexão sobre o assunto que iniciamos neste encontro. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 3 Então, vamos à leitura? http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00194_0 1_O.pdf Agora, leia a matéria “Governança de TI em empresas de tecnologia” para que você reflita durante este encontro sobre pontos importantes, tais como: a diferença entre gestão e governança de TI, processos e estrutura organizacionais, pilares da GTI, arquétipos da GTI e CobiT (são alguns conceitos e vocábulos utilizados no dia a dia da Governança de TI nas empresas) e as escolhas corretas em tecnologias, infraestrutura, comunicação, hardware, software e peopleware, farão toda a diferença no desempenho e atuação da TI dentro da organização, em seu novo papel como uma Unidade de Negócio. http://www.serpro.gov.br/tema/artigos-opinioes/governanca-de-ti-em- empresas-de-tecnologia A Governança de TI traça uma nova história para área de Tecnologia da Informação nas organizações, tanto em nível internacional quanto nacional. Além disso, traz consigo métricas, foco nos negócios da organização e amplia as margens de resultados das empresas. No texto “Governança de TI em empresas de tecnologia” foi mencionado o termo “Inovações Disruptivas”. Mas, o que isso significa? Vamos à leitura para saber! http://academy.21212.com/blog/o-conceito-de-inovacao-disruptiva-e-sua- influencia-no-empreendedorismo-digital/ CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 4 PESQUISE Princípios e Arquétipos da Governança de TI Para que possamos compreender e analisar melhor os conceitos e definições da Governança de TI, utilizaremos o artigo “Governança de TI em empresas de tecnologia” (do qual já fizemos a leitura) como ponto de apoio para esclarecer as reais necessidades e expectativas do mercado e das organizações em relação à TI! A Governança de TI (GTI) foi delineada dentro da organização por WEILL e ROSS (apud FERNANDES, 2014, p. 13) da seguinte forma: “...é de responsabilidade da alta administração (incluindo diretores e executivos), na liderança, nas estruturas organizacionais e nos processos que garantem que a TI da empresa sustente e estenda as estratégias e objetivos da organização”. Além disso, a GTI “... consiste em um ferramental para a especificação dos direitos de decisão e das responsabilidades, visando encorajar comportamentos desejáveis no uso da TI”. É importante notar que dentro destas visões a GTI compartilha decisões de TI com os executivos da organização, estabelece regras, estabelece processos que se utilizam de tecnologia da informação pelos stakeholders internos e externos, facilitando o provimento dos serviços de TI para a organização toda. Um dos principais objetivos da GTI seria o alinhamento dos requisitos de negócio às tecnologias da informação disponíveis para a organização. Outra definição interessante para GTI: “pode ser definida como a especificação dos direitos decisórios e do framework de responsabilidades para estimular comportamentos desejáveis na utilização de TI.” (WEILL e ROSS, apud MANSUR, 2009). CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 5 Em estudos feitos pelo Center for Information System Research (CISR) da MIT Sloan School, foram definidos pontos importantes nas decisões da GTI, bem como os Arquétipos da GTI. (FERNANDES, 2014, p.13). Dentre as principais decisões da GTI constam: 1. Princípios de TI São as decisões de alto nível sobre a integração entre TI e os negócios da organização. 2. Arquitetura de TI Estratégias sobre a organização lógica dos dados, das aplicações e infraestrutura da organização definidas em conjunto a políticas, padronizações e integrações. 3. Infraestrutura de TI Definições sobre a capacidade atual e a capacidade planejada de TI, disponível para o negócio na forma de serviços compartilhados. 4. Necessidades de aplicações de negócio São as decisões sobre as necessidades de negócio que gerem valor para a organização, assegurando um equilíbrio entre a criatividade e a disciplina. 5. Investimento e priorização de TI São as decisões sobre quanto investir, em que investir e como equilibrar as necessidades diferentes. É através de investimentos que conseguimos atingir patamares maiores dentro da governança corporativa. Arquétipos da GTI: 1. Monarquia do Negócio CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 6 Grupo de executivos de negócios que possuem os direitos decisórios e contribuições. Afinal, os executivos de TI não tomam decisões de forma independente. 2. Monarquia de TI Direitos decisórios são de um grupo de executivos de TI. 3. Feudalismo Líderes das unidades de negócio, donos dos processos-chaves e seus delegados possuem os direitos decisórios e contribuições. 4. Federalismo As decisões e contribuições são dos executivos e dos grupos de negócios. Cabe aos executivos de TI e demais grupos participar das decisões. 5. Duopólio de TI Os direitos decisórios e contribuições são dos executivos de TI e outros grupos. 6. Anarquia Indivíduos de pequenos grupos tomam decisões e fazem contribuições de forma isolada. Com base nos estudos elaborados por WEILL e ROSS, analise este modelo de matriz de arranjo de GTI. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 7 Com esta matriz conseguimos descrever todos os arranjos de decisão da maioria das empresas. Ela tem como foco a determinação de quem deve ter a responsabilidade por tomar decisões e contribuir para as decisões que devem ser tomadas. Já esta tabela nos mostra o uso prático das decisões de TI em relação aos arquétipos através da matriz de arranjo da Governança. O caso foi aplicado para organizações com e sem fins lucrativos (Fonte:MENDONÇA, 2013). O caso que gerou a matriz que você acabou de observar pode ser analisado no material a seguir: Mendonça, Cláudio Márcio Campos et. al. Governança de tecnologia da informação: um estudo do processo decisório em organizações públicas CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 8 e privadas. Revista de Administração Pública. Vol. 47. N. 2. Rio de Janeiro, 2013. http://www.scielo.br/pdf/rap/v47n2/v47n2a08.pdf Sugerimos que você também faça a leitura de um estudo de caso sobre a implantação de GTI em uma empresa pública. Vamos lá? http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00194_0 1_O.pdf O MIT CISR (Centro de Pesquisas para Sistemas de Informações do MIT) tem como linha de pesquisa assuntos relacionados ao alinhamento das organizações com a nova era da economia digital, trabalhando principalmente questões de projetos e governança. Desde 1974 sua missão está no desenvolvimento de conceitos e frameworks para auxiliar executivos nas mudanças que ocorrem no mercado e nas organizações devido à globalização. http://cisr.mit.edu/ Até agora conseguimos observar que a matriz de arranjo da GTI nos possibilita compreender várias situações e decisões que são tomadas em uma organização diante de suas características mais fortes. Por mais que adotemos todas as métricas, ferramentas, métodos e frameworks para implantação e execução da GTI, ela sofrerá sempre com as questões da cultura organizacional de cada empresa. Podemos trabalhar num projeto muito parecido em várias organizações, mas teremos decisões e rumos diferentes, porque cada um terá suas próprias formas de governança corporativa e cultura organizacional. Vamos à videroaula? Acesse o material on-line! CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 9 Origens da GTI Agora que já compreendemos os princípios da Governança de TI, vamos compreender como tudo começou? Já conhecemos as motivações para a criação da Governança Corporativa. Da mesma forma, a tecnologia da informação gerou problemas e prejuízos grandiosos ao mercado. As demandas de controle, transparência e previsibilidade formam o tripé das necessidades que deram origem à Governança de TI. O início dos anos 1990 é utilizado para datar essas demandas, principalmente quando se fala de qualidade. Mas, nesse período a economia mundial estava em crescimento, e a GTI não alcançava sua maturidade. Mesmo diante das crises do México, Ásia e Rússia nos anos 90, não foi o suficiente para acelerar a utilização efetiva da GTI. (MANSUR, 2009, p. 13). A virada do século XXI representou um ponto altamente forte em função do que a tecnologia da informação poderia de fato representar aos negócios e ao mercado financeiro mundial. O Bug do milênio e a bolha da Internet são marcos para o entendimento de que o mercado e as organizações necessitavam maior controle e domínio sobre o cotidiano das informações. Para compreendermos melhor o Bug do milênio precisamos voltar lá atrás nos anos 1960 quando a computação tomou uma grande proporção, comercialmente falando. Tínhamos uma necessidade de economia de bytes (sim, de bytes)! Processadores e armazenamento não eram como hoje em dia, sendo assim, nossos programadores precisavam economizar de todos os lados. E um dos grandes vilões na virada do ano 1999 para 2000 era exatamente um campo dentro dos bancos de dados, arquivos e programas chamado ANO, pois armazenávamos o ano com apenas dois dígitos. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 10 Na realidade, muitos não tinham o controle da dimensão dos problemas que poderiam ocorrer. Se estivéssemos falando de 1978, por exemplo, armazenávamos apenas 78. Mas com a aproximação dos anos 2000, poderíamos ter problemas sérios. Poderíamos ter armazenado em algum banco de dados uma data que correspondia ao ano de 1900 como 00. Porém, com a chegada de 2000, 00 também poderia representar 2000. Conclusão, milhões de dólares foram gastos ao redor do mundo com a migração de bases de dados e programas para que suportassem o ano com quatro dígitos. As histórias da época foram as mais diversas, desde atentados terroristas, aviões caindo e outras tragédias que pudessem rondar tudo que se utilizasse de um software. E assim, os CIOs (diretores de TI) e os CFOs (diretores financeiros) passaram a utilizar métricas mais claras para que pudessem ser auditados. “A auditoria, além de medir, via CobiT, buscava também melhorar o desempenho da área de TI, e neste momento apareceu uma oportunidade de ouro para os CIOs. Introduzir a dupla ITIL e CobiT para medir e melhorar a organização de TI” (MANSUR, 2009, p. 14). Do outro lado, a “bolha” da Internet demonstrou orçamentos superestimados, faturamentos que não existiam e, consequentemente, lucros imaginários. A economia e os investidores reagiram aos prejuízos buscando algo que regulamentasse a redução dos riscos de investimento e empréstimo. Isto deu maior força à Governança Corporativa, porém, novas distorções ainda surgiram no mercado. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 11 A Lei SOX foi aprovada nos Estados Unidos e tanto CEOs (presidentes) quanto CFOs podem ser punidos (presos). Foi então que a Governança de TI tomou um rumo importante, sério e maduro. A figura a seguir exemplifica o fluxo de Governança e Gestão de TI. A lei SOX ainda não abrange o mercado mundial, mas, uma das expectativas é que para os próximos anos tenhamos uma lei universal, inclusive por conta da globalização do mercado de ações e internacionalização das organizações. Além de CobiT e ITIL, citados anteriormente, temos também ISOs, Sig Sigma, CMMI e PM como formas de melhorar o processo de governança de TI. A pirâmide a seguir ilustra a relação entre o negócio e os frameworks de TI. Vamos a mais uma leitura? Desta vez você deverá ler o texto “Excelência em TI: uma visão prática e integrada”. http://www.isdbrasil.com.br/artigos/artigo_excelencia.php CIO? CEO? CFO? Afinal de contas, o que são estas siglas que você observou tantas vezes neste tema? O material do site Olhar Digital traz para CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 12 nós o que cada uma dessas siglas e algumas outras representam no mundo da TI e dos negócios. http://olhardigital.uol.com.br/noticia/voce-sabe-o-que-significam-as-siglas-do- mundo-corporativo/29847 Agora, você deverá assistir à videoaula para ver quais outras informações a professora Maristela tem a agregar a seu estudo! Acesse-a no material on-line! O Framework CobiT Conversamos sobre as origens da necessidade da implantação de Governança de TI nas organizações e também sobre os aspectos históricos e definitivos para que a Governança de TI seja seguida como uma nova forma de visão de gestão com responsabilidades civis e criminais. Sendo assim, temos, agora, uma nova dimensão das responsabilidades que permeiam uma área de TI. Não são somente computadores, utilizando uma rede, com alguns servidores e alguns aplicativos, mas é a geração e responsabilidade no armazenamento e manipulação de informações e o conhecimento das organizações que devem responder com transparência ao mercado. Seguindo essa linha de raciocínio, vamos trabalhar com o primeiro framework da GTI, o CobiT. Ele aumenta a aceitação e reduz o tempo para efetivação do programa de Governança de TI, permitindo o uso de resultados de auditorias como umaoportunidade na melhoria dos serviços de TI. (MANSUR, 2009, p. 131). Ele decompõe a tecnologia da informação em domínios e processos. O framework CobiT é direcionado para o nível estratégico da organização e possibilita o controle e mensuração dos riscos aplicados a TI para o atendimento dos requisitos de negócio. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 13 Lembrando que ele não é um padrão ou uma norma, o CobiT apenas identifica processos de TI que impactam ou geram riscos para o negócio, auxiliando na priorização do gerenciamento dos processos. (LEAL, 2016). Devemos ter em mente, ainda, que não se pode gerenciar aquilo que não conseguimos mensurar. É a partir dessa linha de raciocínio que o CobiT atua. Ele tende a auxiliar-nos e conduzir com pesquisas, desenvolvimento e publicações que promovam o embasamento de objetivos de controle para a tecnologia da informação. A ideia principal do CobiT é apontar o que deve ser controlado, mas não como fazê-lo. Trabalha de forma alinhada ao ITIL (melhores práticas para gestão de TI, que descrevemos futuramente), o qual tem foco nos níveis tático e operacional. Poderíamos dizer que CobiT e ITIL se complementam e se completam. Principais características do CobiT: Foco no negócio da organização Orientado a processos Baseado em controles Direcionado por métricas Os principais objetivos do CobiT convergem para torná-lo um padrão aceito nas melhores práticas da GTI e para aplicar as melhores práticas a partir da matriz de domínios, processos e atividades que possam ser estruturados de forma lógica e principalmente gerenciável, além de auxiliar na gestão de riscos do negócio, nas necessidades de controle e aspectos tecnológicos da organização (LEAL, 2016). CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 14 O CobiT já está em sua versão 5.0. Há muito material na Internet que relata características do CobiT 4.1. Então, sempre é bom buscar a última versão do mesmo, uma vez que as versões e releases ocorrem em virtude de melhorias na concepção do framework com a intenção de ajustar a novas características do mercado. Segundo o CobiT 5.0, as quatro dimensões da Gestão de TI são identificadas por: Enquanto que os 37 processos são distribuídos dentro das quatro dimensões anteriormente citadas e podem ser analisados a seguir: Governança de TI EDM – Avaliar, Dirigir, Monitorar EDM01 – Garantir a definição e manutenção Gestão de TI AP – Alinhar, Planejar, Organizar AP01 – Gerenciar a estrutura de Gestão de TI BAI – Construir, Adquirir, Implementar BAI01 – Gerenciar programas e projetos MAA – Monitorar, Avaliar, Analisar MAA01 – Gerenciar operações DSS – Entregar, Serviço e Suporte DSS01 – Monitorar, avaliar e CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 15 do Modelo de Governança EDM02 – Garantir a realização de benefícios EDM03 – Garantir a otimização do risco EDM04 – Garantir a otimização dos recursos EDM05 – Garantir a transparência para as partes interessadas AP02 – Gerenciar a estratégia AP03 – Gerenciar arquitetura da organização AP04 – Gerenciar inovação AP05 – Gerenciar portfólio AP06 – Gerenciar orçamento e custos AP07 – Gerenciar Recursos humanos AP08 – Gerenciar relacionamentos AP09 – Gerenciar contratos de prestação de serviços AP10 – Gerenciar fornecedores AP11 – Gerenciar qualidade AP12 – Gerenciar riscos AP13 – Gerenciar segurança BAI02 – Gerenciar definição de requisitos BAI03 – Gerenciar identificação e desenvolvimento de soluções BAI04 – Gerenciar disponibilidade e capacidade BAI05 – Gerenciar capacidade de mudança organizacional BAI06 – Gerenciar mudanças BAI07 – Gerenciar aceitação e transição da mudança BAI08 – Gerenciar conhecimento BAI09 – Gerenciar ativos BAI10 – Gerenciar configuração MAA02 – Gerenciar solicitações e incidentes de serviços MAA03 – Gerenciar problemas MAA04 – Gerenciar continuidade MAA05 – Gerenciar serviços de segurança MAA06 – Gerenciar Controles do processo de negócio analisar desempenho e conformidade DSS01 – Monitorar, avaliar e analisar o sistema de controle interno DSS01 – Monitorar, avaliar e analisar conformidade com requisitos externos CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 16 O cruzamento entre processos de TI, critérios de informação e uso dos recursos de TI são representados pelo Cubo do Framework CobiT. Analisá-lo é essencial para a melhor compreensão de cada item que faz parte deste framework! O CobiT 5 está baseado em cinco princípios: Satisfação das expectativas dos stakeholders Separação da governança da gestão Habilidade de visão holística Framework integrador Cobertura do negócio como um todo A Governança de TI, a partir de seu Framework CobiT, permite que as organizações possam tirar maior proveito tanto de suas informações e oportunizar o negócio ao criar vantagens competitivas mais resistentes e consistentes. Veja como: http://www.devmedia.com.br/CobiT-4-1-entendendo-seus-principais- fundamentos/28793 Você já sabe que há várias versões do CobiT, não é mesmo? Então, conheça melhor o CobiT 5.0 fazendo a leitura do texto: CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 17 http://www.profissionaisti.com.br/2012/06/chegou-o-CobiT-5-0-conheca- algumas-das-mudancas-do-framework/ Sempre é bom recordar ou aprender: Norma Pode ser entendida como o cumprimento de determinadas regras aplicadas a uma organização ou a uma linha de trabalho. Padrão Pode ser compreendido como um modelo a ser seguido ou exemplo a ser copiado e deve ser aplicado na íntegra como está escrito. Metodologia Pode ser definida como um conjunto de etapas que devem ser seguidas para realizar determinada tarefa com uma determinada finalidade. Processo Nos dá a ideia de realização contínua e prolongada de determinado conjunto de atividades. Framework Quando tentamos traduzir para o português chegamos em algo como arcabouço ou esqueleto. Pode ser compreendido como um esqueleto de atividades genéricas e que podem ser adaptadas a outras realidades. Vamos, então, recapitular o que aprendemos neste tema. Acompanhe a videoaula, disponível no material on-line! Ciclo de Vida de Implementação do CobiT Nos estudos anteriores focamos em questões relacionadas ao framework do CobiT. Ao falarmos sobre a gestão do ciclo de vida na CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 18 Governança de TI, não há mais como dissociarmos os conteúdos relacionados ao CobiT. Um dos principais objetivos do CobiT seria o alinhamento entre negócio e TI. Logo, os investimentos para a área de TI sempre serão sinalizados pelas necessidades das várias áreas de negócio da organização, bem como serão analisados os riscos e serão atendidas as questões legais pertinentes ao nível local e ao global. O ciclo de vida do CobiT traz à tona a complexidade e os desafios encontrados pelas organizações durante o período de implementação.Há três componentes chaves neste ciclo de vida (CobiT 5, 2016): CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 19 Observe que a implementação não é algo difícil, mas deve ser criteriosamente elaborada, planejada, executada e principalmente, controlada. O sucesso da implementação dependerá muito da colaboração entre os stakeholders envolvidos, pessoal técnico de TI e em especial, da alta administração da organização. Primeira fase Observando a primeira fase encontramos a aceitação da necessidade de uma implementação. Nesta fase identificamos os pontos fracos e desencadeadores para criação de um desejo de mudança nos níveis da gestão executiva. Segunda fase Na segunda fase definimos o escopo da implementação usando o mapeamento dos objetivos corporativos do CobiT em objetivos de TI e nos respectivos processos de TI, observando-se os cenários de risco. Podemos também fazer diagnósticos de alto nível para priorização das áreas e avaliação do estado atual dos problemas e deficiências. Quanto mais complexa a implantação, mais interações do ciclo de vida haverão na implantação. Terceira fase Durante a terceira fase, definimos uma meta de melhoria, seguida de uma análise detalhada para alavancagem da orientação do CobiT, tentando identificar falhas e possíveis soluções. Quarta fase Na quarta fase planejamos as soluções práticas através da definição de projetos apoiados em estudos de casos justificáveis. Quinta fase CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 20 Na quinta fase adotamos medições com ouso de metas e indicadores do CobiT para garantir o monitoramento da implementação. Que esta seja alinhada à organização e atinja um desempenho que possa ser medido. A alta administração e os envolvidos na área de TI garantirão o sucesso desta implementação. Sexta fase Na sexta fase necessitamos monitorar se atingimos os benefícios esperados. Sétima fase E finalmente, na sétima fase, o sucesso da iniciativa é analisado, novos requisitos para governança ou gestão de TI são identificados e a melhoria contínua é reforçada. O que mais a professora Maristela tem a dizer sobre o assunto deste tema? Vamos conferir no material on-line? Governança e Gestão segundo o CobiT Uma das relações que trabalhamos anteriormente encontra-se na distinção entre governança e gestão. O modelo do CobiT 5 traz esta distinção bem salientada. Veja as definições para governança e gestão segundo o CobiT 5: A governança garante que as necessidades, condições das partes interessadas sejam avaliadas a fim de determinar objetivos corporativos acordados e equilibrados; definindo a direção através de priorizações e tomadas de decisão; e monitorando o desempenho e a conformidade com a direção e os objetivos estabelecidos (CobiT 5, 2016). CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 21 A gestão é responsável pelo planejamento, desenvolvimento, execução e monitoramento das atividades em consonância com a direção definida pelo órgão de governança a fim de atingir os objetivos corporativos (CobiT 5, 2016). Cada organização pode trabalhar o gerenciamento dos seus processos como julgue mais conveniente, mas desde que os objetivos de governança e gestão estejam cobertos. (CobiT 5, 2016). Quanto maior a empresa, mais números de processos ela terá. Dentro do contexto dos domínios dos processos de Governança e Gestão, é importante compreender que a governança monitora, verificando e medindo, os processos compreendidos no domínio da gestão. A governança e a gestão possuem habilitadores que influenciam, individualmente ou em conjunto, se os processos irão funcionar ou não. Há sete categorias de habilitadores: As diferenças entre governança e gestão se dão principalmente no que tange ao alinhamento estratégico da organização e às responsabilidades e transparência que devem ocorrer em uma empresa que adote a Governança de TI. Ainda dentro desse conceito, compreender o papel de cada habilitador da governança contribui para que os processos sejam executados com eficácia, cumprindo com os resultados desejados. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 22 O artigo “Criação de uma estrutura de Governança e Gestão para e-commerce através do COBIT 5” traz o relato da implementação do framework em uma empresa da Nigéria. Vamos à leitura? http://www.isaca.org/COBIT/focus/Pages/establishing-a-governance-and- management-structure-for-e-commerce-using-cobit-5-portuguese.aspx E agora, vamos a mais uma videoaula! Acesse o material on-line! TROCANDO IDEIAS O framework CobiT possui várias dimensões, processos, habilitadores e outros elementos importantes, como você pôde observar. Agora, seu desafio é buscar, em artigos ou em troca de informações com colegas, casos de sucesso e dificuldades enfrentadas na implantação do CobiT em empresas nacionais ou em multinacionais. Analise as lições aprendidas e os resultados de sucesso e compartilhe suas considerações com os colegas! NA PRÁTICA Nesta aula você conheceu a “Bolha da Internet” e o “Bug do Milênio”. Mas, quanto você sabe sobre Era do ouro digital? Já ouviu falar em algumas dessas empresas da área digital: eBay, Amazon, Netscape, Google, Yahoo! e AOL? Talvez algumas dessas expressões você conheça bem, outras talvez você nem tenha ouvido falar. Porém, nem sempre a situação econômica das que você conhece foi a mesma. Cerca de 24 bilhões de dólares gastos no CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 23 mundo para evitar que sistemas entrassem em colapso no primeiro dia de janeiro de 2000? São fatos históricos que mudaram – e muito – a forma das empresas e dos mercados analisarem e compreenderem a área de TI. Ainda temos um caminho longo a percorrer, mas muitas coisas ocorreram para que chegássemos ao conceito de Governança de TI. Leia as matérias a seguir, pois elas trazem muitos fatos interessantes que conduzirão você à compreensão clara dos próximos assuntos que trataremos no que se refere à Governança de TI e seus frameworks. http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/bolha-da-nasdaq-estourou- em-2000-9284094 http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/bug-do-milenio-uma- ameaca-de-caos-total-que-acabou-nao-acontecendo-18388631 Este documentário trabalha os assuntos do Bug do Milênio e da Bolha da Internet de forma bem interessante. Vamos assistir? https://www.youtube.com/watch?v=rG1P-Lq3_-Q Após essa imersão em casos reais e práticos, leve consigo alguns questionamentos para acompanhar melhor os conteúdos deste encontro. São questionamentos que farão você visualizar de forma diferente todos os conceitos, definições e situações relacionados ao tema da Governança de TI. 1. Que decisões devem ser tomadas nas gerências de TI? 2. Quem deve tomá-las? 3. Como tomá-las e monitorá-las? 4. O que ganharemos ao implantar a Governança de TI numa organização? CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 24 SÍNTESE Caminhamos durante este encontro nas primícias que norteiam a Governança de TI e a diferença entre utilizar os termos governança e gestão. Percebemos que um não anula o outro (pelo contrário, um abrange o outro e ganhamos, com isso, maior competitividade no mercado com serviços e infraestrutura de TI). Verificamos também que uma área de TI se torna uma unidade de negócio,agregando resultados positivos a todas as partes interessadas envolvidas. Aprendemos sobre o framework CobiT, suas origens, seus arquétipos e como utilizar a matriz de arranjo da GTI na busca pela melhoria de processos e resultados. Tivemos, ainda, uma visão sobre os desafios da implementação do framework CobiT, a necessidade do processo interativo e contínuo na busca da excelência da governança. Finalmente, entendemos que Governança de TI é muito mais que um modismo na área de informática: é um paradigma essencial para sobrevivência de empresas num mercado cada dia mais competitivo e que busca a excelência no desenvolvimento de produtos e serviços que superem as expectativas de seus clientes e acionistas. Relembre esses assuntos com a videoaula disponível no material on- line! Referências FERNANDES, A. A. Implantando a Governança de TI: da estratégia à gestão dos processos e serviços. 4. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2014. MANSUR, R. Governança Avançada de TI: na prática. Rio de Janeiro: Brasport, 2009. CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 25 Outras fontes de pesquisa: CMP – Código de Melhores Práticas da Governança Corporativa. Disponível em: http://www.ibgc.org.br/userfiles/2014/files/codigoMP_5edicao_baixa[1].pdf. Acesso em 27/01/2016. CobiT 5: Modelo Corporativo para Governança e Gestão de TI. Disponível em: http://www.isaca.org/COBIT/Pages/default.aspx. Acesso em 27/01/2016. DOROW, E. Chegou o CobiT 5.0 – Conheça algumas das mudanças do framework. Disponível em: http://www.profissionaisti.com.br/2012/06/chegou- o-CobiT-5-0-conheca-algumas-das-mudancas-do-framework/. Acesso em 27/01/2016. LEAL, B. CobiT 4.1: Entendendo seus principais fundamentos. Disponível em: http://www.devmedia.com.br/CobiT-4-1-entendendo-seus-principais- fundamentos/28793. Acesso em 27/01/2016. LEOCÁDIO, J. Governança de TI em empresas de tecnologia. Disponível em: http://www.serpro.gov.br/tema/artigos-opinioes/governanca-de-ti-em- empresas-de-tecnologia. Acesso em 27/01/2016. SOUZA, S. A. Estudo sobre adoção de sistema informatizado de chamados. Monografia de especialização. UTFPR. Curitiba, 2013. Disponível em: http://docplayer.com.br/2522302-Universidade-tecnologica-federal-do- parana-departamento-academico-de-eletronica-curso-de-especializacao-em- gestao-de-tecnologia-da-informacao.html. Acesso em 27/01/2016. VASQUES, R. C. Excelência em TI: uma visão prática e integrada. ISD Brasil, 2006. Disponível em: http://www.isdbrasil.com.br/artigos/artigo_excelencia.php. Acesso em 27/01/2016.
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