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Fernanda Almeida PRÓTESE PARCIAL FIXA Prótese Parcial Fixa é um “aparelho” que não pode ser removido pelo paciente, nem mesmo pelo profissional com facilidade. Aparelho protético que substitui 1 ou mais dentes perdidos, é dento suportada. Indicada para substituir um ou mais dentes ausentes de um arco dental de um paciente adulto. Devem ser analisados diversos fatores sistêmicos e locais Não há deslocamento na mastigação; Transmite aos dentes suportes, forças funcionais que estimulam favoravelmente o periodonto de sustentação; Não apresenta aumento do volume coronário, facilitando adaptação. Desgaste acentuado dos dentes de suporte; Elevado custo; Técnica de execução delicada; Higienização trabalhosa. Primeira etapa do exame clínico deve-se determinar o estado e saúde geral do paciente. É de extrema importância para início de tratamento. Inicia-se durante a anamnese, observa- se aspecto facial procurando alguma alteração na DV. É comum descobrir que o paciente apresenta algum tipo de hábito parafuncional, como morder o lábio ou a bochecha ou fazer um movimento contínuo dos lábios para umedecê-los, sem que tenha consciência disso. Aspecto facial típico, com redução do terço inferior da face, projeção do mento, intrusão dos lábios e aprofundamento dos sulcos nasogenianos, características do que se chama comumente de colapso facial. Acúmulo de saliva nas comissuras labiais, queilite angular, sintomatologia articular nos casos mais graves, sensibilidade dentária decorrente de perda de estrutura devido à atrição e dificuldades fonéticas também podem ser encontrados. Podem-se encontrar face demasiadamente alongada; sintomatologia muscular decorrente de estiramento das fibras musculares e dos ligamentos; sensibilidade dentária decorrente de forças traumatogênicas geradas por contração reflexa; dificuldade de deglutição e de mastigação; além de alteração da fala, percebida principalmente nos sons sibilantes e devida a contatos dentários desagradáveis durante a fonação. CONCEITO INDICAÇÃO CONTRA INDICAÇÃO VANTAGENS DESVANTAGENS EXAME DO PACIENTE ANAMNESE EXAME EXTRA ORAL DIMINUIÇÃO DA DIMENSÃO VERTICAL AUMENTO DA DIMENSÃO VERTICAL Fernanda Almeida Também deve ser observado. Em alguns casos de PPF, podem-se encontrar situações clínicas nas quais houve grande perda de estrutura do rebordo alveolar na região anterior. É outro aspecto a ser observado e assume extrema importância nos casos estéticos, sendo classificada como: alta, média ou baixa. Há pacientes que não mostram a região cervical dos dentes anterossuperiores ao sorrir, os quais são classificados como portadores de linha do sorriso baixa, em que 75% dos dentes são visíveis. Aproximadamente 20% dos indivíduos apresentam esse tipo de sorriso. A maioria dos indivíduos (aproximadamente 70%) apresenta linha de sorriso média, que mostra de 75 a 100% dos dentes anteriores e todas as papilas gengivais. Nesta fase inspecionam-se tecidos moles, músculos, dentes, periodonto e relações oclusais. A queixa principal do paciente deve ser avaliada neste momento, embora um exame sistemático de toda a cavidade bucal deva ser feito. Realizar uma análise criteriosa de diversos fatores decisivos. Analisar cáries e restaurações existentes. É necessário identificar pacientes que pertencem ao grupo de risco à cárie antes da realização do tratamento. Durante o exame, é necessário um diálogo entre o profissional e o paciente em relação às suas expectativas sobre o tratamento. As características e os anseios do paciente devem estar retratados no resultado estético final da prótese. Fatores como cor, forma, tamanho, textura dos dentes, linha média, fundo escuro da boca, corredor bucal, grau de abertura das ameias incisais, plano oclusal, qualidade do tecido gengival e necessidade ou não de gengiva artificial devem ser considerados em relação à estética durante o exame do paciente. Nesta fase, é importante considerar que a maioria dos conceitos estéticos disponíveis na literatura foi determinada em pacientes jovens e, portanto, devem ser adaptados. Isso significa que a estética deve ser personalizada de acordo com a idade do paciente. A oclusão deve ser analisada criteriosamente, pois também está relacionada à maioria dos casos de fracassos em PPF. É fundamental a identificação de sinais de colapso da oclusão, como mobilidade e perda do suporte ósseo. A disposição dos dentes remanescentes no arco é mais importante que sua quantidade. Inúmeras são as situações clínicas em que ocorrem migrações dentárias em diferentes direções e sentidos, SUPORTE DE LÁBIO LINHA DO SORRISO EXAME INTRAORAL DENTES ESTÉTICA OCLUSÃO NÚMERO E DISPOSIÇÃO DE DENTES Fernanda Almeida conforme o arco e o grupo de dente. O sentido de movimentação vestibulolingual dos dentes posteriores (plano sagital), caninos (plano lateral) e incisivos (plano frontal) torna-se um fator determinante no planejamento. No caso de espaços edêntulos extensos ou posicionamento desfavorável dos dentes remanescentes, deve-se também considerar a possibilidade de colocação de implantes para distribuir melhor a carga mastigatória entre dentes e/ou implantes. Uma situação clínica frequente é a inclinação dos dentes em decorrência de perdas dentárias, que resulta em uma desarmonia na posição dos dentes remanescentes. O tamanho da coroa clínica está intimamente relacionado com o grau de retenção e estabilidade da restauração protética. A altura mínima de um dente preparado deve ser de 4 mm, a fim de prover retenção e estabilidade à prótese. Sempre que um dente for selecionado para ser pilar de uma PPF, é importante fazer o teste de vitalidade pulpar. Dentes despolpados têm uma redução significativa de resistência. A remoção do órgão pulpar, fonte de hidratação do dente juntamente com o ligamento periodontal, torna a raiz mais sujeita a fraturas. De forma geral, os pacientes que procuram tratamento podem ser divididos em dois grupos: Pacientes que não pertencem ao grupo de risco à doença periodontal, cujos tecidos periodontais estão normais: o nível ósseo frequentemente está de 1 a 2 mm da união amelocementária, e, quando existe algum sinal de inflamação, este está confinado ao tecido gengival marginal. Pacientes que pertencem ao grupo de risco à doença periodontal, os quais podem apresentar sinais clínicos de intensidade variável: mobilidade; migração; tecido gengival flácido, avermelhado e muitas vezes sem contorno adequado; perda óssea (localizada ou generalizada) de graus diversos; entre outros. INCLINAÇÃO TAMANHO DA COROA CLÍNICA VITALIDADE PULPAR PERIODONTO Não pertence ao grupo de risco Pertence ao grupo de risco Fernanda Almeida PSR; Periograma; Índice de sangramento; Envolvimento de furca; Mobilidade; Índice de placa. Uma avaliação cuidadosa das áreas edêntulas que terão dentes repostos por pônticos assume grande importância, principalmente nos casos em que a estética está envolvida. Devem -se avaliar as características do rebordo e a possível necessidade de correção cirúrgica com finalidade protética.Em alguns casos, é necessário remover tecido gengival para que o pôntico seja confeccionado com uma dimensão adequada, a fim de evitar que sua face gengival tenha uma forma côncava e facilitar a limpeza dessa área por parte do paciente. Em outras situações, apenas um condicionamento do tecido gengival soluciona o problema. Para que se possa fazer um diagnóstico completo e executar um adequado plano de tratamento, são necessárias algumas informações que somente as radiografias podem fornecer. Dados sobre lesões ósseas, raízes residuais e corpos estranhos, quantidade e qualidade óssea, anatomia radicular e qualidade de tratamento endodôntico não podem ser obtidos pelo exame clínico. Algumas técnicas radiográficas são particularmente úteis ao CD e devem ser utilizadas sempre que necessário. A radiografia panorâmica fornece uma visão geral do estado da dentição e dos tecidos duros, além de ser bastante útil durante o exame do paciente. Após o exame clínico inicial e a avaliação da radiografia panorâmica, determinam-se as áreas de interesse e realizam-se radiografias periapicais, em busca de maiores detalhes sobre essas regiões. Essas radiografias devem ser executadas preferencialmente pela técnica do paralelismo, para que se evitem maiores distorções. Podem-se analisar questões como altura da crista óssea, lesões periapicais incipientes, qualidade do tratamento endodôntico, comprimento dos núcleos e proporção coroa raiz, dentre outros. Radiografias interproximais também podem ser solicitadas e são particularmente úteis na avaliação da adaptação de próteses antigas e recidivas de cáries, além de serem mais precisas na visualização da crista óssea, em virtude da angulação utilizada. EXAMES PERIODONTAIS EXAMES DA ÁREA EDÊNTULA EXAMES RADIOGRÁFICOS Fernanda Almeida Após a realização dos exames clínico e radiográfico e da montagem dos modelos de estudo em articulador, pode -se iniciar o planejamento. De acordo com a extensão da prótese e das características do caso clínico, o planejamento poderá ser apenas preliminar, sendo definido após a colocação das coroas provisórias e a realização das cirurgias periodontais. RELAÇÕES MAXILOMANDIBULARES Essa posição é definida como a relação maxilomandibular em que os côndilos estão centralizados nas fossas mandibulares e apoiados sobre as vertentes posteriores das eminências articulares, com os respectivos discos articulares devidamente interpostos. Tais condições somente seriam detectadas com o auxílio de imagens de ressonância magnética, o que não se justifica. Assim, torna-se aceitável a existência de deslocamentos do disco articular para anterior na confecção de prótese, desde que sejam assintomáticos. Como descrito anteriormente, a RC é uma posição estritamente relacionada à posição condilar e, portanto, não diz respeito a contatos dentários. Tal posição é de vital importância em vários tratamentos protéticos e, em alguns casos de patologias relacionadas diretamente à oclusão, deve ser utilizada como guia nos procedimentos de ajuste oclusal por desgaste seletivo. Essa posição é definida como aquela em que ocorre o maior número possível de contatos entre os dentes superiores e inferiores, independentemente da posição condilar. DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES (DTMs) As DTMs constituem uma série de sinais e sintomas de dor e disfunção na musculatura mastigatória, na ATM ou em ambas. Elas são caracterizadas principalmente por dores faciais, dores e ruídos na ATM, dores de cabeça e dificuldade de abertura ou movimentação mandibular. As DTMs podem ser classificadas em dois grandes grupos: patologias musculares e patologias intra- articulares. PLANEJAMENTO RELAÇÃO CÊNTRICA (RC) MAXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL (MIH) Fernanda Almeida As patologias musculares incluem desde mialgias localizadas na musculatura mastigatória (dores musculares esporádicas) até processos crônicos com necessidade de terapias específicas (mialgias mediadas pelo sistema nervoso central e dores miofasciais). As patologias intra--articulares englobam as patologias envolvidas no relacionamento côndilo/disco articular e os processos inflamatórios e degenerativos da ATM provenientes dessas alterações estruturais. Nesses casos, é necessário realizar um tratamento antes de qualquer procedimento reabilitador, uma vez que as relações oclusais são frequentemente alteradas por tais problemas. Por exemplo, sabe-se que mioespasmos unilaterais ou distúrbios articulares degenerativos podem causar alterações posicionais da mandíbula, com o consequente surgimento de contatos oclusais e relacionamentos maxilomandibulares anormais. Dessa forma, a execução de PPFs pequenas ou de reabilitação oral, assim como de qualquer procedimento de reconstrução oclusal irreversível com o intuito de tratar a dor e a DTM, não é indicada. Caso seja necessário um tratamento restaurador protético nesses pacientes por motivos funcionais e estéticos, este somente deverá ser realizado após o tratamento da DTM. O tratamento das DTMs envolve medidas como aconselhamento, utilização de placas oclusais, administração de medicamentos e procedimentos de fisioterapia. Cada paciente é diagnosticado e tratado individualmente! PREPARO DE DENTES COM FINALIDADES PROTÉTICAS O sucesso do tratamento com prótese parcial fixa (PPF) é determinado por três critérios: longevidade da prótese, saúde pulpar e gengival dos dentes envolvidos e satisfação do paciente. Para alcançar esses objetivos, o cirurgião-dentista deve saber executar todas as fases do tratamento, que incluem exame, diagnóstico, planejamento e confecção da prótese. PRINCÍPIOS MECÂNICOS O preparo deve apresentar certas características que impeçam o deslocamento axial da restauração quando submetida às forças de tração. Por definição, retenção é a qualidade que uma prótese apresenta de atuar contra as forças de deslocamento ao longo da sua via de inserção. A retenção depende basicamente do contato existente entre as superfícies internas da restauração e as superfícies externas do dente preparado, o que é denominado retenção PATOLOGIAS MUSCULARES PATOLOGIAS INTRA-ARTICULARES TRATAMENTO DAS DTM’S RETENÇÃO Fernanda Almeida friccional. Quanto mais paralelas forem as paredes axiais do dente preparado, maior será a retenção friccional da restauração. É importante que a técnica de cimentação seja realizada corretamente e as paredes do preparo apresentem inclinações capazes de suprir as necessidades de retenção e de escoamento do cimento, para que possam variar de acordo com as dimensões da coroa. Quanto maior for a coroa clínica de um dente preparado, maior será a superfície de contato e a retenção final. Dessa forma, no caso de dentes longos, como ocorre após tratamento periodontal, pode-se aumentar a inclinação das paredes para um maior ângulo de convergência oclusal sem prejuízo da retenção. Por sua vez, coroas curtas devem apresentar paredes com inclinação próxima ao paralelismo e receber meios adicionais de retenção, como a confecção de sulcos nas paredes axiais, para possibilitar um aumento nas superfícies de contato. A forma de resistência ou estabilidade conferida ao preparo previne o deslocamento da prótese quando esta é submetida a forças oblíquas, que podem provocarsua rotação. Quando há incidência de uma força lateral, como ocorre durante o ciclo mastigatório, ou quando há parafunção, a coroa tende a girar em torno de um fulcro cujo raio forma um arco tangente nas paredes opostas do preparo, deixando o cimento sujeito às forças de cisalhamento, que podem causar sua ruptura e, consequentemente, iniciar o processo de deslocamento da prótese. RESISTÊNCIA OU ESTABILIDADE
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