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APOSTILA EMPREENDEDORISMO

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EMPREENDORISMO
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1. Empreendedorismo
1. Introdução
2. O Espírito Empreendedor
2.1 As diferenças entre o empreendedor artesão e o empreendedor oportunista
2.2 A decisão de tocar o próprio negócio
2.3 O que torna um negócio bem-sucedido?
2.4 Os ingredientes de um negócio bem-sucedido
2.5 Aspectos importantes em um novo negócio
3. Identificando Oportunidades
3.1 Diferenciando Idéias de Oportunidades
3.2 Idéia certa no momento errado
3.3 A experiência no ramo como diferencial
3.4 Fontes de novas idéias
3.5 Oportunidades na Internet
3.5.1 Modelos de Negócios na WEB
1 - Intermediação de Negócios
Portais Verticais B2B
Compra Coletiva
Distribuidor
Shopping Virtual
Sites de comparação (Meta-sites)
Leilão
Leilão Reverso
Classificados
Sites de Permuta
2 – Comercialização de propaganda
3 – Mercado Virtual
Empresas puramente virtuais
Empresas de “tijolo e cimento”
Empresarial
Tendências
4. O Processo Empreendedor
4.1 Empreendedorismo no Brasil
4.2 Diferenças e similaridades entre o administrador e o empreendedor
5. Entendendo o mundo dos negócios
5.1 O que é um negócio?
5.2 Macroambiente e Microambiente
5.3 As oportunidades das pequenas empresas
6. Focalizando o novo negócio
6.1 O que é uma empresa?
6.2 Tipos de empresas
Empresas industriais
Empresas Comerciais
Empresas Prestadoras de Serviço
6.3 Tamanho das empresas
.Microempresas e suas vantagens
6.4 Inovação
6.4.1 Como escolher o negócio adequado
6.4.2 Mapeando as Oportunidades
6.4.3Construir um novo negócio ou comprar um negócio já existente?
6.4.4 O ciclo de vida das empresas
7. Plano de Negócios
– Plano de Negócios
7.1.1 Diretrizes de um Plano de Negócios
7.1.2 A quem o Plano de Negócios se destina?
7.1.3 O tamanho do Plano de Negócios e o uso de Software para a sua elaboração
7.1.3 O Plano de Negócios
1- Gerenciamento de Marketing
2 - Gerenciamento das Finanças
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1. Empreendedorismo
1. Introdução
De acordo com dados do SEBRAE, de 1990 a 1999 foram criadas no Brasil, 4,9 milhões de empresas, sendo 2,7 milhões (55%) microempresas. Em 2001, das 4,63 milhões de empresas no país, 93,9% eram microempresas e 88,2% pequenas e microempresas. Ou seja, as pequenas e microempresas no Brasil são as grandes responsáveis pela produção e geração de empregos no país. 
Apesar do alto grau de empreendedorismo na economia brasileira, com elevada criação de empresas, nem sempre os empreendedores têm conceitos de gestão de negócios e, portanto, atuam de forma empírica e sem planejamento. A conseqüência é que o índice de mortalidade de empresas chega a 73% no terceiro ano de existência.
14,2% da população adulta brasileira está envolvida em alguma atividade empreendedora. O Brasil também apresenta uma das maiores taxas de criação de empresas por necessidade.
2. O Espírito Empreendedor
Empreendedor vem do francês entrepreneur que significa aquele que assume riscos e começa algo novo. Ou seja, o empreendedor é a pessoa que inicia um negócio para realizar uma idéia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente. Interessante que a segunda ou terceira geração de empresas familiares ou proprietários que querem comprar a empresa e continuar focalizados em assumir riscos e inovar continuamente também são considerados empreendedores.
Os empreendedores são importantes em uma economia, pois, fornecem empregos, introduzem inovações e incentivam o crescimento econômico. Não são simplesmente provedores de mercadorias e serviços, mas fontes de energia que assumem riscos inerentes em uma economia em constante transformação e mudança.
O empreendedor faz as coisas acontecerem, pois tem sensibilidade para os negócios, tino financeiro e principalmente capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, ele transforma idéias em realidade para o benefício próprio e benefício da comunidade.
Schumpeter amplia o conceito dizendo que “o empreendedor destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologias”.
Três características básicas do espírito empreendedor:
Necessidade de realização: os empreendedores apresentam elevada necessidade de realização em relação às pessoas em geral. São normalmente pessoas ambiciosas.
Disposição para assumir riscos: o empreendedor assume vários riscos ao iniciar um negócio: o risco financeiro (investir o próprio capital, abandonar o emprego), riscos familiares, riscos psicológicos (possibilidade de fracassar). As pessoas com alta necessidade de realização também têm moderada propensão para assumir riscos. Isto reflete a autoconfiança do empreendedor.
Autoconfiança: quem tem autoconfiança sente que pode enfrentar os desafios que existem ao seu redor e tem domínio sobre os problemas que enfrenta.
Nem todo empreendedor busca um novo objetivo ou meta na sua vida. Existem pessoas que entram em negócios para escapar de algum fator ambiental (empreendedores refugiados).
Os tipos de empreendedores refugiados são:
Refugiado estrangeiro: são pessoas que escapam de perseguições políticas, religiosas ou econômicas em seu país de origem. Normalmente encontram dificuldade de arrumar emprego e iniciam um novo negócio.
Refugiado corporativo: são pessoas que fogem do ambiente burocrático de empresas para iniciar um novo negócio próprio.
Refugiado dos pais: são pessoas que abandonam a família para mostrar sua independência.
Refugiados do lar: são pessoas que começam um negócio próprio quando se sentem livres das responsabilidades da casa (filhos independentes).
Refugiados feministas: mulheres que se sentem discriminadas e preferem iniciar o próprio negócio para serem independentes.
Refugiado social: são alheios à cultura da empresa e buscam uma atividade como empreendedor.
Refugiado educacional: são pessoas que se sentem cansadas de cursos acadêmicos e decidem iniciar um novo negócio.
As diferenças entre o empreendedor artesão e o empreendedor oportunista
O empreendedor artesão apresenta as seguintes características:
Orientação de curto prazo e pouco planejamento;
Paternalista (dirige o negócio como dirige a própria família);
É centralizador, não delega autoridade;
Usa uma ou duas fontes de capital para abrir a empresa;
Define a estratégia de marketing em termos de preço, qualidade e reputação da empresa.
Exemplos: salão de beleza e oficina mecânica.
Este tipo de empreendedor precisa aprender sobre a gestão de negócios e ampliar a visão de empresa.
O empreendedor oportunista apresenta as seguintes características:
Evita o paternalismo na condução da equipe;
Delega autoridade;
Emprega estratégias de marketing e variados esforços de venda;
Capitaliza-se com mais de duas fontes de recursos;
Planeja o crescimento futuro do negócio;
Utiliza sistemas de registro e controle;
Realiza pesquisas de mercado.
Antes de iniciar um negócio próprio você deve fazer algumas perguntas como: quais suas características pessoais? Que tipo de empreendedor você é? Qual sua necessidade de realização? Qual sua disposição para assumir riscos? Qual o seu grau de autoconfiança?
Um bom negócio deve ajustar-se a você como se fosse feito sob medida. O novo negócio tem que ter o seu DNA.
A decisão de tocar o próprio negócio
A decisão de tocar o próprio negócio deve ser muito clara. Você deve estar profundamente comprometido com ela para ir em frente e enfrentar todas as dificuldades que normalmente aparecem.
Fazendo uma engenharia reversa, o primeiro passo é saber quais são as possíveis causas de insucesso nos novos negócios para evitá-las ou neutralizá-las.
Fatores econômicos do insucesso podem ser causados por incompetência do empreendedor; falta de experiência de campo, falta deexperiência gerencial e experiência desequilibrada.
A inexperiência reflete em:
Lucros insuficientes;
Juros elevados;
Perda de mercado;
Mercado restrito, e,
Inviabilidade.
As vendas insuficientes pode ser resultado da fraca competitividade da empresa, da recessão econômica, da localização inadequada da empresa ou das dificuldades de estoques.
As despesas excessivas podem ser conseqüência de dívidas demasiadas ou despesas operacionais elevadas. Outras causas de insucesso são: capital insuficiente, clientes insatisfeitos e fraudes.
Os perigos mais comuns nos novos negócios são:
Não identificar adequadamente o novo negócio;
Não reconhecer o tipo de cliente a ser atendido;
Não escolher adequadamente a forma da sociedade;
Não planejar as necessidades financeiras do novo negócio;
Não escolher adequadamente o local da empresa;
Não saber administrar o andamento das operações do novo negócio;
Não conhecer os padrões de qualidade e de custo na produção de bens e serviços;
Desconhecer a concorrência;
Não tratar adequadamente o cliente;
Não saber vender ou promover os produtos e serviços.
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O que torna um negócio bem-sucedido?
Saber evitar ou neutralizar as ameaças e aproveitar as oportunidades que surgirem é um bom começo. Em outras palavras, saber escolher o negócio mais oportuno e mais suscetível ao êxito é um grande passo. Isso envolve forte dose de análise e intuição.
Além disso, existem razões emocionais ou racionais como:
Desejo de independência;
Trabalhar no que gosta;
Desejo de reconhecimento ou prestígio;
Descoberta de uma oportunidade que os outros ignoram.
Segundo McClelland, as principais características que um empreendedor bem-sucedido deve possuir são:
Iniciativa;
Perseverança;
Comprometimento;
Coragem para assumir riscos;
Busca de qualidade e eficiência;
Fixação de metas e objetivos;
Planejamento e controle;
Rede de contatos;
Autonomia e autocontrole.
Além disso, o empreendedor precisa ter vontade de trabalhar duro, ter habilidade de comunicação, conhecer maneiras de organizar o trabalho, ter orgulho do que faz, manter boas relações interpessoais, ser um autopropulsionador, assumir responsabilidades e desafios e tomar decisão.
Um terceiro aspecto que torna um negócio bem sucedido é o planejamento sólido e detalhado daquilo que se pretende fazer. O plano de negócio é fundamental para o sucesso do negócio.
Os ingredientes de um negócio bem-sucedido
Oportunidade de negócio;
Espírito empreendedor qualificado e motivado;
Planejamento sólido e bem detalhado do negócio (plano de negócio);
Capital suficiente para bancar o negócio;
Sorte.
Aspectos importantes em um novo negócio
Horários de trabalho prolongado e irregular;
Risco de perdas e prejuízos financeiros;
Ganho no período inicial muito baixo ou nulo;
Haverá um fardo de responsabilidades;
Fazer o que gosta e também o que não gosta (burocracia);
Tempo reduzido para família e diversões.
2. Identificando Oportunidades
2.1 Diferenciando Idéias de Oportunidades
Não importa para os negócios se a idéia é única (inédita) ou não. O que importa é como o empreendedor a utiliza para transformá-la em um produto ou serviço que faça sua empresa crescer. As oportunidades é que geralmente são únicas, pois, o empreendedor pode ficar vários anos sem observar e aproveitar uma oportunidade de desenvolver um novo produto, ganhar um novo mercado e estabelecer uma parceria que o diferencia de seus concorrentes.
Idéias revolucionárias são raras, produtos únicos não existem e concorrentes com certeza existirão. Portanto, é importante que o empreendedor teste sua idéia ou conceito de negócio junto a clientes em potencial, empreendedores mais experientes (conselheiros), amigos próximos, antes que a paixão pela idéia cegue sua visão analítica do negócio. Uma idéia sozinha não vale nada no empreendedorismo. O que importa é saber desenvolvê-las, implementá-las e construir um negócio de sucesso.
Um exemplo real de que as idéias simplesmente não se transformam em sucesso é o caso de um grupo de jovens empreendedores do Estado de São Paulo que desenvolvia um software para automação comercial e que decidiu fazê-lo o mais completo possível com gráficos, relatórios e a customização para cada tipo de cliente. Porém, cada cliente queria uma adaptação ao seu caso específico. Como os jovens não tinham tempo para atender a todos os clientes iniciais, eles não conseguiram aumentar a receita da empresa, além de estar com o trabalho atrasado. Um outro jovem ao visitar um desses clientes, viu o software funcionando e gostou da idéia. Então, desenvolveu um software básico de automação sem muitas funcionalidades e sem possibilidade de customização. O negócio dele prosperou. Estabeleceu parcerias e isso fez com que suas vendas se multiplicassem por dez em um ano. Enquanto isso, os outros jovens tiveram que fechar por não conseguir atender aos clientes iniciais e nem prospectar novos clientes.
A idéia foi do grupo de jovens, mas quem soube capitalizar sobre ela, identificando uma oportunidade de negócio, foi o jovem empresário mais experiente, mesmo tendo um produto mais simples. O que conta não é ter a idéia primeiro, mas identificar uma necessidade de mercado e saber como atendê-la, antes que os outros o façam.
Detectar uma oportunidade é atender a uma necessidade de um público-alvo (nicho de mercado) mal explorada.
O empreendedor precisa além de ter a idéia, ter visão de negócio, ser pragmático no momento adequado, saber identificar suas deficiências e conhecer sua concorrência.
2.2 Idéia certa no momento errado
Outro fator importante é o timing da idéia (momento em que a idéia foi gerada), principalmente em empresas de base tecnológica, como no caso do software. Pois, nesse caso, a tecnologia evolui rapidamente e, com isso, o ciclo de vida dos produtos é cada vez mais curto, exigindo ainda maior inovação e agilidade das empresas para se manterem competitivas no mercado. Por exemplo, se uma empresa lança um aplicativo no mercado que não considere a Internet, o produto já nascerá morto. Por outro lado, existem mercados que evoluem mais lentamente. Nesses mercados, o serviço prestado aos clientes é que se tornam importantes. Por exemplo, o mercado de turismo estrangeiro no Brasil.
2.3 A experiência no ramo como diferencial
Um dos fatos que ocorrem com grande freqüência é o candidato a empreendedor ter uma idéia brilhante dirigida a um mercado que ele conhece muito pouco, um ramo no qual nunca atuou profissionalmente. As chances de sucesso nesse caso são mínimas. Sabe-se que existe maior garantia de sucesso em áreas em que você conhece, em que já tem alguma experiência, á trabalhou, ou tem sócios que já trabalharam no ramo. É recomendado não arriscar tudo em negócios cuja dinâmica de mercado e a forma operacional de tocar a empresa seja desconhecida. Não adianta começar um negócio em uma área em que você se simpatiza ou pensa que renderá muito dinheiro, pois, em primeiro lugar deve vir a paixão pelo negócio, e ganhar dinheiro é apenas conseqüência disso. Empreendedores experientes já perceberam que só serão bem-sucedidos se atuarem naquilo que realmente gostam e naquilo em que se sentem satisfeitos.
O empreendedor deve pensar muito bem a vida que quer levar, projetando mentalmente as dificuldades pelas quais passará e se está disposto a encarar o desafio. Deve ainda planejar bem os passos a serem dados e estar capacitado para atuar na área pretendida, fazendo cursos, participando de eventos, treinamentos, feiras, etc., tendo a certeza de que conhece o solo onde está pisando.
2.4 Fontes de novas idéias
Os empreendedores de sucesso estão sempre atrás de novas idéias de negócios e de verdadeiras oportunidades de mercado, ficando atento a tudo que ocorre à volta deles. São curiosos e questionadores, não aceitando a primeira explicação dada para os fatos ocorridos.
Naverdade, novas idéias surgem quando a mente está aberta para novas experiências, de forma que, qualquer fonte de informação pode ser um ponto de partida para novas idéias e identificação de oportunidades de mercado. Informação é a base de novas idéias. Estar bem informado é o dever de qualquer empreendedor.
Atualmente, a informação está ao alcance de qualquer pessoa: TV, rádios, jornais, Internet, outras pessoas, a própria empresa, fornecedores, compradores, governo, entidades de classe, etc. O problema passou a ser a seleção da informação relevante.
Apesar de existirem muitas fontes de informação, identificar uma nova oportunidade pode não ser tão fácil. Uma das formas mais conhecidas de se estimular a criatividade e a geração de novas idéias é o brainstorming, que se baseia no fato de as pessoas serem estimuladas a gerar novas idéias quando estão em grupo. Geralmente surgem novas formas de produzir o produto, soluções mais simples, etc.
Para se estruturar o brainstorming, aconselham-se as seguintes regras:
Não se devem criticar as idéias dos outros;
Quanto mais rodadas melhor e em cada rodada cada um deve dar pelo menos uma idéia relativa ao tópico;
Podem-se dar idéias baseadas nas idéias dos outros;
Não deve haver uma pessoa dominante. Todos devem participar sem restrição.
Outras formas de geração de idéias são:
Conversar com pessoas de todos os níveis sociais e idade, sobre os mais variados temas;
Pesquisar novas patentes e licenciamentos de produtos na área em que se pretende atuar (definição da estratégia da empresa);
Estar atento aos acontecimentos sociais, tendências, preferências da população, mudanças de estilo e padrão de vida das pessoas, hábito dos jovens e mais velhos;
Visitar institutos de pesquisa, universidades, feiras de negócios, empresas, etc.;
Participar de conferências e congressos na área, etc.
O empreendedor deve observar tudo e todos, sem se preocupar se a idéia é viável ou não. A seleção de idéias deve ser feita em uma segunda etapa, onde são utilizados critérios mais racionais de negócios.
Oportunidades na Internet
O estouro da bolha das empresas de Internet (pontocom) em março de 2000 mostrou que não basta criar um site e captar recursos com os capitalistas de risco que o sucesso do empreendedor está garantido. Muitas empresas de Internet começaram a falir nos Estados Unidos, Europa e Brasil a partir dessa data.
O estouro da bolha mostrou que por mais promissor que pareça o mercado, a empresa deve ser criada de forma planejada e consistente e com empreendedores interessados em criar um negócio viável e auto-sustentável e não apenas com uma marca veiculada em forma de site na Internet. 
As oportunidades continuam existindo após o estouro da bolha, mas devem ser analisadas de forma criteriosa como qualquer outra oportunidade de negócio. O empreendedor deve ter em mente que só o trabalho árduo e competente lhes trará a recompensa financeira e pessoal, criando uma empresa de Internet que gere empregos, novas formas de se fazer negócio, inovando e promovendo o crescimento do país, sem especulação.
Modelos de Negócios na WEB
A falta de entendimento do poderoso canal de comunicação que é a Internet e o seu crescimento exponencial provocaram uma caçada desenfreada ao ouro e à riqueza. Mas a maioria dos empreendedores percebeu que custos, receitas e lucro ainda continuam sendo os principais fatores de um negócio on-line ou tradicional.
Um modelo de negócio descreve como a empresa gerará receita e quais os custos e investimentos necessários para tal. Tendo em vista o baixo custo de se criar um site na Internet, o surgimento de inúmeros modelos de negócios se tornou inevitável. Os modelos mais observados e que têm se consolidado nos últimos anos são:
Intermediação de negócios;
Comercialização de propaganda;
Mercado virtual
Empresarial
1 - Intermediação de Negócios
Esse modelo objetiva aproximar compradores e vendedores. As aproximações podem ser feitas principalmente entre empresas, conhecidas como business-to-business (B2B), entre empresas e consumidores finais (business-to-consumer – B2C), ou entre pessoas (consumer-to-consumer C2C). A principal fonte de receita é a cobrança de parte do valor das transações efetuadas.
Muitas empresas com o objetivo de conseguir maior número de clientes possível, deixaram de cobrar a taxa transacional para ter como principal fonte de receita a venda de propaganda e de patrocínio. O problema é que a maioria dos sites utilizou a mesma estratégia, além de serem muito altos os investimentos para atrair usuários. Isso acabou por afastar os investidores deste tipo de modelo de negócio.
O modelo de intermediação de negócios pode ser subdividido em:
Portais Verticais B2B
Nesse ambiente, a empresa atrai compradores e vendedores de um segmento específico. Além de propiciar um ambiente de comercialização entre empresas, os portais verticais possuem conteúdos específicos como guia de compras, diretório de produtos e fornecedores, notícias do segmento, artigos específicos, classificados, comunidade de profissionais, etc. Este modelo também pode oferecer aos seus participantes mecanismos avançados de compra e venda, tais como o leilão convencional ou reverso.
Compra Coletiva
Modelo de negócio que tem como principal objetivo unir compradores, pessoas físicas ou jurídicas, e então organizar um pedido com alto volume permitindo que empresas ou pessoas passem a ter poder de negociação de grande compradores. Normalmente, o intermediador fica com parte do valor transacionado.
Distribuidor
Baseia-se na criação e no gerenciamento de catálogos de produtos de grandes fornecedores, disponibilizados para revendedores de todos os portes. Geralmente este modelo funciona para transações entre empresas (B2B). O benefício para os fornecedores é a facilidade e rapidez na divulgação de seus produtos e na automatização do processo de compras, o que reduz custos. Para o revendedor, o benefício advém da facilidade de comparação de preços e produtos, como também da possibilidade de verificar disponibilidades e produtos substitutos.
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Shopping Virtual
É um site que hospeda ou reúne várias empresas que já realizam comércio e inclusive na Internet. Tem como principais fontes de receita a cobrança de uma taxa da loja e de um valor de manutenção, no caso da loja ser criada pelo shopping; a cobrança de hospedagem de lojas construídas por outras empresas, propaganda e a cobrança de taxa transacional. Alguns shoppings virtuais cobram pelo tipo de serviço que a loja deseja utilizar como acompanhamento de pedidos, milhagem, cobrança ou propaganda.
Sites de comparação (Meta-sites)
Modelo baseado em ferramentas inteligentes especializadas em coletar e comparar preços de produtos e serviços. Estes mecanismos podem se basear em buscas simultâneas on-line (Miner) ou em bancos de dados atualizados freqüentemente (BuscaPé). Exemplos de Meta-sites: Bondfaro, Mysimon, Shpfind.
Leilão
Site que automatiza e conduz processos de leilão para vendedores (pessoa física e jurídica). O site cobra uma taxa de sucesso do vendedor, que varia com o preço do produto a ser leiloado. Muitas vezes, o site também cobra por dar mais destaque ao produto. Existem várias regras de leilão. A mais comum baseia-se na definição de um preço mínimo para o produto. Quem fizer o maior lance pelo produto em certo tempo, leva o produto. Alguns sites de leilão estão passando a oferecer serviços de entrega e de cobrança. Exemplo de sites de leilão: eBay, Arremate, OnSale.
Leilão Reverso
É o modelo em que o comprador diz o que quer comprar e o quanto quer pagar pelo produto ou serviço; o restante fica por conta do site. Isto é, o site envia o pedido a vários fornecedores e o usuário recebe as respostas via e-mail. É um modelo que se baseia na demanda e não na oferta. Funciona para encontrar produtos de difícil acesso ou produtos regionais ou serviços que às vezes ficam ociosos comopassagens aéreas e hotéis. Possui duas formas de cobrança: uma taxa fixa ou a cobrança pelo número de e-mails recebidos. Exemplos: Bargain, Priceline, Respond e Wanted.
Classificados
É um site que contém uma lista de itens que estão sendo procurados ou vendidos. Normalmente esses sites pertencem a empresas de mídia, jornais, revistas, etc. Cobra-se por anúncio ou por transação. Exemplos: Listel, GuiaMais, Farol, etc.
Sites de Permuta
É o tipo de site onde ocorrem trocas de produtos. O site combina todas as possibilidades e colocam em contato os usuários que provavelmente terão interesse em trocar produtos. O site geralmente cobra uma taxa de sucesso das duas partes envolvidas na negociação.
2 – Comercialização de propaganda
Normalmente feito por portais horizontais ou especializados. É uma extensão do modelo tradicional de propaganda. Foi um dos primeiros modelos a se consolidar na Internet. É rico em conteúdo e serviços como e-mail, horóscopos, notícias, chats, etc.
As propagandas são inseridas no formato de banners que possuem duas formas básicas de cobrança: o cliente paga um valor fixo para ter a exposição por certo tempo, ou pageview, que significa o número de vezes que o banner apareceu na tela (não é a quantidade de vezes que foi clicado).
Geralmente atrás dos sites de conteúdo, existem grandes empresas de comunicação, que já geravam esse conteúdo em outras mídias. O ponto crítico desse modelo de negócios é a alta visitação do site ou visitação especializada que permite a cobrança de um valor mais elevado para a propaganda. As ferramentas de busca se enquadram nesse modelo de negócio. Exemplo: Uol, Terra, Globo, Starmedia, Aol, Google, Yahoo!, etc.
3 – Mercado Virtual
É um dos modelos mais clássicos. Baseia-se na construção de revendas ou de varejo na Web, que vendem produtos ou serviços. As vendas são efetuadas em processos automáticos e algumas vezes, em leilão. Em alguns casos, essas empresas podem ter sido criadas exclusivamente no mundo virtual.
Empresas puramente virtuais
Empresas criadas na Web e que não existem no mundo real. Essas empresas criaram um ambiente virtual adequado à nova mídia, mas com o volume de acesso e de pedidos, passaram a ter que se preocupar com questões comuns aos negócios reais, tais como prazo de entrega, estoque, qualidade do produto, etc. Esse tipo de empresa necessita muito de exposição para criar marca e gerar visitação. Exemplos de empresas puramente virtuais: Amazon.com e Submarino.
Empresas de “tijolo e cimento”
São empresas de varejo do mundo real que passam a atuar no mercado virtual. A grande vantagem é que já possuem posicionamento, marca, e principalmente, clientes. Em geral, as operações da empresa real e virtual são distintas, mas as campanhas de comunicação costumam ter muita sinergia. Exemplo: Americanas e PontoFrio.
Empresarial
Empresas existentes no mundo real que passam a expor e comercializar seus produtos na Web. Sua grande vantagem é que um pequeno investimento pode reduzir custos ou aumentar vendas, gerando capital para novos investimentos. As empresas já possuem clientes ativos e bem definidos, o que não exige altos investimentos em marketing. Para empresas que fabricam produtos, existe uma série de tecnologias que a ajudam a tornarem mais competitiva e melhorar sua performance financeira, como o CRM, Business Intelligence, Suply Chain Management, e-procurement, e-commerce, marketplace, etc.
Tendências
Nos Estados Unidos, empresas como Yahoo e Amazon são exemplos de modelos de negócios, que mesmo sem apresentar lucros no início da operação (1994), começaram a atrair muitos investidores. Entretanto, como na corrida ao ouro, nem sempre o que parece ser um negócio lucrativo traz retorno. É preciso, portanto, conhecer bem o modelo de negócio antes de se fazer o investimento requerido.
Outro ponto importante é que muitos empreendedores na época, montaram Planos de Negócios com clara intenção de aquisição da empresa por uma empresa maior ou para o IPO (Oferta Pública Inicial de Ações). O verdadeiro empreendedor tem que estar pronto a assumir o desafio por muitos anos e não só criar a oportunidade e passá-la à frente.
No Brasil, a IdéiasNet foi a primeira empresa pontocom a abrir o capital. Apesar de ter passado por algumas dificuldades iniciais, a empresa passou a controlar de forma mais rigorosa seus custos e consolidar as fontes de receita das empresas em seu portfólio. Recentemente, a IdéiasNet tem focado seu investimento em empresas de Tecnologia da Informação que estejam em estágios iniciais ou em fase de crescimento. O que ocorreu nos últimos anos é que a Internet deixou de ser privilégios de modelos de negócios puramente virtuais e que nem sempre se comprovam eficazes e passou a ser território de empresas do mundo real. As empresas tradicionais consolidadas estão presentes na Internet e com isso a Web passou a ser um canal de vendas e de comunicação com clientes, fornecedores e internamente, agregando mais valor ao negócio usual da empresa.
Isto tem criado oportunidades de negócios para empresas focadas em educação, treinamento, geração de conteúdo, desenvolvedoras de sites, plataformas de comércio eletrônico, meios de pagamento on-line, gerenciamento de bancos de dados, infra-estrutura, hospedagem de sites, agências de comunicação, transmissão de dados, vídeo, som, etc.
Será cada vez mais comum a junção de negócios reais e virtuais. A tendência dos mercados tem sido o atendimento personalizado dos clientes, focando nichos específicos, com características peculiares. Exemplo: as comunidades virtuais, os blogs, etc.
Uma outra tendência irreversível é a integração das mídias: TV, Internet, Celular, etc. Aplicativos e formas mais eficazes de comunicação e utilização dessas tecnologias terão espaço no mercado. O crescente mercado de jogos e simuladores também tem se mostrado um campo promissor. Enfim, apesar de negócios equivocados criados com foco na Internet, essa mídia continuará a ter oportunidades promissoras e desafiadoras.
Questões de revisão:
1) Qual foi o ensinamento aprendido pelos empreendedores com o estouro da bolha das empresas pontocom em 2000?
2) Por que custos, receitas e lucro ainda continuam sendo os principais fatores de um negócio on-line ou tradicional?
3) Explique o que é o B2B, B2C e C2C?
4) Quais os serviços oferecidos pelos portais verticais B2B?
5) Explique como funciona a compra coletiva;
6) Quais as vantagens de fornecedores e revendedores no modelo de negócio do Distribuidor?
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3. O Processo Empreendedor
A maioria das invenções que revolucionaram o estilo de vida das pessoas aconteceu no século XX. Geralmente essas invenções são frutos de inovação, de algo inédito ou de uma nova visão de como utilizar o que já existe, mas que ninguém ousou olhar de outra maneira. Por trás dessas invenções, existem pessoas ou equipes de pessoas com características especiais que são visionárias, questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem. Os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, são apaixonadas pelo que fazem, querem ser reconhecidas e admiradas.
Durante o século XX os movimentos administrativos se sucederam como ondas, culminando com o foco no empreendedorismo a partir da década de 1980. Nas décadas de 1900 a 1920 aconteceu o movimento de racionalização do trabalho, com o foco na gerência administrativa. A partir da década de 1920 até a década de 1940, aconteceu o movimento das relações humanas em que o foco passou a ser os processos de produção. Nas décadas de 1940 e 1950, ocorreu o movimento do funcionalismo estrutural, com foco na gerência por objetivos. Nas duas décadas seguintes (1950 e 1960), aconteceu o movimento dos sistemas abertos, com foco no planejamento estratégico. De 1960 a 1980, ocorreu o movimento das contingências ambientais, com foco na competitividade. E finalmente, a partir da década de 1980 não mais ocorreunenhum movimento dominante, passando então ao foco no empreendedorismo.
A ênfase no empreendedorismo surge muito mais como conseqüência das mudanças tecnológicas e sua rapidez, do que como modismo.
Os empreendedores estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, renovando conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos e gerando riqueza para a sociedade.
No Brasil, finalmente o empreendedorismo começa a ser tratado com o grau de importância que lhe é devido, como ocorreu, por exemplo, nos Estados Unidos, onde os empreendedores são os grandes propulsores da economia. 
Em todo o mundo, o interesse pelo empreendedorismo se estende além das ações dos governos nacionais, atraindo a atenção de organizações multinacionais.
Em 1998, a Comissão Européia apresentou um relatório em cujas propostas estava um compromisso para simplificar a abertura de novas empresas, facilitando o acesso ao crédito, e desenvolvendo um espírito de empreendedorismo na comunidade.
O governo americano gasta centenas de milhões de dólares anualmente em programas de apoio ao empreendedorismo. O programa americano é visto por outros países como modelo para aumentar o nível de atividade empresarial.
O projeto Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é uma organização criada com o objetivo de se medir a atividade empreendedora dos países e se observar seu relacionamento com o crescimento econômico.
O índice de criação de novos negócios criados pelo GEM mede a dinâmica empreendedora dos países.
Empreendedorismo no Brasil
O movimento do empreendedorismo no Brasil começou a tomar forma na década de 1990 com o Sebrae e o Softex (Sociedade Brasileira para a Exportação de Software).
O Softex foi criado para levar as empresas de software do país ao mercado externo, por meio da criação de várias ações que proporcionavam ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia.
A seguir, apresentam-se as ações históricas em direção ao empreendedorismo no Brasil:
Programas Softex e Gênesis – década de 1990;
Programa Brasil Empreendedor – 1999 a 2002 no governo de Fernando Henrique Cardoso;
Programas Empretec e Jovem Empreendedor do Sebrae;
Ensino de empreendedorismo nas Universidades;
Instituto e-cobra de apoio a empreendedores da área de Internet;
Anprotec – movimento de incubadoras de empresas no Brasil.
No Brasil, um de cada oito adultos está envolvido com novos negócios (6º colocação em 2003), o que é um dos maiores índices do mundo. Porém, é necessário distinguir o empreendedorismo de oportunidade do empreendedorismo de necessidade.
O empreendedorismo de oportunidade parte do empreendedor visionário que sabe onde quer chegar e, portanto, cria uma empresa com um planejamento prévio e a empresa visa gerar lucros, empregos e riqueza; Já o empreendedorismo de necessidade parte do empreendedor que monta um novo negócio por falta de opção, por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho. São criados negócios informais, sem planejamento. Nesse caso, muitos negócios fracassam, não gerando desenvolvimento econômico. Este é o tipo de empreendedorismo mais comum em países em desenvolvimento como o Brasil.
No Brasil faltam ainda políticas públicas duradoras dirigidas à consolidação do empreendedorismo como alternativa à falta de emprego e de instrumentos de geração de renda. Além disso, é conhecida a incapacidade do Brasil de proporcionar um ambiente propício a proliferação dos negócios devido à alta carga tributária, às elevadas taxas de juros e a excessiva burocracia estatal que acabam emperrando a energia criativa e empreendedora do povo brasileiro.
Diferenças e similaridades entre o administrador e o empreendedor
A abordagem clássica propõe que o trabalho do administrador ou a arte de administrar concentre-se nos atos de planejar, organizar, dirigir e controlar.
Kotler afirma que os administradores criam e modificam agendas, incluindo metas e planos para sua organização e desenvolvem redes de relacionamentos cooperativos para implementá-los.
O empreendedor possui características, além dos atributos do administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa. Ou seja, o empreendedor é um administrador que se diferencia dos administradores gerentes por serem mais visionários. 
Os empreendedores, ao contrário dos gerentes tradicionais, pensam no longo prazo (pensamento estratégico), envolvem-se diretamente no negócio, assumem riscos calculados, aprendem com suas próprias falhas e baseiam-se no relacionamento e não na hierarquia para desempenhar funções. O empreendedor é um exímio identificador de oportunidades.
As habilidades requeridas do empreendedor são:
Habilidades técnicas: o empreendedor precisa ser organizado, saber captar informações, trabalhar em equipe e ter conhecimento técnico em sua área de atuação;
Habilidades gerenciais: o empreendedor precisa estar envolvido na criação, no desenvolvimento e no gerenciamento da nova empresa. Precisa ser bom negociador, tomar decisões e conhecer as diversas áreas da empresa (marketing, recursos humanos, produção e finanças);
Habilidades pessoais: o empreendedor precisa ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, persistente, líder e visionário.
O processo empreendedor precisa do talento das pessoas, da tecnologia (idéias), dos recursos (capital) e do know-how (conhecimento) para gerar negócios de sucesso.
Onde existe o talento, há oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver novos negócios. Quando o talento é somado a tecnologia e as pessoas têm idéias viáveis, o processo empreendedor está na iminência de ocorrer. O combustível para que o negócio saia do papel é o capital. Já o conhecimento e a habilidade de convergir o talento, a tecnologia e o capital é que fazem a empresa crescer.
As quatro fases do processo empreendedor são:
Identificar e avaliar a oportunidade;
Desenvolver o Plano de Negócios;
Determinar e captar os recursos necessários;
Gerenciar a empresa criada.
Questões para discussão
Por que estudar empreendedorismo?
O que é empreendedorismo? O que é ser empreendedor?
Você conhece uma pessoa empreendedora? Quais das características discutidas essa pessoa possui?
O empreendedor é apenas um administrador, ou tem características distintas?
Qual a importância da inovação no processo empreendedor?
Teste seus conhecimentos sobre o indivíduo empreendedor
A principal motivação de um empreendedor para iniciar um negócio é:
a) ganhar dinheiro; 	b) ser famoso (status); 	c) segurança; 
d) ter poder; 	 e) ser independente.
Para ser um empreendedor de sucesso, você precisa de:
a) dinheiro; 		b) muito trabalho; 		c) sorte;
d) uma boa idéia; 		e) todas as anteriores.
Os empreendedores são melhores como:
a) gerentes; 		b) capitalistas de risco; 	c) administradores;
d) fazedores.
Os empreendedores:
a) assumem altos riscos; 		b) não assumem riscos;
c) assumem riscos moderados; 	d) não se preocupam com riscos.
Os empreendedores são apaixonados por:
a) novas idéias; 	b) novos empregados; 	c) novos conceitos administrativos;
d) novos produtos; 	e) todas as anteriores.
Os empreendedores geralmente criam:
a) novas empresas de serviço;	b) novas empresas de manufatura;
c) novas empresas de construção; 	c) novas empresas de tecnologia;
e) mais de uma empresa.
Auto-avaliação de seu perfil empreendedor (Excel)
Instruções:
Atribua nota de 1 a 5 para cada uma das características;
Some as notas obtidas para todas as características;
Analise o resultado global com base nas explicações ao final;
Destaque seus principais pontos fortes e pontos fracos;
Quais dos pontos fortes destacados são mais importantes para o seu desempenho como empreendedor?
Quais os pontos fracos destacados deveriamser trabalhados para que o seu desempenho seja melhorado? É possível melhorá-los?
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4. Entendendo o mundo dos negócios
4.1 O que é um negócio?
É um esforço organizado por determinadas pessoas para produzir bens e serviços, a fim de vendê-los em um determinado mercado e alcançar recompensa financeira pelo seu esforço.
Todo negócio envolve necessariamente o ato de produzir ou vender um produto ou de prestar um serviço. O objetivo de um negócio é produzir e vender com lucro produtos e serviços que satisfaçam necessidades e desejos da sociedade.
Em todo processo de produção e comercialização de bens ou serviços, existem os intermediários. Se a empresa prefere se dedicar à produção, deixando a distribuição a cargo de varejistas, estes últimos são intermediários entre o produtor e o consumidor final.
Para operar um negócio, faz-se necessário assumir vários riscos como a possibilidade de obsolescência do produto, do capital empregado, disputas trabalhistas, administração incompetente, dificuldade de mercado (competição) ou danos extraordinários (incêndios, enchentes, etc.). Enfim, toda atividade econômica tem seu risco inerente.
Pesquisar e vislumbrar onde estão as oportunidades constituem os primeiros passos para identificar um bom negócio. Para quem busca uma oportunidade, existem dois pontos de partida:
Descobrir onde um negócio já pensado é viável: nesse caso, envolve pesquisar qual a necessidade da região a ser atendida, qual o número de clientes potenciais, qual o poder aquisitivo da clientela, etc.
Procurar um nicho de mercado e desenvolver o plano de negócio: nesse caso, deve-se procurar conhecer melhor o público-alvo, os incentivos governamentais, etc.
O importante é sempre estabelecer um diferencial de mercado, sem que seja necessário o desenvolvimento tecnológico caro e específico. É importante observar que se um nicho de mercado é identificado, a atenção deve ser redobrada, pois, se não há competidores à vista, pode também não haver clientes potenciais.
Os quatro pontos principais de um novo negócio deve ser:
Mapear o perfil do comprador. Ou seja, deve-se responder à pergunta: quem é minha clientela?
Saber administrar. Não adianta ter um bom produto se não existe planejamento das operações e controle de gastos.
É preciso ter criatividade e ousadia;
É importante cooperar, associar-se em rede para competir com concorrentes mais fortes.
O ambiente onde a empresa está inserida é complexo e dividido em macroambiente (ou ambiente geral) e microambiente (ou ambiente de tarefa).
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Macroambiente
É caracterizado por variáveis econômicas, sociais, tecnológicas, culturais, legais, demográficas e ecológicas que afetam as empresas de forma generalizada. Por exemplo, a inflação do país onde se encontra a empresa é uma variável do macroambiente, pois, afeta a todas as empresas do país.
Independente do porte da empresa, as variáveis econômicas como desenvolvimento ou recessão econômica, renda per capita, Produto Interno Bruto (PIB), inflação, juros, câmbio, etc. influenciam poderosamente o ambiente de negócios, afetando direta e indiretamente as empresas.
As variáveis sociais que acabam por determinar os hábitos de compra e as necessidades individuais a serem satisfeitas pelas empresas são: o nível de emprego e de educação, a saúde, a segurança, etc.
A tecnologia por sua vez tem sido um poderoso impulsionador de novos negócios e de novas necessidades de mercado, na medida em que produz inovações e novos produtos e processos.
As variáveis culturais que também influenciam as empresas são os eventos culturais, a arte, a arquitetura, o tipo de vida, etc.
As variáveis legais são constituídas pelas leis (federal, estadual e municipal) e normas que regulam as atividades dos negócios no país ou no exterior.
Observação: no caso do Brasil, reconhece-se internacionalmente a necessidade de leis mais objetivas e claras de forma a tornar o processo jurídico mais rápido, mais justo, menos burocrático e menos oneroso para as empresas.
As variáveis demográficas envolvem a densidade populacional, o perfil etário da população, a imigração, a diversidade racial, etc.
As variáveis ecológicas incluem os recursos naturais de uma região como a água, a terra, o clima, etc.
Todas essas variáveis exercem influência recíproca em um ambiente geral (macroambiente) que é comum a todas as empresas, afetando-as de maneira genérica e abrangente.
Microambiente
Cada empresa opera em um microambiente específico, do qual retira seus recursos e em que coloca seus produtos e serviços. Esse microambiente pode ser chamado de ambiente de operações da empresa. É o nicho em que a empresa se situa e procura estabelecer seu domínio.
O microambiente pode ser dividido em quatro setores distintos: fornecedores, clientes, concorrentes e agências reguladoras.
Os fornecedores tornam-se mais complexos, heterogêneos e diferenciados à medida que os produtos e serviços também se tornam mais complexos. Os fornecedores podem fornecer à empresa recursos financeiros, recursos materiais, recursos tecnológicos ou recursos humanos.
Os clientes ou consumidores consomem os produtos e serviços da empresa. A medida que os produtos se tornam mais sofisticados, os clientes tornam-se mais heterogêneos e diferenciados.
Os concorrentes são as empresas que disputam os mesmos fornecedores ou clientes da empresa. Quanto mais complexo for o mercado disputado, mais complexa será a competitividade.
As agências reguladoras são órgãos governamentais incumbidos de fiscalizar e monitorar o trabalho das empresas, os grupos regulamentadores, os sindicatos, as ONGs, etc.
O microambiente fornece à empresa oportunidade e recursos, mas, traz consigo ameaças e dificuldades.
A globalização e as redes de comunicação transformaram antigos negócios e mercados locais, regionais e nacionais em globais. Assim, toda empresa precisa estar constantemente aberta e atenta ao que acontece ao seu redor para poder interpretar as mudanças, particularmente no seu ambiente de operação.
As oportunidades das pequenas empresas
À medida que as empresas crescem, elas passam por uma complexa divisão de trabalho, que constitui a sua diferenciação interna. Essa diferenciação envolve uma especialização vertical (hierarquia) e uma especialização horizontal (departamentalização).
Para representar essas duas formas de especialização, utiliza-se o organograma, que é um conjunto de blocos que indicam cargos ou órgãos e seus respectivos níveis e subordinados.
A departamentalização enfatiza a especialização de cada órgão ou cargo, mas dificulta a coordenação entre eles. Já a hierarquia alongada impõe pesados custos adicionais (gerentes e chefes) para tocar o negócio e provoca a lentidão característica das grandes organizações. A comunicação fica lenta e ineficiente. Assim, as grandes organizações somente podem trabalhar com economias de escala, isto é, com produção em massa de produtos e serviços, orientados para mercados amplos e abrangentes.
As grandes empresas não sabem tirar proveito de três pontos fundamentais:
Pequenos nichos de mercado que envolvem um pequeno volume de negócios;
Atendimento às necessidades individualizadas e personalizadas dos clientes;
Surgimento de oportunidades passageiras de mercado que envolvem agilidade e prontidão para rápidas decisões e alterações em produtos e serviços.
Por seu tamanho reduzido, as pequenas empresas não apresentam enorme especialização horizontal, nem vertical que as grandes apresentam e que as tornam pesadas, lentas e onerosas. As pequenas têm agilidade e flexibilidade para mudanças rápidas e manobras ágeis. Por essa razão, as grandes corporações estão passando por intensos programas de melhoria contínua, enxugamento, redução de níveis hierárquicos, gerenciamento de processos, reengenharia, etc. Tudo isso para reduzir os impactos negativos de sua complexidade organizacional e retomaras características originais de quando eram pequenas, inovadoras e empreendedoras.
Saber tirar proveito de sua flexibilidade é a grande descoberta das pequenas empresas. Muitas das pequenas empresas já descobriram que sua agilidade e flexibilidade é uma vantagem competitiva, já que as grandes empresas não têm condições de atender pontos específicos do mercado. Logo, elas procuram incessantemente aspectos que possam diferenciá-las das demais empresas. Por exemplo, Thomas Edison dizia que: “não existem fracassos, mas experiências que são positivas em maior ou menos grau”.
5. Focalizando o novo negócio
Abrir uma empresa não significa somente empreender um novo negócio e gerar empregos. É uma onda que já envolveu todos os países do primeiro mundo e chega ao Brasil onde o gigantismo e a burocracia estatal dificultam a flexibilidade, a agilidade, a inovação e a competitividade. As grandes corporações desdobram-se e subdividem-se em pequenos negócios para sobreviver em um mundo de mudança e competitividade.
A pequena empresa consegue, com maior facilidade, satisfazer à necessidade de especialização com a busca de atividades capazes de integrar adequadamente tecnologia, qualidade e competitividade. Na verdade, as pequenas empresas constituem o cerne da dinâmica dos países, as entidades impulsionadoras do mercado, as geradoras de oportunidades, as empresas que proporcionam empregos mesmo em situações de recessão. Enquanto as pequenas empresas criam empregos em torno de todo o mundo, as grandes empresas estão gradativamente e continuamente reduzindo o seu quadro de pessoal.
O que é uma empresa?
A empresa existe para satisfazer as necessidades humanas. Elas produzem, vendem, informam e prestam os mais variados serviços e facilidades. Uma empresa é o conjunto de pessoas que trabalham juntas no sentido de alcançar objetivos por meio da gestão de recursos humanos, materiais e financeiros. As pessoas se juntam na empresa para atingir objetivos que jamais alcançariam individualmente.
O objetivo principal de qualquer empresa é a obtenção de lucro, que é a remuneração do empreendedor que cria e impulsiona a empresa em uma situação na qual enfrenta o risco e a incerteza.
A empresa também cumpre outro objetivo indireto que é o atendimento das necessidades do cliente ou do consumidor. Ao produzir e vender serviços e produtos, a empresa supre as necessidades da comunidade. Além disso, as empresas criam empregos, distribui ganhos (salários), paga impostos, preserva o maio-ambiente, tem responsabilidade social, preocupa-se com a qualidade de vida das pessoas e faz a economia girar.
Os principais parceiros de todo os negócios são:
A sociedade;
Os fornecedores;
Os clientes;
Os funcionários;
Os governos;
Os acionistas e;
O meio-ambiente.
A empresa de excelente desempenho deve satisfazer a todos os parceiros.
Tipos de empresas
Empresas industriais
São as empresas que transformam matérias-primas em mercadorias ou produtos acabados. Abrangem desde pequenos artesanatos até as grandes fábricas.
Observação: as empresas industriais podem produzir bens de capital, que são bens que geram outros bens ou riquezas (máquinas e equipamentos), ou de consumo, que são bens utilizados diretamente na satisfação das necessidades do homem.
Empresas Comerciais
São empresas que vendem mercadorias ou produtos acabados diretamente ao consumidor (comércio varejista) ou às empresas que vendem para o varejista (comércio atacadista).
Empresas Prestadoras de Serviço
São empresas que oferecem trabalhos especializados, como transporte, saúde, comunicação, lazer, serviços de manutenção, etc.
Tamanho das empresas
As empresas podem ser classificadas como de grande, médio ou pequeno porte, de acordo com critérios universalmente aceitos, como o número de empregados, o volume de vendas, o valor dos ativos, o volume de depósitos, etc. Governos, bancos e entidades de classe utilizam critérios variados para classificar as empresas de acordo com o seu tamanho, para efeito de registro, isenções, apoio técnico, obtenção de crédito, etc.
De acordo com o Sebrae as empresas são classificadas de acordo com o número de empregados como na tabela abaixo:
	Porte
	Número de empregados
	
	Indústria
	Comércio e serviços
	Pequena empresa
	20 a 99
	10 a 49
	Média empresa
	100 a 499
	50 a 99
	Grande empresa
	500 ou mais
	100 ou mais
Fonte: Sebrae
 
A tendência que perdurou por um século agora está se invertendo. Isto é, as grandes empresas estão encolhendo e as pequenas empresas estão dominando o cenário empresarial. As razões para o crescimento do número de pequenas empresas são:
Novas tecnologias que permitem a produção eficiente em escala menor;
A maior flexibilidade exigida pela competição global favorece a pequena empresa;
Os consumidores estão preferindo produtos personalizados, criando oportunidades específicas para empresas menores.
É incorreto dizer, contudo, que todos os pequenos empreendimentos estão em expansão. O potencial de criação de empregos flui de alguns empreendimentos bem-sucedidos, não de muitos deles.
Microempresas e suas vantagens
A lei 7526 de 27 de Novembro de 1984 instituiu o Estatuto da Microempresa para efeito de incentivo e facilidades operacionais das empresas de minúsculo porte e das que alcançam um faturamento anual dentro dos limites definidos por lei. É considerada microempresa aquela cujo faturamento anual não ultrapassar o valor de 96.000 Ufir (R$ 1,2 milhão). Em virtude do porte minúsculo, a microempresa tem a vantagem de precisar de poucos documentos e papéis relativos aos negócios realizados. Os deveres legais são bastante simplificados. A microempresa é dispensada da escrituração dos livros fiscais e sua contabilidade pode ser feita na própria empresa ou por um escritório de contabilidade, com a obrigação de manter demonstrativos contábeis.
Anualmente, as microempresas têm de apresentar a declaração de IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica), as declarações de microempresa na Secretaria Estadual de Fazenda e na prefeitura (dependendo da cidade e do estado em que se localiza) e a escrituração dos livros. Mensalmente, as microempresas devem recolher ao INSS a contribuição de seus empregados, a parcela do empregador, o FGTS, o Darf de IR retido nos pagamentos de empregados e/ou salários e a contribuição da empresa ao INSS. Além disso, todas as obrigações trabalhistas devem ser recolhidas periodicamente. Devem ser mantidos na empresa os livros de registros de empregados, a folha de pagamento e os recibos dos empregados, a ficha do salário-família e o termo anual de responsabilidade, a ficha de salário-maternidade, as guias de recolhimento de impostos, as taxas e contribuições, todos os documentos dos sócios da empresa, bem como as notas fiscais. Enfim, não falta burocracia e papelório, tratando-se de um entrave na proliferação de empresas no Brasil.
Inovação
Muitos produtos como a fotocópia, o filme colorido e a insulina foram criados por pequenas empresas. Além disso, a atividade inovadora tende a diminuir à medida que o nível de concentração em um setor aumenta. Isso confirma a importância da inovação das pequenas empresas.
Como escolher o negócio adequado
Os ramos de negócio são muito variados. Uns são explorados intensamente. Outras áreas são inexploradas, o que acaba sendo oportunidades verdadeiras e importantes em um mundo carregado de competição. Antes de se decidir em que ramo empreender, é necessário perguntar-se:
Qual o volume de capital se pretende investir?
Qual o retorno você pretende/precisa obter?
Qual a natureza das atividades envolvidas?
Quais suas experiências profissionais?
Quais são os seus objetivos?
Quais suas atitudes/opiniões a respeito de negócios?
Quais são as características de sua personalidade?
Quais são seus conhecimentos/habilidades?
Quanto tempo você pode ficar sem seu salário mensal?
Essas questões influenciamas escolhas a respeito do negócio.
Mapeando as Oportunidades
As oportunidades para se iniciar um novo negócio podem ser resumidas em quatro vertentes:
Invenção de um novo produto ou serviço: requer um novo tipo de negócio para fornecer aos clientes um produto/serviço que não exista no mercado;
Desenvolvimento de uma nova tecnologia: processo teoricamente novo, como foi a Internet;
Desenvolvimento de um novo mercado: é o caso da inclusão de novas faixas de consumidores. Trata-se de fornecer aos clientes um produto que não existe em seu mercado, mas que já existe em outros locais. Ou oferecer um produto a preços mais acessíveis. Exemplo: a venda de tubaínas no mercado de refrigerantes ou do açaí no sudeste do país.
Desenvolvimento de novos benefícios: desempenhar antigas funções de uma nova maneira, mais aprimorada e com execução superior. Trata-se de realizar no mercado o que já se faz, mas de maneira mais sofisticada ou com elevada qualidade.
As pequenas empresas possuem características que facilitam enormemente sua entrada no mercado:
Propriedade e operação independentes;
Escopo de operações localizado e definido;
Não são dominantes em seu campo de atuação;
Tamanho pequeno em seu mercado;
Pequeno investimento de capital financeiro.
Por exemplo, o empreendedor Igel teve a idéia de utilizar o gás que abasteceria o dirigível Zepelin para aquecer e criou os fogões a gás e o gás engarrafado em botijões.
Construir um novo negócio ou comprar um negócio já existente?
O empreendedor tem outras opções além de montar um negócio próprio totalmente novo: as franquias, os negócios da família ou a compra de um negócio já existente. Quais as vantagens de comprar um negócio já existente?
Vantagens:
Negócio já bem-sucedido aumenta a chance de sucesso. O local já está escolhido e utilizado;
O planejamento já foi realizado e facilita o futuro;
A clientela já existe e os fornecedores também;
O estoque já está disponível e não precisa ser adquirido;
Você adquire parte da experiência do proprietário anterior;
Os funcionários já têm experiência;
Não há necessidade de grandes investimentos.
Desvantagens:
Você pode herdar deficiências do proprietário anterior;
Se a imagem do negócio for fraca, será difícil mudar;
Poderá ser necessário fazer uma modernização;
A clientela e os fornecedores podem não ser bons;
Os equipamentos podem estar deteriorados;
Os gastos com a aquisição podem sobrecarregar o fluxo de caixa e prejudicar a lucratividade.
Enfim, adquirir um negócio já existente significa:
Redução de incerteza;
Aquisição de operações em andamento;
Relacionamentos já consolidados;
Ter que negociar o preço da aquisição.
O ciclo de vida das empresas
Toda grande empresa iniciou atividades como pequena empresa. Para chegar ao tamanho atual, elas passaram pelas seguintes fases:
Fase pioneira
A fase pioneira normalmente ocorre quando os fundadores iniciam o negócio. Seus processos são facilmente supervisionados e controlados. Há poucas tarefas de rotina e um enorme volume de improvisações. A capacidade da empresa de realizar inovações e mudanças é bastante elevada.
Fase da expansão
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Questões de revisão
O que é um negócio?
É um esforço organizado por determinadas pessoas para produzir bens e serviços, a fim de vendê-los em um determinado mercado e alcançar recompensa financeira pelo seu esforço.
Qual o objetivo de qualquer negócio?
O objetivo de um negócio é produzir e vender com lucro produtos e serviços que satisfaçam necessidades e desejos da sociedade.
Quais são os riscos assumidos em um negócio?
Para operar um negócio, faz-se necessário assumir vários riscos como a possibilidade de obsolescência do produto,
do capital empregado,
disputas trabalhistas, a
dministração incompetente,
dificuldade de mercado (competição) ou
danos extraordinários (incêndios, enchentes, etc.). 
Por que se não houver competidores à vista, existe um grande risco?
É importante observar que se um nicho de mercado é identificado, a atenção deve ser redobrada, pois, se não há competidores à vista, pode também não haver clientes potenciais.
Quais são os quatro pontos principais de um novo negócio?
Mapear o perfil do comprador. Ou seja, deve-se responder à pergunta: quem é minha clientela?
Saber administrar. Não adianta ter um bom produto se não existe planejamento das operações e controle de gastos.
É preciso ter criatividade e ousadia;
É importante cooperar, associar-se em rede para competir com concorrentes mais fortes.
Quais são as características do macroambiente da empresa?
É caracterizado por variáveis econômicas, sociais, tecnológicas, culturais, legais, demográficas e ecológicas que afetam as empresas de forma generalizada. Por exemplo, a inflação do país onde se encontra
Por que a tecnologia é um poderoso impulsionador de novos negócios?
A tecnologia por sua vez tem sido um poderoso impulsionador de novos negócios e de novas necessidades de mercado, na medida em que produz inovações e novos produtos e processos.
Por que o ambiente jurídico é tão importante para os negócios?
Observação: no caso do Brasil, reconhece-se internacionalmente a necessidade de leis mais objetivas e claras de forma a tornar o processo jurídico mais rápido, mais justo, menos burocrático e menos oneroso para as empresas.
Como as variáveis sociais podem influenciar o ambiente de negócios?
As variáveis sociais que acabam por determinar os hábitos de compra e as necessidades individuais a serem satisfeitas pelas empresas são: o nível de emprego e de educação, a saúde, a segurança, etc.
Quem são os participantes do microambiente das empresas? Explique como eles se relacionam com a empresa.
Cada empresa opera em um microambiente específico, do qual retira seus recursos e em que coloca seus produtos e serviços. Esse microambiente pode ser chamado de ambiente de operações da empresa. É o nicho em que a empresa se situa e procura estabelecer seu domínio.
O microambiente pode ser dividido em quatro setores distintos: fornecedores, clientes, concorrentes e agências reguladoras.
Qual a influência da globalização e das redes de comunicação nos negócios?
A globalização e as redes de comunicação transformaram antigos negócios e mercados locais, regionais e nacionais em globais. Assim, toda empresa precisa estar constantemente aberta e atenta ao que acontece ao seu redor para poder interpretar as mudanças, particularmente no seu ambiente de operação.
Quais são os três pontos fundamentais que as grandes empresas não sabem tirar proveito?
Pequenos nichos de mercado que envolvem um pequeno volume de negócios;
Atendimento às necessidades individualizadas e personalizadas dos clientes;
Surgimento de oportunidades passageiras de mercado que envolvem agilidade e prontidão para rápidas decisões e alterações em produtos e serviços.
Quais as vantagens das pequenas empresas sobre as grandes? O que as grandes empresas têm feito para minimizar a vantagem das pequenas?
Por seu tamanho reduzido, as pequenas empresas não apresentam enorme especialização horizontal, nem vertical que as grandes apresentam e que as tornam pesadas, lentas e onerosas. As pequenas têm agilidade e flexibilidade para mudanças rápidas e manobras ágeis. Por essa razão, as grandes corporações estão passando por intensos programas de melhoria contínua, enxugamento, redução de níveis hierárquicos, gerenciamento de processos, reengenharia, etc. Tudo isso para reduzir os impactos negativos de sua complexidade organizacional e retomar as características originais de quando eram pequenas, inovadoras e empreendedoras.
Por que as pequenas empresas são o cerne da dinâmica dos países?
A pequena empresa consegue, com maior facilidade, satisfazer à necessidade de especialização com a busca de atividades capazes de integrar adequadamente tecnologia,qualidade e competitividade. Na verdade, as pequenas empresas constituem o cerne da dinâmica dos países, as entidades impulsionadoras do mercado, as geradoras de oportunidades, as empresas que proporcionam empregos mesmo em situações de recessão. Enquanto as pequenas empresas criam empregos em torno de todo o mundo, as grandes empresas estão gradativamente e continuamente reduzindo o seu quadro de pessoal.
Quais são os principais parceiros de todo negócio? Como eles se relacionam com as empresas?
A sociedade;
Os fornecedores;
Os clientes;
Os funcionários;
Os governos;
Os acionistas e;
O meio-ambiente.
Qual a diferença entre empresas comerciais e industriais?
Empresas industriais
São as empresas que transformam matérias-primas em mercadorias ou produtos acabados. Abrangem desde pequenos artesanatos até as grandes fábricas.
Observação: as empresas industriais podem produzir bens de capital, que são bens que geram outros bens ou riquezas (máquinas e equipamentos), ou de consumo, que são bens utilizados diretamente na satisfação das necessidades do homem.
Empresas Comerciais
São empresas que vendem mercadorias ou produtos acabados diretamente ao consumidor (comércio varejista) ou às empresas que vendem para o varejista (comércio atacadista).
Quais são os critérios normalmente usados para diferenciar o tamanho das empresas?
	Porte
	Número de empregados
	
	Indústria
	Comércio e serviços
	Pequena empresa
	20 a 99
	10 a 49
	Média empresa
	100 a 499
	50 a 99
	Grande empresa
	500 ou mais
	100 ou mais
Fonte: Sebrae
Cite algumas vantagens fiscais e burocráticas das pequenas empresas no Brasil?
A lei 7526 de 27 de Novembro de 1984 instituiu o Estatuto da Microempresa para efeito de incentivo e facilidades operacionais das empresas de minúsculo porte e das que alcançam um faturamento anual dentro dos limites definidos por lei. É considerada microempresa aquela cujo faturamento anual não ultrapassar o valor de 96.000 Ufir (R$ 1,2 milhão). Em virtude do porte minúsculo, a microempresa tem a vantagem de precisar de poucos documentos e papéis relativos aos negócios realizados. Os deveres legais são bastante simplificados. A microempresa é dispensada da escrituração dos livros fiscais e sua contabilidade pode ser feita na própria empresa ou por um escritório de contabilidade, com a obrigação de manter demonstrativos contábeis.
Anualmente, as microempresas têm de apresentar a declaração de IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica), as declarações de microempresa na Secretaria Estadual de Fazenda e na prefeitura (dependendo da cidade e do estado em que se localiza) e a escrituração dos livros. Mensalmente, as microempresas devem recolher ao INSS a contribuição de seus empregados, a parcela do empregador, o FGTS, o Darf de IR retido nos pagamentos de empregados e/ou salários e a contribuição da empresa ao INSS. Além disso, todas as obrigações trabalhistas devem ser recolhidas periodicamente. Devem ser mantidos na empresa os livros de registros de empregados, a folha de pagamento e os recibos dos empregados, a ficha do salário-família e o termo anual de responsabilidade, a ficha de salário-maternidade, as guias de recolhimento de impostos, as taxas e contribuições, todos os documentos dos sócios da empresa, bem como as notas fiscais. Enfim, não falta burocracia e papelório, tratando-se de um entrave na proliferação de empresas no Brasil.
Cite pelo menos três vantagens e três desvantagens de se comprar um negócio já existente.
Vantagens:
Negócio já bem-sucedido aumenta a chance de sucesso. O local já está escolhido e utilizado;
O planejamento já foi realizado e facilita o futuro;
A clientela já existe e os fornecedores também;
O estoque já está disponível e não precisa ser adquirido;
Você adquire parte da experiência do proprietário anterior;
Os funcionários já têm experiência;
Não há necessidade de grandes investimentos.
Desvantagens:
Você pode herdar deficiências do proprietário anterior;
Se a imagem do negócio for fraca, será difícil mudar;
Poderá ser necessário fazer uma modernização;
A clientela e os fornecedores podem não ser bons;
Os equipamentos podem estar deteriorados;
Os gastos com a aquisição podem sobrecarregar o fluxo de caixa e prejudicar a lucratividade.
Por que normalmente as inovações surgem nas pequenas empresas? Qual a importância das inovações?
Muitos produtos como a fotocópia, o filme colorido e a insulina foram criados por pequenas empresas. Além disso, a atividade inovadora tende a diminuir à medida que o nível de concentração em um setor aumenta. Isso confirma a importância da inovação das pequenas empresas.
Qual a diferença entre bens de consumo e bens de capital? Cite exemplos.
Por que normalmente o varejo se constitui na área mais favorável às pequenas empresas?
O que é uma manufatura? Por que uma manufatura requer um investimento inicial pesado?
Quais são as características de um negócio atacadista? Cite exemplos de firmas atacadistas.
Quais são as características de um negócio varejista? Cite exemplos de firmas varejistas.
Quais são os varejistas que não precisam de um local físico para funcionar?
Quais são as características de um negócio na área de serviços? Cite exemplos de firmas de serviços.
Explique por que ter criatividade, ser inovador e ter foco no cliente são características que contribuem para o sucesso de um novo negócio?
Por que é necessário também buscar cooperação, capacitação e visibilidade?
Por que é importante buscar excelência e autonomia em um novo negócio?
6. Plano de Negócios
1 – Plano de Negócios
O plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor. Empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear estratégias da empresa a ser criada.
A principal utilização do plano de negócios é prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento iniciais da empresa.
O plano de negócios é a formalização da idéias, da oportunidade, do conceito, dos riscos, das experiências similares, da estratégia competitiva, bem como do plano de marketing, de vendas, operacional e financeiro para viabilizar o novo negócio.
Um bom plano de negócios aumenta significativamente as chances de sucesso de um novo negócio. 
O plano de negócios deve ser uma ferramenta dinâmica, que deve ser atualizada constantemente, pois, o ato de planejar é dinâmico e corresponde a um processo cíclico.
A elaboração do plano de negócios acarreta os seguintes benefícios:
Permite uma visão de todas as facetas de um novo negócio, evitando a parcialidade que pode induzir a erros;
Impõe a avaliação do potencial de lucro e crescimento do novo negócio, bem como as suas necessidades operacionais e financeiras;
Examina as conseqüências de diferentes estratégias competitivas de marketing, de vendas, de produção e de finanças.
Constitui-se de um documento básico e indispensável para atrair sócios e investidores para o novo negócio.
É importante para apresentar o novo negócio a clientes e fornecedores, bem como para recrutar empregados.
O plano de negócios pode se diferenciar no que se refere a sua apresentação, conforme seu objetivo seja operacional ou para a obtenção de recursos. O plano de negócios destinado a obter recursos inclui uma série de detalhes que não são necessários no plano de negócios operacional. Além disso, novos negócios exigem planos mais detalhados que os negócios já conhecidos e consolidados como uma loja ou uma oficina mecânica. Nesse caso, são importantes a projeção de vendas, o fluxo de caixa do novo empreendimento e a estratégia competitiva para se diferenciar dos concorrentes já estabelecidos.
Quanto mais desconhecidos os novos negócios, mais difícil é convencer sócios, investidores, empregados, fornecedores e clientes de sua viabilidade. Nesse caso, é particularmente importante a análisedos riscos e medidas para a redução deles.
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Diretrizes de um Plano de Negócios
Seja sucinto
O plano de negócios deve ser o mais conciso possível, sem comprometer a clareza da exposição e sem omitir detalhes importantes. Deixe os detalhes secundários para esclarecimentos subseqüentes.
No plano de negócios para a obtenção de recursos deve haver um sumário executivo que deve ser muito bem-escrito e atrair o leitor para o resto do plano. O sumário executivo deve ser como um trailer de filme.
Não diversifique
É preciso primeiro desenvolver bem um produto e um mercado, antes de se pensar em diversificação. Um plano de negócios muito ambicioso, com muitas linhas de produtos e mercados, tende a não merecer credibilidade.
Não usar jargões técnicos
Na elaboração do plano de negócios evite jargões técnicos para descrever produtos, processos de produção, mercados e outros aspectos. Em termos de negócios, tudo o que não for claro pode gerar desconfiança.
Projete vendas com base no mercado
As projeções de vendas do plano de negócios devem estar baseadas na avaliação do potencial de mercado. A capacidade de produção deve ser dimensionada a partir da projeção de vendas e não o contrário.
1.5 Não faça afirmações vagas
Informações sem consistência devem ser eliminadas. Por exemplo, é preciso comprovar as afirmações colocadas no plano de negócios . Por exemplo, a informação de que o mercado está crescendo com sérias históricas que demonstram a tendência projetada para o futuro.
Apresente e discuta os riscos
Identifique todos os riscos do novo negócio e as medidas para reduzi-los. O plano de negócios perde credibilidade se clientes, fornecedores, empregados ou investidores descobrem riscos para os quais não se tenha resposta.
Procure ajuda naquilo que não domina
Um novo negócio pode fracassar se o empreendedor não souber registrar uma patente, elaborar um contrato social ou manter livros fiscais. O empreendedor deve procurar então ajuda de um profissional competente.
Venda sua imagem como empreendedor
A elaboração do plano de negócios reflete a personalidade, a experiência e o conhecimento do autor sobre o novo negócio. É justamente essas características que colaboradores e investidores procuram em um plano de negócios.
No fundo o plano de negócios é uma peça de marketing para vender as idéias do novo negócio e a capacidade empreendedora do futuro empreendedor.
A quem o Plano de Negócios se destina?
Entre os usuários de um Plano de Negócios, destacam-se:
Mantenedores de incubadoras (Sebrae, Universidades, Prefeituras, etc.) para outorgar financiamento aos empreendedores;
Parceiros: para discussão de formas de interação e definição de estratégias;
Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro, etc;
Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de investimento, BNDES, etc.
Fornecedores: para a negociação de na compra de matérias-prima e mercadorias e formas de pagamento;
Clientes: para venda de produtos e serviços e publicidade da empresa;
Sócios: para a formalização da sociedade;
Público-interno: facilitar a comunicação entre a gerência e os empregados.
Estrutura do Plano de Negócios
Não existe um plano de negócios que seja universal e aplicado a qualquer negócio. Entretanto, é necessário que o plano de negócios seja dividido em seções que proporcione o entendimento completo dos negócios.
De uma forma geral, todas as empresas apresentam um plano de negócios com a seguinte divisão:
Capa – trata-se de uma das partes mais importantes do plano de negócios, pois, é a primeira parte que é visualizada por quem lê o plano de negócios. Portanto, deve ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes;
Sumário – o sumário deve conter o título e a página de cada seção do plano de negócios, bem como os principais assuntos de cada seção. Isto facilita ao leitor do plano de negócios encontrar rapidamente o que lhe interessa.
Sumário executivo – é a principal seção do plano de negócios. Ele fará o leitor decidir se continuará ou não a ler o plano de negócios. Deve ser escrito com muita atenção e revisado diversas vezes, além de conter uma síntese das principais informações que constam no plano de negócios. Deve ser dirigido ao público-alvo do plano de negócios e explicitar qual o objetivo do plano de negócios em relação ao leitor (por exemplo, requisição de financiamentos junto a bancos, capital de risco, apresentação da empresa para clientes, etc.). O sumário executivo deve ser a última seção a ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano a ser elaborada.
Análise Estratégica – Nessa seção são definidos os rumos da empresa, sua visão e missão, sua situação atual, as potencialidades e ameaças externas, suas forças e fraquezas, seus objetivos e metas de negócio. Esta seção é na verdade a base para o desenvolvimento e a implantação das demais ações descritas no plano.
Descrição da Empresa – Nessa seção deve-se descrever a empresa, seu histórico, crescimento, faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura organizacional e legal, localização, parcerias, certificações de qualidade, serviços terceirizados, etc.
Produtos e Serviços – Essa seção do Plano de Negócios descreve como os produtos e serviços são produzidos, quais os recursos utilizados, o ciclo de vida, os fatores tecnológicos envolvidos, o processo de pesquisa e desenvolvimento, os principais clientes atuais, se a empresa detém marca e/ou patente, etc. Essa seção pode conter também o nível de satisfação dos clientes com os produtos e serviços.
Plano Operacional – Essa seção deve apresentar as ações que a empresa está planejando em seu sistema produtivo e o processo de produção, indicando o impacto que essas ações terão em seus parâmetros de avaliação de produção. Deve conter informações operacionais atuais e previstos de fatores como: lead time do produto ou serviço, percentual de entrega a tempo (on time delivery), rotatividade do inventário, índice de refugo, etc.
Plano de Recursos Humanos – Nessa seção devem ser apresentados os planos de desenvolvimento e treinamento de pessoal da empresa. Essas informações estão diretamente relacionadas com a capacidade de crescimento da empresa, especialmente quando esta atua em um mercado onde a detenção de tecnologia é considerada um fator estratégico de competitividade. Devem ser apresentados o nível educacional e a experiência dos executivos, gerentes e funcionários operacionais, indicando-se os esforços da empresa na formação de seu pessoal.
Análise de Mercado – Nessa seção, o autor do Plano de Negócios deve mostrar que os executivos da empresa conhecem muito bem o mercado consumidor do seu produto ou serviço (por meio de pesquisas de mercado): como está segmentado o mercado, o crescimento desse mercado, as características do consumidor, sua localização, se há sazonalidade e como agir nesse caso, análise da concorrência, sua participação de mercado e a dos principais concorrentes, etc.
Estratégia de Marketing – Deve-se mostrar como a empresa pretende vender seu produto ou serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto ou serviço para o cliente, política de preços, principais clientes, canais de distribuição e estratégias de promoção, comunicação e publicidade, bem como projeções de venda.
Plano Financeiro – Essa seção deve apresentar em números todas as ações planejadas para a empresa e as comprovações, por meio de projeções futuras. Deve conter demonstrativo de fluxos de caixa com horizonte de pelo menos 3 anos, balanço patrimonial, análise do ponto de equilíbrio, necessidades de investimentos, demonstrativos de resultados, análise de indicadores financeiros do negócio (faturamento previsto, margem prevista, prazo de retorno - payback), TIR, etc.).
Anexos – Deve conter informações

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