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INQUERITO POLICIAL ACAO PENAL PRISAO EM FLAGRANTE

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FMU – Centro Universitário
das Faculdades Metropolitanas Unidas
Curso de Estágio Profissional de Advocacia – CEPA
I - Inquérito Policial
1. Definição. É o procedimento administrativo, presidido pela autoridade policial que visa colher indícios de autoria e prova da materialidade da infração penal, para que possa ser proposta ação penal.
2. Formas de instauração de inquérito (art. 5.º do CPP). 
3. Características do inquérito policial. 
a) escrito (art. 9.º do CPP); b) inquisitório; c) sigiloso (art. 20 do CPP) e Súmula Vinculante 14 - STF; d) dispensável (art. 12 do CPP); e) procedimento sem rito:
4. Diligências (arts. 6.º e 7.º, do CPP). A lei prevê rol ilustrativo, sendo que a Autoridade Policial deverá realizar as diligências de acordo com a sua discricionariedade. 
5. Indiciamento (art. 6.º, V, VIII e IX, do CPP). É o ato que formaliza a suspeita sobre uma determinada pessoa. É composto pela qualificação, pelo interrogatório e pela averiguação da vida pregressa do suspeito.
6. Trancamento. É o encerramento anômalo do inquérito policial, quando houver falta de justa causa ou extinção de punibilidade. 
7. Encerramento do inquérito policial. O encerramento do inquérito policial ocorre com a elaboração do relatório.
Os autos são encaminhados ao Ministério Público, que poderá: a) promover o arquivamento; b) oferecer denúncia; c) requerer a realização de novas diligências.
8. Prazos (art. 10, caput, do CPP).
a) Regra (art. 10, caput, do CPP): 10 dias (preso) e 30 dias (solto)
b) Justiça Federal: 15 dias (art. 66 da Lei 5.010/1966);
c) Nova Lei de Drogas: 30 dias, no caso de indiciado preso, e 90 dias, se estiver solto. Ambos os prazos podem ser duplicado pelo juiz, ouvido previamente o Ministério Público, a pedido da autoridade policial (art. 56, § 2.º, da Lei nº 11.343/2006).
II- Ação Penal
1. Definição. É o direito de invocar a prestação jurisdicional, levando ao conhecimento do Poder Judiciário, a ocorrência de um fato aparentemente criminoso, cujo objetivo é a aplicação da lei penal.
2. Natureza jurídica. Híbrida.
3. Condições da ação.
a) genéricas; b) específicas.
4. Espécies de ações penais.
a) pública incondicionada; b) pública condicionada; c) de iniciativa privada;
5. Princípios da ação penal.
a) oficialidade; b) obrigatoriedade; c) indisponibilidade; d) indivisibilidade; e) intranscendência.
6. Identificação da ação penal (art. 100, do CP). Em regra, a ação penal é pública incondicionada. As exceções são expressamente previstas em lei (exemplo: somente se procede mediante queixa = ação penal de iniciativa privada).
7. Representação da vítima e Requisição do Ministro da Justiça (arts. 24, caput, 25 e 39, caput, do CPP). São manifestações de vontade no sentido de que haja persecução criminal, nos crimes de ação penal pública condicionada. A representação deve ser oferecida até 6 (seis) meses após a data na qual se deu o conhecimento da autoria criminosa, sob pena de decadência.
8. Denúncia (art. 41, do CPP). É a petição inicial da ação penal pública. Deve respeitar os seguintes requisitos: a) nome e qualificação das partes; b) descrição do fato criminoso e todas as suas circunstâncias; c) classificação jurídica do fato; e d) apresentação do rol de testemunhas.
9. Queixa-Crime (arts. 24, caput, 31 e 44, do CPP). É a petição inicial da ação penal de iniciativa privada. Possui os mesmos requisitos da denúncia. Exige, ainda, que seja juntada procuração com poderes especiais (art. 44, do CPP).
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III- Prisão em flagrante
1. Conceito. É a prisão que decorre de uma situação de fato, referente ao momento no qual o crime ocorre ou acabou de acontecer. Independe da expedição do mandado de prisão, sendo que o controle judicial ocorre posteriormente.
2. Iniciativa. Pode ser realizada por qualquer do povo, e deve ser realizada pela autoridade policial e seus agentes. 
3. Modalidades de prisão em flagrante.
a) próprio; b) impróprio; c) presumido.
4. Formalidades da prisão em flagrante.
a) lavratura do auto de prisão em flagrante e remessa ao juiz, no prazo de 24 horas;
b) entrega da nota de culpa ao preso, em 24 horas;
c) comunicação imediata da prisão à família do preso ou pessoa por ele indicada;
d) comunicação imediata da prisão ao juiz e ao membro do Ministério Público;
e) se o preso não declinar o nome do seu advogado, deverão ser remetidas cópias à Defensoria Pública, no prazo de 24 horas.
- outras espécies.
5. Remessa do auto de prisão em flagrante ao juiz. 
O juiz, ao receber o auto de prisão em flagrante, deverá de modo fundamentado, relaxar a prisão ilegal, conceder liberdade provisória ou ainda converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos previstos no art. 312, do CPP e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão (art. 319, do CPP).
6. Relaxamento de prisão em flagrante. Deixaram de ser observadas as formalidades exigidas em lei.
7. Liberdade provisória. A prisão em flagrante é formalmente legal, porém desnecessária.
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FMU – Centro Universitário
das Faculdades Metropolitanas Unidas
Curso de Estágio Profissional de Advocacia – CEPA
Peça prática processo penal 
Situação problema
João foi preso em flagrante delito, pela suposta prática do crime de furto qualificado (artigo 155, § 4º, III, do CP). Você foi procurado por familiares do preso, os quais lhe informaram que João encontra-se detido há mais de 24 (vinte e quatro) horas, sem que a nota de culpa tivesse sido a ele apresentada. Você verificou também que o auto de prisão em flagrante ainda não foi encaminhado ao juízo competente. Não existe, portanto, qualquer decisão que converta a prisão em flagrante em preventiva. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado de João, redija a peça cabível, exclusiva de advogado, no que tange à liberdade de seu cliente, questionando, em juízo, eventuais ilegalidades praticadas, alegando para tanto toda a matéria de direito pertinente ao caso.
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