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TABELA DO TEMPO GEOLÓGICO 🔨 Prof. Kátia Mansur Geologia Geral A Concise Geologic Time Scale 2016 Cada limite define um local e tempo com precisão: Global Boundary Stratotype Section and Point (GSSP) ou Global Standard Stratigraphic Ages (GSSA) ENTENDENDO A TABELA A unidade de tempo geológico é marcada por seu limite inferior (início) GSSP ‘stratotype section’ - refere-se ao material que se formou naquele tempo (rocha, sedimento, gelo de geleira, etc.) GSSP ‘point’ – refere-se à localização do marcador dentro do estratótipo. Cada ‘golden spike’ (alfinete) é uma manifestação física única de uma mudança registrada na seção estratigráfica e reflete um fenômeno de mudança global (quase sempre). ENTENDENDO A TABELA Ex. de GSSP do início da Era Cenozoica: limite K–Pg: (a) Extinção dos dinossauros (exceto aves) e aumento dos mamíferos em variedade e abundância; (b) O marcador do limite GSSP é o pico de irídio – resíduo do impacto do meteorito com a Terra há 66 Ma; (c) Localizado em El Kef, Tunisia. O amplo aparecimento de novas espécies também pode ser um marcador ENTENDENDO A TABELA Um GSSP deve ter / ser: (1) Um evento principal de correlação (o marcador); (2) Outros marcadores secundários (estratótipos auxiliares), (3) Existência de correlação regional e global, (4) Sedimentação completa e contínua com espessuras adequadas abaixo e acima do marcador, (5) Localização exata — latitude, longitude e altura / profundidade – porque um GSSP só pode estar localizado em um único lugar na Terra, (6) Ser acessível, e (7) Ter condições (inclusive $) para sua conservação e proteção. ENTENDENDO A TABELA GSSA (GLOBAL STANDARD STRATIGRAPHIC AGES) - Idade estabelecida para marcar um limite de tempo. - São típicas do Precambriano (541 Ma) - Mais difíceis de identificar pelo tempo decorrido. ENTENDENDO A TABELA EPOCA ANTROPOCENO MARCADOR – definido a partir dos testes nucleares na década de 1950 (35o IGC em set/2016 – África do Sul) pelo Anthropocene Working Group da Subcommission of Quaternary Stratigraphy - Votação: 28 dos 35 membros votaram a favor - Próximos passos – votação na International Commission on Stratigraphy, e ratificação pela IUGS - International Union of Geological Sciences. ENTENDENDO A TABELA O TEMPO PROFUNDO 🔨 Nessa escala representamos a passagem do tempo de baixo para cima, ficando na parte de baixo o representante mais velho. Esta é a forma, que muitas rochas apresentam-se na natureza, a mais nova acima da mais antiga Para facilitar o entendimento: converteremos a escala geológica em um período de apenas 24 horas. Vamos agora nos imaginar em uma máquina do tempo que se desloca a 53.240 anos por segundo. Dessa forma a cada 18,78 segundos percorreremos 1 milhão de anos. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 4.600.000.000 00:00:00 Iniciaremos, então, a nossa viagem à meia noite, quando a Terra foi formada (4,6 Ga) e o Universo já tinha cerca de 9 Ga. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Passados 22 minutos (~70 Ma) a Terra sofrerá uma catastrófica colisão com um planeta chamado Téia, que resultará na destruição desse último. Parte dos destroços de Téia entrarão em órbita com a Terra e acabarão se aglutinando formando a Lua. 4.530.000.000 00:21:55 Hadeano 4.500.000.000 00:30:00 As próximas horas são as mais enigmáticas – Estamos no Eon Hadeano. Erupções vulcânicas dominavam a superfície que era constantemente bombardeada por meteoritos. Não foram encontrados indícios de vida desse tempo. Hadeano Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 4.400.000.000 01:00:00 A atmosfera nessa época era muito densa, semelhante à de Vênus e Marte. Era rica em CO2, CH4, NH3 e H2O. Não tinha oxigênio e nitrogênio livres. Gradativamente, o planeta perderá calor permitindo que o vapor exalado dos vulcões se resfriem e formem as primeiras chuvas. Hadeano Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 4.400.000.000 01:00:00 Pouco depois de uma hora (passados 200 milhões de anos) no Eon Hadeano já veremos um oceano bastante quente cobrindo a Terra. A água do mar absorvia quase todo o CO2, mas mesmo assim a atmosfera ainda não tinha praticamente nenhum oxigênio livre (0,0001%). Hadeano Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 4.000.000.000 03:07:50 Pouco depois das 3 horas entramos no Eon Arqueano. A água em abundância permite o surgimento da vida. Arqueano. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida As primeiras formas de vida Há 3,9 Ga, nos mares, a origem da vida ... Os primeiros organismos unicelulares mais simples e, posteriormente, os multicelulares evoluíram. 3.500.000.000 05:44:21 Os primeiros indícios de vida na Terra: estromatólitos (3.5 -3,7 Ba) - rochas calcárias construídas por algas que eliminavam carbonato de cálcio. Os fósseis das algas não ficaram na rocha, mas, como as algas modernas produzem essa rocha, acredita-se que estas do Arqueano foram também geradas por seres vivos. A atmosfera ainda não tinha oxigênio livre. Arqueano. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 3.000.000.000 07:45:00 Os mais antigos restos de seres vivos encontrados foram pedaços de algas (3.5 Ba); micróbios (3.2 Ba); e bactérias (3.0-3.1 Ba). A maioria só possuía uma célula. Algumas dessas bactérias começaram a processar a fotossíntese. Arqueano. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 2.500.000.000 10:57:23 Os organismo fotossintéticos enriquecem os oceanos em Oxigênio livre. Oxigênio tem grande afinidade química com o Fe, por isso nos oceanos depositaram-se óxidos de ferro. Esses depósitos de ferro são conhecidos como Formações Ferríferas Bandadas (BIFs em inglês). O oxigênio que sobrou é liberado “contaminando” a atmosfera. Paleoproterozóico Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 2.000.000.000 13:33:55 Devido ao constante aumento de oxigênio na atmosfera, ocorrerá uma extinção em massa da vida anaeróbica, que ficará conhecida como “catástrofe do oxigênio”. Uma nova forma de vida dependente de oxigênio começará a dominar o planeta: as bactérias aeróbicas. Paleoproterozóico Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Os seres mais abundantes da Terra são as bactérias aeróbicas. As massas continentais estavam reunidas em um único supercontinente chamado de Rodínia. 1.000.000.000 16:30:00 Mesoproterozóico Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 600.000.000 20:40:07 Os fragmentos do supercontinente de Rodínia (que tinha quebrado por volta de 900 Ma) aglutinam-se novamente formando um novo supercontinente: Gondwana. As rochas do Pão de Açúcar, do Maciço da Tijuca e do Maciço da Pedra Branca foram formadas nessa época. Neoproterozóico Neoproterozóico 21:10:18 550.000 Fauna de Ediacara primeiros registros de animais Primeiro registro de vida animal: medusas, anelídeos, estrela-do-mar, ouriço-do-mar. Todos seres aquáticos. Ainda não existia vida terrestre. Todos os continentes do atual Hemisfério Sul ainda estavam reunidos em no supercontinente chamado de Gondwana. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Ediacara: reconstituição paleoambiental Gnaisse Acasta - Canadá Grupo Isua - Groenlândia Fauna de Ediacara – Austrália Aproximadamente 87% do tempo da Terra Terra “Bola de Neve” 541.000.000 21:10:20 Um pouco depois das 21:00 horas entramos na primeira era do último eon da história da Terra: a Era Paleozóicado Eon Fanerozóico. A Era Paleozóica é tão rica em eventos que será dividida em 6 períodos. A história torna-se cada vez mais emocionante! Paleozóico Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Os tipos de vida animal aumentam: quase todos são invertebrados e marinhos, como os trilobitas (artrópodes). Neste período surgem os primeiros vertebrados. As únicas plantas são as algas. As massas de terra formavam dois continentes: Gondwana e Laurásia. 21:10:20 541.000.000 Cambriano Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida ggggggg 541 a 485 Ma CAMBRIANO 485,4 Ma até 443,8 Ma 485.400.000 Ordoviciano 21:27:08 Os continentes continuam não habitados. A crosta terrestre foi rebaixada permitindo a invasão de mares rasos. A vida no mar agora é abundante com muitos moluscos, corais, estrelas e ouriços do mar. Surgem os primeiros peixes que são as lampreias, as enguias e ostracodermas que já se extinguiram. Gondwana e Laurásia ainda existem. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida ggggggg 443,8 até 419,2 Ma Surgem as primeiras plantas terrestres que são os musgos. Junto com os peixes, uma estranha criatura habita os oceanos – o escorpião marinho gigante, que podia atingir até 2 metros de comprimento. Novas terras juntam-se à Laurásia que aumenta de tamanho, sendo agora chamado de Euroamérica. 443.800.000 21:42:40 Siluriano Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Antes dos peixes se tornarem os donos dos mares, os escorpiões marinhos foram os predadores dominantes. 419,2 Ma até 358,9 Ma A vida animal começa a existir fora da água: surgem os primeiros anfíbios. Os peixes tornam-se abundantes. Surgem plantas parecidas com as samambaias. Gondwana e Euroamérica começam a se unir. 419.200.000 21:49:00 Devoniano Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 358,9 Ma até 298,9 Ma 298.900.000 Grandes florestas cobrem a superfície do planeta (coníferas). Elas formarão depósitos de carvão que são explorados até hoje. Surgem os primeiros répteis que eram parecidos com lagartos e salamandras. Godwana e Euroamérica continuam a sua aproximação. O mar de Tethys é formado. Carbonífero 22:20:15 Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Continente Mar 298,9 Ma até 251,9 Ma 298.900.000 Permiano Os insetos invadem os continentes. Glaciação no sul. Extinção de várias espécies de invertebrados, incluindo os trilobitas, devido a forte mudança climática. 95 % de toda a vida foram destruídas. Aglutinação do Pangea - climas bastante quentes. Dimetrodontes, animais parecidos com os mamíferos, se aquecem sob o sol. 22:20:40 Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Os mesossauros eram répteis aquáticos exclusivos do Permiano e compreendem uma das principais provas paleontológicas da deriva continental. 251,9 Ma até 201,4 Ma 22:35:20 Triássico 251.900.000 Primeiros dinossauros, abundância das cicadáceas e coníferas. Surgem tartarugas, anfíbios modernos, corais modernos e peixes modernos e muitos insetos modernos. O continente de Pangea continua a existir. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 201,4 até 145,7 Ma 23:10:05 201.400.000 Jurássico Quase às 23:00 hs (201 Ma) entramos no Jurássico. Primeiros pássaros, primeiros mamíferos, os dinossauros dominam os continentes. O continente de Pangea começa a se quebrar abrindo espaço para o embrião do Oceano Atlântico. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida O domínio dos répteis: os pterossauros As primeiras aves 145,7 até 66 Ma Cretáceo 145.700.000 Primeiras plantas com flores, apogeu dos dinossauros e amonitas. A América do Sul e a África estão separadas o bastante para formar o Oceano Atlântico. O Oceano Pantalassa transforma-se no Pacífico. Surgem os primeiros mamíferos placentários. Um roedor do Cretáceo, ancestral de todos os mamíferos que são gerados em placentas, inclusive o homem. 23:10:20 Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida As extinções do final do Mesozóico 66.000.000 Devido à elevação do nível do mar, resfriamento do clima (devido às erupções vulcânicas ocorridas durante a abertura do Oceano Atlântico), e ao impacto de um grande meteoro, muitas espécies foram extintas, inclusive, os dinossauros. Cretáceo 23:39:30 Extinção no final do Cretáceo Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 66 Ma até 23 Ma 60.000.000 23:40:48 A quantidade de tipos de mamíferos e de aves aumenta bastante. Surgem os primatas. Paleoceno Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 58.700.000 23:41:37 O clima durante o Paleoceno era muito mais quente do que hoje. Palmeiras cresciam na Groenlândia e na Patagônia. O nível do mar desceu expondo terras secas em várias regiões do globo. Ocorrerá a proliferação de pequenos mamíferos e as aves atingem o topo da cadeia alimentar Paleoceno Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida A Laurásia é fragmentada resultando na formação da América do Norte, Groelândia, Europa/Ásia. A Índia está atravessando o Oceno Índico em direção a Eurásia. Primeiros mamíferos modernos. Já existem cavalos, camelos, rinocerontes, porcos, veados e bovinos. Os continentes continuam-se separando, o Oceano Pacífico encolhe e o Atlântico expande. 55.800.000 23:42:32 Eoceno Os mamíferos continuam a florescer e aumentam de tamanho: começa a fase dos grandes mamíferos. Os continentes continuam migrando e aproximam da sua atual posição. No início desse período a Índia colide com a Ásia e a África com a Europa formando os Himalaias e os Alpes. 33.900.000 23:49:23 Oligoceno Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida 23.030.000 23:52:47 Mioceno A fauna marinha do Mioceno era bastante semelhante à fauna atual do Mar do Caribe. A temperatura estará mais baixa que a atual formando as massas de gelo na Antártica. Os mamíferos invadem a Terra: rinoceronte, gato, camelo e os grandes símios. O mastodonte, ancestral do elefante moderno foi um animal bastante comum há cerca de 8 a 2 milhões de anos. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Plioceno 5.332.000 Grandes carnívoros. Surgem os primeiros hominídeos. Os continentes atingem a sua posição atual. O Clima continua se resfriando e a capa de gelo na Ártica é formada. 23:58:19,85 Ramapithecus - parente extinto do orangotango 23:58:19,85 Plioceno 5.332.000 Os continentes atingem a sua posição atual Plioceno 5.000.000 O Ardipithecus ramidus é uma espécie de hominídeo fóssil, provavelmente bípede e que poderá ter sido um dos ancestrais da espécie humana. 23:58:42,29 Plioceno 3.500.000 Australopithecus afarensis - Surgiu entre 3,8 e 3,5 milhões de anos atrás, no sul da África, sendo o primeiro ancestral do homem. Australopthecus (lat. australis = sul + gr. pithecus + símio) Tinham braços longos, pernas curtas e caminhavam apoiados nas costas das mãos, sendo, portanto, nada mais que simples macacos. Quaternário - Pleistoceno 2.000.000 Megatherium americanum – gigante que viveu nas Américas entre 2 Ma e 9 Ma. 23:58:51,59 Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Quaternário -Pleistoceno 500.000 Homo erectus Surgem os primeiros humanos: o homem antigo (Homo Erectus) surgiu por volta de 500.000 anos atrás; e o Homo sapiens, por volta de 150.000 anos (faltando 12 segundos para o fim denossa viagem). Inicia-se a era do gelo. No final deste período os mamíferos gigantes são extintos. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida Homo sapiens 11.000 Quaternário Holoceno ou Recente A civilização humana domina quase todos os ambientes da Terra. Descobre a ciência, produz tecnologia para favorecê-la em condições melhores de sobrevivência. Sai da Terra e conquista o espaço chegando na Lua. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida A África, onde provavelmente a espécie humana surgiu, sofre hoje com a fome e doenças, ameaçada de um genocídio. Fonte: Prof. Cícera Neysi de Almeida PLATES 2006 Atlas of Plate Reconstructions (750 Ma to Present Day) 2007, University of Texas Institute for Geophysics March 8, 2007 By L.A. Lawver, I.W.D. Dalziel, and L.M. Gahagan We wish to thank the PLATES’ sponsors for their support: BHP Billiton, ExxonMobil, Norsk Hydro, Shell, and Total. For more information, contact: Lisa Gahagan Institute for Geophysics J.J. Pickle Research Campus, Bldg. 196 10100 Burnet Road (R2200) Austin TX 78758-4445 (512) 471-0488 plates@ig.utexas.edu
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