Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
05/03/2014 1 RADIOLOGIA EM ODONTOPEDIATRIA PROFª. RENATA SCHLESNER DE OLIVEIRA HISTÓRICO DA HISTÓRICO DA RADIOLOGIARADIOLOGIA RADIOLOGIA ODONTOLÓGICA • Dr. Otto Walkhoff 1ª radiografia dentária (própria boca) Tempo de exposição de 25 minutos NÃO SE TINHA CONHECIMENTO SOBRE OS EFEITOS DA RADIAÇÃO X RADIAÇÃO IONIZANTE Vantagens do exame RadiográficoVantagens do exame Radiográfico - Método relativamente fácil - Baixo custo - Alto valor diagnóstico Desvantagens do exame RadiográficoDesvantagens do exame Radiográfico - Efeitos nocivos e cumulativos dos Raios X Iannucci, Howerton, 2010 Iannucci, Howerton, 2010 BIOLOGIA DA RADIAÇÃOBIOLOGIA DA RADIAÇÃO Quanto mais jovem Efeitos biológicos cumulativos O efeito das radiações é MAIORMAIOR nas células MENOS DIFERENCIADAS MENOS DIFERENCIADAS e em GRANDE GRANDE ATIVIDADE MITÓTICAATIVIDADE MITÓTICA” Bergonié e Tribondeau, 1906 cristalinos tireóide medula do esterno órgãos de reprodução Fonte: Van Waes, Stöckli, 2001 European Guidelines on Radiation Protection in Dental Radiology the safe use of radiographs in dental practice European Communities, 2004 BIOLOGIA DA RADIAÇÃOBIOLOGIA DA RADIAÇÃO Efeitos Biológicos Efeitos genéticos (transmitidas para as gerações) Efeitos somáticos (câncer, catarata, leucemia) Entretanto: Entretanto: Entretanto: Entretanto: Entretanto: Entretanto: Entretanto: Entretanto: EM EM EM EM EM EM EM EM ODONTOLOGIA: DOSES DE ROTINA SÃO BAIXASODONTOLOGIA: DOSES DE ROTINA SÃO BAIXASODONTOLOGIA: DOSES DE ROTINA SÃO BAIXASODONTOLOGIA: DOSES DE ROTINA SÃO BAIXASODONTOLOGIA: DOSES DE ROTINA SÃO BAIXASODONTOLOGIA: DOSES DE ROTINA SÃO BAIXASODONTOLOGIA: DOSES DE ROTINA SÃO BAIXASODONTOLOGIA: DOSES DE ROTINA SÃO BAIXAS Fonte: Iannucci, Howerton, 2010 BIOLOGIA DA RADIAÇÃOBIOLOGIA DA RADIAÇÃO 05/03/2014 2 PROTEÇÃO DO PACIENTE 1. Calibração do aparelho 2. Filmes ultra-rápidos (Ektaspeed) 3. Protetores plumblíferos (Aventais, protetor de tireóide) 4. Técnica adequada (posicionadores) 5. Bom processamento e armazenamento do filme 6. Respeitar as indicações RADIOPROTEÇÃORADIOPROTEÇÃO Proteção do Profissional • Barreiras de proteção • Distância da fonte de radiação • Não se posicionar na frente do feixe primário ou atrás da ampola do aparelho – fuga ou vazamento da radiação • NUNCA segurar o filme em posição para o paciente RADIOPROTEÇÃO E BIOSSEGURANÇARADIOPROTEÇÃO E BIOSSEGURANÇA AVENTAIS PLUMPÍFEROS E PROTETOR DE TIREÓIDE USO DE POSICIONADORES PROCESSAMENTO E ARMAZENAMENTO ADEQUADOS • Proteger filmes com envelopes plásticos • Proteger sensores digitais • Esterilização de posicionadores • Desinfecção do aparelho • Proteção do aparelho BIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇA 05/03/2014 3 Aparelhos digitais RADIOPROTEÇÃORADIOPROTEÇÃO Vantagens - Redução da exposição aos Raiox X (50%-80% menor) - Visualização da imagem mais rápido - Menor gasto com filme e processamento - Resolução superior de escala de cinza – melhor contraste - Educação do paciente Desvantagens - Custos iniciais da compra do sistema - Tamanho do sensor - Controle de infecção - Conceitos éticos e legais Iannucci, Howerton, 2010 “As Low As Reasonably Achievable” ALARA POLICY AND PROCEDURE Filosofia de radioproteção mundialmente conhecida como ALARA (as low as reasonable achievable/ tão baixo quanto razoavelmente possível), reconhece a possibilidade que, não importando quão baixa seja a dose recebida, um exame radiográfico pode resultar em efeito adverso. Não existe um protocolo para exames radiográficos em crianças Deve-se considerar: �idade da criança �exame clínico �tamanho da cavidade bucal �necessidades individuais Os exames radiográficos em crianças devem ser realizados apenas quando contribuírem efetivamente para promover alterações no diagnóstico e oferecer a possibilidade de influenciar na tomada de decisão sobre o plano de tratamento a ser realizado. E x a m e d e R o t i n a XXXX INDICAÇÕESINDICAÇÕESINDICAÇÕESINDICAÇÕES � Crescimento e desenvolvimento � Sequência de erupção � Anomalias desenvolvimento dentário � Traumatismos � Lesões de cárie � Lesões periapicais/interradiculares � Diagnóstico periodontal Filmes IntrabucaisFilmes Intrabucais Periapical padrão (nº2) – mais utilizado em odontologia, tamanho 3 x 4cm. Periapical infantil (nº0) – utilizado em Odontopediatria, tamanho 2,2x3,4 cm. Oclusal – tamanho 5,7x7,6 cm. 05/03/2014 4 Filmes ExtrabucaisFilmes Extrabucais � Panorâmicos – tamanho 15 x 30cm � Filmes 13 x 18cm – radiografias laterais de mandíbula Filmes de diferentes tamanhos utilizados em porta filmes especiais para tomadas extra-bucais � Filmes 18 x 24cm e 24 x 30cm – utilizados para telerradiografias ou crânio-faciais comuns e seios da face TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS APLICADAS À ODONTOPEDIATRIAAPLICADAS À ODONTOPEDIATRIA CONTENÇÃO DO FILMECONTENÇÃO DO FILME � filmes mais sensíveis - menor tempo de exposição � tamanho compatível com a cavidade bucal da criança TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS APLICADAS À ODONTOPEDIATRIAAPLICADAS À ODONTOPEDIATRIA TÉCNICAS INTRABUCAISTÉCNICAS INTRABUCAIS OclusalOclusal InterproximalInterproximal PeriapicalPeriapical TÉCNICAS EXTRABUCAISTÉCNICAS EXTRABUCAIS PanorâmicaPanorâmica Lateral do Lateral do Nariz Nariz � Crianças em idade pré-escolar (decíduos) � Substitui a radiografia periapical anterior � Diagnóstico de lesões de cárie e lesões endodônticas periapicais Indicações � Película nº2 no sentido horizontal � Dentes superiores: ponta do nariz (+75°) – trágus-ca nto da boca � Dentes inferiores: base do mento (-35°) – trágus-cant o da boca Região: Ântero-Superior Filme: nº 2 Angulagem Vertical: +75º Angulagem Horizontal: 0º Apreensão do filme: dentes em oclusão 05/03/2014 5 Região: Ântero-Inferior Filme: nº 2 Angulagem Vertical: -35º Angulagem Horizontal: 0º Apreensão do filme: dentes em oclusão Filme oclusal dobrado ou 2 periapicai adultos + lâmina de chumbo entre eles. Região: Ântero-Superior e Ântero-Inferior Apreensão do filme: dentes em oclusão � diagnóstico de lesões de cárie nas superfícies proximais e oclusal � adaptação de restaurações proximais � região de furca e cristas alveolares Indicações Fonte: Van Waes, Stöckli, 2001 � uso de aleta de mordida ou posicionador radiográfico infantil Região: interproximal posterior Filme: nº 2 ou nº 0 – depende da idade da criança Angulagem Vertical: + 8º - + 10º Angulagem horizontal: paralela às faces proximais dos dentes Apreensão do filme: pela oclusão � Técnica do Paralelismo Posicionadores � Técnica da Aleta Deslocada � Técnica da Bissetriz Paciente ou responsável mantém o filme em posição Rodete de algodão Pinça porta-agulha POSICIONADORES (crianças maiores) PADRONIZAÇÃO DA IMAGEMPADRONIZAÇÃO DA IMAGEM 05/03/2014 6 � Opção: facilidade de contenção do filme radiográfico � Diminui a sobreposição TÉCNICA DA ALETA DESLOCADA Técnica da Bissetriz � não recomendada para crianças menores de 7 anos (dificuldade de contenção e muita sobreposição das raízes e germes) � filme nº 0 ou 2 Técnica do Rolete de algodão V L Técnica da Bissetriz Técnica da Pinça Porta-agulha Técnica da Bissetriz � Localização de dentes supra-numerários no sentido VL � Inclusos na região ântero-superior � 2 radiografias periapicais ortorradial mesio ou distorradial Indicações � Localização tridimensional de dentes supranumerários inclusos ou corpos estranhos na mandíbula � Duas incidências radiográficas periapical convencional oclusal VESTIBULAR Indicações 05/03/2014 7 Criançasmenores de 3 anos dificuldade na contenção do filme radiográfico Solicitar auxílio dos responsáveis Fonte: Van Waes, Stöckli, 2001 RADIOGRAFIAS EXTRABUCAIS Panorâmica Lateral do Nariz RADIOGRAFIAS EXTRABUCAIS INDICAÇÕES � complemento dos exames radiográficos intra-bucais � paciente com trismo ou impossibilidade de realizar as técnicas intra-bucais � delimitação de grandes áreas patológicas � na localização e delimitação de fraturas ósseas nos maxilares RADIOGRAFIAS EXTRABUCAIS INDICAÇÕES � em ortodontia para verificação do crescimento e desenvolvimento das estruturas faciais, para diagnóstico e determinação do tipo facial. � pesquisa e localização de corpos estranhos, raízes residuais, dentes inclusos, impactados e supranumerários. RADIOGRAFIA PANORÂMICA Indicações: - Análise do desenvolvimento dentário e ósseo - Patologias ósseas (cistos, tumores) - Alterações dentárias de grande porte Vantagens Visão ampla, exclusão do filme radiográfico da cavidade bucal e facilidade técnica Desvantagens Deficiência de detalhes Contra- Indicações Bebês: contenção e diâmetro da cabeça pequena Crianças com dificuldade de condicionamento RADIOGRAFIA PANORÂMICA 05/03/2014 8 • Quando indicar? – 6 anos: visualização da dentição em desenvolvimento, controle da erupção, detecção de anomalias – Entre 8 e 11 anos: faixa etária mais afetada por anomalias (Coutinho et al, 1998) RADIOGRAFIA PANORÂMICA * Intrusão de dentes decíduos * ruptura de tábua óssea vestibular * grau da intrusão * sentido de deslocamento dentário * dilaceração dentária Filme radiográfico oclusal paralelo ao nariz e incidência do raio pelo lado oposto Indicações • Comportamento e cooperação da criança • Idade do paciente • Tamanho da cavidade bucal a) Tolerância ao filme b) Palato e assoalho bucais rasos c) Náuseas d) Dificuldade em posicionar o filme • Tempo curto de atenção e paciência da criança Limitações Limitações do exame radiográfico em criançasdo exame radiográfico em crianças PREPARO DO PACIENTE E MANEJO DA CRIANÇAPREPARO DO PACIENTE E MANEJO DA CRIANÇA SolicitarSolicitar ajudaajuda dos dos paispais Colo Porta-agulha Segurar o posicionador Contenção da cabeça Fonte: Van Waes, Stöckli, 2001 PREPARO DO PACIENTE E MANEJO DA CRIANÇAPREPARO DO PACIENTE E MANEJO DA CRIANÇA � FAMILIARIZAÇÃO COM O APARELHO � COMUNICAÇÃO – linguagem adequada FALAR – MOSTRAR – FAZER � ENSAIO PRÉVIO POSICIONAMENTO DA CADEIRA PREVIAMENTE PRÉ-POSICIONAMENTO DO APARELHO RADIOGRAFIAS MAIS FÁCEIS PRIMEIRO PREPARO DO PACIENTE E MANEJO DA CRIANÇAPREPARO DO PACIENTE E MANEJO DA CRIANÇA 05/03/2014 9 1. Complexidade da anatomia da face 2. Tecidos moles 3. Localização 4. Precocidade na identificação de lesões Limitações da radiografiaLimitações da radiografia Limitações da radiografiaLimitações da radiografia 1. Imagem influenciada pelo tamanho e forma dos dentes, idade do paciente e seu estágio de desenvolvimento 2. Sobreposição dos germes dos dentes permanentes sobre as raízes dos dentes decíduos PROTOCOLO RADIOGRÁFICOPROTOCOLO RADIOGRÁFICO TEMPO DE EXPOSIÇÃOTEMPO DE EXPOSIÇÃOTEMPO DE EXPOSIÇÃOTEMPO DE EXPOSIÇÃO único elemento variável para regularmos a quantidade de RX ATENÇÃO !!! Não aumentar o tempo de exposição para compensar o tempo de processamento � Colocar sobreluvas � Posicionar o paciente, colocar os equipamentos de proteção e deixar o aparelho pré-posicionado � Tirar sobreluvas � Posicionar o filme � Colocar sobreluvas, ajustar o aparelho e realizar a técnica radiográfica � Tirar sobreluvas, retirar o filme da cavidade bucal e colocá-lo sobre papel toalha ou copo plástico � Colocar as sobreluvas � Retirar o avental e protetor de tireóide do paciente � Levar o paciente até a cadeira de atendimento clínico � Processar o filme (e armazená-lo em local apropriado) � Retirar as sobreluvas e continuar o atendimento clínico PROTOCOLO RADIOGRÁFICOPROTOCOLO RADIOGRÁFICO SOLUÇÕES PROCESSADORASSOLUÇÕES PROCESSADORASSOLUÇÕES PROCESSADORASSOLUÇÕES PROCESSADORAS �revelação �lavagem intermediária �fixação �lavagem final e secagem 05/03/2014 10 PROTOCOLO RADIOGRÁFICOPROTOCOLO RADIOGRÁFICO PROCESSAMENTO MANUALPROCESSAMENTO MANUALPROCESSAMENTO MANUALPROCESSAMENTO MANUAL Tabela tempo/temperatura durante a revelação Temperatura (oC) 16 18 20 22 24 27 30 Tempo de Revelação (min) 8 6 5 4 3 2 1 FIXADOR: mínimo 5 minutos LAVAGEM: 10 minutos água corrente minutos água parada PROTOCOLO RADIOGRÁFICOPROTOCOLO RADIOGRÁFICO � falta de instalações adequadas � falta de controle das soluções processadoras � descuidos durante o processamento Limitações do processo de revelação CUIDAR!! RADIOGRAFIAS INICIAIS PROTOCOLO RADIOGRÁFICOPROTOCOLO RADIOGRÁFICO � Boa iluminação � Negatoscópio � Lupa � Radiografia com qualidade adequada Exame minucioso da radiografia ERROS MAIS COMUNSERROS MAIS COMUNS Radiografias escuras: exposição exagerada, voltagem e/ou miliamperagem aumentada, diminuição da distância foco-filme; revelação exagerada, revelador quente (+20oC) ou concentrado. Radiografias claras: exposição insuficiente, aumento da distância foco- filme, queda da voltagem ou miliamperagem, revelação insuficiente, solução reveladora antiga ou contaminada (agitar antes de usar). ERROS MAIS COMUNSERROS MAIS COMUNS Manchas brancas: contaminação por fixador. Manchas escuras: dobras no filme. Fonte: Iannucci, Howerton, 2010 05/03/2014 11 ERROS MAIS COMUNSERROS MAIS COMUNS Imagem pouco nítida: movimento do paciente, filme ou aparelho, alteração da gelatina devido ao calor (ideal: 15 a 21oC). Imagens parciais: posicionamento incorreto do filme ou aparelho, imersão parcial nas soluções. ERROS MAIS COMUNSERROS MAIS COMUNS Imagem velada: revelador quente ou concentrado, revelação excessiva, revelador contaminado, má conservação dos filmes (temperaturas elevadas ou locais úmidos), infiltração de luz na câmara escura. Danos diversos: dupla exposição, objetos metálicos, impressão digital Fonte: Iannucci, Howerton, 2010 TODA RADIOGRAFIA DEVE SER JUSTIFICADA E INDICADA - Com base na individualidade do paciente. - Adequar as técnicas para a idade e comportamento da criança. - deve dar resposta a uma dúvida gerada do exame clínico. “Os benefícios devem superar os riscos!” Considerações FinaisConsiderações Finais
Compartilhar