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1 COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA JONATAS DE SOUSA SILVA PEREIRA PRODUCT PLAMACENT NO CINEMA CONTEMPORANEO BRASILEIRO: ESTUDO DE CASO DOS FILMES DE PERNAS PRO AR 2 E MINHA MÃE É UMA PEÇA Salvador, Dezembro de 2013 2 UNIFACS Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda JONATAS DE SOUSA SILVA PEREIRA PRODUCT PLAMACENT NO CINEMA CONTEMPORANEO BRASILEIRO: ESTUDO DE CASO DOS FILMES DE PERNAS PRO AR 2 E MINHA MÃE É UMA PEÇA Relatório da monografia apresentado à Universidade Salvador - UNIFACS, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em comunicação social com habilitação em Publicidade e Propaganda. Orientador: Carina Flexor Salvador Dezembro de 2013 3 Dedico este presente trabalho aos meus pais Arnaldo de Jesus Pereira Filho e a Cristiane de Sousa Silva Pereira, por me sustentarem financeiramente e emocionalmente e ao meu amigo Alexandre Cruz, por ser um anjo em minha vida. 4 Agradecimentos Gostaria de agradecer a Deus por ter guiado e sido meu pai querido, nas dificuldades passadas na Universidade. Gostaria de agradecer as minhas amigas Diana Sousa e Luana Silva, por disponibilizarem seus ouvidos, para escutar meus anseios em relação à monografia. Prestar gratidão a Milene Sousa, Thiago David e Beth Dantas, por ser um importante guia nessa empreitada e a todos que me ajudaram, direta e indiretamente. Que Delícia, são vocês em minha vida. 5 Conhecerei a verdade e a verdade vós libertará (Jesus Cristo) 6 LISTA DE ILUSTRAÇÃO Figura 1 - Pôster do Filme De Pernas Pro Ar 2 ........................................................... Figura 2 - Creme Dental e o Antisséptico Bocal ....................................................... 30 Figura 3 – Youtube .................................................................................................... 30 Figura 4 - Absorvente e o Antisséptico Bocal ........................................................... 31 Figura 5 – Iphone ...................................................................................................... 31 Figura 6 – Facebook ................................................................................................. 32 Figura 7 – The Bank of America ................................................................................ 32 Figura 8 – Pôster do filme Minha Mãe é uma Peça ................................................... 33 Figura 9 – Oi .............................................................................................................. 34 Figura 10 Carro Conversível da Renault .................................................................. 35 Figura 11 Instragam ................................................................................................. 35 Figura 12 Produtos Ariel ........................................................................................... 36 Figura 13 Ariel e Downy ........................................................................................... 37 7 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01:Técnicas de Blessa ................................................................................. 38 Gráfico 02:Técnicas de Comparato .......................................................................... 38 Gráfico 03:Técnicas de Schiavo ............................................................................... 39 8 SUMÁRIO Introdução ....................................................................................................... 9 1 Advertainment e Product Plamacent .......................................................... 12 1.1 Conceitos ........................................................................................................ 12 1.1.1 Marketing ............................................................................................... 12 1.1.2 Publicidade e a Propaganda .................................................................. 13 1.1.3 Advertainment ........................................................................................ 14 1.1.4 Merchandising ....................................................................................... 14 1.1.5 Product Plamacent ................................................................................. 15 1.1.6 Cinema .................................................................................................. 16 1.2 Contexto Social ................................................................................................... 16 1.2.1 Novos Comportamentos de Consumo ................................................... 16 1.2.2 Geração dos Garotos Perdidos ............................................................. 17 1.2.3 Fragmentação da Audiência .................................................................. 19 1.3 Vantagens ........................................................................................................... 20 1.3.1 Vantagens para os anunciantes ............................................................ 20 1.3.2 Vantagens para produtora ..................................................................... 20 2. Conjuntura histórica da Publicidade no cinema .............................................. 21 2.1 No mundo e principalmente em Hollywood .............................................. 22 2.2 No Brasil ................................................................................................... 23 3 Product Plamacent no Cinema Brasileiro .......................................................... 24 9 3.1 Contexto mercadológico do cinema contemporâneo brasileiro ................ 24 3.2 – Tipos do Product Plamacent .................................................................. 25 4. Metodologia ......................................................................................................... 27 5. Analise do objeto ................................................................................................ 28 5.1 De Pernas Pro Ar 2 ............................................................................................. 28 5.1.1 Apresentação ......................................................................................... 28 5.1.2 Analise do filme De Pernas Pro Ar 2 ...................................................... 29 5.2 Minha Mãe é uma Peça....................................................................................... 33 5.2.1 Apresentação ......................................................................................... 33 5.2.2 Analise do filme Minha Mãe é uma Peça ............................................... 34 5.3 Considerações parciais da analise dos objetos ................................................... 37 6. Considerações Finais ......................................................................................... 39 7. Referências Bibliográficas .................................................................................41 10 Introdução "O cinema não tem fronteiras, nem limites, é um fluxo constante de sonhos” (Orson Welles). “O cinema é um modo divino de contar a vida” (Federico Fellini). Nisto configura-se a sétima arte, um mundo de sonhos, desejos, sensações, sentimentos, ideologias e observações que são impregnados num rolo de película ou no projetor digital no qual pretende, de forma encantadora e persuasiva, comunicar a mensagem contida na obra fílmica. A sua etimologia vem do grego κίνημα – kinema que significa "movimento", portanto a definição científica do cinema é a exibição de imagens estáticas de forma contínua tiradas a 24 quadros por segundos, gerando a simulação do movimento. Ao se pensar o conceito mais difundido, percebe-se que é um meio de demonstração artística de alta visibilidade, formada por outras expressões artísticas como o teatro, a fotografia, a música e a literatura. O cinema nos moldes do século XXI tornou-se muito mais que uma obra de arte admirada e contemplada pelos seus telespectadores, se revelou fonte de entretenimento de massa, vislumbrando um enorme potencial mercadológico pelas grandes empresas para fixação e lembrança de marca, fortalecendo o seu “brading”, que consiste no conjunto de soluções que uma marca precisa para sobreviver no mercado tão disputado, ao ter como umas das ferramentas o merchandising editorial ou “Product Plamacent”, prática que veem sendo utilizada frequentemente no cinema nacional. Hoje o planeta vive uma revolução radical nos hábitos de consumo como nunca se tinha notado, produtos e serviços tradicionais tidos como insuperáveis estão em declínio, em contrapartida, a internet se configura como grande meio de comunicação no estágio atual. A televisão no Brasil, por exemplo, fonte de grandes atrações, principalmente em suas novelas, alcançava altos índices de audiência, a novela Vale Tudo, onde foi exibido o capítulo que transmitiu a morte de Odete Roitman, conseguiu incríveis 95 pontos de audiência, já a novela Avenida Brasil teve uma média de 39 pontos de audiência (HELENA E PINHEIRO, 2012 ). Outro aspecto neste contexto social que se consolida é a nova gênese que preza o entretenimento a todo custo, o hedonismo a níveis elevados. Uma geração nova que não está mais sentada, imune e passiva, apenas em frente ao parelho de televisão 11 (HELENA e PINHEIRO p.48), agora a interação, a criação de conteúdo, compartilhamento de informações, a idolatra a imagem é uma característica eminente dos “garotos perdidos”, expressão explanada por Raul Santa Helena. Com isto, umas das soluções para enfrentar a dispersão da atenção e a fragmentação da audiência é a utilização do “advertainment”, definido como uma forma de publicidade que ultrapassa as distinções convencionais entre o que constitui um espaço publicitário e o que constitui um espaço de entretenimento (HELENA e PINHEIRO, 2012 p.100), e tendo como ativação desse instrumento o Product Plamacent (termo utilizado mundialmente), que consiste na presença um produto, serviço, ou marca inseridos na trama, sendo consumida, citada ou surgida, num filme, novela ou afins (HELENA e PINHEIRO, 2002). O cinema brasileiro nos seus primórdios obteve o caráter autoral, principalmente os cineastas provenientes do chamado Cinema Novo, entre eles estão Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, neste mesmo período o filme Pagador de Promessas é premiado com Palma de Ouro no Festival de Cannes. Na década de 70 o gênero Pornochanchada estava em evidência, arrebatou grandes públicos, sobressaindo o longa-metragem Dona Flor e Seus Dois Maridos, que sozinho conseguiu uma bilheteria de 10,7 milhões de pessoas, mas sempre ratificando a sua característica autoral. Com a extinção do Embrafilme em 1990, a produção nacional vivenciou um declínio sem procedentes que só voltou a renascer no período denominado de Retomada, foi a partir de 2002, com o filme Cidade de Deus, que as grandes bilheterias voltaram a vigorar nas produções Brasileiras. O mercado cinematográfico brasileiro atual vive um momento significativo, segundo dados da ANCINE¹, o número das salas de cinema cresceu de 1.033 em 1995, para 2.517 em 2012, no mesmo ano cinco títulos nacionais — que foram Até que a Sorte nos Separe, E Aí, Comeu?, Os Penetras, Gonzaga - De Pai para Filho e De Pernas Por Ar 2 — ultrapassaram a marca de um milhão de expectadores. O mercado publicitário, ao observar o crescimento mercadológico do cinema nacional, investe neste meio de comunicação a partir do Product Plamacent. ¹Anuário Estatístico do Cinema Brasileiro. Disponível em: < http://oca.ancine.gov.br >. Acesso em: 07 de Dezembro 2013 12 A pesquisa será executada a partir da análise de produções cinematográficas brasileiras de grande bilheteria, sendo eles “De Pernas Pro Ar 2”, de Roberto Santucci e “Minha Mãe é uma Peça”, de André Pellanz. Nesta perspectiva, meu principal objetivo para desenvolver o estudo sobre o Product Plamacent no cinema contemporâneo brasileiro, a partir de análises dos filmes “De Pernas pro Ar 2” e “Minha Mãe é uma Peça”, é entender qual é a relação contemporânea entre Product Plamacent e o cinema brasileiro, além de sua utilização e características que nelas estão contidas. Tendo como objetivos específicos compreender como as marcas ou produtos são inseridos nos filmes, explicar a relação do desenvolvimento do mercado cinematográfico brasileiro com as ações de Product Plamacent, observar a quantidade de inserções das marcas ou produtos por filme por filme, verificar se houve aderência ao contexto fílmico e observar a Pertinência ao Roteiro. Portanto, estudar o tema proposto é de grande relevância para área publicitária e cinematográfica, pois a pesquisa irá elucidar como o Product Plamacent influencia as novas produções do cinema contemporâneo brasileiro, assim o futuro publicitário perceberá e entenderá essa dinâmica de mercado que está se consolidando no Brasil e se tornará mais capacitado a trabalhar na área. O presente trabalho tem como metodologia o estudo teórico, exploratório e qualitativo do tema escolhido, o método de abordagem será o dedutivo. Ao longo do desenvolvimento do trabalho será feita a leitura de textos teóricos, literários e críticos, além de serem analisadas diferentes teorias sobre o assunto. Será constituído um diálogo entre autores com distintas capacidades de conhecimento, de tal forma que a análise possa exibir com nitidez as conclusões desejadas. 13 1 Advertainment e Product Plamacent No mundo contemporâneo que se procede, a publicidade está presente em quase em todas as mídias existentes, por isto impactar esse novo consumidor está se tornado uma função cada vez mais desafiadora, sendo assim, utilizar de outras ferramentas pra conseguir uma comunicação eficiente com este novo público, é alcançar uma vantagem competitiva de grande importância. Observando a nova conjuntura o Advertainment, bem como o Product Plamacent, duas potentes ferramentas de comunicação, buscando entender seus conceitos, analisar o contexto social que no qual se insere essas duas ferramentas, além observar suas vantagens, é objetivo principal desse capitulo, pois com a compreensão destas ferramentas, assim elucidará, qual a sua importância tanto para os anunciantes como para os publicitários. 1.1 Conceitos 1.1.1 Marketing A prática do Marketing sempre esteve presente na história da humanidade, mas seu campo de estudo comparado a outros campos dos saberes como também sua definição, ainda está bem recente, naturalmente seu conceitoainda é desenvolvido, angariando novos domínios. Sendo assim, segundo Kotler “Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros” (Kotler, 1998, p. 27). Ele também afirma que o marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais. (Klotler, 1998. P.21), de acordo com os conceitos apresentados o autor demonstra o quanto marketing está presente no suprimento das necessidades tangíveis e intangíveis e seu papel nesse processo social, sendo complementado por Peter Drukler (citado por KLOTLER, 1998. Pag. 21) que diz que o objetivo de marketing é entender o seu consumidor tão bem que o produto ou serviço e que seja adequado ao mesmo, onde ele possa se vender sozinho, Além disso, Kotler (2008) alega que no marketing existe o mix de marketing ou mais conhecido 4Ps, composto por produto ou serviço, preço, praça e promoção, sendo 14 no composto de P de Promoção que estão inseridos o Advertainmeint e o Product Plamacent. Sua importância para empresas é porque deste composto que o consumidor descobrirá a existência do produto ou serviço exaltando suas qualidades e aspectos tendo Advertainmeint e o Product Plamacent uma forma de divulgar o produto o colocando em destaque. 1.1.2 Publicidade e a Propaganda A publicidade e a propaganda são derivadas do composto P de promoção ou como é conhecido no campo publicitário, são chamadas ferramentas de comunicação, assim sendo Veronezzi diz que as definições conceituais deste tema adotadas no Brasil são que a propaganda é a disseminação de ideias de cunho político, religioso ou ideológico (VERONEZZI, 2002, p.21) e a publicidade é uma síntese da expressão “propaganda comercial”, que, então, como o advertising estadunidense, refere-se ao anúncio comercial, cujo objetivo é promover o consumo de produtos materiais (ibidem: p.21). Portanto a propaganda e a publicidade tem um papel fundamental para empresas na sociedade do consumo, pois tem como cargo informar os benefícios dos produtos ou serviço que promove, por questão mercadológica não divulgando os defeitos neles presentes, abordando aspectos intangíveis para diferenciação e assim associando a marca a possíveis características, situações e realizações que os consumidores almejam, pois elas cumprem basicamente duas funções, a informativa e a persuasiva. Além do mais o objetivo da publicidade não é somente anunciar produtos e sim dar significados às marcas, tendo em vista está informação, Perez expõe que as marcas, diferentemente dos produtos, assumem a carga simbólica atribuída pela publicidade, enquanto os produtos são concretos e devem atender diretamente às necessidades a que foram destinados a satisfazer. (PEREZ; 2004; p.113). Ela acabou sendo legitimadora dessa nova sociedade, onde o irreal, o espetáculo e a adoração á imagem foram presentes na vida dos consumidores, tendo como resultado de pelo menos 50 anos de publicidade agressiva, validando denodos da sociedade de consumo a serviço das corporações (PRATKANIS,1994), hoje é facilmente compreendido nas pessoas pelo modo como se relacionam com o consumo e com a própria publicidade. 15 1.1.3 Advertainment Na sociedade contemporânea, onde a atenção do consumidor está se tornando um desafio imenso tanto para corporações como também para os profissionais da comunicação social, o Advertainment está se consolidando como uma ferramenta de grande avalia no contexto social atual, sendo definido como um tipo de publicidade que consome as distinções tradicionais entre o que o consolida um espaço publicitário e o que compõe um espaço de entretenimento (HELENA E PINHEIRO, 2012), uma vez que a sociedade atual está buscando o prazer inalcançável, por vezes se tornando hedonista, vide sua terminologia, criado a partir da união de dois vocábulos norte-americanos: advertising que significa publicidade e entertainment que no inglês o seu significado é entretenimento (HELENA E PINHEIRO; 2012). Com isto o Advertainment abriga algumas ferramentas de marketing que se agregam do conteúdo de entretenimento como alicerce em sua plataforma de comunicação, entre eles se encontra o branded content ou branded enterainment (conteúdo de marca) sendo conceituado como uma ferramenta de marketing que consiste na produção ou distribuição de conteúdo, de entretenimento por iniciativa da própria marca e o Product Plamacent (HELENA e PINHEIRO; 2012). 1.1.4 Merchandising Porém o Product Plamacent no Brasil é muito confundido com o conceito de merchandising tradicional e sendo que este termo tem sido empregado pelo publicitário pra quase tudo que não seja comercial clássico, e tornou-se a designação corriqueira para comerciais ao vivo, testemunhos defendidos por apresentadores, ações promocionais dentro de programas televisivos, inclusive em inserções de marcas e produtos em filmes (VERONEZZI, 2009). Regina Blessa conceitua o merchandising como qualquer técnica, ação ou material promocional usado no ponto de venda que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores. (BLESSA, 2003, p. 18). As aplicações das técnicas de merchandising consistem, como foi explicitado anteriormente no ponto de vendas, 16 que estes podem ser em supermercados, lojas de conveniência e departamentos e tem como um dos objetivos aumentar as vendas e de consumidores. Em suma o merchandising é uma das ferramentas de comunicação que recebeu mais traduções equivocadas entre a teoria e a prática. 1.1.5 Product Plamacent A técnica de introduzir marcas na narrativa fílmica em troca de dinheiro, promoção ou algum benefício concedido pelo anunciante (HELENA E PINHEIRO, 2012) tem a denominação técnica no Brasil de Merchandising Editorial, entretanto nos Estados Unidos e na Europa são utilizados os termos em inglês tie in, brand exploitation e o que será usado nesta pesquisa o Product Plamacent, nomenclatura mais utilizada no mercado para se referir à ferramenta. As grandes parcelas dos profissionais de Marketing e das emissoras acreditavam que os pontos-de-venda das redes de televisão eram os programas e, portanto, adotaram o merchandising, mas como enfatiza Regina Blessa (2008) apesar do termo, a técnicas do Product Plamacent não tem nenhuma semelhança com o verídico merchandising. O Product Plamacent incide como uma opção para alcançar o público de determinado filme, aumentando as oportunidades de impacto da mensagem sobre o indivíduo, além do mais ela trabalha como um tipo de comunicação híbrida cujo investimento é relativamente mais barato comparado a espaços publicitários em televisão como os comerciais de TV, e que consequentemente pode acarretar um efeito de persuasão com maior proporção que os métodos publicitários tradicionais, caso a técnica não seja entendida como uma mensagem comercial (BALASUBRAMANIAN, 1994). E caso o espectador não venha entender que o Product Plamacent é uma ação comercial e sim um elemento natural na sequência fílmica, acaba-se não evoluindo bloqueios ou deleções perceptivas em torno das marcas e dos produtos podendo obter impactos positivos da mensagem perante o mesmo. 1.1.6 Cinema O cinema, meio de comunicação desse estudo é a derivação de diversas artes como a literatura, a fotografia, o teatro e a pintura, firmando-se como arte do século XX, também considerada como arte do homem moderna, a chamada sétima arte, 17 onde move um mercado bilionário (CARVALHO, 2003). É incrível o poderdo cinema sobre o comportamento do espectador, onde o mesmo se for impactado pela narrativa fílmica se entrega totalmente de forma absoluta, não se fazendo a resistir às belezas cinematográficas apresentada no telão das salas de cinema, fazendo o público sentir diversas emoções, acabam encantando-se e consequentemente são envolvidos por uma grande história e assim a magia por um instante se torna realidade, assim influenciando hábitos de consumo e estilos de vida. 1.2 Contexto Social 1.2.1 Novos Comportamentos de Consumo O consumidor em sua sociedade de consumo é uma criatura acentuadamente diferente dos consumidores de quaisquer outras sociedades até aqui. Se os nossos ancestrais filósofos, poetas e pregadores morais refletiram se o homem trabalha para viver ou vive para trabalhar, o dilema sobre o qual mais se cogita hoje em dia é se é necessário consumir para viver ou se o homem vive para poder consumir (Bauman, 1999, pag 78) Os comportamentos de consumo da sociedade contemporânea veem se transformando gradativamente. No mundo atual o consumidor passivo que aceita com facilidade os conteúdos, produtos e serviços oferecidos pelas organizações, é considerado um ser em extinção. Com o avanço da tecnologia e com o advento da internet e, consequentemente com o surgimento de novos veículos de comunicação como as redes sociais, o consumidor compartilha, opina, interage e ainda cria conteúdo, para o seu próprio entretenimento. O hábito de consumir conteúdo televisivo sofreu grandes mudanças desde sua criação, antes os telespectadores assistiam de forma passiva a programação que lhe eram propostas, mas com a criação do controle remoto e o crescente numero de opções de canais, podendo mudar os canais com mais facilidade, instaurou-se o chamado zapping, e com o desenvolvimento da tecnologia, eles agora podem pausar, adiantar, voltar e gravar a programação, podendo assistir a hora que desejar, além de dividir sua atenção com outras plataformas como smatphones, tablets e computadores, compartilhando suas opiniões com seus 18 amigos em tempo real, sendo a televisão um grande exemplo dessa revolução no hábito de consumo (HELENA E PINHEIRO, 2012). Helena e Pinheiro, ainda afirma que o surgimento de novos meios fez com que todo sistema passe por uma atualização. Os meios aprendem a conviver em conjunto, e rumam para a convergência. E toda essa convergência ruma para um único lugar à digitalização (HELENA E PINHEIRO, 2012, pag 36 e 37). Este caso está advindo por que o suporte físico está aos poucos deixando de ser entendido como necessário para parcelas cada vez maiores da população, vislumbrando outro aspecto de mudança nos hábitos de consumo, o aparecimento do mundo de Bits em detrimento do mundo de Átomos (HELENA E PINHEIRO, 2012). 1.2.2 Geração dos Garotos Perdidos Numa sociedade de consumo que funcione de forma adequada, os consumidores buscam com todo empenho ser seduzidos. (BAUMAN, 1999 pág. 81). E sem dúvida o nosso tempo (...) prefere a imagem á coisa, a cópia ao original a representação á realidade, a aparência, ao ser... Ele considera que a ilusão é a sagrada, e a verdade é profana. (FEUERBACH). A sociedade que se configura atualmente tem como objetivo uma a procura desenfreada pelo prazer a todo custo. É o hedonismo elevado aos altos índices. Partindo desse pressuposto, que o mercado busca envolver esse novo consumidor, não apenas desejando o lucro que lhe é proporcionado, mas também o engajamento para sua marca ou produto. A geração dos garotos perdidos, (nomenclatura apresentada por Helena e Pinheiro criada pelo jornalista Frank Rose) conquistou o protagonismo nos meios de comunicação pouco antes vistos no transcorrer da história, uma geração que tomou poder de voz e hoje liga milhares de janelas para o mundo a cada novo minuto, retirando-se do quarto para o planeta. Do mundo reservado e privado para a coletividade latente (2012). E com isto os novos meios de comunicação como a internet, obtém um papel fundamental nesse processo, salientado por Tapscott, A empresa de mídia impressa e a rede de televisão são organizações hierarquias que refletem os valores de seus proprietários. As novas mídias, por outro lado, dão o controle a todos os usuários. A distinção entre estrutura organizacional descendente e ascendente é uma questão fundamental para nova geração. Pela primeira vez, os jovens assumiram o 19 controle de elementos essências para uma nova geração. (TAPSCOTT, 2010, p.33). Debord, (1997) afirma que o espetáculo é a negação invisível da vida que se tornou visível. É a imagem venerada e cultuada pela geração dos garotos perdidos, é a idolatria do irreal e do fantasioso. Helena e Pinheiro complementa, É uma geração que valoriza mais o imagético do que físico. A imagem é idolatrada. A realidade é espetacularizada para ser consumida como imagem. O parecer é infinitamente mais importante. A geração anterior iniciou esse processo de adoração ao espetáculo. Essa geração o idolatra (HELENA E PINHEIRO, 2012, p 54). 1.2.3 Fragmentação da Audiência A geração dos Garotos Perdidos interage com várias plataformas ao mesmo tempo, um exemplo expresso na sociedade brasileira é a forma como os indivíduos, consumem os conteúdos televisivos, os telespectadores compartilham informações e opiniões nas redes sócias sobre os programas televisão, tudo através do tablet, celular ou do notebook e na mesma plataforma acessam internet. Uma geração que não está mais sentada, imune e passiva, apenas em frente ao aparelho de televisão (HELENA E PINHEIRO, 2012, p 48). A fragmentação da audiência também abrange outras mídias tradicionais como o jornal e a revista, sendo que estes meios tiveram a divisão da audiência foram impulsionadas pela internet, no qual o monopólio do conteúdo e da informação foi disseminado pela democratização. Contudo a fragmentação da audiência, fez com que as informações e o conteúdo gerados na sociedade contemporânea aumentassem progressivamente. Helena e Pinheiro em seu livro Muito Além do Merchan compartilha uma dado fornecido pelo por Frank Rose em sua obra literária The Art Of Immersion, Três redes de televisão líderes nos Estados Unidos veicularam ininterruptamente durante os últimos 60 anos em que estiveram nesse negócio em montante de mais de 1,5 milhão de horas de programação, o que é muita coisa não? Mas é muito menos de que os usuários subiram no Youtube nos últimos 6 meses. (HELENA e PINHEIRO, 2012, p 46). 20 Com isso a dispersão da atenção é uma característica eminente na geração dos garotos perdidos. Consequentemente a única defesa que uma pessoa tem numa sociedade impregnada de comunicação é uma mente que seja capaz de simplificar consideravelmente as coisas (RIES e TROUR, 1996), ou seja, impactar o público nessa sociedade atual está se tornando uma tarefa desafiadora para os publicitários. Sendo assim uma das soluções propostas por Helena e Pinheiro para impactar a nova geração é criar estratégias, cativantes, irresistíveis, sedutoras, portanto a comunicação como em todos os esforços, ruma para este caminho: entreter. (2012) 1.3 Vantagens 1.3.1 Vantagens para os anunciantes As vantagens que proporciona o Product Plamacent no cinema contemporâneo brasileiro aos anunciantes são bastante significativas. Em primeiro plano, destacam-se as leis de incentivo a cultura, destinada ao cinema, em âmbito nacional existe a Lei Rouanet e Lei do Audiovisual, que garante ao patrocinador do projeto, abatimento de 100% do valor incentivado até o limite de 4% do Imposto de Renda devidopela Pessoa Jurídica e 6% pela Pessoa Física, obtendo as contrapartidas de exposição de um patrocínio normal, podendo se inserir a partir de inserções de Product Plamacent (Leis de incentivo. Disponível em: <http://queroincentivar.com.br>. Acesso em: 10 de Dezembro 2013). No âmbito estadual está em vigor o programa FazCultura onde é possível financiar a atividade cultural (inserindo-se o projetos cinematográficos), mediante abatimento de 5% a 10% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a recolher, no limite de até 80% do valor total do projeto cultural, também podendo angariar inserções de Product Plamacent como contrapartida (Leis de incentivo. Disponível em: <http://queroincentivar.com.br>. Acesso em: 10 de Dezembro 2013). Além das vantagens garantidas a partir de incentivos estatais, sobressaem outros benefícios como a possibilidade de demonstração do uso do produto ou serviço como no filme Minha Mãe é uma Peça, de André Pellanz onde o personagem Carlos, ex-marido de D. Hermínia, utiliza o carro conversível da Renault 21 durante a trama; o precioso endosso com as celebridades, como na obra cinematográfica Naufrágio (Cast Away), de Robert Zemeckis, estrelado por Tom Hanks, que evidencia a bola de basquete da marca Wilson; maior e melhor impacto perante o espectador, pois nas obras fílmicas, a audiência é menos fragmentada que um intervalo comercial, tornando-se mais suscetível ao impacto da mensagem; constitui uma vinculação emocional intensa com os seus consumidores; fortalece o alinhamento das marcas com os conteúdos relevantes; provoca uma afinidade maior com as características da marca e excelente para posicionar e reforçar conceitos, nisto a indústria tabagista, por exemplo, através dos filmes produzidos em Hollywood conseguiu associar os seus produtos com diversão, alegria, sexualidade e poder por meio de manifestações que expressam rebeldia e independência (HELENA E PINHEIRO, 2012). 1.3.2 Vantagens para produtoras Com o avanço da tecnologia, a crescente evolução mercadológica do cinema brasileiro e as novas superproduções, os custos com as obras cinematográficas estão se tornando mais custosos, com isso os produtores dos filmes estão buscando captar recursos não somente pelas leis de incentivo, mas também através de parcerias e patrocínios podendo oferecer como contrapartida a inserção de produtos e marcas em seus filmes (CARLOS e TELES, 2007). Vislumbrando essa parceria a Agência África juntamente com a empresa P&G investiu 8 milhões de reais em Product Plamacent em quatro produções nacionais “Gonzaga de Pai para Filho”, “Muita Calma Nessa Hora 2”, “De Pernas por Ar 2” e “Minha Mãe é uma Peça”³, o objeto de estudo da pesquisa o filme De Pernas pro ar 2, por exemplo, apresentou um orçamento de 6 milhões de reais. Os personagens precisam comer, beber, ter carro, se vestir, falar ao celular entre outros, e se o consumo for feito a partir de uma marca real, que esteja no cotidiano dos personagens da trama (HELENA E PINHEIRO, 2012), o filme ganha maior veracidade com a vida real. No filme Minha Mãe é uma Peça, o personagem Carlos Alberto de Henri Capri, utiliza um carro conversível e o mesmo é pertencente da marca Renault. 22 As marcas ajudam a definir os perfis dos personagens (HELENA E PINHEIRO, 2012), prática bastante utilizada nos filmes hollywoodianos, que está sendo utilizada em âmbito nacional. Na obra De Pernas pro Ar 2, a personagem Alice interpretada pela atriz Ingrid Guimarães, utiliza em sua vida diária produtos da Apple, ratificando sua características contemporânea voltada pro seus negócios. As marcas ajudam a divulgar os filmes, aumentando assim a bilheteria da produção cinematográfica. Como umas das formas de parceria para divulgar o filme, é prática do cross promotion que é definido como uma forma de promoção de marketing, onde os compradores de um produto ou serviço são direcionados com a promoção de um produto relacionado (HELENA e PINHEIRO). Esta atitude tem sido bastante praticada no mundo do cinema ao longo dos anos. 2. Conjuntura histórica da Publicidade no cinema A Publicidade sempre esteve presente na sétima arte, logo nos primeiros anos de existência já se tinha inserções pagas pelas pequenas marcas nos Estados Unidos, antes da exibição de cada filme, partindo deste principio o objetivo deste capitulo é abranger o contexto histórico e suas evoluções entre a publicidade e o cinema perante o decorrer do século XX, adentrando no século XXI, ajudando a perceber como era empregada o Product Plamacent no passado, entendo como se ele se configura atualmente e ainda se torna um auxílio para fazer projeções futuras sobre está ferramenta de comunicação, principalmente no Brasil e em Hollywood. 2.1 No mundo e principalmente em Hollywood Um pouco menos de um ano, após a histórica exibição na França da sessão pública tendo como um dos seus filmes o curta A chegada do trem à Estação Ciotat, os irmãos Lumiére queriam espalhar a sua invenção por toda Europa, mas precisavam de ajuda para conseguir tal efeito, então conheceram o Francois-Henri Lavabchy-Clarke, distribuidor da fábrica de sabão inglesa Lever Brothers que posteriormente virou Unilever. E partir dessa história que nasceu o primeiro caso de Product Plamacent da história do cinema (HELENA e PINHEIRO, 2012) 23 No filme Washing Day in Switzerland (1896) dos irmãos Lumiére. Nele, operários estão saindo do trabalho e caminham por uma praça. Em um dado momento, um homem entra em quadro empurrando uma carroça e para. Na carroça está a marca do sabão em francês Sunlight Savon, fabricado pelos irmãos Lever. (HELENA e PINHEIRO, 2012, pag. 182). Segundo Noning (2009), originalmente a maioria dos casos de presença de marca no cinema americano era feitos informalmente. Vários dos casos ocorriam devido ao relacionamento amigável entre ambas as partes. Dificilmente aconteciam pagamentos para inserção de marcas ou produtos. Sendo assim existem vários exemplos de casos de Plamacent na história do cinema hollywoodiano, como no ano de 1933 no filme King Kong obra pioneiro em ação Destination Plamacent, pois evidenciava a cidade de Nova York ou no filme Bonequinha de Luxo (1961), que acabou inovando na utilização da ferramenta, principalmente em seu título inédito que faz menção a famosa joalheria da 5° Avenida de Nova York e o figurino da personagem principal criado pelo estilista francês Givenchy, porém nenhumas dessas ações são consideradas ações estabelecidas de Product Plamacent. Para o crítico Balasubamanian o Plamacent só poderia ser considerado um negócio legitimado com contratos de pagamento, fato que só ocorre na década 80. (HELENA e PINHEIRO, 2012). Contudo o caso mais evidente ocorrido na utilização da ferramenta de forma mais amarrada e comercial, acontece pelo diretor Steven Spielberg no seu famoso filme E.T., o extraterrestre (1982). O conteúdo artístico não foi comprometido, por causa da presença dos produtos e mostrou que era possível aliar o Product Plamacent a história fílmica sem afetar as partes envolvidas. Outro case da utilização do cinema como plataforma de comunicação eficiente para marcas e produtos são os filmes da franquia 007. Ao longo dos anos, o filme promoveu uma série de produtos e marcas, para quais ofereceu sedução, sofisticação e magia (HELENA e PINHEIRO, 2012). Ao decorrer dos anos o houve o amadurecimento da ferramenta, hoje as negociações não são apenas em troca de dinheiro, mas a produtora podem querer otimizar os custos dos filmes e oferece as ações de Product Plamacent para aquisição dos produtos da marca, ou o diretor eroteirista percebe a força dramática e estética da presença de certa marca na obra. Hoje o Product Plamacent tornou-se uma grande indústria milionária e seu desenvolvimento está relacionado à ampliação do cinema hollywoodiano em 24 diversos países do planeta. Neste contexto de aumento e expansão territorial, tal ferramenta tem sido empregada de várias formas e em favor de diversos objetivos. 2.2 No Brasil O Product Plamacent no cinema brasileiro começou a ser discorrido na década de 50, influenciado pela televisão nacional, onde vários anunciantes utilizavam dos elementos audiovisuais para divulgar suas marcas e produtos. O Preconceito com uso da ferramenta era evidente, produtores e diretores consideravam ultraje à utilização do cinema para ações de anunciantes, para eles a publicidade deveria ficar fora do processo cinematográfico, mesmo que a verba pudesse sustentar o projeto. Além do mais viveu-se o momento do cinema autoral. O panorama alterou-se de forma gradativa no início da década de 80, alguns patrocinadores haviam auxiliado a produção cinematográfica, com grande apelo televisivo. Entretanto somente com a nova geração de cineastas vindos de produções comerciais publicitárias, a conjuntura começou a mudar no final dos anos 80. José Mario Ramos aponta que o primeiro filme que pode ser apontado como tendo inserções de Product Plamacent é a produção A Princesa Xuxa e os Trapalhões (1989), (NONING, 2009) . O Product Plamacent de aproximadamente de dois minutos e 20 segundos é um desenho animado na introdução do filme, apresentando os personagens, enquanto se relacionam com a galinha que o gimik tradicional da marca. Todos estão em uma nave, e o Zacarias e a galinha estão preparando uma refeição com Caldo de Galinha Maggi para os trapalhões e a Xuxa. Apesar de serem os mesmo personagens, o desenho animado não tem nenhuma ligação crónologica com o enredo do filme, pois inclusive se passa numa nave espacial viajando pelo espaço, sendo que todo o filme ocorre em um planeta fictício. (NONING, 2009 pag. 48) A Rede Globo e sua derivação a Globo Filmes é fundamental para o papel que vive o Product Plamacent no cinema contemporâneo Brasileiro, por trazer anunciantes da televisão, para o cinema e pela garantia de grande número de 25 vendas ingressos. Segundo Naning (2009) a televisão foi praticamente mestre do cinema nacional, quando se discorre em comunicação por conteúdo. 3 Product Plamacent no Cinema Brasileiro O Product Plamacent, esta se solidificando nesta última década no cinema Brasileiro. Visando esta perspectiva o capitulo busca entender o contexto mercadológico do cinema nacional, abrangendo suas configurações, subdivisões e mercado atual e perpetrar um levantamento minucioso das técnicas existente do Product Plamacent. 3.1 Contexto mercadológico do cinema contemporâneo brasileiro No início dos anos 90 o cinema brasileiro encerrou um ciclo e não foi a parte alguma, o transtorne cinematográfico atuado no governo federal de Fernando Collor de Mello (1990 – 1992), que alinhado as ideias neoliberais então dominantes, desativou as principais peças da máquina estatal de apoio á produção cinematográfica brasileira, suprimindo órgãos como a Embrafilme e o Concine. Para Oricchio o filme Carlota Joaquina - A princesa do Brasil (1995), de Carla Camurati, que se tornou o filme símbolo da retomada do cinema brasileiro (2011 pag 141), a partir do sucesso de Carlota Joaquina - A princesa do Brasil (1995), a produção de longas-metragens não deixou de crescer até se estabilizar. No cinema brasileiro é evidente a luta de classes dos quais querem altos investimentos, pois estes seriam mais interessantes ao mercado e os que preferem os filmes de baixo orçamento, onde democratiza o cinema nacional, trazendo maior pluralidade de títulos para o mesmo, com isso configura-se uma divisão clara dos filmes chamados de “arte”, com empenho social, crítico e autoral, neles se destacam diretores como Julio Bressane, Claudio Assis e Sergio Bianchi e os que praticam filmes comercias, direcionados a mercado consumidor destacando-se Jayme Monjardim e Daniel Filho. O ano de 2012 segundo dados do Observatório do anuário estatístico do cinema Brasileiro, o ano de 2012 admitiu a disposição de crescimento do mercado cinematográfico brasileiro. A arrecadação das salas foi de R$ 1,6 bilhão, alta de 12,13%. O público angariou o maior patamar das últimas duas décadas, 146,4 26 milhões de espectadores, posicionando o Brasil entre os dez maiores mercados de cinema do mundo. Os 83 lançamentos nacionais atraíram 15,5 milhões de espectadores, correspondentes a uma market share de 10,62%, (2013, pag.8). Um dado importante para esse crescimento do cinema nacional foi a chegada da Globo Filme, onde ela chega reciclando produtos televisivos (Os normais 1 e 2, A Grande Família) e fazendo parcerias na produção de terceiros e com seu peso publicitário, tem sido grande responsável pelos maiores sucesso de público atual. Segundo Oricchi a formula de sucesso passa pela excelência da qualidade técnica, por atores conhecidos do elenco global e boas histórias contadas sem qualquer ousadia que possa oferecer dificuldade a um público de cultura audiovisual formada pela televisão (2011 pag 145). 3.2 – Tipos do Product Plamacent Autores enumeram tipos de Product Plamacent que foram ou podem ser empregados nos filmes, podendo o anunciante roteirista ou diretor, escolher o aquele que melhor se adequa ao contexto do filme e ao seu roteiro. Segundo Comparato existem dois tipos de Product Plamacent: 1. Merchandising horizontal: aquele se apresenta ao fundo do cenário, nele o roteirista não intervém, nem é responsável pela inserção da marca ou produto (2001, pag 54-55); 2. Merchandising vertical: Product Plamacent no qual o personagem fala dobre ou atua sobre, ao contrário do tipo anterior o roteirista, pois ele tem participação direta na criação da cena em função do produto que se anuncia (2001 pag 55). Conforme Blessa (2007) existem três formas de Product Plamacent, que são distribuindo em: 1. Inserção visual (screen placement), assim sendo o produto apenas é mostrada visualmente, sem conversas com o nome da marca ou do produto; 2. Inserção verbal (script placement) acontece quando a marca ou produto é citado na história, 3. Inserção integrada (plot placement) nele, o produto é incluso na trama, como elemento complementar de algo que se acontece com 27 os personagens. Pode ser aproveitado como forma de desenvolvimento numa ação, como algo benéfico ou extremamente importante ao personagem no período. Segundo Schiavo (2006) quatro categorias de Product Plamacent, que são eles: 1. Menção no texto: quando os personagens mencionam o nome da marca ou produto num diálogo; 2. Uso do produto ou serviço: quando a cena mostra a utilização do produto ou serviço pela personagem, onde a marca e o modelo são destacados; 3. Conceitual: a personagem explicita para outro as vantagens, inovações, relevâncias e preços do produto ou serviço; 4. Estímulo visual: o produto ou serviço é mostrado de forma a ser apreciado, visto no contexto da totalidade da cena, devidamente explorado pela câmera. E finalmente Helena e Pinheiro no seu livro Muito além do Merchan enumeram seis quesitos que ajudam alinhar o Product Plamacent ao projeto estratégico e o como pensar e negociar a presença dos produtos ou marcas nas obras cinematográficas. 1. Alinhamento: Alinhamento entre o plano estratégico e a oportunidade de plamacent; 2. Adequação: Adequação entre o público-alvoda sua marca e o público do filme; 3. Aderência: Aderência entre atmosfera de atributos da marca e o universo contextual do filme; 4. Assuduidade: Assuduidade de presenças em diversos projetos Product Plamacent em um intervalo de tempo planejado; 5. Pertinência: O produto deve ser totalmente à oportunidade que a cena oferece. A inserção da marca no filme tem que ser totalmente pertinente ao o roteiro; 6. Sutil: A presença deve ter uma naturalidade latente que faça fluir no mesmo compasso do filme. 28 4. Metodologia Métodos é um anexo de ações ordenadas e racionais que, com máximo de segurança e economia, permite almejar o objetivo proposto, obtendo informações válidas e verdadeiras consequentemente traçando o percurso a ser seguido, detectando erros e ajudando nas decisões dos pesquisadores (LAKATOS, p 63, 2010). Partindo desse pressuposto, o tipo de pesquisa a ser utilizada será a exploratória, que visa criar um maior conhecimento de um fato, estudando como se encontra o seu processo a partir de informações contidas sobre o assunto pesquisado. O método de abordagem a ser empregado será o dedutivo, conforme Lakatos (2010, p.74) explana que o mesmo tem o propósito de explicar o conteúdo das premissas, tendo como método de procedimento o monográfico, pois o estudo se predispõe a estudar o único tema, buscando realizar um estudo aprofundado e exaustivo sobre determinado assunto, no qual o tema da pesquisa será o Product Plamacent no cinema contemporâneo brasileiro. Na coleta e analise de dados será aproveitada a técnica de pesquisa bibliográfica, que é o meio pelo qual se busca o domínio teórico da literatura do tema da pesquisa, através do levantamento bibliográfico de publicações impressas e/ou eletrônicas e o estudo de caso, que consiste na investigação de um fato ou fenômeno no mundo atual dentro de um contexto social da vida real, que será as produções cinematográficas, “De Pernas pro Ar 2”, de Roberto Santucci e “Minha Mãe é uma Peça” de André Pellenz. Observando as técnicas do Product Plamacent, que foram empregadas nos filmes, bem com a pertinência com roteiro e qualidade da mesma, tendo um comparativo entre os dois casos estudados. 5. Analise do objeto Como objeto de estudo dessa pesquisa serão analisado as ações de Product Plamacent nos obras fílmicas De Pernas pro Ar 2 de Roberto Santucci e Minha Mãe é uma Peça, de André Pellanz. As produções cinematográficas foram escolhidas por 29 serem obras recentes, coproduzidos pela Globo Filmes, por terem um numero significativo de inserções de marca nas produções cinematográficas e por conseguirem grande bilheteria nas salas de cinemas distribuídas no Brasil, chegando a marca de 4.818.722 e 4.582.788 de ingressos vendidos respectivamente, segundo o site Adoro Filmes. 5.1 De Pernas Pro Ar 2 5.1.1 Apresentação Segundo o anuário estático do cinema brasileiro (2012) o longa-metragem De Pernas pro Ar, de Rodrigo Santucci, obteve no seu público acumulado uma incrível marca de 3.506.502 tendo a quinta maior bilheteria entre os títulos nacionais. Alçando voo do sucesso obtido pelo filme, lança-se a sua sequência De Pernas pro Ar 2 que apresenta 3.787.852 de espectadores, chegando a renda bruta de R$ 39.375.393,54 sendo a sexto filme com maior bilheteria no Brasil e o segundo entre os filmes nacionais. Sinopse do longa-metragem: Alice é dona de uma rede de sex shops workaholic que, ao tentar conciliar a dura rotina de trabalho e vida familiar, sofre colapso nervoso e se vê obrigada pelo marido a se internar em um spa. Justamente nessa hora, surge oportunidade única de expandir seus negócios em Nova York. Usando divertidos artifícios, arrisca sua saúde, sai do spa, parte para lá com a família à passeio, mas na verdade, no intuito de viabilizar seus interesses profissionais. Ao tentar conciliar as agendas, se envolve em hilariantes e equivocadas situações que culminam na possível separação do casal. (Site da Globo Filmes). 30 Figura 01: Pôster do Filme De Pernas Pro Ar 2 Fonte: Site da Globo Filmes 5.1.2 Analise do filme De Pernas Pro Ar 2 A primeira inserção de marca ou produto no filme analisado é a cena em que Alice, está escovando seus dentes apressadamente, há uma inserção de dois produtos da Oral B submarca pertencente à P&G que é o creme dental e o antisséptico bocal, segundo Blessa (2007), a inserção é caracterizada como visual, pois o produto é apenas exposto sem nenhum dialogo ou utilização, sendo que para Comparato (2001) está técnica é denominada de merchandising horizontal, já que o produto é o composto da cena e para Schiavo (2006), houve um estimulo visual para que o produto seja visto no contexto da cena. Há pertinência (HELENA e PINHEIRO, 2012) perante a conjuntura da cena, pois o produto é utensilio de higiene pessoal, além de se localizar no Banheiro. 31 Figura 02: Creme Dental e o Antisséptico Bocal Fonte: Filme De Pernas Pro Ar 2 Na cena em que A família e amiga de Alice assistem o vídeo do desmaio da mesma, o filho da personagem Alice, menciona a marca Youtube, segundo Blessa (2007), a inserção foi integrada, pois a marca foi inserida na trama, sendo que para Comparato (2001) é merchandising vertical onde o roteirista interfere e responsável pelo roteiro e para Schiavo (2006), houve utilização do serviço na cena, angariando tendo pertinência ao contexto da cena (HELENA e PINHEIRO, 2012), já que houve a viralização do vídeo de Alice. Figura 03: Youtube Fonte: Filme De Pernas Pro Ar 2 Na cena em que Alice está arrumando suas malas para se dirigir ao Spar, há uma inserção de dois produtos das submarcas pertencente à P&G que é antisséptico bocal da Oral B e o absorvente Always, para Blessa (2007), a inserção foi visual, sendo que para Comparato (2001) é merchandising horizontal já que o produto é objeto de cena e para Schiavo (2006), teve um estimulo visual, tendo pertinência ao roteiro (HELENA e PINHEIRO, 2012), pois são produtos femininos, indispensáveis para viagem, por causa da higiene pessoal. 32 Figura 04: Absorvente e o Antisséptico Bocal Fonte: Filme De Pernas Pro Ar 2 Na cena em que Alice, está adentrando ao Spar e revistada pela dona da mesma, há uma inserção do produto Iphone pertencente à marca Apple. Portanto para Blessa (2007) a uma inserção integrada, já que o produto participa ativamente da cena, para Comparato (2001) foi utilizado à técnica de merchandising Vertical, e para Schiavo (2006) foi praticado a técnica do estimulo visual, onde é destacado o produto na cena tendo pertinência ao guião da narrativa fílmica (HELENA e PINHEIRO, 2012), pois é um dos meios de comunicação mais utilizados por Alice. Figura 05: Iphone Fonte: Filme De Pernas Pro Ar 2 Na cena em que a personagem de Tatá Werneck discorre sobre a sua angustia de forma cômica por não utilizar o seu perfil no Facebook. Blessa (2007) denomina essa inserção de verbal já que fala diretamente da marca, para Comparato (2001) é chamada de merchandising vertical já que a cena foi preciso ser roteirizada e para Schiavo (2006) é conceitual, pois a personagem explica às 33 características e virtudes do serviço online, tendo pertinência à cena (HELENA e PINHEIRO, 2012), pois mostra pessoas viciadas em diversos aspectos. Figura 06: Facebook Fonte: Filme De Pernas Pro Ar 2 Na cena em que Alice vai apresentar o novo produto da Sex Delícia ao um grupo de executivos é exposto à marca The Bank of América, sendo assim Blessa (2007) considera está inserção da marca de visual, pois apenasé exposto o seu nome, para Comparato (2001) é terminologia a ser utilizada é merchandising horizontal, pois não há interferência do roteirista na cena perante a inserção da marca e para Schiavo (2006) é estimulo visual já que apenas é mostrado o nome da marca. A inserção da marca há pertinência com a cena (HELENA e PINHEIRO, 2012), já que o cenário é em Nova York, oferecendo espaço para alguma multinacional se mostrar conhecida aos consumidores brasileiros. Figura 07: The Bank Of América Fonte: Filme De Pernas Pro Ar 2 34 5.2 Minha Mãe é uma Peça 5.2.1 Apresentação Minha Mãe é uma Peça, de André Pellanz, distribuído pela Downtown Filmes e Paris Filmes e coproduzido pela Globo Filmes. É o filme com a maior bilheteria em 2013 referentes aos filmes nacionais e a terceira maior incluindo as produções internacionais segundo dados do Observatório de Estatística de Cinema Brasileiro. Sinopse do longa-metragem: Adaptação da peça que já levou milhares aos teatros pelo Brasil “Minha Mãe é uma Peça” acompanha Dona Hermínia, uma mulher de meia idade com filhos crescidos que tem como preocupação maior procurar o que fazer. Sem um trabalho ou um companheiro, a nada simpática Dona Hermínia passa seu tempo desabafando com a tia idosa, a vizinha fofoqueira e a amiga confidente. (Site da Globo filmes). Figura 08: Pôster do Filme Minha Mãe é uma Peça Fonte: Site da Globo Filmes 35 5.2.2 Analise do filme Minha Mãe é uma Peça Na cena em que Carlos Alberto está no carro dirigindo, aparece a marca da Oi no orelhão, portanto para Blessa (2007) considera a inserção da marca de visual, já que sua aparição no filme é simples e sutil não sendo mencionado pelo personagem, para Comparato (2001) é merchandising horizontal já que a presença da marca não foi por causa do roteirista e para Schiavo (2006) é estimulo visual, tendo pertinência ao roteiro (HELENA e PINHEIRO, 2012), pois nas ruas do Brasil, o orelhão está sempre presente, compondo a Direção de Arte da trama. Figura 09: Oi Fonte: Filme Minha Mãe é uma Peça Na sequência em que o personagem Carlos Alberto se propõe a levar seus filhos para um clube aquático que se inicia aos 5 minutos e 27 segundos de projeção e termina aos 6 minutos e 26 segundos, contém doze inserções do conversível da Renault, portanto para Blessa (2007) as inserções de Product Plamacent são integradas ao filme, já que o personagem utiliza o carro como o seu meio de transporte e ainda compõe a sua personalidade, para Comparato (2001) é utilizado o merchandising vertical, pois o personagem utiliza do carro e para Schiavo (2006) é uso do produto. Contendo pertinência ao roteiro (HELENA e PINHEIRO, 2012), porque o personagem utiliza do carro como o meio de transporte e ajuda a definir a personalidade de Carlos Alberto. 36 Figura 10: Carro Conversível da Renault Fonte: Filme Minha Mãe é uma Peça Na cena Marcelina, posta que está com fome na rede social Instragam, que caracteriza para Blessa (2007) como uma inserção integrada, pois a personagem utiliza do serviço oferecido, para Comparato (2001) há uma ação de merchandising vertical, já que a personagem desfruta do serviço do Instragam e para Schiavo (2006) o tipo de Product Plamacent praticado é o uso do produto, já que a personagem posta uma imagem afirmando sua fome na sua rede social. Contendo pertinência ao roteiro (HELENA e PINHEIRO, 2012), porque a nova geração adolescente contém em seus celulares e smartphones aplicativos com acesso a internet e redes sócias. Figura 11: Instragam Fonte: Filme Minha Mãe é uma Peça 37 Na cena em que D. Hermínia e sua filha Marcelina, estão no supermercado e a mesma tropeça, nos produtos do sabão liquido Ariel submarca da empresa P&G, é considerada por Blessa (2007) uma inserção integrada já que o produto está contido na parte cômica da cena, para Comparato (2001) é avaliado como merchandising vertical, pois o roteiro utiliza do produto para compor uma cena jocosa e para Schiavo (2006) é considerada como estimulo visual, apesar de está contracenando com o personagem, a mesma não utiliza as características do produto. A inserção do Product Plamacent contém pertinência ao roteiro (HELENA e PINHEIRO, 2012), pois se precisava de algum produto para composição da cena. Figura 12: Produtos Ariel Fonte: Filme Minha Mãe é uma Peça Na cena em que D. Hermínia no seu programa de televisão prática metamerchandisng, do sabão líquido da Ariel e do amaciante Downy submarcas da P&G, são considerados por Blessa (2007) como ação integrada ao filme, pois os produtos ajudam a criar verossimilhança à realidade, partindo da mesma premissa Comparato (2001) apresenta-os como merchandising vertical e para Schiavo (2006) é considerado como estimulo visual, pois evidenciou os produtos, conseguindo obter pertinência ao roteiro (HELENA e PINHEIRO, 2012), pois em programas de auditório e/ou feminino há diversas ações de Product Plamacent. 38 Figura 13: Ariel e Downy Fonte: Filme Minha Mãe é uma Peça 5.3 Considerações parciais da analise dos objetos É perceptível a difusão das inserções de marcas e produtos, nos filmes estudados, principalmente no filme De Pernas Pro Ar 2, vide ao seu sucesso da produção anterior. Os objetos estudados abarcam em suas cenas empresas que não são anunciados normalmente em mídias tradicionais como o Facebook e o Instragam, conseguindo assim criar maior veracidade nos filmes, consequentemente à magia do cinema é expandida com maior qualidade. Observando com maior meticulosidade os dois filmes estudados mesclam as técnicas, sendo numa mesma projeção, ações mais simples como o merchandising horizontal, visual e o estímulo visual, como também as mais complexas, como o merchandising vertical, a ação integrada à cena ou roteiro e a utilização dos produtos, porém a menção ao texto, ação verbal e o conceitual são técnicas poucas exploradas. 39 Gráfico 01:Técnicas de Blessa Fonte: Autor Gráfico 02:Técnicas de Comparato Fonte: Autor 40 Gráfico 03:Técnicas de Schiavo Fonte: Autor 7 Considerações Finais O mundo atual no qual se configura, é latente a crise a publicidade, os meios tradicionais sozinhos, não tem a mesma força que décadas atrás, se reinventar é não apenas um diferencial é questão sobrevivência numa sociedade onde as pessoas não querem pagar para usufruir da informação, onde a audiência é fragmentada e atenção dessa geração é disputada a tapas, assim sendo umas das formas para se diferenciarem num planeta tão bombardeado de anúncios, propagandas onde os produtos e serviços cada vez mais se parecem é atrelar a publicidade com entretenimento gerando um importante instrumento gerenciamento de marca, tendo como umas dessas ferramentas o Product Plamacent, podendo utilizar o cinema, meio encantador, lúdico, imagético e mágico nesse processo. No Brasil o mercado cinematográfico cresce na última década, onde os filmes nacionais, 41 principalmente os coproduzidos pela Globo Filmes, disputam a bilheteria com produções internacionais, podendo as grandes empresas, utilizar desse “boom” para implementar o Product Plamacent das marcas em filmes e agregar valor a mesma. Com a crescente utilização da ferramenta nas produções nacionais, o amadurecimento é um processo irreversível. 42 8. ReferênciasRIES e TROUR, Al e Jack. Posicionamento: a batalha por sua mente, 1996 BALASUBRAMANIAN, S. K., Karrh, J. A., & Patwardham, H. (2006). Audience response to Product Placements. Journal of Advertising ‐ Vol 35, nº3 (Fall) , pp. 115‐141. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro Jorge Zahar, 2001 BLESSA, Regina. 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Mídia de A a Z. São Paulo: Edicon, 2002
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