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SENAR - Associativismo, cooperativismo e sindicalismo no Agronegócio Apostila do Módulo 3

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Programa minha EmPrEsa rural
AssociAtivismo, cooperAtivismo e 
sindicAlismo no Agronegócio
Quando vivenciados de forma paralela e complementar, o 
associativismo, o cooperativismo e o sindicalismo formam 
uma resistente base de sustentação para boas parcerias no 
agronegócio. Diante disto, este curso irá proporcionar um 
melhor entendimento sobre os conceitos, as similaridades e as 
diferenças desses movimentos, bem como reforçar e permitir a 
compreensão de como é possível encontrar nas ações coletivas 
e cooperativas a oportunidade de empreender e gerar bons 
negócios na propriedade rural. 
Bons estudos!
Este curso tem 
20 horas
SENAR 2015
Programa minha EmPrEsa rural
AssociAtivismo, cooperAtivismo e 
sindicAlismo no Agronegócio
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Informações e Contato
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Rua 87, nº 662, Ed. Faeg,1º Andar – Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093-
300 (62) 3412-2700 / 3412-2701 – E-mail: senar@senargo.org.br
http://www.senargo.org.br/
http://ead.senargo.org.br/ 
Programa minha EmPrEsa rural
PresIdente do Conselho admInIstratIvo
José Mário Schreiner
tItulares do Conselho admInIstratIvo
Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guima-
rães e Tiago Freitas de Mendonça.
suPlentes do Conselho admInIstratIvo
Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da 
Silva, Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de 
Faria.
suPerIntendente
Eurípedes Bassamurfo da Costa
Gestora
Rosilene Jaber Alves 
COORDENAÇÃO
Stella Miranda Menezes Corrêa
Ficha Técnica
Iea - InstItuto de estudos avançados s/s
Conteudista – Jaqueline Bernardi Ferreira 
tratamento de lInGuaGem e revIsão
IEA – INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S
dIaGramação e Projeto GráfICo
IEA – INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 52
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Modalidades de associativisMo
O associativismo pode ser praticado de várias formas previstas em 
suas bases ideológicas, por isso as diversas formas e modalidades do 
associativismo precisam ser conhecidas e estudadas para que cada 
grupo de interesse possa identificar qual atende melhor seus anseios 
e necessidades.
Módulo 3
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 53
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Fonte: Shutterstock
Neste contexto, ao longo deste módulo, você estudará 
sobre os consórcios e as sociedades de propósitos, as 
redes de empresas e participação comunitária e sobre 
como funcionam os grupos formais e informais.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 54
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Para isso, o módulo está dividido em três aulas:
• Aula 1: Consórcio e Sociedade de Propósitos Específicos
• Aula 2: Redes de empresas e participação comunitária
• Aula 3: Grupos formais e informais
Ao final deste módulo, você será capaz de analisar as características 
do consórcio e das sociedades de propósito específicos, analisar o 
funcionamento das redes de empresas e empresas de participação 
comunitária e analisar e comparar o funcionamento de grupos formais 
e informais. 
Siga em frente e bom estudo!
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 55
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
AulA 1
consórcio e sociedade de ProPósitos esPecíficos 
Você já ouviu falar ou sabe o que é um Consórcio e uma Sociedade de 
Propósitos Específicos (SPE)? Ao longo desta aula, você estudará os 
conceitos e as características desses modelos de associativismo.
O Consórcio é a junção de duas ou mais empresas para a constitui-
ção de um objetivo comum, assim como estudamos na essência do 
associativismo. Isso ocorre sem que cada empresa perca a sua indi-
vidualidade, ou seja, cada uma, individualmente, continua em pleno 
funcionamento conforme os seus objetivos sociais.
A inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica 
(CNPJ) para consolidação de um consórcio é 
obrigatória, porém não tem personalidade jurídica, e as 
obrigações das empresas consorciadas se restringem 
às condições previstas no contrato.
No consórcio, as empresas estabelecem em contrato as prerrogativas 
e as responsabilidades das partes envolvidas, sem que com isso seja 
constituída uma empresa, nomeando-se uma empresa líder que será 
a responsável pela escrituração contábil, guarda dos livros e documen-
tos comprobatórios das operações do consórcio, conforme a lei. 
A seguir, confira algumas ações e atividades em que é comum à cons-
tituição de consórcio.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 56
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Execução de grandes 
obras de engenharia.
Serviços de transporte.
Desenvolvimento de 
serviços no mercado 
de capitais.
Exploração de atividades 
minerais e outras relacionadas.
Pesquisas, uso de tecnologia em 
comum, licitações públicas e outras.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 57
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
O contrato de constituição do Consórcio deve ser aprovado pelo órgão 
competente, e deve constar alguns dados importantes, como:
• a duração, o endereço e o foro;
• a definição das obrigações e responsabilidades de cada socie-
dade consorciada, e das prestações específicas;
• normas sobre o recebimento de receitas e partilha de resulta-
dos;
• normas sobre administração do consórcio, contabilização, repre-
sentação das sociedades consorciadas e taxa de administração, 
se houver;
• forma de deliberação sobre assuntos de interesse comum, com 
o número de votos que cabe a cada consorciado;
• contribuição de cada consorciado para as despesas comuns, se 
houver.
 Atenção
Caso venha a ocorrer a falência de alguma das empresas consorciadas, isso 
não interfere nas demais, podendo ser substituída em acordo com a contra-
tante, e eventuais créditos devem ser pagos à empresa falida de acordo com 
os critérios do contrato.
Agora que você estudou sobre Consórcio, siga em frente para enten-
der o conceito e as características da Sociedade de Propósito Especí-
fico (SPE).
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 58
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
A Sociedade de Propósito Específico (SPE) é um modelo de organiza-
ção empresarial pelo qual se constitui uma nova empresa limitada ou 
sociedade anônima com um objetivo específico. Ela pode ser compos-
ta por empresas particulares e Administração Pública, tem um prazo 
determinado e, como o próprio nome diz, é constituída com um objeti-
vo específico. Veja o exemplo abaixo.
ExEMplo
Criar uma Sociedade de Propósitos Específicos constituída para 
construção e venda e venda de condomínios, loteamentos, constru-
ção de estradas entre outros.
Portanto, a SPE é uma empresa como outra qualquer e possui regras 
previstas na legislação e varia de acordo com o tipo de sociedade que 
seus membros definiram para nortear suas ações. Também pode ser 
chamada de Consórcio Societário devido às suas semelhanças com 
a tradicional forma de associação denominada Consórcio Contratual. 
Porém, apresenta características especiais que as tornam mais segu-
ras e práticas nas relações entre as empresas.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 59
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Uma das diferenças entre SPE e Consórcio Contratual 
é a questão da personalidade jurídica.
Embora o Consórcio Contratual não tenha personali-
dade jurídica própria, ele é obrigado a se cadastrar no 
CNPJ. Isso, porém, não o torna passível de obriga-
ções tributárias como, por exemplo, emitir uma nota 
fiscal para recolhimento de ICMS.
Podemos concluirque a constituição de uma SPE é mais interessan-
te para o Poder Público, pois facilita a fiscalização e as concessões, 
tendo em vista o seu longo prazo e a complexidade das relações das 
consorciadas com o Poder Público.
Já o Consórcio tem como objetivo trazer benefícios individuais para 
as sociedades consorciadas, mantendo total autonomia quanto à ad-
ministração de seus negócios e respeitando os limites previstos no 
respectivo contrato social.
Siga em frente e bons estudos!
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Módulo 2 - Gestão estratégica competitiva // 60
AulA 2
redes de eMPresas e ParticiPação coMunitária
Agora que você já conheceu um pouco sobre Consórcio e Sociedade 
de Propósitos Específicos, vamos avançar os estudos sobre redes em-
presariais e participação comunitária?
As redes de empresas são grupos de firmas que cooperam no de-
senvolvimento conjunto de um projeto, complementando-se umas às 
outras e especializando-se para superar problemas comuns, adquirir 
eficiência coletiva e penetrar novos mercados.
SE UMA EMPRESA É FORMADA POR PESSOAS, ENTÃO REDES 
DE EMPRESAS SÃO GRUPOS DE PESSOAS CONECTADAS E 
QUE BUSCAM SE FORTALECER.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 61
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Existem muitas empresas produzindo produtos semelhantes e isso 
acarreta muita competição e exige que as empresas desenvolvam es-
tratégias rápidas e inovadoras para que se mantenham competitivas e 
bem posicionadas no mercado.
Neste caso, parcerias, alianças estratégicas, redes de empresas e to-
dos os tipos de cooperação empresarial tornam-se cada vez mais co-
mum no ambiente de negócios.
Empresários têm identificado nas parcerias cooperati-
vas oportunidades de negócios mais acessíveis e me-
lhores condições de negociação diante de tanta com-
petição.
Todos os ramos de empresas, independente de seu porte, têm buscado 
na rede de cooperação empresarial novas perspectivas de negociação. 
Estas parcerias podem ocorrem em diferentes níveis e as relações 
podem variar de acordo com os objetivos definidos, com os recursos 
investidos, com o grau de comprometimento e interesse dos parceiros, 
indo de simples acordos até grandes fusões de empresas ou de coo-
perativas.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 62
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Reflexão
Neste momento, é importante que você reflita sobre algumas questões, 
como:
• Quais fatores você considera importantes para que essa parceria entre 
as empresas funcione bem?
• E quais as vantagens relevantes dessa parceria?
Se preferir, utilize o espaço abaixo para anotar suas reflexões.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 63
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Olá, tudo bem?
 Para que uma parceria tenha sucesso é 
necessário que nós consideremos alguns 
fatores importantes, não é mesmo?
Quando entrei para esse mundo das parce-
rias, percebi que esses fatores são:
• a identifi cação dos parceiros ideais;
• a aprovação de todos os envolvidos no 
processo;
• a defi nição de objetivos;
• o estabelecimento de um sistema de 
planejamento;
• o controle e a implementação fi nal.
Você precisa estar atento a estes fatores 
quando for estabelecer parcerias, pois não 
considerar estes requisitos pode comprome-
ter o desenvolvimento positivo e a efi cácia 
da aliança.
Lembre-se sempre que: a partir dessa união, 
as empresas podem alcançar vantagens 
competitivas em comum, redução de custos, 
maior agilidade e fl exibilidades, melhores 
prazos e diminuição de riscos.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 64
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Portanto, participar de uma rede de empre-
sas pode ser uma ótima oportunidade para 
ampliar sua rede de contatos comerciais.
Até logo e bom estudo!
Paulo.
Podemos considerar que uma parceria é ideal quando todas as partes 
envolvidas são beneficiadas. No caso de empresas, o negócio deve 
ser lucrativo e gerar satisfação. Por isso, é importante que antes de 
constituir uma parceria empresarial seja feito um estudo de viabilidade 
para se certificar de que a parceria é mesmo viável para todas as par-
tes, bem como identificar parceiros com objetivos compatíveis, e estes 
geralmente são aqueles que já conhecidos no ramo e que já existe 
alguma relação comercial.
A confiança é fator determinante no fortalecimento de 
uma parceria. A disponibilidade de compartilhar infor-
mações, a dedicação e a cooperação também preci-
sam ser caracterizadas no processo, e os objetivos e 
as estratégias devem ser claros para todos os inte-
grantes do negócio.
Adversidades e problemas são comuns em parcerias, por isso, ao en-
trar em uma parceria, é necessário tomar consciência de algumas pos-
turas necessárias. Confira quais são elas no infográfico a seguir.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 65
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Tenha objetivos que 
complementam os 
objetivos dos 
parceiros e 
desenvolva práticas 
gerenciais 
apropriadas.
Seja sensível e 
respeitoso em relação à 
cultura e maneira de 
pensar do parceiro.
Tenha sempre a 
intenção de 
aprender com a 
experiência do 
empreendimento e 
com o próprio 
parceiro.
O crescimento e a prosperidade econômica são mais difíceis de serem 
atingidos quando as empresas agem individualmente, mas quando se 
unem para explorar as competências coletivas as oportunidades se 
expandem. 
A seguir, você conhecerá as empresas de participação comunitária, 
que são mais uma alternativa de “associação” que visa benefícios 
comuns.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 66
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Você sabia que dentre as formas de associativismo temos a possibili-
dade de constituir uma Empresa de Participação Comunitária – EPC? 
Mas você sabe o que é uma EPC?
Uma Empresa de Participação Comunitária é um gru-
po de pequenos investidores de uma comunidade ou 
setor empresarial, que aplicam seus recursos na cria-
ção de novos negócios ou na capitalização dos já exis-
tentes.
Geralmente, uma EPC é formada por pessoas jurídi-
cas e físicas, tais como: empresários, técnicos, profes-
sores, estudantes, membros de entidades de classe e 
sindicatos etc.
Vale destacar que ser comunitária não significa ser filantrópica ou en-
tão que as ações podem ser desenvolvidas sem foco. Na verdade, é 
o contrário disso, as Empresas de Participação Comunitária têm como 
característica exigência rigorosa em sua gestão em relação ao lucro, 
segurança do capital investido e rentabilidade.
Uma EPC apresenta várias vantagens que justificam o trabalho inicial 
de constituí-la. A seguir, conheça algumas dessas vantagens.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 67
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
VANTAGENS DA EPC
Acompanhamento dos resultados sem influência dos 
movimentos especulativos das bolsas de valores e dos 
grandes investidores.
Os recursos são direcionados à produção, estimulando o 
surgimento de pequenas empresas, a criação novas empresas 
e incentivando a geração de novos empregos.
Possibilidade fazer um bom investimento sem a dedicação 
necessária para estar à frente de um empreendimento próprio.
Reunião dos recursos individuais em um capital maior, capaz 
de oferecer rendimentos mais atraentes do que os oferecidos 
no mercado financeiro.
Oportunidades de negócios na comunidade e impostos 
revertidos em favor da comunidade.
No Brasil, já são inúmeras atuando na indústria, comércio, serviços e 
na agropecuária, principalmente nos setores de turismo, da agroindús-
tria, da química, do plástico e da construção civil. Diante disso,pode-
mos concluir que uma EPC é um modelo de organização e investimen-
to que facilita e democratiza a participação de pequenos investidores 
de uma comunidade ou ainda de um grupo empresarial em outros em-
preendimentos.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 68
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Um exemplo de EPC é o Pólo Empresarial Spartaco, localizado em 
Cotia – SP. Ele é administrado pela empresa de participação Espri – 
Empreendimentos, Serviços e Projetos Industriais S/A. Atualmente, o 
pólo é composto por seis empresas cerca de 200 acionistas e mais de 
3.000 associados.
Para saber mais acesse: http://www.edc-online.org/br/
AulA 3
GruPos forMais e inforMais
Fonte: Shutterstock
Toda organização se constitui 
de um grupo, ou seja, um con-
junto de pessoas que têm um 
objetivo comum ou que com-
partilha alguma característica.
Nas organizações, os grupos 
são classifi cados em duas ca-
tegorias: formais e informais.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 69
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Grupos formais
Os grupos formais são aqueles criados pela administração para equi-
par as unidades de trabalho, ou seja, são grupos que apresentam um 
grau de hierarquia previamente planejada e representada no organo-
grama da organização.
Eles têm a função de auxiliar no desempenho de tarefas complexas e/
ou interdependentes; desenvolver a criatividade dos membros do gru-
po, visando novas ideias e soluções de problemas profissionais; e au-
xiliar na implementação de decisões complexas.
Esses grupos formais possuem uma hierarquia, ou seja, um grau de 
autoridade entre os colaboradores da organização.
Conheça, a seguir, os principais tipos de grupos formais.
É o poder que uma pessoa possui de ordenar a realização 
de atividades, exigir o cumprimento das mesmas, punir ou 
premiar seus colaboradores.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 70
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Grupos permanentes Grupos temporários
Representados no organogra-
ma funcional. Estes grupos são 
permanentes na empresa, e seus 
membros desempenham funções 
nas áreas de recursos humanos, 
financeira, compras ou outras 
áreas permanentes da 
organização.
Grupos designados para reali-
zação de uma tarefa que durará 
um tempo determinado, como 
por exemplo, a execução de um 
projeto. Assim que a tarefa for 
cumprida, os membros do grupo 
retornam às suas atividades nor-
mais no grupo permanente.
Grupos informais
Os grupos informais são aqueles que surgem das relações sociais 
entre os membros da organização de forma espontânea e, portanto, 
não possuem uma representação formal. Nesses grupos, não existem 
chefes, mas sim líderes.
 Atenção
Dentro dos grupos formais, existem os grupos informais e um mesmo indiví-
duo pode pertencer a diversos grupos informais.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 71
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
Os grupos informais se formam por diversas causas: idade, antiguida-
de, localização no trabalho, competência técnica, personalidade agra-
dável, visando satisfazer aos desejos de seus membros; melhorar a 
comunicação; e auxiliar no controle social, fazendo com que os mem-
bros do grupo sigam a cultura da organização.
Entretanto, por ter caráter subjetivo, os grupos informais são mais ins-
táveis que os formais e não crescem tanto quanto a estrutura formal 
pelo mesmo motivo.
Abaixo, conheça os principais tipos de grupos informais.
Grupo de interesses Grupo de amizade 
Formados independente de ami-
zade entre os membros, surgem 
apenas para defender um inte-
resse em comum.
Surgem porque os integrantes 
descobrem interesses profissio-
nais ou afinidades em comum. 
Nestes grupos, os integrantes 
possuem sentimentos de amiza-
de, afinidade e identidade.
Os grupos informais apresentam algumas vantagens: maior rapidez no 
processo decisório, menor distorção de informações, auxiliam na mo-
tivação e integração das pessoas na organização. Por outro lado, eles 
dificultam o controle das atividades por parte do grupo formal, além de 
estarem sujeitos a atritos mais facilmente.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 72
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
ConClusão
Para que um grupo seja eficaz é necessário que haja sinergia, ou seja, 
os integrantes precisam trabalhar em conjunto, visando um objetivo 
comum. Para que isso ocorra os objetivos devem ser claros para todos 
os membros do grupo.
Os membros do grupo devem confiar uns nos outros.
É necessário que os integrantes do grupo tenham coesão, ou seja, 
tenham o desejo de permanecer no grupo, defendê-lo e continuar tra-
balhando com as mesmas pessoas. Os integrantes se percebem como 
partes do mesmo conjunto de pessoas e têm interesses em continuar 
assim.
Dentro do associativismo, temos a seguinte definição para grupos for-
mais e informais:
Associativismo formal Associativismo informal
• Associações comunitárias 
de produtores, de mulhe-
res, de jovens etc.
• Cooperativas de produção, 
de crédito, de comercia-
lização, de profissionais 
autônomos, de consumo 
etc.
• Grupos de produção solidá-
ria.
• Grupos de ação comunitária.
• Redes.
Módulo 3 - Modalidades de Associativismo // 73
Associativismo, Cooperativismo e Sindicalismo no Agronegócio
O ideal é que a organização saiba administrar os grupos formais e 
informais conjuntamente e não que tente acabar com a informalida-
de, primeiramente porque não será possível e porque, trabalhando em 
conjunto com os líderes informais, torna-se mais fácil alcançar os obje-
tivos propostos pela empresa.
Siga em frente e bom estudo!

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