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Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE QUÍMICA Termoquímica “Lançamento da Saturno V” 2 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF A natureza da energia Energia cinética e energia potencial • Energia cinética é a energia do movimento: E= ½ mv2 • Energia potencial é a energia que um objeto possui em virtude de sua posição. A energia potencial pode ser convertida em energia cinética. Por exemplo: um ciclista no topo de um morro. • A energia potencial eletrostática, Ed = kQ1Q2/d, é a atração entre duas partícula com cargas contrárias, Q1 e Q2, a uma distância d entre si. • A constante κ = 8,99 × 109 J m/C2. • Se as duas partículas têm cargas opostas, Ed será a repulsão eletrostática entre elas. Unidades de energia • A unidade SI para energia é o joule, J, 1J = 1 kg.m2/s2. • Algumas vezes utilizamos a caloria: 1 cal = 4,184 J (exatos) • Uma caloria nutricional: 1 cal = 1.000 cal = 1 kcal 3 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Sistema e vizinhanças • Sistema: é a parte do universo na qual estamos interessados. • Vizinhança: é o resto do universo. A transferência de energia: trabalho e calor • Força é uma tração ou uma compressão exercida em um objeto. • Trabalho é o produto da força aplicada em um objeto em uma distância (w = Fxd). • Energia é o trabalho realizado para mover um objeto contra uma força. • Calor é a transferência de energia entre dois objetos. • Energia é a capacidade de realizar trabalho ou de transferir calor. A natureza da energia 4 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Energia interna • Energia interna: é a soma de toda a energia cinética e potencial de um sistema. • Não se pode medir a energia interna absoluta. Para nós o importante é a variação de Energia interna (∆E) que é igual a diferença da energia final menos a inicial. A primeira lei da termodinâmica 5 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Zn(s) + 2H+ →→→→ Zn+2(aq) + H2(g) 6 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF A relação de ∆∆∆∆E a calor e a trabalho • A energia não pode ser criada ou destruída. • A energia (sistema + vizinhança) é constante. • Toda energia transferida de um sistema deve ser transferida para as vizinhanças (e vice-versa). • A partir da primeira lei da termodinâmica: quando um sistema sofre qualquer mudança física ou química, a variação obtida em sua energia interna, ∆E, é dada pelo calor adicionado ou liberado pelo sistema, q, mais o trabalho realizado pelo ou no sistema: ∆∆∆∆E = q + w A primeira lei da termodinâmica 7 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF A primeira lei da termodinâmica 8 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF A primeira lei da termodinâmica 9 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Processos endotérmicos e exotérmicos • Endotérmico: absorve calor da vizinhança. • Exotérmico: transfere calor para a vizinhança. • Uma reação endotérmica mostra-se fria. • Uma reação exotérmica mostra-se quente. Termita A primeira lei da termodinâmica NH4SCN + Ba(OH)2.8H2O Ba(SCN)2(aq) +2NH3(aq)+10H2O(l) 2Al(s) + Fe2O3(s) Al2O3(s) + 2Fe(l) 10 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Funções de estado • Função de estado: depende somente dos estados inicial e final do sistema, e não de como a energia interna é utilizada. A primeira lei da termodinâmica 11 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Funções de estado 12 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Entalpia • As reações químicas podem absorver ou liberar calor. • No entanto, elas também podem provocar a realização de trabalho. • Por exemplo, quando um gás é produzido, ele pode ser utilizado para empurrar um pistão, realizando, assim, trabalho. Zn(s) + 2H+(aq) → Zn2+(aq) + H2(g) • O trabalho realizado pela reação acima é denominado trabalho de pressão-volume (w = - P∆V). 13 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF • Entalpia, H: é o calor transferido entre o sistema e a vizinhança realizado sob pressão constante (H = E+PV). • Entalpia é uma função de estado. • A variação da Entalpia é dada por (∆H = ∆E+P∆V). • Quando ∆H é positivo, o sistema ganha calor da vizinhança. • Quando ∆H é negativo, o sistema libera calor para a vizinhança. Entalpia 14 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Entalpias de reação A entalpia é uma propriedade extensiva (a ordem de grandeza do ∆H é diretamente proporcional à quantidade): CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(l) ∆H = -890 kJ 2CH4(g) + 4O2(g) → 2CO2(g) + 4H2O(g) ∆H = −1780 kJ • Quando invertemos uma reação, alteramos o sinal do ∆H: CO2(g) + 2H2O(l) → CH4(g) + 2O2(g) ∆H = +890 kJ • A variação na entalpia depende do estado: H2O(g) → H2O(l) ∆H = -88 kJ 15 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Capacidade calorífica e calor específico • Calorimetria = a medição do fluxo de calor. • Calorímetro = o instrumento que mede o fluxo de calor. • Capacidade calorífica = a quantidade de energia necessária para aumentar a temperatura de um objeto (em um grau). • Capacidade calorífica molar = a capacidade calorífica de 1 mol de uma substância. • Calor específico = a capacidade calorífica específica = a capacidade de calor de 1 g de uma substância. Calorimetria Caloresp. = (qtransf.)/(gramas de subs.)x(variação de temp.) 16 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Calorimetria a pressão constante Calorimetria 0,84CO2(g)0,45Fe(s) 0,82CaCO3(s)0,14Hg(l) 2,20CH4(g)0,90Al(s) 4,18H2O(l)1,04N2(g) J/g.KComp.J/g.KComp. q=(calor específico)x(gramas da subs.)x∆∆∆∆T 17 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF • A reação é realizada a uma pressão constante da atmosfera. • Utilize uma bomba calorimétrica. • Normalmente estuda a combustão. Bomba calorimétrica (calorimetria de volume constante) Calorimetria qr=-(Ccal)x∆∆∆∆T 18 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF • A lei de Hess: se uma reação é executada em uma série de etapas, o ∆H para a reação será igual à soma das variações de entalpia para as etapas individuais. • Por exemplo: CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(g) ∆H = -802 kJ 2H2O(g) → 2H2O(l) ∆H = -88 kJ CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(l) ∆H = -890 kJ Calorimetria 19 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Observe que: ∆H1 = ∆H2 + ∆H3 Calorimetria 20 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF • Se 1 mol de composto é formado a partir de seus elementos constituintes, a variação de entalpia para a reação é denominada entalpia de formação, ∆Hof . • Condições padrão (estado padrão): 1 atm e 25 oC (298 K). • A entalpia padrão, ∆Ho, é a entalpia medida quando tudo está em seu estado padrão. • Entalpia padrão de formação: 1 mol de composto é formado a partir de substâncias em seus estados padrão. • Se existe mais de um estado para uma substância sob condições padrão, o estado mais estável é utilizado. • A entalpia padrão de formação da forma mais estável de um elemento é zero. Entalpias de formação 21 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Entalpias de formação 22 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Utilização de entalpias de formação para o cálculo de entalpias de reação • Utilizamos a lei de Hess para calcular as entalpias de uma reação a partir das entalpias de formação. Entalpias de formação 23 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Alimentos • Valor de combustão = a energia liberada quando 1 g de substância é queimada. • 1 caloria nutricional, 1 cal = 1000 cal = 1 kcal. • A energia em nossos corpos vem de carboidratos e gorduras (principalmente). • Intestinos: carboidratos convertidos em glicose: C6H12O6(s) + 6O2(g) → 6CO2(g)+ 6H2O(l), ∆H = -2803 kJ • As gordurasse quebram como se segue: 2C57H110O6 (s) + 163O2 (s) → 114CO2 (s) + 110H2O(l), ∆H = -75,520 kJ • Gorduras: contêm mais energia; não são solúveis em água; portanto são boas para armazenagem de energia. Alimentos e combustíveis 24 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF Combustíveis • Em 2000 os Estados Unidos consumiram 1,03 × 1017 kJ de combustível. • A maior parte a partir do petróleo e do gás natural. • O restante a partir de carvão, usinas nucleares e hidroelétricas. • Os combustíveis fósseis não são renováveis. • O valor de combustão = a energia liberada quando 1 g de subsância é queimado. • O hidrogênio tem grande potencial como combustível com um valor de combustão de 142 kJ/g. O petróleo não refinado apresenta um valor de combustão de 45 kJ/g Alimentos e combustíveis 25 Prof. Glaucio Braga Ferreira – IQ/UFF
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