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PEQUENOS SISTEMAS DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA HÍDRICA E SUAS APLICAÇÕES Bibliografia Sugerida: . Usinas Hidrelétricas. Gerhard P. Schreiber. Editora Edgard Blücher. 1977. . Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica. 2006-2015. MME/EPE. 2006. http://www.epe.gov.br/Estudos.htm . Manual de MicroCentrais Hidrelétricas. Eletrobras. 1985. . Manual de MiniCentrais Hidrelétricas. Eletrobras. 1984. . Diretrizes para Estudos e Projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas. Eletrobras. 1999. http://www.eletrobras.com.br/EM_Atuacao_Manuais/default.asp ENERGIA HIDRÁULICA • A Eletrobrás define as chamadas energias convencionais aquelas cuja geração é proveniente de usinas hidrelétricas com potências superiores a 30 MW e de termelétricas com potências superiores a 1MW. • As usinas hidrelétricas com potência ≤ 30 MW e > 1 MW são classificadas como pequenas centrais hidrelétricas (PCH), já as usinas com potência instalada entre 1MW e 100KW são denominadas de mini centrais hidrelétricas e as demais como micro centrais hidrelétricas. Essas usinas gozam de legislação específica e são denominadas de energia alternativa. QUANTO À CAPACIDADE DE REGULARIZAÇÃO • Fio d’Água; • Acumulação, com Regularização Diária do Reservatório; • Acumulação, com Regularização Mensal do Reservatório. QUANTO AO TIPO DE ADUÇÃO • em baixa pressão com escoamento livre em canal / alta pressão em conduto forçado; • em baixa pressão por meio de tubulação / alta pressão em conduto forçado. QUANTO À POTÊNCIA E QUEDA DE PROJETO • Pequenas centrais hidrelétricas - PCHs: 1 MW a 30 MW • Mini-centrais: 100 kW e 1000 kW • Micro-centrais: abaixo de 100 kW ENERGIA HIDRÁULICA RENOVÁVEL E ALTERNATIVA FIO D´ÁGUA • Adotado quando as vazões de estiagem do rio são iguais ou maiores que a descarga necessária à potência a ser instalada para atender à demanda máxima prevista. Nesse caso, despreza-se o volume do reservatório criado pela barragem (sem regularização de vazões). • O sistema de adução deverá ser projetado para conduzir a descarga necessária para fornecer a potência que atenda à demanda máxima, não significando o aproveitamento do potencial energético do local, uma vez que o vertedouro funcionará na quase totalidade do tempo, extravasando o excesso de água. • As barragens serão baixas, pois têm a função apenas de desviar a água para o circuito de adução. • As áreas inundadas são pequenas, então os valores de indenizações serão reduzidos. MCH do Remanso – Parque das Cachoeiras – 7,5 kW (apenas 15% da água é turbinada) Esse tipo de usina é empregado quando as vazões de estiagem do rio são inferiores à necessária para fornecer a potência para suprir a demanda máxima do mercado consumidor e ocorrem com risco superior ao adotado no projeto. Nesse caso, o reservatório fornecerá o adicional necessário de vazão regularizada. DE ACUMULAÇÃO, COM REGULARIZAÇÃO DIÁRIA DO RESERVATÓRIO Quando o projeto de uma usina considera dados de vazões médias mensais no seu dimensionamento energético, analisando as vazões de estiagem médias mensais, pressupõe-se uma regularização mensal das vazões médias diárias, promovida pelo reservatório. DE ACUMULAÇÃO, COM REGULARIZAÇÃO MENSAL DO RESERVATÓRIO QUANTO AO SISTEMA DE ADUÇÃO • São considerados dois tipos: – adução em baixa pressão com escoamento livre em canal / alta pressão em conduto forçado; – adução em baixa pressão por meio de tubulação / alta pres- são em conduto forçado. PCH Sobrado – CELTINS Potência: 4,8 MW PCH São Lourenço - CEMIG Potência: 1,4 MW QUANTO À QUEDA DE PROJETO Para as centrais com alta e média queda, onde existe um desnível natural elevado, a casa de força fica situada, normalmente, afastada da estrutura do barramento. Conseqüentemente, a concepção do circuito hidráulico de adução envolve, canal ou conduto de baixa pressão com extensão longa. Para as centrais de baixa queda, todavia, a casa de força fica, normalmente, junto da barragem, sendo a adução feita através de uma tomada d’água incorporada ao barramento. PCH Rio dos Patos – COPEL Potência: 1,8 MW PCH Noidore – ELOI BRUNETA Potência: 1,0 MW Hd > 13025 < Hd < 130Hd < 251.000 < P < 30.000PCH Hd > 10020 < Hd < 100Hd < 20100 < P < 1.000MINI Hd > 5015 < Hd < 50Hd < 15P < 100MICRO ALTAMÉDIABAIXA QUEDA DE PROJETO Hd (m)POTÊNCIA P (kW) CLASSIFICAÇÃO DAS CENTRAIS CLASSIFICAÇÃO QUANTO À POTÊNCIA E QUEDA DE PROJETO FUNCIONAMENTO DE USINA HIDRELÉTRICA A geração hidrelétrica está associada à vazão do rio e à altura de sua queda. Quanto maiores são as vazões e a queda, maior é o potencial de aproveitamento na geração de eletricidade. A vazão do rio depende de suas características hidráulicas e do regime de chuvas na bacia, o que faz com que a produção de energia varie longo do ano. O potencial hidráulico é proporcionado pelos desníveis existentes ao longo do curso de um rio. Isto pode se dar de uma forma natural (cachoeiras), através de uma barragem (queda artificial) ou ainda por desvio do curso natural do leito do rio. Uma usina hidrelétrica compõe-se de: barragem, sistemas de captação e adução de água, casa de força, sistema de extravasamento (vertedouro) e sistema de restituição de água ao leito natural do rio (canal de fuga). FUNCIONAMENTO DE USINA HIDRELÉTRICA A construção da barragem provoca a formação de um lago artificial chamado reservatório. A água captada é conduzida até a casa de força através de canais, túneis e/ou condutos metálicos. Após passar pela turbina hidráulica, a água é restituída ao leito natural do rio, através do canal de fuga. A energia gerada é levada através de cabos ou barras condutoras, dos terminais do gerador até o transformador elevador, onde tem sua tensão (voltagem) elevada para condução, através de linhas de transmissão, até os centros de consumo. Daí, através de transformadores abaixadores, a energia tem sua tensão levada a níveis adequados para utilização pelos consumidores. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Serviços de Campo TOPOGRÁFICOS - determinação da queda natural no local; - planialtimétricos das áreas de implantação das estruturas previstas; - planialtimétricos das áreas de empréstimo de solo, jazidas de areia e cascalho e pedreiras; - nivelamento da linha d’água do reservatório; - cadastro jurídico das propriedades atingidas; - levantamento das propriedades atingidas para efeito de subdivisão e averbação legal. Além desses, deverá ser levantado o fundo do rio na região de implantação das estruturas (topo-batimetria). A determinação da queda natural poderá ser feita utilizando-se, alternativamente, a tecnologia de rastreamento de satélite GPS, em substituição ao transporte de cotas para o local a partir de marcos topográficos do IBGE na região. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Serviços de Campo GEOLÓGICOS E GEOTÉCNICOS - investigar as condições das fundações e ombreiras na região das estruturas componentes do aproveitamento, bem como das encostas na vizinhança da obra; - pesquisar e caracterizar as áreas de empréstimo de solo, jazidas de areia e cascalho mais próximas do sítio do empreendimento; e - identificar os locais prováveis para lançamento de bota-fora, instalação de canteiro e alojamento de operários. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Serviços de Campo HIDROMETRIA O estudo da vazão exige a instalação de uma estação fluviométrica, onde serão feitas regularmente observações de altura do nível d'água e realizadas as medições de descarga líquida e de descarga sólida. É um posto de observação permanente do regime fluvial do rio. A estação fluviométrica é constituída de: régua, seção de medição de vazão e referências de nivelamento. Aescolha do local para instalação da estação deverá seguir, pelo menos, os seguintes critérios: - acesso permanente; - o trecho do rio reto e, se possível, tendo a jusante uma queda ou corredeira. Na seção de medição de vazão, o escoamento deverá ser laminar (tranqüilo) sem turbulências ou redemoinhos; - as margens do rio devem ser estáveis e suficientemente altas para impedir que, nas cheias, ele transborde. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Serviços de Campo HIDROMETRIA A freqüência das medições de vazão e de declividade da linha d'água deverá ser de uma vez por semana, durante o período chuvoso, e quinzenal durante o período seco, abrangendo pelo menos um ciclo hidrológico. Os equipamentos de campo necessários para este serviço consistem em: régua, molinete, contador de rotações, cronômetro e haste graduada para medir a profundidade. A régua deverá estar localizada na seção de medição ou próxima desta, na margem do rio, em posição vertical. A sua freqüência de leitura deverá ser diária, preferencialmente, às 07:00 e às 17:00 horas. Na estação deverão ser implantadas pelo menos duas referências de nível, RRNN, para verificação da posição dos lances da régua. Elas ficarão próximas à régua, a fim de facilitar os nivelamentos periódicos. Deverão também ser instalados marcos, para montante e para jusante da estação, objetivando a determinação da declividade da linha d'água no trecho. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Serviços de Campo SEDIMENTOMETRIA Durante a realização das campanhas hidrométricas, sugere-se que sejam realizadas campanhas sedimentométricas. Além disto, a região deverá ser inspecionada para identificação de atividades de exploração de areia e argila. Deverá ser prevista a coleta de água para análise da concentração de sedimentos em suspensão e de amostragem do material do leito, a fim de se possibilitar a caracterização do transporte de sedimentos da bacia, pelo menos durante um ciclo hidrológico, até o local do barramento. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Básicos TOPOGRÁFICOS Compreenderão: - a elaboração da base cartográfica em escala adequada ao desenvolvimento do projeto; - a determinação da queda bruta disponível no local; - o levantamento do perfil do rio no trecho de interesse; - o levantamento da curva cota x área e da curva cota x volume do reservatório, se for o caso; - locação das estruturas; - locação dos furos de sondagem; - locação do reservatório. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Básicos GEOLÓGICOS E GEOTÉCNICOS Compreenderão: - a definição dos projetos de escavação e tratamento das fundações; - a caracterização completa dos materiais naturais de construção disponíveis nas jazidas mais próximas do sítio do empreendimento; - estudos de estabilidade para barragens de terra ou enrocamento, com alturas superiores a 10 m. A obra deverá ser executada com os materiais disponíveis no local, o que significa dizer que o projeto deverá ser adaptado aos mesmos. Os materiais (solos, areias, cascalho e rocha) deverão existir em quantidade e com a qualidade requerida. Quanto à suficiência deverá ser levantado o balanço de materiais para verificar se o volume útil de cada tipo de fonte é no mínimo 50% maior que o volume necessário para as obras. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Básicos HIDROLÓGICOS CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA DA BACIA Aspectos fisiográficos da bacia, tais como área, perímetro, forma, densidade de drenagem, declividade do rio, tempo de concentração, cobertura vegetal, uso, ocupação e relevo, auxiliam na interpretação dos resultados dos estudos hidrológicos e permitem estabelecer relações e comparações com outras bacias conhecidas. Esses aspectos têm influência direta no comportamento hidrometeorológico da bacia e, conseqüentemente, no regime fluvial e sedimentológico do seu curso d’água principal. A comparação dessas características e relações é um importante subsídio para a definição de “regiões hidrologicamente homogêneas”. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Básicos CURVA-CHAVE A relação que existe entre a vazão medida e a leitura simultânea de régua é uma função que envolve características geométricas e hidráulicas da seção de medições e do trecho do curso d’água considerado. Aos pares de valores leitura e vazão, ajusta-se uma curva que deve ser monotonamente crescente, sem singularidades e com concavidade voltada para cima. A relação é do tipo: Q vazão líquida, em m3/s; h leitura de régua correspondente à vazão Q, em m; hO leitura de régua correspondente à vazão Qo, nula, em m; a e b constantes, determinadas para o local. ( )bohhaQ −= . ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Básicos SÉRIES DE VAZÕES MÉDIAS MENSAIS Para o local do aproveitamento deverá ser definida uma série de vazões médias mensais derivada de uma série histórica de um posto localizado no mesmo curso d’água ou na mesma bacia, por correlação direta entre áreas de drenagem (limitada à diferença entre áreas de 3 a 4 vezes). A equação de correlação é definida por: A1 área de drenagem do local do aproveitamento, em km2; A2 área de drenagem do posto existente, em km2; Q1 vazão do local do aproveitamento, em m3/s; Q2 vazão do posto existente, em m3/s. Caso a diferença entre áreas seja superior a 4 vezes, recomenda-se a elaboração de um estudo de regionalização. 2 2 1 1 QA AQ ⋅= ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Básicos CURVA DE PERMANÊNCIA Relaciona a vazão com a sua probabilidade de ocorrerem valores iguais ou superiores. É importante nos estudos de enchimento de reservatórios, operação da usina, desvio do rio e estudos energéticos, dentre outros. A curva relaciona a vazão, em m3/s, com o tempo, em %, e dela podem ser obtidas as vazões características, das quais se destaca a Q95%. OU CURVA DE FREQUÊNCIA ACUMULADA CURVA DE PERMANÊNCIA 100 95 75 50 25 0 TEMPO (%) DESCARGAS DIÁRIAS MÉDIAS (m³/s) Q95 Q50 Qmédia Qmédia ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Básicos ESTUDOS DE VAZÕES MÁXIMAS Com base na série de vazões médias diárias, seleciona-se o maior valor ocorrido anualmente. Dos valores máximos anuais calcula-se a média, o desvio-padrão e assimetria. Da análise do valor da assimetria escolhe-se a distribuição de probabilidades, Gumbel ou Exponencial a Dois Parâmetros, e definem-se as vazões de projeto. Em geral, recomenda-se a adoção do tempo de recorrência de 500 anos para o caso de estruturas galgáveis, ou seja, de concreto. Para outras situações, como por exemplo, barragem de terra e vertedouro, admite-se um tempo de recorrência de 1.000 anos. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Básicos VAZÕES MÍNIMAS A vazão mínima a jusante ou vazão ecológica deve ser definida principalmente nas usinas que adotem arranjos do tipo derivação para uma Casa de Força a jusante do local do barramento, pois isto reduz o afluxo de água no trecho de rio compreendido entre essas duas estruturas. Como balizamento, poderá ser adotado o menor valor entre 50% da Q95% e 80% da Q7,10, que representa a menor média em sete dias consecutivos com recorrência de 10 anos. Data Vazão Média Móvel Mínima Anual 01/jan/55 150 02/jan/55 145 03/jan/55 140 04/jan/55 145 05/jan/55 138 06/jan/55 135 07/jan/55 140 141,9 08/jan/55 135 139,7 09/jan/55 130 137,6 129,7 10/jan/55 120 134,7 11/jan/55 110 129,7 ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Básicos AVALIAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA Em pequenas, mini e micro centrais, os reservatórios têm pouco volume e, conseqüentemente, pequena capacidade de regularização. A construção de um barramento sempre altera o equilíbrio hidráulicossedimentológicode um curso d’água, devido à desaceleração da corrente líquida ocasionada pela presença do reservatório (transformação do regime lótico em lêntico), dando início a um processo de assoreamento. Desta forma, os aspectos sedimentológicos se revestem de grande importância, uma vez que este processo reduz o pequeno volume d’água existente. É de primordial importância a consideração da descarga sólida do leito nos pequenos reservatórios, uma vez que a maior parte da descarga em suspensão sai pelas estruturas extravasoras e/ou circuito hidráulico de geração, permanecendo no lago o sedimento grosso, de maior granulometria, como areia. Vazão Ecológica (50% Q95% ou 80% Q7,10) Vazão de Desvio (Turbinada) Queda Vazão de Cheia C a n a l d e A d u ç ã o Barramento Câmara de Carga Conduto Forçado Casa de Força ENERGIA FIRME Representa a energia garantida em 95% do tempo a partir da série histórica de vazões definida para o local. E energia garantida, em MWh. Q95% vazão com garantia de atendimento de 95% do tempo, ou risco de falha de 5%, em m3/s. h queda líquida, em m. A queda líquida é a diferença entre a queda bruta (desnível) e as perdas hidráulicas ao longo do circuito adução da usina, normalmente adotado em 3%. g aceleração da gravidade, em m/s2. η rendimento do grupo turbina–gerador–transformador. Adota- se o valor de 0,92 para turbina e 0,94 para o conjunto gerador- transformador. 1000 ...%95 ηghQE = ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Energéticos 1000 .94,092,081,9 %95 hQE ⋅⋅⋅= FATOR DE CAPACIDADE É a relação entre a energia média, no caso firme, e a energia máxima que a usina pode produzir, visando atender a variação da demanda do consumo. A Empresa de Pesquisa Energética - EPE adota para as PCHs um fator de carga de 0,6 na potência (Plano Decenal 2006-2015). POTÊNCIA INSTALADA A potência instalada é calculada a partir da aplicação do fator de capacidade à energia firme do aproveitamento. Pi - potência instalada, em MW. E - energia firme, em MWh. Fk - fator de capacidade. ESCOLHA DO LOCAL DO APROVEITAMENTO Estudos Energéticos Fk EPI = EXEMPLOS DE TURBINAS Pelton (alta queda) Francis (queda média) Kaplan (baixa queda) Banki (baixa queda) Faixa de Utilização das Turbinas EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO Serviços de Campo • A topografia identificou uma queda natural localizada de 40,5 m (trecho de rio encachoeirado); • A geologia/geotécnica indicou que o local é adequado para posicionamento e fundação de pequeno barramento. Serviços de Escritório • Cálculo da Q95% para a definição da energia firme; • Cálculo da potência instalada; • Definição do tipo e quantidade de turbinas. Vazão com 95% de Permanência no Tempo = 2,99 m3/s Esta é a vazão cuja probabilidade de falha é de 5% (critério adotado pelo setor elétrico brasileiro). Q95% = 2,99 m3/s Curva de Freqüências Acumuladas Turbina: 0,92 Gerador/Transformador: 0,94 η = 0,92 x 0,94 = 0,86 86,081,9 1000 ⋅⋅ ⋅= h PIQTurb Próximo passo – Escolha da Turbina Dimensionamento Energético 1000 86,081,9 %95QE ⋅⋅= Fk EPI = Q95% (m3/s) Queda Bruta (m) Queda Líquida (m) g (m/s2) Rendimentos Energia Firme (MWh) Fator de Capacidade Potência Intalada (MW) Vazão Turbinada (m3/s) 2,99 40,50 39,29 9,81 0,86 0,99 0,60 1,66 4,98 Escolha das Turbinas 1 turbina Qturb = 5,0 m3/s 3 turbinas Qturb = 1,66 m3/s Resumo dos Resultados • Queda de 39,3 metros e engolimento máximo de 5,0 m3/s; • Energia firme de 1.000 kWh; • Potência Instalada de 1.660 kW; • 3 turbinas Francis com potência unitária de 553 kW cada (consultar fabricante); • Duas unidades em operação atendem à energia firme (2 x 553), podendo uma ficar parada para manutenção (parada programada).
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