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Remunera+º+úo e sal+írio

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1 - REMUNERAÇÃO E SALÁRIO:
Salário – É um conjunto de parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em função da existência de um contrato de trabalho emprestando-lhe a característica da onerosidade.
Remuneração – É um conjunto de parcelas contraprestativas pegas pelo empregador e por terceiros ao empregado, em função da existência de um contrato de trabalho. (incluem-se aí, as gorjetas).
A distinção clássica entre os dois institutos - salário e remuneração - é aquela que aponta como elemento diferenciador a inclusão ou não das gorjetas. A CLT, em seu art. 457, adota essa linha, ao dispor que a remuneração compreende a salário mais as gorjetas.
		O salário corresponde ao valor econômico pago diretamente pelo empregador ao empregado.
		A remuneração inclui o salário indireto, pago por terceiros (gorjetas), e o salário direto pago pelo empregador (em dinheiro ou utilidades).
OBS - 354 - GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas esponta-neamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
Por conta da distinção entre salário e remuneração é que a gorjeta não pode ser considerada, pelo empregador, para compor o salário mínimo (art. 76, CLT é a contraprestação mínima, devida e paga diretamente pelo empregador a seu emprgado).
		
2 – PISO SALARIAL 
	2.1 – Legal
		2.1.1- Genérico – salário mínimo
		2.1.2 – Específico (salário profissional) - O salário profissional é aquele fixado como o mínimo que deve ser pago a determinada profissão, alcançando apenas os profissionais que exerçam a profissão. É comum a fixação de salário para profissões organizadas, como o salário profissional de engenheiro, de médico, etc. O salário profissional não leva em consideração a categoria em que trabalha o indivíduo, mas sim a sua profissão. 
	2.2 – Convencional – Instituído pela via da negociação coletiva (acordo ou convenção) para determinada categoria
	2.3 – Normativo – fixado em sentença normativa proferida em dissídio coletivo para determinada categoria.
		
3 – Modos de aferição do salário
- Por unidade de tempo (à disposição do empregador) – hora, dia, semana, quinzena, mês.
- Por produção (comissão – por peça produzida ou contrato fechado; e a percentagem )
- Por tarefa – é a que integra resultado e tempo de trabalho (o “acabou banhou” na construção civil)
4 – Tipos de salário
	a) Fixo – o salário não varia mês a mês, embora possa vir a ser alterado por HE, NA etc
	b) Variável – O salário varia mês a mês (comissões e percentagens)
	c) Misto – composto de uma parcela fixa e outra variável
4 - PARCELAS INTEGRANTES DO SALÁRIO - Dispõe o art. 457, § 1 º da CLT: “Integram o salário, não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador”:
A) – COMISSÕES - São retribuições financeiras pagas ao empregado com base em percentuais sobre os negócios que efetua, ou seja, constituem o denominado salário por comissão. Por exemplo, o empregado poderá receber uma comissão de R$ 10,00 por unidade vendida. È admitida no Brasil a contratação de empregados tendo como forma de salário apenas comissão, todavia o empregador é obrigado a garantir o salário mínimo, quando as comissões não atingirem esse valor.
B) – PERCENTAGENS - 	É um percentual, pago pelo empregador ao empregado, calculado sobre as vendas (5%, por exemplo), sem valor monetário determinado.
C) – GRATIFICAÇÕES - São liberalidades do empregador que pretende incentivar o empregado,visando a obter maior dedicação deste, normalmente ocorre por ocasião das festas de fim de ano. Se elas forem pagas com habitualidade, têm natureza salarial.
		A CLT considera de natureza salarial as gratificações ajustadas (art. 457, § 1º), mas a jurisprudência entende que, havendo habitualidade no pagamento, as gratificações serão consideradas salariais, ainda que não constem de ajuste expresso.
D) - DIÁRIAS PARA VIAGENS E AJUDAS DE CUSTO - As diárias são pagamentos efetuados pelo empregador ao empregado para este fazer face as despesas decorrentes de pousada , alimentação e locomoção quando necessário o seu deslocamento para executar determinados serviços em outra localidade. Em regra as diárias para viagem terão sempre caráter indenizatório se, qualquer que seja o seu valor, o trabalhador tiver que prestar conta dos valores recebidos em função dos valores gastos, não constituindo salário. Entretanto, integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagens que excedam 50% do salário do empregado. Excedendo 50% do valor do salário, o valor integral das diárias (e não apenas o excesso) perde a natureza de indenização e passa a configurar salário.
E) – ABONOS (“vale”) - 	O abono corresponde a um adiantamento em dinheiro de parte do salário. È uma mera antecipação salarial, visando atender certas situações transitórias, podendo, ao final, ser absorvido definitivamente pelo salário ou ter seu pagamento cessado.
d) Horas extras e adicional noturno
e) Insalubridade e periculosidade
F) Alimentação fornecida fora do PAT
g) Anuênio –
h) Vale-transporte concedido em dinheiro 
i) Gratificação natalina
Não são salários:
- participação nos lucros
- vale-transporte nos termos da lei
- As parcelas de caráter indenizatório (exceto o aviso prévio indenizado) e as ajudas de custo
- As parcelas previstas no art. 458, parag. 2º da CLT
- A alimentação fornecida por empresa inscrita no PAT.
5 – CONSIDERAÇÕES GERAIS QUANTO À REMUNERAÇÃO
5.1 – O salário utilidade - Não se esgotam no art. 457 da CLT, as parcelas integrantes do salário, senão vejamos a redação do art. 458 “Além do pagamento em dinheiro, compreendem-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado...”. Como se vê a lei permite o pagamento do salário em utilidades, como alimentação, habitação, vestuário,etc., não se permitindo, porém, como única forma de pagamento. Exige-se que pelo menos 30 % do pagamento seja efetuado em dinheiro, consoante o art. 82 da CLT, que, embora se refira à composição do salário mínimo, tem sido utilizado pela doutrina como parâmetro para os demais salários.
B) As utilidades integram o salário, para todos os efeitos, inclusive quanto às contribuições previdenciárias, FGTS, etc, salvo as constantes do artigo 458, § 2º da CLT: utilidades que não são consideradas salário.
C) Não se permite o pagamento do salário no todo ou em parte com drogas nocivas;
d) O salário utilidade fornecido em forma de alimentação não terá natureza salarial se a empresa for inscrita no PAT;
e) É vedado o cerceamento do trabalhador com o gasto de seus salário;
f) O pagamento dos salários deverá ser feito contra-recibo assinado pelo empregado, válido mesmo quanto ao menor, não podendo haver o pagamento complessivo de salário.
Princípio da isonomia e Equiparação Salarial (art. 7, xxx das CF) e 461 da CLT
Requisitos:
Identidade de funções
Trabaho de igual valor
Mesmo empregador
Mesma localidade
Simultaneidade na prestaqção do serviço
Exceção:
- Mais de 2 anos entre paragonado e paradigma
- Quadro organizado de Plano de Cargos e Salários
4 - PRINCÍPIOS DE PROTEÇÃO DO SALÁRIO:
A) - PERIODICIDADE DO PAGAMENTO DO SALÁRIO:
		Segundo esse princípio o salário deve ser pago em períodos máximos de um mês, salvo comissões, percentagens e gratificações, as quais podem ultrapassar esse período (CLT, art. 459).
		O pagamento das comissões deve ser mensal, à medidaque haja a conclusão dos negócios, mas permite-se que as partes, mediante acordo, fixem outro prazo, desde que não superior a 90 dias, contados da aceitação do negócio.
		 As gratificações poderão ser pagas por mês, por semestre ou por ano, de acordo com a forma ajustada pelas partes.
		A CLT fixa como dia do pagamento do salário o 5º dia útil do mês subseqüente ao do vencimento. 
b) - IRREDUTIBILIDADE SALARIAL:
		A Constituição Federal garante a irredutibilidade salarial, salvo acordo ou convenção coletiva de trabalho (art. 7º, VI). Assim, a única forma admissível pela lei de redução salarial é a estabelecida mediante acordo ou convenção coletiva. 
c) Intangibilidade ou impenhorabilidade do salário
 
5 - DESCONTOS LEGAIS:
		Em regra, é vedado ao empregador efetuar descontos nos salários, ressalvados adiantamentos salariais e as hipóteses previstas em lei ou convenção coletiva (CLT, art. 462).
		Os descontos legalmente permitidos são os seguintes:
Contribuições previdenciárias;
Imposto de renda;
Pagamento de prestações alimentícias;
Pagamento de pena criminal pecuniária;
Pagamento de custas judiciais;
Pagamento de prestações do SFH (Lei nº 5.725/71);
Retenção salarial por falta de aviso prévio do empregado que pede demissão;
Contribuição sindical (CLT, art. 478);
Vale-transporte. (até 6 %)
A contribuição a título de alimentação 
Danos por atos dolosos ou culposos (se previstos no contrato)
. 
		Dispõe a CLT, ainda, que “em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado” (CLT, art. 462, § 1º).

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