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7- conflito aparente de normas

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CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Não se trata de conflito efetivo de normas, sob pena de o Direito Penal deixar de constituir um sistema, ordenado e harmônico, onde suas normas apresentam entre si uma relação de dependência e hierarquia, permitindo a aplicação de uma só lei ao caso concreto, excluindo ou absolvendo o réu.
REQUISITOS: 
Unidade de fato;
Pluralidade de normas identificando o mesmo fato;
PRINCÍPIOS QUE REGEM A MATÉRIA:
Da especialidade: 
A norma especial acrescenta elemento próprio à descrição típica prevista na norma geral: 
A norma especial exclui a aplicação da geral;
Ex. os furtos qualificados e privilegiados são especiais em relação ao furto simples; o crime de tráfico é especial em relação ao de contrabando.
Infanticídio com o homicídio; etc.
Da subsidiariedade: 
Há relação de primariedade e subsidiariedade entre duas normas quando descrevem graus de violação de um mesmo bem jurídico, de forma que a norma subsidiária é afastada pela aplicabilidade da norma principal. 
- a figura típica subsidiária está contida na principal.
o fundamento material da subsidiariedade reside no fato de distintas proposições jurídico-penais protegerem o mesmo bem jurídico em diferentes estádios de ataques. 
B1) TÁCITA OU EXPRESSA: 
	Expressa: quando a norma em seu próprio texto condiciona a sua aplicação: art. 132 CP (se o fato não constitui crime mais grave); 
	Tácita:
Quando uma figura típica funciona como elementar ou circunstância legal específica de outra, de maior gravidade punitiva, de forma que esta exclui a simultânea punição da primeira. Ex. o crime de dano é subsidiário do furto qualificado pela destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa. Os elementos típicos do dano funcionam com circunstância qualificadora do furto. 
Quando determinada figura típica funcionar como elemento constitutivo, majorante ou meio prático de execução de outra figura mais grave. Ex. Crime da dano (163) é subsidiário do furto com rompimento de obstáculos; Os crime de constrangimento ilegal é subsidiário dos crimes em que há emprego de violência. 
DA CONSUNÇÃO:
Ocorre a relação consuntiva ou de absorção, quando um fato definido por uma norma incriminadora é meio necessário ou normal fase de preparação ou execução de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, cometida com a mesma finalidade prática atinente àquele crime. O comportamento descrito pela norma consuntiva constitui a fase mais avançada na concretização da lesão ao bem jurídico, aplicando-se, então, o princípio de que o “maior absorve o menor”. Os fatos se apresentam de parte a todo, de meio a fim, de fração a inteiro. Na relação consuntiva não há o liame lógico que existe na da especialidade. A conclusão é alcançada não em decorrência da comparação entre as figuras típicas abstratas, mas sim pela configuração concreta do caso de que se trata. Assim é que uma tentativa pode ser em si mesma um delito punível quando não foi seguida pela consumação, é certo que, quando esta a seguiu, todos os atos executórios que a prepararam (Damásio).
Crime consuntivo é o que absorve e o absorvido é crime consunto. 
A normal fase etc. são excluída pela norma a este relativa.
Há consunção quando o fato previsto em determinada norma é compreendido em outra, mais abrangente, aplicando-se somente esta. 
- Furto em casa habitada absorve a violação de domicílio.
CRIME PROGRESSIVO: quando o sujeito, para alcançar um resultado passa por uma conduta inicial que produz um evento menos grave que aquele. O autor desenvolve fases sucessivas, cada um constituindo um tipo de infração. Ex. o crime de homicídio pressupõe um resultado anterior: lesão corporal. O crime de dano absorve o de perigo.
OBS: no crime progressivo pressupõe um só fato; 
existe no sujeito, desde o início a vontade de praticar o crime mais grave. 
- o crime de dano absorve o de perigo – art. 42 e 41 da lei 9.605/1998.
De sequestro e a redução a análoga a de escravo. (art.148 e 149)
Nesses casos, não é aplicada a norma que descreve o comportamento menos grave, pela qual o sujeito passou até lesar o bem jurídico da figura típica de maior punibilidade.
PROGRESSÃO CRIMINOSA: há uma pluralidade de fatos cometidos de forma continuada. A intenção do sujeito é de praticar o crime menor e só depois é que, no mesmo iter criminisi, resolve ele a cometer a infração mais grave. Ex. O indivíduo dá um soco no rosto de uma pessoa e depois resolve atirar nele, causando-lhe a morte.
- há na progressão criminosa, desde o início, a vontade do sujeito em praticar o crime mais grave.
Primeiro dá um soco forte que a pessoa cai ao chão, depois atira e mata. Responde somente pelo crime de homicídio.
- pressupõe uma pluralidade de fatos cometidos de forma continuada. 
A progressão criminosa pode se dar em: ante factum não punível – porém exige-se que haja ofensa ao mesmo bem jurídico e pertença ao mesmo sujeito). - post factum impunível: quando um fato posterior menos grave é praticado contra o mesmo bem jurídico e do mesmo sujeito. Dano após o furto. Nestes casos, a lesão ao interesse jurídico causada pela conduta precedente torna indiferente o crime de dano. 
Ex. o sujeito que atira em outro, a princípio pratica os crimes de: lesão corporais, porte ilegal de arma de fogo (art. 14 da lei 10.826/03) e homicídio. 
Marcos falsifica a cédula de identidade de Geraldo para, exclusivamente, com ela, apresentar-se ao notário público e vender a única propriedade da vítima a terceira pessoa, obtendo, com isso, vantagem ilícita, terá realizado o tipo do art. 297, do CP, e em seguida o do art. 304 do CP e finalmente o tipo do art. 297 do CP. 
Marcos responderá pelos três crimes? 
Súmula: 17 do STJ:
“Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido”
alternatividade: 
- fatos praticados pelo mesmo sujeito, sucessivamente. Ocorre nos crime de ação múltipla ou de conteúdo variado. Art. 12 da lei 6368/76,

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