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11 TENTATIVA - CRIME CONSUMADO DESISTENCIA VOLUNTARIA E ARREP3ENDIMENTO EFICAZ

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CRIME CONSUMADO
CRIME CONSUMADO: 
diz-se crime consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal (art. 14, I CP);
CRIME EXAURIDO: O crime consumado não se confunde com o exaurido. O iter criminis se encerra com a consumação.
CONSUMAÇÃO NAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CRIMES:
Nos crimes materiais: o momento consumativo é na produção do resultado;
nos crimes formais: a consumação se dá com a simples atividade;
nos crimes de mera conduta: se dá com a simples atividade.
nos crimes permanentes: a consumação se protrai no tempo. 
Crimes omissivos próprios: perfaz-se com o simples comportamento negativo, não se condicionando à produção do resultado ulterior. O momento consumativo ocorre no instante da conduta. 
O ITER CRIMINIS: é o conjunto de fases pelo qual passa o crime.
cogitação;
atos preparatórios;
atos executórios;
consumação.
A cogitação e atos preparatórios não constituem fato punível. 
Pode acontecer que com os atos preparatórios de um crime, o legislador resolveu punir como atos executórios de outro. Ex. Quadrilha ou bando (288);
TENTATIVA:
É a execução iniciada de um crime, que não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. (art. 14, I CP); 
NATUREZA JURÍDICA: 
Constitui ampliação temporal da figura típica. É um dos casos de adequação típica de subordinação mediata.
A sua punibilidade se estabelece em face do disposto no art. 14, II, do CP, que tem eficácia extensiva, uma vez que é por força dele que se amplia a proibição contida nas normas penais incriminadoras a fatos que o agente não realiza de forma completa. Diante do princípio da reserva legal, não poderia se punir TENTAR MATAR ALGUÉM, uma vez que o artigo 121, diz: matar alguém (que é uma norma de subordinação imediata). Assim, a norma de subordinação MEDIATA (art. 14, II CP), estende ao artigo 121 do CP. É como se estivesse descrito: tentar matar alguém, não ocorrendo o resultado morte por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
 ELEMENTOS: 
São elementos da tentativa:
início de execução do crime;
não consumação do crime por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Iniciado o crime o iter pode ser interrompido por dois motivos:
pela sua própria vontade;
pela interferência de circunstâncias alheias a vontade.
No primeiro caso, há desistência voluntária ou arrependimento eficaz, no segundo, tentativa punível. 
 FORMAS DE TENTATIVA:
PERFEITA: quando a execução é integralmente realizada pelo agente, mas o resultado não se verifica por circunstâncias alheias à sua vontade. Neste o crime é subjetivamente consumado em relação ao agente que o comete, mas não o é em relação ao objeto ou pessoa contra qual se dirigia. 
IMPERFEITA: o agente não exaure toda a sua potencialidade lesiva, não chega a praticar todos os atos necessários à produção do resultado. 
INFRAÇÕES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA:
Crime culposo: há crime culposo quando o agente dá causa ao resultado por intermédio de uma conduta em que manifesta imprudência, imperícia e negligência. O agente não quis o resultado. Na tentativa, o agente quer e assume o risco do resultado que não se consuma por circunstâncias alheias à sua vontade. Daí ser impossível a tentativa no crime culposo. 
Crime preterdolosos:
Crimes omissivos próprios: ou o indivíduo deixa de realizar a conduta e o delito se consuma, ou a realiza e não se pode falar em crime.
NOS CRIMES UNISSUBSISTENTES. 
 PUNIÇÃO DA TENTATIVA (TEORIA SUBJETIVA E OBJETIVA):
 
Teoria subjetiva: Vê na manifestação da vontade do agente, que é perfeita, a razão da punibilidade da tentativa. Imperfeito é o crime sob o aspecto objetivo, pois não chega a consumar-se. Na cabeça do sujeito o crime ocorreu, por isto, deve ser punido com a pena do crime consumado;
Teoria objetiva: o fundamento da punibilidade reside no perigo a que é exposto o bem jurídico. Não se tendo realizado o dano almejado, o fato deve ser apenado menos severamente. Art. 14, II CP adotou esta teoria. 
SALVO DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO: o que significa? Que há casos em que a tentativa é punida com a mesma pena do crime consumado. Art. 352, evadir-se ou tentar evadir-se. 
DESITÊNCIA VOLUNTARIA e ARREPENDIMENTO EFICAZ:
Só há tentativa quando tendo o agente iniciado a execução do tipo e o crime não se consuma por circunstância alheias à sua vontade. Se o crime não se consuma por vontade do agente, há desistência voluntária ou arrependimento eficaz. 
A desistência voluntária: consiste numa abstenção de atividade: o sujeito cessa o seu comportamento delituoso. Ex. o ladrão dentro da residência da vítima, preste a furtar-lhe a televisão, desiste de consumar o furto e se retira. Assim, só ocorre antes de se consumar o processo executivo, sendo somente cabível na tentativa imperfeita é impossível na tentativa perfeita, pois nesta o sujeito já acabou os atos executórios do crime. 
O arrependimento eficaz: o sujeito tendo ultimado o processo de execução do crime, desenvolve nova atividade impedindo a produção do resultado. Ex. após ministrar veneno na vítima, se arrepende e lhe dá antídoto e a salva. Só é possível na tentativa perfeita ou crime falho. 
EFEITOS: 
Nos dois casos o sujeito não responde por tentativa do crime iniciado, mas sim pelos atos já praticados. Não se exige que o abandono seja espontâneo, bastando a voluntariedade. Assim, uma pessoa que na hora que está dentro da casa lhe der uma forte dor de dente e desistir do intento criminoso, aproveita, respondendo por violação de domicílio.
Desta forma se o sujeito desiste do crime com medo de ser preso em flagrante, não há falar em desistência voluntária e sim em tentativa.
VOLUNTÁRIA: Não quero prosseguir, embora pudesse fazê-lo.
INVOLUNTÁRIA: não posso prosseguir, ainda que o quisesse. 
O arrependimento tem que ser EFICAZ: se o agente morrer, após ter sido socorrido pelo sujeito, não aproveita. 
NATUREZA JURÍDICA: São causas de exclusão de adequação típica e não de extinção de punibilidade como diz Frederico Marques. 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR: (crimes patrimoniais);
nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
REQUISITOS: 
o delito tenha sido cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa;
o sujeito tenha reparado o dano físico ou moral emergente do crime ou restituído o objeto material. 
A reparação do dano ou a restituição do bem constituam atos voluntários do agente. (voluntariedade);
A reparação ou a restituição deve ocorrer até a data do recebimento da denúncia ou da queixa. 
A violência pode ser: Tácita ou expressa. 
CRIME IMPOSSÍVEL: 
A tentativa é inidônea, quando há:
absoluta ineficácia do meio 
absoluta impropriedade do objeto. 
Ex. Alguém pega um revólver descarregado e dispara contra a vítima por diversas vezes, mas não acontece nada porque a arma esta descarregada (ineficácia absoluta do meio). 
Ex. Quando uma pessoa vê seu desafeto caído ao chão e aproveita para disparar vários tiros contra ela e depois vem constatar que ela estava morta porque tomara veneno (absoluta impropriedade o objeto). 
O agente nunca poderia consumar o fato, ou por ineficácia absoluta do meio ou absoluta impropriedade do objeto. 
Há um erro que incide sobre o modo de agir ou sobre a finalidade da conduta. 
No entanto, há ineficácia relativa do meio quando, não obstante eficaz à produção do resultado, este não ocorre por circunstâncias acidentais. 
Ex. o agente pretende atirar na vítima, mas a arma nega fogo. 
Há impropriedade relativa do objeto quando:
uma condição acidental do próprio objeto material neutraliza a eficiência do meio usado pelo agente;
presente o objeto na fase inicial da conduta, vem a ausentar-se no instante do ataque. Ex. O agente dispara tiros derevólver no leito da vítima que dele saíra segundos antes.
TEORIAS:
Teoria subjetiva: 
O fato que decide a questão é a intenção do delinqüente (neste caso sofre a pena da tentativa). Para ele há inidoneidade em qualquer tentativa. 
Teoria objetiva:
A imputação de um fato possui elementos OBJETIVOS e SUBJETIVOS, sem a ocorrência do primeiro não há a tentativa. O elemento objetivo é o perigo para os bens penalmente tutelados. É um perigo que deve ser objetivo e real, advindo desta circunstância o conceito de inidoneidade. 
 
b.1 Teoria objetiva pura:
 Não há tentativa na inidoneidade relativa ou absoluta;
Não pode apresentar no caso de a conduta ser incapaz, desde o início, de conduzir à finalidade da consumação. 
b.2 Teoria objetiva temperada: 
Exigem que seja ABSOLUTAMENTE INIDÔNEOS os meios empregados pelo agente e o objeto sobre o qual a conduta recai. Em caso de inidoneidade relativa, HÁ TENTATIVA.

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