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TCC DE PAULO AFONSO GIRÃO DA SILVA

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇOS SOCIAIS 
 
EDNA CAMPOS DE BRITO LIMA 
IVANA CRISTINA S. SANTOS 
PAULO AFONSO GIRÃO DA SILVA 
TEREZA CARLA DE NAZARÉ S. DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
O ASSISTENTE SOCIAL E SUA ATUAÇÂO NA CONSULTORIA 
EMPRESARIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM - PA 
2018 
 1 
EDNA CAMPOS DE BRITO LIMA 
IVANA CRISTINA S. SANTOS 
PAULO AFONSO GIRÃO DA SILVA 
TEREZA CARLA DE NAZARÉ S. DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ASSISTENTE SOCIAL E SUA ATUAÇÂO NA CONSULTORIA 
EMPRESARIAL 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Paulista 
(UNIP), como requisito necessário para a 
conclusão do curso de Bacharelado em 
Serviço Social. 
 
Orientadora: Profa. Angélica do Socorro 
Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM - PA 
2018 
 2 
EDNA CAMPOS DE BRITO LIMA 
IVANA CRISTINA S. SANTOS 
PAULO AFONSO GIRÃO DA SILVA 
TEREZA CARLA DE NAZARÉ S. DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O ASSISTENTE SOCIAL E SUA ATUAÇÂO NA CONSULTORIA 
EMPRESARIAL 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado à Universidade Paulista 
(UNIP), como requisito necessário para a 
conclusão do curso de Bacharelado em 
Serviço Social. 
 
 
Avaliação 
 
 
 
__________________________________________ 
Profa. Angélica do Socorro Gonçalves 
 
 
 
Data: Nota: 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 A Deus, por todas as graças e bênçãos concedidas ao longo de nossa vida, e 
em agradecimento especial pela conclusão do curso de Serviço Social. 
 À Profa. Angélica do Socorro Gonçalves, orientadora neste Trabalho de 
Conclusão de Curso, pela contribuição, orientação e paciência com a qual 
encaminhou o desenvolvimento da produção acadêmica. 
 Aos demais professores e colegas de turma com os quais nos últimos anos 
dividimos e interagimos o mesmo espaço de conhecimento. 
 A todos que de alguma forma contribuíram para que chegássemos a esse 
momento, nossos sinceros agradecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nos processos de consultoria o 
assistente social elabora parecer sobre o 
caminho que a equipe escolheu e propõe 
encaminhamentos para realização. 
 
Vasconcelos (2010, p. 96) 
 5 
RESUMO 
 
A pesquisa cujo tema se refere ao trabalho do assistente social com gestor de 
recursos humanos e como consultor empresarial dado ao fato deste profissional ter 
bastante conhecimento com as demandas sociais presentes no contexto humano. O 
objetivo geral do estudo é analisar acerca da relevância do assistente social na área 
de recursos humanos de uma empresa e o outro para prover estudos e intervenções 
nos demais departamentos da organização, na condição de consultor. A inserção do 
assistente social no ambiente empresarial vincula-se à importância atribuída à 
qualidade dos trabalhos desempenhados pelos funcionários, dado que eles podem 
ser afetados por carências materiais e psicológicas, ideias/comportamentos 
divergentes aos pregados pela organização, dentre outros. Uma correta assistência 
social pode também ajudar a evitar ações trabalhistas. Vale destacar que essas 
novas demandas são acrescidas às competências requeridas do profissional de 
Serviço Social. Além dessas atribuições antigas, ainda se encontram em voga a 
manutenção do caráter educativo, voltado para mudanças de hábitos e 
comportamentos, para que o trabalhador se adéqüe ao processo produtivo, assim 
como, relativo ao absenteísmo, alcoolismo, uso de drogas, afastamento do trabalho, 
conflitos familiares, dificuldades financeiras, dentre outros. Em todos os campos de 
atuação o embate e característico do desempenho do papel de assistente social, o 
que torna a área de gestao estratégica de pessoas, apenas mais um cenários em 
relação a tantos outros em que o assistente social se insere de forma mais rotineira 
com grande exponencial de profissionais trabalhando em tais contextos como: 
hospitais, creches, centros comunitários e outros. A metodologia aplicada no estudo 
foi a pesquisa bibliográfica. Em considerações finais, destaca-se que todos da 
empresa ganham com o assistente social como gestor de recursos humanos e no 
âmbito da consultoria empresarial. 
 
Palavras-chave: Assistente Social. Demandas. Gestor. Recursos Humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
ABSTRACT 
 
This study, whose theme refers to the work of the social worker with human 
resources manager and as a business consultant given the fact that this professional 
has enough knowledge with the social demands present in the human context. The 
general objective of the study is to analyze the relevance of the social worker in the 
area of human resources of one company and the other to provide studies and 
interventions in the other departments of the organization, as a consultant. The 
insertion of the social worker in the business environment is related to the importance 
attributed to the quality of the work performed by the employees, since they can be 
affected by material and psychological deficiencies, ideas/ behaviors that differ from 
those preached by the organization, among others. Correct social assistance can 
also help avoid labor lawsuits. It is worth mentioning that these new demands are 
added to the skills required of the Social Work professional. In addition to these old 
attributions, the maintenance of the educational character, aimed at changes in 
habits and behaviors, is still in vogue for the worker to adapt to the productive 
process, as well as, related to absenteeism, alcoholism, drug use, work withdrawal, 
family conflicts, financial difficulties, among others. In all the fields of activity, the 
impact of the role of social worker is significant, making the strategic management 
area of people just one more scenario in relation to many others where the social 
worker inserts more routinely with great exponential of professionals working in such 
contexts as: hospitals, kindergartens, community centers and others. The 
methodology applied in the study was the bibliographical research. In final 
considerations, it stands out that all of the company wins with the social worker as 
human resources manager and in the scope of business consulting. 
 
Keywords: Study. Demands. Manager. Human Resources. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 8 
2 HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL ......................................... 10 
3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SERVIÇO SOCIAL NO ESPAÇO SÓCIO-
OCUPACIONAL DAS EMPRESAS ................................................................. 
 
12 
4 ASSISTENTE SOCIAL COMO GESTOR DE RECURSOS HUMANOS 
EM EMPRESAS PRIVADAS ..................................................................... 
 
20 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 
35 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Viver em organizações já faz parte da história do homem desde a pré-história, 
quando se esboçava os primeiros modelos de líderes que norteava caminhos a partir 
do consentimento do grupo. Com o passar dos tempos, a administração passa a ser 
a palavra de ordem para o alcance de objetivos pré-estabelecidos que culminam 
para o sucesso da organização. 
 Convém ressaltar o papel extremamente importante da área de Recursos 
Humanos,que além de outras atribuições é responsável pelo recrutamento, seleção 
da força de trabalho e por manter as pessoas na organização. Assim, a qualidade da 
maneira como as pessoas são geridas em meio às mudanças rápidas do atual 
cenário e da crescente competitividade, são elementos que expressam os anseios 
latentes na organização, dando o ritmo para as ações e relações que aí se 
reproduzem. 
 As organizações, na contemporaneidade, precisam mostrar uma vivência 
coerente com o discurso dos valores proferidos para a sociedade. Daí a 
necessidade da intensificação da inserção do Assistente Social nos espaços 
organizacionais. 
 O enunciado (problemática do estudo) traz o seguinte questionamento: de 
que maneira o Serviço Social poderá influenciar a organização empresarial e 
promover a satisfação dos colaboradores? 
 A escolha pelo tema é um desafio, haja vista que mais que nunca se observa 
a necessidade do assistente social trabalhar nas organizações privadas como 
responsável pela administração de recursos humanos e também outro assistente 
social prestando consultoria à empresa, uma vez que as demandas sociais são 
muitas para apenas um profissional de Serviço Social. Ademais, as empresas 
 9 
públicas de vários segmentos mercantis já contam com a presença desse 
profissional, o que implica em ressaltar que o trabalho permanente e a consultoria 
por parte de dois profissionais assistentes sociais é relevante tanto para a empresa, 
para os empregados, para o assistente social dada a relevância do conhecimento 
em lidar com as demandas sociais. 
 O objetivo geral é analisar acerca da relevância do assistente social na área 
de recursos humanos de uma empresa e o outro para prover estudos e intervenções 
nos demais departamentos da organização, na condição de consultor. 
 Quanto aos objetivos específicos estes são: identificar acerca da evolução 
histórica do serviço social no espaço sócio-ocupacional das empresas; abordar 
sobre a implementação da assessoria do assistente social nas empresas privadas. 
 No que tange à metodologia da pesquisa, trata-se de um estudo bibliográfico, 
que de acordo com Gil (2010) consiste em uma produção textual escrita a partir de 
estudos existentes sobre a temática escolhida acerca do profissional de serviço 
social no âmbito das organizações empresariais privadas. 
 Estruturalmente, o estudo está dividido em introdução; desenvolvimento, que 
subdividido em três seções trata acerca da história do serviço social no Brasil, 
evolução histórica do serviço social no espaço sócio-ocupacional das empresas e o 
assistente social como gestor de recursos humanos em empresas privadas e; as 
considerações finais. 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
2 HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL 
 
 O serviço social surge do movimento católico o processo de 
profissionalização e legitimação da profissão está articulada as instituições sócio-
assistenciais estatais surgindo na década de 40. O Estado a partir daí, passa a não 
intervir na regulamentação do trabalho, mas na política assistencial ligada a 
organização das classes produtoras na política que controla a ditadura social 
Varguista ao afirmar a situação de paz social imposta pela condição partenalista da 
sociedade e do estado. 
 A partir de 1964, a profissão passa a assumir posição de destaque no cenário 
da sociedade com política de ação peculiar com o uso de um perfil mais objetivo, 
métodos procedimentos de intervenção e metodológicos eficazes que regulamentam 
a pratica da profissão. No plano político as manifestações sociais intensificam-se de 
forma a radicalizar as ações públicas e exigindo um desfeito expressivo de mudança 
a partir do golpe de 64. O Serviço Social liga-se a divisão do trabalho no sentido de 
agir e lutar com os movimentos sociais de bases ligadas a igreja católica no mundo 
temporal no início da década de 30. 
 A igreja católica junto com a população lutaram para defender um sentido 
missionário e evangelizador para com a sociedade necessitada. A posição da igreja 
católica é de defender os problemas socais com reivindicações para sanar as 
questões sociais da sociedade carente. 
 O serviço social surge da emergente sociedade urbana - industrial dos anos 
30 do século 20, em uma conjuntura peculiar do desenvolvimento capitalista, 
marcada por conflitos de classes, pelo crescimento numérico e qualitativo da classe 
operária urbana e pelas lutas sociais que esta desencadeia contra a exploração do 
 11 
trabalho e pela defesa dos direitos de cidadania. Cujo objetivo era controlar as 
insatisfações e o pauperismo popular, advindas da relação entre o capital x trabalho. 
 O Serviço Social no Brasil se dá vinculado à Igreja para a recuperação e a 
defesa de seus interesses junto às classes subalternas e à família operária 
“ameaçada” pelas ideias comunistas. Para gerir trabalhos através da globalização 
Mundial com ajuda do capital financeiro e a aliança entre o capital financeiro e a 
aliança entre o capital bancário e o capital industrial. A execução social econômica, 
política cultural de jovens e crianças e adultos se faz através dos desenvolvimentos 
do trabalho coletivo com dos desenvolvimentos também da tecnologia e da ciência, 
dos meios de comunicação e produção do mercado. 
 A acumulação do capital liga-se a igualdade o crescimento é possível devido 
com o consumo ampliações do mercado de trabalho com concentração de renda, 
capital, poder, a melhoria dos serviços sociais das políticas públicas. Para exercitar 
a política do assistente social é preciso exercer uma função formadora crítica e 
competente, libertar-se das prisões, os indivíduos que estão nas perspectivas de 
desenvolvimentos sociais, no sentido de atender a realidade deles. 
 O movimento das classes sociais e do Estado e suas relações sociais tentam 
diluir as particularidades do atendente da profissão de assistente social, ir além da 
história de vida da sociedade, extrapolar os serviços sociais no sentido de qualificar 
o assistente social identificando essas particularidades e criar alternativas de ações 
para a sociedade emergente e ávida por mudanças e transformações. 
 O trabalho do assistente social permite uma atuação para efetivação das 
políticas públicas e da gestão social e das políticas sociais. As exigências do 
trabalho social do assistente social se pauta apenas ao mero emprego que até 
mesmo com as lutas reivindicatórias da categoria para definir a atuação do campo 
 12 
profissional se limita as funções, até então não reconhecidos suas competências, 
mas através das ações das sociedades reconhecendo a profissão como importante 
para garantir os direitos e deveres das ações das políticas públicas. 
 É preciso atuação forte, lutando para reconhecer os campos e projetos de 
ação da categoria profissional, pois o trabalho impõe certos limites e possibilidade 
de efetivação do campo em ação. O assistente social tem o papel de fazer valer a 
implementação e execução das políticas pública e atender as reivindicações da 
população. 
 A questão que envolve o assistente social e na área de atuação não se 
encontra na profissão como ato de filantropia, mas uma possibilidade de atuar em 
conformidade com os possibilidades e limites da realidade social. A ilusão 
desfocada da realidade não se encontra no assistente social e sua profissão, pois 
esta visão ilusória da realidade não condiz com sua atuação. 
 O trabalho efetuado pelo profissional é de trabalhar e desenvolver atividades 
voltadas para a realidade social da programação no sentido de ver e resolver os 
problemas sociais é um trabalho coletivo externo a sociedade e o profissional. O 
senso comum, pensa e reflete quea atuação do assistente social se limita a 
filantropia, mas isso é um conceito deturpado da área de atuação do profissional, o 
assistente social é um trabalhado especializado é um profissional liberal. O 
profissional faz parte do trabalho social que envolve prestação de serviços e 
atendimento às necessidades da realidade social, distribuição dos valores, mas um 
conjunto de trabalhos de conscientização da aplicabilidade dos benefícios 
empregados. É a chamada atuação no campo das propostas de caratês político 
ideológico. 
 
 13 
3 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SERVIÇO SOCIAL NO ESPAÇO SÓCIO-
OCUPACIONAL DAS EMPRESAS 
 
 O Serviço Social na área empresarial tem seu início em 1941 por meio das 
empresas públicas, e nas privadas em meados de 1943, segundo Iamamoto e 
Carvalho (2012), sendo este livro um dos clássicos no conjunto das obras dessa 
profissão. Tal surgimento ocorreu em virtude da cena política da época, por meio do 
movimento dos operários por melhores condições de trabalho. O objetivo da 
contratação desse profissional é com o propósito de minimizar os conflitos existentes 
oriundos da contradição capital versus trabalho. 
 A atuação dos assistentes sociais nas empresas se intensificou na década de 
1970, dado que as relações empresariais demandavam a ação desse profissional, a 
fim de que respondessem ás necessidades da reprodução material da força de 
trabalho. 
 Gomes et al (2010), relatam que o processo de reestruturação produtiva vem 
acarretando diversas mudanças no desenvolvimento das organizações privadas, 
desde a década de 1970. A crise de acumulação capitalista requisitou novas 
orientações, determinando um novo processo da gestão da força de trabalho. A 
partir dos anos 1980, surgem novas tecnologias e consequentemente mudanças no 
mundo do trabalho. Nesse contexto, as empresas começam a desenvolver projetos 
voltados para o envolvimento dos trabalhadores com os interesses da organização. 
Com isso, o trabalho do assistente social passa por diversas alterações para com 
essas novas requisições. 
 Os autores citados salientam ainda que o assistente social passa a vir a ser 
requisitado a tratar dos problemas relativos à produtividade, prestação de serviços 
 14 
sociais, assessoramento as chefias, assim como o trabalho de cunho assistencial e 
educativo para com os trabalhadores e seus familiares. 
 Motta (2010), uma das autoras de referência no que concerne a atuação dos 
assistentes sociais em empresas, afirma que a presença desses profissionais nas 
organizações privadas vem atestar que a expansão capitalista gera a criação de 
novas necessidades sociais, ou seja, o assistente social vem contribuir na área 
empresarial no que concerne a área assistencial e educativa. A contribuição desses 
profissionais pode ocorrer por meio de trabalhos individuais ou coletivos junto aos 
trabalhadores, contemplando ainda atendimentos aos familiares. 
 A inserção do assistente social no ambiente empresarial vincula-se à 
importância atribuída à qualidade dos trabalhos desempenhados pelos funcionários, 
dado que eles podem ser afetados por carências materiais e psicológicas, 
ideias/comportamentos divergentes aos pregados pela organização, dentre outros. 
Uma correta assistência social pode também ajudar a evitar ações trabalhistas 
(AMARAL; CESAR, 2009). 
 De acordo com Amaral e Cesar (2009), em meados da década de 1980 é 
possível observar a presença do assistente social em empresas, o que foi favorecido 
pela conjuntura brasileira da época, haja vista que, a classe trabalhadora começou a 
se organizar politicamente, por meio da criação de partidos e sindicatos. 
 Nos anos 1990, conforme proposto por Cesar (2009), o Serviço Social, na 
área de Recursos Humanos, passou por algumas mudanças no que se refere à 
racionalidade técnica e ideopolítica, que refuncionalizam o tradicional em prol do 
moderno e mesclaram no campo das atividades profissionais velhas e novas 
demandas. Com isso, é requerida dos profissionais a adoção de estratégias que 
afirmem a legitimidade social. 
 15 
 É na virada do milênio, segundo Amaral e Cesar (2009), que ocorrem 
mudanças significativas na área empresarial, período esse definido por alguns 
autores como sendo a fase da acumulação flexível. As características desse período 
repercutiram diretamente na lógica do funcionamento das empresas, assim como no 
trabalho do assistente social. 
 O profissional de Serviço Social, passou a interagir diretamente com os 
trabalhadores com o propósito de tornar menos drástico possível o processo de 
transição, que se deu através da introdução de tecnologias de ponta, diferentes 
modalidades de contratação, flexibilização do trabalho, entre outros. 
 A atuação do assistente social também passou por um processo de 
requalificação, posto que novas exigências vieram ao encontro desse profissional. 
"Um dos seus papéis é assegurar a aderência e o comprometimento dos 
trabalhadores para com as novas formas de trabalho" (VASCONCELOS, 2010, p. 
31). 
 O processo de adesão dos trabalhadores às novas requisições de suas 
funções foi viabilizado, muitas vezes, por meio de programas de recursos humanos 
voltados para o envolvimento com as metas, tais como: desenvolvimento de 
capacidades e habilidades; treinamento e desenvolvimento; remuneração pautada 
em resultados; gestão de benefícios e atuação na área de segurança do trabalho, 
voltado à prevenção de acidentes. Esta postura representa, de acordo com Amaral e 
Cesar (2009), a integração da Administração de Recursos Humanos com os 
princípios da Gestão da Qualidade Total. 
 Vale destacar que essas novas demandas são acrescidas às competências 
requeridas do profissional de Serviço Social. Além dessas atribuições antigas, ainda 
se encontram em voga a manutenção do caráter educativo, voltado para mudanças 
 16 
de hábitos e comportamentos, para que o trabalhador se adéqüe ao processo 
produtivo, assim como, relativo ao absenteísmo, alcoolismo, uso de drogas, 
afastamento do trabalho, conflitos familiares, dificuldades financeiras, dentre outros 
(MOTTA, 2009). Não se pode deixar de mencionar também a requisição no que 
concerne à mediação de conflitos entre a organização e funcionários. 
 Alguns programas de Gestão de Pessoas costumam inseriir 
ser chamados a intervir são os Programas de Treinamento e Desenvolvimento, 
Programas Participativos (Gestão da Qualidade Total), Programa de Qualidade de 
Vida, Programa de Clima ou Ambiência Organizacional, dentre outros. 
 Os objetivos desses programas são muito bem resumidos por Amaral e Cesar 
(2009), que explicam que a atuação do profissional de Serviço Social se dá por meio 
da mensuração dessas informações, as quais podem ser geradas, por exemplo, por 
meio da aplicação de entrevistas, com a finalidade de correlacionar as práticas de 
gestão com o clima organizacional da empresa. Tais resultados precisam ser 
analisados e transmitidos aos gestores, servindo como indicadores do que deve ser 
modificado na estrutura do processo de trabalho com vistas a aumentar a 
produtividade. 
 Amaral e Cesar (2009) relatam ainda que o possui um conjunto diverso de 
frentes de trabalho nas empresas, das quais destacaram: gestão de recursos 
humanos, programas participativos, desenvolvimentos de equipes, ambiência 
organizacional, ação comunitária, certificação social, educação ambiental, entre 
outros. 
 Percebe-se, segundo Amaral e Cesar (209), que o assistente social é 
requisitado para atuar na parte de assessoramento aos gestores das organizações, 
com a intenção de obter uma melhor administração das pessoas, gerando 
 17 
confiabilidade, aprendizado, crescimento esatisfação dos trabalhadores. O 
profissional pode ser demandado para atuar na área de Gestão de Pessoas, com o 
interesse de dar respostas às necessidades humanas dos trabalhadores, 
contribuindo com a formação de um comportamento produtivo de acordo com as 
exigências da organização, sendo um fomentador da adesão do trabalho as novas 
formas de produção. 
 Para Amaral e Cesar (2009), o Serviço Social é requisitado para intervir nos 
problemas que afetam diretamente na produtividade do trabalhador, é aliada a 
intervenção de questões psicossociais, que não relacionam diretamente ao processo 
de trabalho, mas que vem a interferir diretamente no mesmo. 
 Vasconcelos (2010, p. 23) especifica 
 
as características que compõem o perfil do assistente social, como sendo 
um profissional que tem condições de realizar uma compreensão analítica 
dos processos sociais partindo sempre de uma perspectiva de totalidade. 
Para tanto, esse profissional deve ser capaz de realizar uma analise do 
movimento histórico da sociedade brasileira compreendendo as 
particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país. 
 
 O profissional de Serviço Social, segundo Vasconcelos (2010), compreende o 
significado da profissão e de seu desenvolvimento sócio-histórico (nacional e 
internacional), sendo capaz de desvelar as possibilidades de ações contidas na 
realidade. Consegue identificar as demandas presentes na sociedade e formula 
respostas profissionais para o enfrentamento da questão social, levando em 
consideração as novas articulações entre público e privado. 
 O Serviço Social vivencia um amadurecimento e reconhecimento profissional, 
fruto de sua natureza investigativa e interventiva que vem gerando um aumento 
significativo no número de produções científicas. Faz parte do debate atual da 
categoria, pensar sobre os novos espaços de trabalho e as novas competências 
 18 
profissionais, o que torna relevante pensar sobre a temática da 
assessoria/consultoria como possibilidade de trabalho para profissionais da área de 
Serviço Social. 
 A capacidade crítica e o embasamento teórico são condições fundamentais 
do trabalho do assistente social. Sendo o mesmo um profissional que se caracteriza 
por sua condição de intervir na vida cotidiana dos trabalhadores, tanto no âmbito 
fabril como na esfera doméstica ou de sua vida particular. 
 Não consegue escapar a condição de trabalhar para a reprodução da forca de 
trabalho, quando desenvolve suas funções relacionadas com a administração de 
benefícios sociais, assim como desempenha o papel de mediador nos cenários mais 
diversos que compõe a vida dos cidadãos. Exerce uma função pedagógica e 
enfrenta o desafio de identificar estratégias de ação que se articulem ao projeto 
ético-político. 
 Em todos os campos de atuação o embate e característico do desempenho 
do papel de assiste social, o que torna a área de gestao estratégica de pessoas, 
apenas mais um cenários em relação a tantos outros em que o assistente social se 
insere de forma mais rotineira com grande exponencial de profissionais trabalhando 
em tais contextos como: hospitais, creches, centros comunitários e outros. 
 Martinelli, (2005) realizou uma retrospectiva a história do Serviço Social no 
mundo e o Brasil constatando alguns pontos como sendo fundantes da identidade 
do Serviço Social. A relevância que a área de gestão estratégica de pessoas vem 
ganhando, nos últimos tempos, aponta para a necessidade de o Serviço Social 
discutir a possibilidade de explorar esse campo de trabalho como um campo 
estratégico de ação para o enfrentamento das questões relacionadas ao mundo do 
trabalho, que afetam diretamente a vida de todos os cidadãos. 
 19 
 Segundo Freire (2006), a reestruturação produtiva nos anos 90 imprimiu 
características diferenciadas ao espaço que se insere no campo das atuais 
tecnologias de qualidade total e clima organizacional. Este espaço amplia-se, mas é 
apropriado como instrumento gerencial, de importância estratégica, referente às 
relações sociais nos meios de produção. 
 E essas necessidades não suprimidas dos trabalhadores prejudicam, além 
dos aspectos sociais, a saúde deles, pois, citando Freire (2006, p. 47): 
 
os trabalhadores vão assumindo novas responsabilidades e uma grande 
carga de sofrimento psíquico. Esse processo resulta na ampliação do 
desgaste físico e mental do trabalhador, crescendo o exército de mutilados 
e mortos prematuramente. Tais perdas são identificadas mesmo entre os 
trabalhadores centrais, pela constante intensificação do trabalho e por 
viverem sob ameaça de expulsão da posição. Os resultados negativos 
também se verificam: na precarização das condições de vida da classe que 
vive do seu trabalho, na progressiva redução de direitos previdenciários, de 
recursos e de investimentos e apoio às políticas de saúde ao trabalhador. 
 
 Freire (2006) ressalta que a reestruturação produtiva instituiu novos padrões 
de comportamento dentro das empresas, onde a participação e a comunicação dos 
funcionários são estimuladas. Para valorizar os colaboradores, as empresas 
desenvolvem programas motivacionais. Segundo a autora, para assegurar o 
engajamento dos trabalhadores, é necessário que sejam consideradas suas 
necessidades fisiológicas (reprodução material, de segurança, estabilidade no 
emprego e proteção da família), sociais (aceitação, amizade, união, cooperação) de 
estima (reconhecimento e valorização) e de auto-realização (crescimento contínuo). 
 Enfim, todas estas mudanças relacionadas anteriormente implicam de forma 
significativa nas relações de trabalho, no desemprego, na precarização das 
condições da força de trabalho e nos direitos sociais. Neste sentido, primeiro 
mostraremos como surgiu a área de Recursos Humanos no Brasil e o atual conceito 
de Gestão de Pessoas, e depois mostraremos como estas alterações no mundo do 
capital e do trabalho refletem na prática profissional dos assistentes sociais 
 20 
4 ASSISTENTE SOCIAL COMO GESTOR DE RECURSOS HUMANOS EM 
EMPRESAS PRIVADAS 
 
 Encontram-se definições que apontam o consultor como uma pessoa que 
está em posição de ter alguma influencia sobre um individuo, um grupo ou uma 
organização, mas que não tem poder direto para produzir mudanças ou programas 
de implementação. Enquanto o assessor e aquele para o qual se delega funções e 
poder para tomar decisões e conduzir estratégias em áreas de seu domínio, que 
caso não fossem executadas pelo assessor seriam executadas pelo administrador. 
 O consultor tem competência para orientar e aconselhar e o assessor alem de 
mostrar as opções também atua na área operacional, fazendo as idéias se 
concretizarem. O foco recai sobre o poder e o controle das situações. Compreende-
se que o jogo de poder e uma característica marcante nas organizações, uma vez 
que estas estão estruturadas em termos de hierarquia de funções, sendo que as 
funções colocadas na parte superior dos organogramas das instituições são 
consideradas mais importantes ou as que têm maior poder de decisão. 
 Todavia, ao invés de focar-se nesse antagonismo, o que se acredita é no 
processo educacional, cultural, social e político que estão envolvidos nas relações 
dentro e fora das organizações. Opta-se por enfatizar a possibilidade de 
aprendizagem envolvida em todas as relações com seus conflitos e pontos de vista 
diferentes, que ocorrem quando uma ou mais pessoas realizam uma atividade em 
conjunto quer estejam total ou parcialmente integradas. 
 Ao se contrapor os papeis de consultor com o de assessor descortina-se rico 
mundo de possibilidades de aprendizagem, de desenvolvimento humano e 
organizacional. A definição de assessor que já foi comentada: aponta alguém que 
planejae ou supervisiona a atividade de terceiros. 
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 Dentre todos os papeis pertinentes ao assessor o que mais chama a atenção 
e o de promover o intercambio de informações, que e o propulsor de aprendizagem, 
uma vez que a comunicação costuma ser um dos pontos de primazia de qualquer 
organização. Sem comunicação não há como atingir os objetivos propostos por uma 
organização, já que a divisão de tarefas e inerente a qualquer atividade executada 
por pessoas, que exerçam os mais diversos cargos existentes nas organizações. 
 O consultor não se envolve na execução das ações planejadas, usa sua 
expertise na área para analisar os fatos e propor uma linha de ação que devera ser 
executada pelo cliente que pode ser um administrador da empresa ou mesmo um de 
seus assessores. No presente trabalho estamos mais interessados no papel do 
assessor como sendo um nicho de trabalho para o assistente social, uma vez que o 
assessor e aquele que se coloca em contato com as pessoas que formam uma 
organização para elaborar e implantar estratégias de melhoria. 
 A complexidade de desafios e exigências que enfrenta o consultor nas 
empresas privadas propicia a necessidade de assessoria/consultoria, uma vez que 
uma única pessoa não tem como desempenhar tantos papéis ao mesmo tempo. 
 Sendo tarefa de o assessor auxiliar o administrador a planejar e/ou 
supervisionar a atividade de terceiros, suas atribuições poderiam ser atendidas pelo 
administrador se esse dispusesse de tempo e de conhecimento especializado. 
 O trabalho do assessor possibilita ao administrador a distribuição das tarefas 
aos subordinados trazendo consigo a implicação de criar relações um tanto 
complexas na organização. Quando o assessor possui conhecimentos e habilidades 
técnicas que nem o subordinado nem administrador possuem, as vantagens de seu 
trabalho são comumente reconhecidas. Esse tipo de assessoria e conhecido como 
assessoria especializada Ao desempenhar o papel de assessor independente da 
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especialidade em questão, o mesmo faz recomendações a seu superior como aos 
chefes de operação subordinados aquele. 
 A indução a ação garante maior eficácia nessas comunicações. As 
recomendações apresentadas ao administrador devem ser desenhadas pelo seu 
ponto de vista, a linguagem adequada para a fácil compreensão do conteúdo 
exposto e fundamental. Da mesma forma as sugestões feitas ao pessoal de 
operação subordinados ao chefe, devem refletir a situação operacional especifica. 
Acontece um processo de venda da ideia, que somente se for aceita será 
implantada a contento. 
 Mesmo porque, normalmente as propostas apresentadas pelo assessor não 
tem forca normativa, a menos que o assessor esteja falando em nome do gestor 
principal. O uso de autoridade e desaconselhável, devendo o assessor ter como 
objetivo a aceitação espontânea das ideias apresentadas. 
 Conquistar a cooperação integral do pessoal de operacao e, ao mesmo 
tempo, introduzir modificações nos métodos de trabalho faz parte dos desafios de se 
trabalhar como assessor em gestao de pessoa, sendo o conflito e a mediação dos 
mesmos, cenários rotineiros em sua experiência profissional. 
 Vivenciar os antagonismos de interesses permite ao profissional a 
possibilidade de ampliar sua capacidade de compreensão e pontos de vista 
diferentes de uma mesma situação, podendo aprender com essa experiência a 
utilizar o conhecimento dos argumentos tanto dos administradores quanto dos 
subordinados para a diminuição das barreiras ao melhor desempenho de todos os 
envolvidos. 
 A valorização das pessoas como sendo o ponto fundamental para a obtenção 
de resultados nas organizações, faz parte do cenário atual, criando assim uma 
 23 
demanda por parte das organizações de profissionais capacitados para o 
desenvolvimento de estratégias que garantam a participação das pessoas que 
compõem as organizações na obtenção de resultados. 
 O despreparo dos profissionais para lidar com a complexidade das relações 
humanas nas organizações acaba por gerar uma busca pelo serviço de profissionais 
especializados, para desempenhar essa função nas organizações, o que explica o 
crescimento de profissionais das mais diversas áreas, trabalhando com 
consultoria/assessoria em gestao de pessoas. 
 Independentemente do porte da organização (grande, media ou pequena) e 
mais claro para os empresários que mesmo que a empresa possua capital, 
maquinário, tecnologia sem as pessoas não é possível atingir seus objetivos. Uma 
pessoa que não faca parte ou que se oponha aos ideais da empresa tem o poder de 
impedir a obtenção de resultados por parte da empresa. 
 O consultor tem o papel de trazer ideias novas, de inovar nas estratégias 
criadas para obter melhores resultados, tendo como centralidade de suas soluções o 
homem organizacional. Ele é o profissional que está fora da empresa e em contato 
com diversas realidades no mercado está assim apto para trazer inovações. 
Devendo o assessor cuidar da implantação das estratégias propostas. Muitas vezes 
ao prestar um serviço de consultoria o profissional e convidado para realizar o 
trabalho de assessoria dentro da empresa. 
 A consultoria e marcada por uma característica de maior transitoriedade, uma 
vez que a demanda por seu trabalho obedece a necessidades pontuais de inovação 
na empresa. Tendo como objetivo de seu trabalho fazer uma leitura da situação 
atual da empresa e sua interface com diversas variáveis como: economia, mercado, 
tecnologia, entre outras, e propor novos caminhos oferecendo a empresa que o 
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procura uma nova metodologia de condução do tema em questão, um novo plano de 
ação que devera ser implantado pelos profissionais que pertencem aos mais 
diversificados postos de trabalho existentes na empresa em questão. 
 O trabalho de assessoria tem um caráter de maior tempo de permanência na 
empresa contratante, uma vez que o assessor devera apresentar e implantar a 
estratégia aos funcionários da empresa, e exercendo o papel de mediador e mesmo 
de convencimento por parte dos funcionários na execução das etapas necessárias 
para a implantação das estratégias empresariais escolhidas. 
 As funções e as exigências de competências necessárias para o desempenho 
profissional que se faz ao assessor se coadunam com as de assistente social. O 
profissional de Serviço Social tem a preparação teórica e pratica que facilitam o 
olhar dialetico para os relacionamentos, característica essa essencial para o trabalho 
de assessor. 
 A crescente demanda pelo trabalho de consultoria/assessoria torna 
necessário um maior aprofundamento teórico em relação à caracterização do 
trabalho de consultor e de assessor, uma vez que tal delimitação traz implicações 
diretas na ocupação dos postos de trabalho que estão se abrindo no momento atual 
de mercado. 
 Depois de entender o processo histórico que desencadeou as mudanças no 
processo de trabalho e principalmente as transformações ocorridas no âmbito do 
Serviço Social, discute-se um interessante campo de atuação do Assistente Social, a 
Assessoria e Consultoria. 
 Ao levantar o material teórico sobre o tema, percebeu-se a pouca produção 
de artigos, livros e demais materiais que respaldassem a conceituação do tema, que 
será feita neste momento. Encontrou-se dificuldade também, no momento de 
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diferenciar os termos Assessoria e Consultoria, devido à proximidade de conceitos, a 
definições amplas e vagas. Buscou-se, no decorrer do texto, deixar os termos claros 
e distingui-los de acordo com o material encontrado e os relatos dos profissionais. 
 No primeiro momento, levanta-se a análise feita por Mattos (2010), onde 
relata escassa produção a respeito do tema Assessoriae Consultoria no serviço 
social, as principais publicações são datadas a partir dos anos de 1998. Com 
relação a pouca produção sobre o tema, segundo Mattos (2010), destacam-se dois 
principais motivos, o primeiro seria pelo fato do tema estar presente na fala dos 
profissionais que passam a atuar após o momento de ruptura, ou seja, mais 
atualmente, trabalhando com as novas demandas do Serviço Social. 
 O segundo motivo é a recente inclusão da palavra Assessoria no campo do 
Serviço Social, estando presente principalmente nos relatos de experiências em 
formulação de políticas, atividades voltadas aos movimentos sociais e trabalhos 
educativos, sendo experiências ricas, porém com pouco referencial teórico e na 
grande maioria estarem voltadas a atividades de extensão universitária. 
 A demanda de Assessoria e Consultoria é atual, fazendo parte da nova 
conjuntura de transformações. Antes dos anos 80, era um demanda inexistente ou 
inexpressiva. Hoje se pode destacar segundo Mattos (2010) como uma demanda 
explícita para o trabalho do Assistente Social, assim como os profissionais que vem 
buscando os espaços de Assessoria. Nas duas situações o que se tem em evidencia 
a capacidade intelectual do profissional. 
 Buscando o resgate histórico sobre o tema, nos anos 80, foi encontrado duas 
importantes questões sobre a Assessoria e Consultoria. A primeira refere-se a um 
artigo sobre Assessoria escrito por Balbina Ottoni Vieira, a qual trata da importância 
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da Assessoria com pressupostos do estrutral-funcionalismo. A segunda questão é a 
experiência de criação de campos de estágio junto aos movimentos sociais. 
 Nos anos 90, houve um avanço na discussão sobre Assessoria e Consultoria, 
primeiro pela conjuntura da reestruturação produtiva e pelas mudanças ocorridas no 
Estado, como foi visto no tópico anterior. A partir desse contexto o Serviço Social 
passou a trabalhar na garantia dos direitos da população usuária. Nesse momento 
começa a aparecer profissionais trabalhando com Assessoria, voltados, 
principalmente, para a implementação de planos e políticas sociais. 
 Durante esse período é importante resgatar as experiências, durante os anos 
1991 e 1994, realizadas nos estágios supervisionados nas escolas públicas de 
Serviço Social do Rio de Janeiro, foi a partir de então que surgiram de forma mais 
clara as demandas nessa direção, como coloca Vasconcelos (2010), houve o 
aumento da solicitação de elaboração de projetos de prática e/ou acompanhamento 
e avaliação de sua operacionalização, voltados principalmente na esfera pública, na 
implementação de projetos sociais. 
 Nos anos 2000, o tema Assessoria/Consultoria ganha mais destaque na 
iniciativa dos profissionais, porém ainda não existiam esclarecimentos sobre o tema. 
A Assessoria passa a ter diferentes conotações políticas, as faculdades e campos 
privados passam a criar espaços próprios, nesse período também crescem o 
número de textos a respeito do tema, principalmente o relato de experiências 
(VASCONCELOS, 2010). 
 Analisando todo esse percurso, percebe-se que ainda hoje faltam fontes e 
documentos que esclareçam o que é a Assessoria e a Consultoria. Como já dito 
acima, a grande maioria das bibliografias encontradas são relatos de experiências, e 
falta embasamento teórico sobre o tema. 
 27 
 A assessoria/consultoria possui um debate sobre sua compreensão que ora é 
entendida como supervisão profissional e ora no trabalho interventivo junto às 
comunidades ou movimentos sociais, é ainda vista como militância política. É 
oportuno entender o conceito de assessoria e consultoria dentro do Serviço Social, 
haja vista que parte das interpretações são retiradas de outras áreas do 
conhecimento, como da administração. É importante observar a origem e o sentido 
da palavra. 
 Assim, defini-se assessoria/consultoria como aquela ação que é desenvolvida 
por um profissional com conhecimentos na área, que toma a realidade como objeto 
de estudo e detém uma intenção de alteração da realidade (MATTOS, 2010 p. 31). 
 O assessor/consultor deve deter conhecimentos específicos, ser estudioso e 
se manter atualizado, e principalmente saber expressar claramente suas 
proposições. O conhecimento para o profissional que atua com assessoria e 
Consultoria é um instrumento para captar o movimento da realidade social. 
 Segundo Vasconcelos (2010), é necessário que os interessantes e objetivos, 
do assessor e assessorado, sejam recíprocos. Estes devem ser explicitados com 
clareza, para que assim se mantenha um contato sistemático, contínuo e de longa 
duração com determinada equipe, no processo de construção, operacionalização e 
critica de um projeto de prática. 
 Para Vasconcelos (2010), o assistente social envolvido com assessoria e 
consultoria necessita conhecer pelo menos os seguintes estágios de atuação e 
intervenção: O estágio da equipe quanto à projeção do espaço profissional, os 
registros da prática, o tipo de relação com a academia, as expectativas da equipe 
em relação ao processo, o tempo disponível para as atividades que envolvem o 
 28 
planejamento, o número de profissionais existentes e interessados, a inserção 
quantitativa e qualitativa e os recursos institucionais. 
 Após concluir os estágios supracitados é que se criarão condições de trabalho 
que cumpram as expectativas e explicitem um projeto de assessoria e consultoria 
frente às condições institucionais e principalmente profissionais. As Assessorias e 
Consultorias são na maioria dos casos solicitadas ou indicadas, com o objetivo de 
possibilitar a articulação e a preparação de uma equipe para a construção do seu 
projeto de prática por meio de um profissional que venha assisti-la teórica e 
tecnicamente. 
 "É função do assessor propor instrumentos que possibilitem o desvelamento 
do movimento da realidade social, ocultando pelo movimento cotidiano das relações 
sociais” (VASCONCELOS 2010, p. 127). Para este autor, os profissionais do Serviço 
Social, buscam pensar em seu projeto de prática, em um projeto de qualidade, 
dando conta da realidade que é objeto de ação profissional, captando as tendências, 
sendo a base para a construção de propostas de trabalho criativas e articulada aos 
interesses e necessidades dos que demandam da ação profissional. 
 Produzir uma prática de qualidade, numa perspectiva de ruptura com práticas 
conservadoras, exige o resgate da unidade entre espaços de formação e espaços 
de prática. Mas, diante do quadro que se encontra, sem uma postura concreta por 
parte dos assistentes sociais que pressione as unidades formadoras a aceitar, 
também como seus, os desafios postos pela realidade [...] tão cedo não se terá uma 
aproximação de qualidade (VASCONCELOS, 2010). 
 Sendo assim, a demanda de assessoria e consultoria é pouco assumida pelas 
instituições de ensino, tanto públicas como particulares, as poucas instituições que 
recebem esta demanda e atendem as expectativas dos solicitantes, são as 
 29 
instituições públicas como é o caso da Universidade Estadual de Ponta Grossa, 
porém ainda é pouco visto a grande demanda e a falta de tempo destas instituições. 
 A academia ao recusar a demanda de Assessoria e Consultoria perde 
espaço, que passa a ser absorvidas por assistentes sociais e/ou equipes de 
profissionais que não possuem vinculação com a academia, o que pode ocasionar 
perda para os dois lados, principalmente relacionada à qualidade do processo. 
 Para Oliveira (2010), a assessoria no Serviço Social está vinculada ao projeto 
de formação profissional e à função social da universidade, “ao articular e 
potencializar o tripé: ensino, pesquisa e extensão”, contribuindo na formação e no 
fazer profissionalqualificado e comprometido com a realidade. 
 Assim, compreendemos que a atividade de Assessoria pode e deve ser 
valorizada, principalmente no âmbito da universidade pública, onde se efetiva na 
articulação entre ensino, pesquisa e extensão e enquanto campo de estágio [...] 
possibilitando, assim, a formação de um profissional que, para além de consciente e 
comprometido ética e politicamente, é capaz de realizar seu potencial critico, criativo 
e propositivo (OLIVEIRA 2010, p.123) 
 Na efetivação do projeto ético político, segundo Oliveira (2010), o trabalho de 
assessoria encontra na universidade campo privilegiado, no cumprimento da função 
social, através da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, “que a 
atividade de Assessoria tem se concretizado e adquirido expressão enquanto 
estratégia profissional.” 
 A assessoria e consultoria são recursos para a prática dos assistentes sociais 
junto a diferentes grupos de usuários, essa prática tem o objetivo, segundo 
Vasconcelos (2010) de contrapor a realidade dos espaços profissionais ocupados, 
com a análise, estratégias e ações realizadas no seu enfrentamento. 
 30 
 Assim, assessoria/consultoria estão voltadas para a busca de totalização no 
processo de prática, no sentido de apontar, resgatar e trabalhar as deficiências, os 
limites, recursos e possibilidades da equipe, socializando conteúdos, instrumentos 
de indagação e análise e também produzindo estudos e análises que a equipe não 
está preparada e nem é seu papel realizar, tendo em vista as respostas concretas e 
imediatas que precisa dar às demandas que a realidade põe a sua ação. 
(VASCONCELOS, 2010). 
 Geralmente, espera-se que o assessor na sua prática proporcione caminhos e 
estratégias ao profissional ou à equipe que assessora e estes buscam ter autonomia 
em acatar ou não suas proposições. Deve ser alguém estudioso, permanentemente 
atualizado e com capacidade de apresentar claramente suas idéias e proposições. 
Analisando a contraditória sociedade capitalista, a partir do que coloca Vasconcelos 
(2010) é necessário desvendar os caminhos da prática do Serviço Social, que por 
um lado pode favorecer a organização social vigente, ou por outro lado, favorecer os 
diferentes segmentos sociais. É nessa lógica que podemos começar a discutir sobre 
a prática de Assessoria e Consultoria. 
 Com relação à Consultoria, para Suzin e Almeida (1999) surge como 
possibilidade de espaço profissional no qual o Assistente Social possa desenvolver 
um trabalho de valorização da vida. Pode ser entendida como um serviço prestado 
por uma pessoa para identificação e investigação de problemas, buscando 
recomendar a ação adequada e proporcionar auxilio na implementação dessas 
recomendações. Vale a pena citar as duas formas de Consultoria, sendo a primeira 
a interna, no qual o consultor possui vinculo com a organização e segunda, a 
externa, a qual é legal e administrativa independente do cliente. 
 31 
 Segundo Vasconcelos (2010, p. 96), "nos processos de consultoria o 
assistente social elabora parecer sobre o caminho que a equipe escolheu e propõe 
encaminhamentos para realização". Este processo surge de uma solicitação da 
própria equipe, ou por algum tipo de indicação. Para se solicitar um processo de 
Consultoria é necessário que já tenha passado pela elaboração de um projeto de 
prática, buscando na Consultoria resposta para algumas questões pontuais que 
dificultam o encaminhamento do mesmo. 
 Para se trabalhar como consultor é necessário transmitir confiança, 
responsabilidade e saber expressar suas próprias necessidades. Podem-se 
diferenciar dois níveis de intervenção na Consultoria, o nível tarefa que é a atuação 
direta sobre mudanças estruturais, políticas e de procedimento e o nível de processo 
que atua diretamente sobre a forma que a tarefa impacta a organização (SUZIN e 
ALMEIDA, 2009) 
 As habilidades do profissional que atua como assessor devem ser: 
capacidade de negociação, inserir-se em equipes interdisciplinares, trato com novas 
tecnologias, produzir e introduzir mudanças e implantar projetos e programas. A 
qualificação profissional exige inovação, criatividade, criticidade, informação, 
relacionamento interpessoal e de equipe, qualificação formação generalista e 
especializada conhecimento de novas técnicas e discursos gerenciais, decisão, 
determinação, posicionamento (SUZIN; ALMEIDA, 1999, p.67). Como citado no 
inicio desta discussão, os profissionais vem sendo requeridos para Assessoria a 
gestão/formulação de políticas sociais públicas e privadas e aos movimentos sociais, 
principalmente, assim como também nos campos de responsabilidade social, ONGs 
e empresas privadas. 
 32 
 A assessoria desenvolvida pelo Serviço Social visa prioritariamente à 
qualificação do seu trabalho, tendo como referencia o projeto da profissão, que é 
interventiva, com posicionamento na defesa dos usuários, é produtora de 
conhecimentos e estabelece dialogo com matrizes das ciências humanas e sociais. 
Toma as expressões da questão social como objeto da sua ação profissional. 
 Conforme Mattos (2010), a assessoria pode ser desenvolvida em diferentes 
campos de atuação do assistente social, podendo ser na organização política dos 
usuários, a movimentos sociais, dentro outros. Leva-se em conta que a asssessoria 
também deve privilegiar o trabalho com os usuários dos serviços, buscando 
viabilizar os direitos dos usuários e intermediar o seu acesso a serviços. 
 A assessoria também pode ser desenvolvida à gestão das políticas sociais, 
devido os profissionais do serviço social deterem um conhecimento especifico sobre 
as políticas sociais públicas e também privadas, estando voltadas a execução de 
políticas sociais, para a atuação na gestão da totalidade do processo da política 
social, incluindo a dimensão de formulação, de gestão e sua operacionalização. 
 Para a prática da assessoria é necessário conhecer a realidade onde se está 
inserido para assim apontar estratégias, e nesse processo o assessor deve ter uma 
capacidade intelectiva, capaz de desvendar a realidade e propor ações que efetivem 
a prática. Durante o processo o assessor deve ficar atento aos temas e tentar prever 
futuros debates e explanações. Para Matos (2010) A atividade de Assessoria prevê, 
portanto, uma permanente capacitação do assessor, uma leitura continuada da 
conjuntura e a capacidade de apresentar claramente as suas proposições. 
 A partir da contribuição dos autores, é importante concluir que o assessor 
deve buscar sistematizar sua prática, na construção de textos que auxilie quem 
assessora assim como, relatar suas experiências, seus desafios e suas conquistas. 
 33 
Foi possível perceber que a Assessoria é um instrumento possível, viável que se 
coloca aos assistentes sociais em diferentes contextos e demandas sociais e 
institucionais, assim como a Consultoria. 
 Ao analisar o material a respeito de assessoria e consultoria, principalmente o 
que Mattos (2010) foi possível distinguir os termos assessoria e consultoria. 
Assessoria pode ser entendida como um processo que demanda de maior 
dedicação e tempo, e a Consultoria uma atividade pontual e mais sistemática. 
 As reflexões que se seguem partiram das falas dos sujeitos da investigação, 
os assistentes sociais gerentes de Recursos Humanos, cuja função específica é 
coordenar as políticas e as diretrizes dessa área. Nessa função desenvolvem 
trabalho em equipe com outros profissionais, tais como psicólogos, advogados, 
médicos do trabalho, enfermeiras do trabalho, engenheiros de segurança do 
trabalho, além dos gerentes de outras áreas da empresa. Essa atuação profissional 
possui uma característicainterdisciplinar. 
 Nas empresas nas quais o assistente social é o gerente de Recursos 
Humanos, há contratação de outro assistente social que também faz parte da 
equipe, além da coordenação da área de Recursos Humanos também cuido dos 
atendimentos individuais aos funcionários, acompanhamentos e visitas domiciliares. 
Outra atividade específica do Serviço Social nessa empresa é o atendimento aos 
clientes, por meio de grupos com a terceira idade, coordenação dos serviços 
prestados na forma de empréstimos de equipamentos a convalescentes. 
 Explica Martinelli (2005, p. 39) que 
 
[...] para os clientes conveniados. As principais atividades desenvolvidas na 
gestão de Recursos Humanos ou de Pessoas, coordenadas pelos 
assistentes sociais são: 
• recrutamento e seleção; 
• treinamento e desenvolvimento (treinamentos operacionais, programas de 
integração de funcionários, programas de bolsas de estudos e outros); 
 34 
• plano de carreira; 
• avaliação por resultados e/ou competências; 
• administração dos benefícios sociais; 
• comunicação interna, organização de eventos 
(convenções, encontros, reuniões); 
• pesquisa do clima organizacional; 
• administração de cargos e salários; 
• planejamento estratégico da área e da empresa; 
• coordenação de projetos sociais – interno e externo; 
• coordenação de programas de estagiários e 
• processos de desligamentos. 
 
 Na gestão moderna de Recursos Humanos a tendência é terceirizar muitas 
dessas atividades, porém, nas empresas investigadas, todas essas atividades ainda 
são realizadas pelos próprios profissionais da área. A investigação evidenciou que a 
importância atribuída à área de Recursos Humanos pelos empresários está 
intimamente ligada às novas demandas colocadas pela reestruturação produtiva, 
cuja principal estratégia é o consentimento dos trabalhadores aos objetivos e metas 
de maior produtividade e melhor qualidade. Para isso, as empresas mais inovadoras 
passam a investir no capital intelectual, pois as pessoas representam o diferencial 
competitivo que mantém e promove o sucesso organizacional (MARTINELLI, 2005). 
 Nas empresas nas quais o assistente social é o gerente de Recursos 
Humanos, há contratação de outro assistente social que também faz parte da equipe 
interdisciplinar. Somente em uma delas, pelo fato de ser de pequeno porte, a equipe 
não possui outro profissional de Serviço Social, assistente social gerente, 
O papel das assistentes sociais é prestar serviço de forma educativa e 
organizativa as classes trabalhadoras e a sociedade carente e necessitada. A 
origem da profissão retoma as políticas públicas empreendidas pela profissão de 
assistência social ligada as questões sociais no capitalismo monopolista. O 
reformismo conservador acentua a prática e confirma os compromissos 
sociopolíticos com o conservadorismo de acordo com as exigências do Serviço 
Social. 
 35 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Uma estratégia de fortalecimento seria as consultorias não substituírem o 
trabalho dos assistentes sociais das empresas, contribuindo para a redução deste 
mercado de trabalho profissional. Mas, ao contrário deveriam conjugar as atribuições 
e as competências profissionais, reafirmando o Código de Ética Profissional, Projeto 
Ético-Político do Serviço Social e a Lei de Regulamentação da Profissão, que 
definem a atividade de consultoria como uma competência profissional 
compartilhada com outras áreas. 
 Uma luta importante a ser assumida pela categoria profissional e entidades 
representativas seria a definição de estratégias de qualificação dos profissionais 
para atuar em empresas e lutar pela contratação direta de assistentes sociais, no 
sentido de enfrentar a ampliação das consultorias que encobrem a terceirização. 
 Outro aspecto seria trazer o debate das consultorias empresarias pelo 
assistente social para as organizações empresariais, socializando os desafios 
enfrentados e permitindo maior visibilidade desse espaço sócio-ocupacional para 
que o mesmo possa ser redefinido na perspectiva do projeto ético-político, contando 
com a participação ativa da consultoria do assistente social para trabalhar com as 
demandas sociais existentes na empresa.. 
 Em suma, todo esse movimento apresenta que o capitalismo esgotou suas 
possibilidades civilizatórias, o que se explicita pela sua produção destrutiva nas 
relações sociais e nas trabalhistas. Esse pode ser um movimento, uma ponta de 
esperança para a construção de um novo projeto societário, que precisa ser 
debatido coletivamente na categoria profissional e junto aos usuários dos serviços. 
 
 36 
REFERÊNCIAS 
 
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