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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (1)

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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Curso de Engenharia Mecânica
RELÁTORIO 
ENSAIOS DE DUREZAS
Admilson Magalhães
Ariana Bazílio
Leonardo Henrique 
Luiz Henrique
Marcos Da Rocha
Nathalia Fidelis
Wanderson Martins
Contagem 
Março 2015
Admilson Magalhães
Ariana Bazílio
Leonardo Henrique
Luiz Henrique
Marcos Da Rocha
Nathalia Fidelis
Wanderson Martins
RELÁTORIO 
ENSAIOS DE DUREZAS
Trabalho realizado no laboratório de materiais de construção mecânica da Universidade Católica de Minas Gerais da unidade de contagem, sob orientação da professora Drª Sara Silva Ferreira Dafé, destinado a aquisição de pontos para a disciplina de laboratório de materiais de construção do curso de engenharia mecânica.
Contagem
Março 2015
RESUMO
O ensaio de dureza é largamente utilizado na especificação e comparação de materiais.
O termo dureza assume diversos significados face à existência de uma grande divergência de opiniões entre os estudiosos das mais diversas áreas, sendo que, portanto, não é possível encontrar um conceito único para esta característica.
Dois procedimentos são convencionalmente usados na avaliação do ensaio de dureza, que são: resistência à penetração de um ponta rígida, com geometria pré-definida e sob condições de carregamento padronizadas; e resistência ao risco que envolve um processo de corte de um metal pelo outro e, consequentemente, está relacionada à plasticidade de camadas superficiais muito finas.
Sumário
RESUMO	4
Sumário	5
2 - ENSAIO DE DUREZA PELO MÉTODO BRINELL	7
2.1 Introdução	7
2.2Metodologia	7
2.3Objetivo	8
2.4Materiais Utilizados	8
Preparação das amostras	8
2.5Resultados	10
3 - ENSAIO DE DUREZA PELO MÉTODO ROCKWELL	11
3.1Introdução	11
3.2Metodologia	12
3.3 Objetivo	13
3.5Resultados e Discussão	13
4 - ENSAIO DE DUREZA PELO MÉTODO DE VICKERS	14
4.1 Introdução	14
4.2Metodologia	14
5 - ENSAIO DE DUREZA PELO MÉTODO MICRO VICKERS	18
5.1 Introdução	18
5.2 Metodologia	18
5.3 Objetivo	20
5.4 Materiais	20
5.5 Resultados:	20
6 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS	22
7- CONCLUSÃO	24
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS	25
1 - INTRODUÇÃO
Os métodos empregados nas medições de durezas se distinguem basicamente pela forma do penetrador empregado e pelas condições de aplicação da carga. A escolha do método depende, dentre outros fatores, da natureza e dimensões da amostra além da espessura da camada a ser analisada. 
Os mineralogistas utilizam um método que emprega uma escala à qual foram atribuídos números de 0 a 10, denominada escala Mohs, e que consiste na padronização de 10 minerais arranjados na ordem decrescente da capacidade de serem riscados. Essa escala não é muito adequada para avaliação de dureza de metais, uma vez que os intervalos não são suficientemente espaçados na faixa de durezas mais altas, sendo que a maioria das ligas metálicas se encaixa nesta faixa.
Para a avaliação da dureza de materiais metálicos alguns métodos são mais comumente utilizados dentre os quais podem ser citados: Método Brinel; Vickers, Rockwell, e micro Vickers.
Esse relatório irá abordar os procedimentos e resultados dos 4 ensaios de dureza que foram realizados no laboratório de materiais de construção mecânica da PUC Minas, campus Contagem, na qual foi possível medir as durezas Brinell, Vickers, Rockwell e Micro Vickers em quatro amostras de materiais diferentes, sendo utilizado o latão, o alumínio, o cobre e o aço SAE 1010. Os valores das durezas encontradas em cada uma das 4 escalas descritas anteriormente serão comparadas nessas 4 amostras, assim como os procedimentos no qual foram realizados o ensaio.
2 - ENSAIO DE DUREZA PELO MÉTODO BRINELL
2.1 Introdução
Em 1900, J. A. Brinell divulgou este ensaio, que passou a ser largamente aceito e padronizado, devido à relação existente entre os valores obtidos no ensaio e os resultados de resistência à tração. A dureza Brinell é representada pelas letras HB. Esta representação vem do inglês HardnessBrinell, que quer dizer dureza Brinell. A dureza Brinell (HB) é a relação entre a carga aplicada (F) e a área da calota esférica impressa no material ensaiado (Ac).
2.2 Metodologia
O ensaio de dureza Brinell consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço temperado, de diâmetro D, sobre uma superfície plana, polida e limpa de um metal, por meio de uma carga F, durante um tempo t, produzindo uma calota esférica de diâmetro d.
Figura 2.1 Amostra de indentação do material
O número Brinell de dureza (HB) é função da carga aplicada e do diâmetro da impressão resultante e pode ser obtido através da seguinte relação:
onde “P” é o valor da carga aplicada (em kgf), “D” é o diâmetro do penetrador e “d” é o diâmetro da impressão resultante, ambos em milímetros.
Figura 2.2 Amostra de indentação do material
2.3 Objetivo
Medir a dureza nos corpos de prova (Alumínio, Cobre, Latão e Aço 1010) pelo método de dureza Brinell.
2.4 Materiais Utilizados
Corpo de prova de cada material a ser medido, Alumínio, Cobre, Aço 1010 e Latão;
Figura 2.3Corpos de Prova: Alumínio, Cobre, Aço 1010 e Latão.
Preparação das amostras
Tarugos de vários materiais metálicos com diferentes durezas foram selecionados. Os materiais escolhidos foram: alumínio, cobre, aço 1010 e latão. Com a ajuda de um torno, eles foram transformados em corpos de prova cilíndricos. Um lixamento manual foi realizado. Após o uso das lixas. Realização dos experimentos Foram selecionados quatro materiais com durezas distintas. O experimento consistiu em medir a dureza Brinell, e obter a dureza através do aparato experimental desenvolvido nesse trabalho. O ensaio de dureza Brinell foi realizado em um durômetro modelo Wolper 6700 (figura C). Utilizou-se uma carga de 3000kgf por 30 segundos,após este tempo de espera soltamos a alavanca com ajuda de um aparato escurecemos a tela do durômetro para que possamos obter os resultados (tabela 1). As impressões foram feitas em pontos equidistâncias, totalizando 5 pontos por amostra. As durezas Brinell foram calculadas a partir da medida das diagonais formadas pelos vértices opostos da base da pirâmide deixada pelo penetrador.
Figura 2.4 - Equipamento Utilizado: Durômetro Wolpert D6.700
2.5 Resultados
A tabela a seguir é referente a medições realizadas em cada um dos materiais eseus respectivos resultados de dureza.Foram realizadas 5indentações para as 4 amostras com carga a 3000kgf.
Tabela 1 - Valores encontrados nas Indentações pelo método de dureza Brinell
	Primeira Amostra: Latão
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HB
	1ª
	0,86
	0,87
	0,86
	104
	2ª
	0,87
	0,87
	0,87
	102
	3ª
	0,87
	0,87
	0,87
	102
	4ª
	0,86
	0,89
	0,87
	102
	5ª
	0,87
	0,87
	0,87
	102
	Segunda Amostra: Alumínio
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HB
	1ª
	0,88
	0,86
	0,87
	102
	2ª
	0,86
	0,86
	0,86
	104
	3ª
	0,86
	0,87
	0,86
	104
	4ª
	0,85
	0,86
	0,86
	104
	5ª
	0,85
	0,86
	0,86
	104
	Terceira Amostra: Aço 1010
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HB
	1ª
	0,60
	0,60
	0,60
	218
	2ª
	0,60
	0,60
	0,60
	218
	3ª
	0,61
	0,60
	0,59
	218
	4ª
	0,59
	0,61
	0,60
	218
	5ª
	0,61
	0,61
	0,61
	211
	Quarta Amostra: Cobre
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HB
	1ª
	0,95
	0,96
	0,95
	84,9
	2ª
	0,97
	0,98
	0,97
	81,3
	3ª
	0,95
	0,98
	0,96
	83,0
	4ª
	0,97
	1,00
	0,98
	79,5
	5ª
	0,97
	0,99
	0,97
	79,5
3 - ENSAIO DE DUREZA PELO MÉTODO ROCKWELL
3.1 Introdução
Este método de ensaio foi desenvolvido em 1922 por Rockwell. A rapidez do ensaio torna-o propício tanto para uso em linhas de produção quanto para uso em laboratório.
Existem dois tipos de dureza Rockwell sendo diferente pela pré carga aplicada
Dureza Rockwell normal:emprega uma pré-carga de 10 Kg
Mais aplicado ao controle e verificação de tratamentos térmicos.
Dureza Rockwell superficial: utiliza uma pré-carga de 3 Kg.
Mais apropriado ao controle de tratamentos térmicos superficiais.
Figura 3.1- Sequência de etapas do método
O método de ensaio de dureza Rockwell emprega várias escalas independentes entre si. Cada escala é obtida em função da pré-carga, carga nominal e do tipo de penetrador empregados.
O relógio indica o número de dureza por analogia (número alto de dureza igual pequena profundidade de penetração e vice-versa).
A tabela abaixo apresenta as condições que determinam as escalas do método normal. O método superficial é mais empregado para em corpos de prova de pequena espessura, como lâminas, e materiais que sofreram algum tratamento superficial.
Tabela 2 - Escalas e Tipos de penetradores 
3.2 Metodologia
Realizamos este ensaio no corpo de prova (Alumínio, Cobre, Latão e Aço), e aplicamos as cargas utilizando o penetrador que convinha de acordo com o material.
O ensaio é baseado na profundidade de penetração de uma ponta sobre um material, quando esta é submetida a uma carga nominal (carga aplicada + pré carga). Os penetradores utilizados são do tipo esférico (esfera de aço temperado) ou cônico (cone Brale, com uma conicidade de 120o). A pré-carga (carga menor) é utilizada para fixar a amostra e serve como referencia inicial para o ensaio, então uma carga maior é adicionada completando a carga nominal. A leitura do número de dureza é lida diretamente no relógio após a retirada da carga maior.
3.3 Objetivo
Medir a dureza nos corpos de prova (Alumínio, Cobre, Latão e Aço 1010).
3.4 Materiais Utilizados
Corpo de prova de cada material a ser medido (Alumínio, Cobre, Latão e Aço);
Durômetro;Tabela.
3.5 Resultados e Discussão
A tabela abaixo é referente a medições realizadas em cada um dos materiais e seus respectivos resultados de dureza.
Tabela 3 - Valores encontrados para o método dureza Rockwell
	Indentação
	Pré carga
	Carga (kgf)
	Latão
	Alumínio
	Cobre
	Aço 1010
	1ª
	3
	100
	65,0 HRB
	60,0 HRB
	42,0HRB
	21,5HRC
	2ª
	3
	100
	73,5 HRB
	63,0 HRB
	42,0HRB
	20,0HRC
	3ª
	3
	100
	72,5 HRB
	61,0 HRB
	40,0HRB
	21,0HRC
	4ª
	3
	100
	70,0 HRB
	61,5 HRB
	45,0HRB
	20,0HRC
	5ª
	3
	100
	71,5 HRB
	61,0 HRB
	44,0HRB
	21,0HRC
O ensaio de dureza Rockwell é um método que apresenta algumas vantagens em relação a outros métodos de ensaio de dureza quanto ao seu emprego, por exemplo, o ensaio elimina o tempo necessário para a medida de qualquer dimensão da impressão, pois a dureza é lida diretamente numa escala, preparada em função da profundidade de penetração, sendo então mais rápido e com menor índice de erros pessoais, impressões pequenas, uma boa precisão de medida, entre outros.
Foi constatado através do ensaio rockwell que o aço por ser um material com dureza elevada “estourou” a escala HB, por isso passamos a medi-lo em escala HC comportando assim melhor o material.
4 - ENSAIO DE DUREZA PELO MÉTODO DE VICKERS
4.1 Introdução
No estudo da ciência dos materiais, bem como no seu dimensionamento, são de grande importância vários parâmetros obtidos através dos ensaios mecânicos. Pode-se definir ensaio mecânico, como a observação do comportamento mecânico de um material quando submetido à ação de agentes externos, como esforços e outros. Os ensaios são executados sob condições padronizadas, em geral definidas por normas, de forma que seus resultados sejam significativos para cada material e possam ser facilmente comparados. Dentre os ensaios de materiais, o ensaio de dureza possui extrema importância, pois fornece inúmeras informações sobre o material, o que permite trabalhar com maior confiabilidade e obter maior longevidade do mesmo (TSUI; JOO, 2001). Atualmente, o ensaio de dureza é amplamente empregado em pesquisa e avaliação de materiais para controle da qualidade, por ser um método menos oneroso e mais rápido para quantificação de propriedades mecânicas de materiais. Entretanto, os resultados do ensaio estão sujeitos a incertezas de alguns parâmetros como: a força aplicada, as dimensões e geometria do penetrador, o tempo de aplicação de carga e a habilidade do operador.
4.2 Metodologia
Neste método, é usada uma pirâmide de diamante com ângulo de diedro de 136º que é comprimida, com uma força arbitrária "F", contra a superfície do material. Calcula-se a área "A" da superfície impressa pela medição das suas diagonais.Como demonstra as figuras abaixo.
Figura 4.1Ângulo de impressão Figura 4.2 Ângulo de impressão
A dureza de um material é um conceito relativamente complexo de definir, originando diversas interpretações. Num bom dicionário, dureza é qualidade ou estado de duro, rijeza. Dureza, é definido como difícil de penetrar ou de riscar, consistente, sólido. Essas definições não caracterizam o que é dureza para todas as situações, pois ela assume um significado diferente conforme o contexto em que é empregada (SOUZA, 1974). É importante destacar que, apesar das diversas definições, um material com grande resistência à deformação plástica permanente também terá alta resistência ao desgaste, alta resistência ao corte e será difícil de ser riscado, ou seja, será duro em qualquer uma dessas situações. Os ensaios de dureza são realizados com maior freqüência do que qualquer outro ensaio mecânico, pois são simples, mais baratos e não comprometem funcionalmente a peça ensaiada (CHANG et al., 1976). No século XVII, como a construção dos objetos de uso se dava de modo essencialmente artesanal, não se conhecia um controle de qualidade regular dos produtos fabricados. Avaliava-se a qualidade de uma lâmina de aço ou a dureza de um martelo, simplesmente pelo próprio uso (CLAASSEN; CHYNOWETH, 1987). O ensaio de dureza teve um avanço excepcional entre o século XVII, onde se estimava a dureza das pedras preciosas friccionando-as com uma lima, e o século XX, onde em 1925, Smith e Sandland abriram caminho para a determinação de microdureza a partir do ensaio de dureza Vickers. A dureza Vickers se baseia na resistência que o material oferece à penetração de uma pirâmide de diamante de base quadrada e ângulo entre faces de 136º, sob uma determinada carga. O valor de dureza Vickers (HV) é o quociente da carga aplicada “F” pela área de impressão “A” deixada no corpo ensaiado (SOUZA, 1974). A máquina que faz o ensaio Vickers não fornece o valor da área de impressão da pirâmide, mas permite obter, por meio de um microscópio acoplado, as medidas das diagonais “d1” e “d2” formadas pelos vértices opostos da base da pirâmide. Conhecendo as medidas das diagonais e a sua média “d”, é possível calcular a dureza Vickers através da equação(SOUZA, 1974).
Onde: F=Carga; D2 =Medidas das diagonais; HV=Dureza Vickers.
Uma impressão perfeita, no ensaio Vickers, deve apresentar os lados retos.Entretanto, podem ocorrer defeitos de impressão, devidos ao afundamento ou à aderência do metal em volta das faces do penetrador.
Figura 4.3Tipos de impressão: Perfeita, Afundamento e aderência
Quando ocorrem esses defeitos, embora as medidas das diagonais sejam iguais, as áreas de impressão são diferentes. 
Como o cálculo do valor de dureza Vickers utiliza a medida da média de duas diagonais, esses erros afetam o resultado da dureza: teremos um valor de dureza maior do que o real nos casos de afundamento e um valor de dureza menor do que o real, nos casos de aderência.
É possível corrigir esses defeitos alterando-se o valor da carga do ensaio para mais ou para menos, dependendo do material e do tipo de defeito apresentado.
Preparação das amostras Tarugos de vários materiais metálicos com diferentes durezas foram selecionados. Os materiais escolhidos foram: alumínio, cobre, aço 1010 e latão. Com a ajuda de um torno, eles foram transformados em corpos de prova cilíndricos. Um lixamento manual foi realizado. Após o uso das lixas. Realização dos experimentos Foramselecionados 4 materiais com durezas distintas. O experimento consistiu em medir a dureza Vickers, e obter a dureza através do aparato experimental desenvolvido nesse trabalho. O ensaio de dureza Vickers foi realizado em um durômetro modelo wolper 6700. Utilizou-se uma carga de 50kgf por 20 segundos ,após este tempo de espera soltamos a alavanca com ajuda de um aparato escurecemos a tela do durômetro para que possamos obter os resultados (tabela 4) . As impressões foram feitas em pontos equidistâncias, totalizando 5 pontos por amostra. As durezas Vickers foram calculadas a partir da medida das diagonais formadas pelos vértices opostos da base da pirâmide deixada pelo penetrador.
Tabela 4 - Valores encontrados nas Indentações pelo método de dureza Vickers
	Primeira Amostra: Latão
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HV50
	1ª
	0,86
	0,87
	0,86
	123,9
	2ª
	0,93
	0,92
	0,92
	110
	3ª
	0,94
	0,89
	0,91
	110
	4ª
	0,95
	0,94
	0,94
	126
	5ª
	0,89
	0,89
	0,89
	114
	Segunda Amostra: Alumínio
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HV50
	1ª
	0,95
	0,96
	0,95
	101
	2ª
	0,95
	0,95
	0,95
	101
	3ª
	0,91
	0,92
	0,91
	110
	4ª
	0,92
	0,93
	0,92
	110
	5ª
	0,93
	0,94
	0,93
	105
	Terceira Amostra: Aço 1010
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HV50
	1ª
	0,60
	0,60
	0,60
	258
	2ª
	0,60
	0,60
	0,60
	258
	3ª
	0,59
	0,60
	0,59
	262
	4ª
	0,59
	0,58
	0,58
	271
	5ª
	0,60
	0,60
	0,60
	258
	Quarta Amostra: Cobre
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HV50
	1ª
	1,07
	1,08
	1,08
	82,6
	2ª
	1,04
	1,05
	1,04
	85,7
	3ª
	1,04
	1,05
	1,04
	85,7
	4ª
	1,00
	1,03
	1,02
	89,1
	5ª
	1,06
	1,04
	1,05
	89,1
5 - ENSAIO DE DUREZA PELO MÉTODO MICRO VICKERS
5.1 Introdução
A microdurezaVickers é um processo bem semelhante a dureza Vickers, entretanto é utilizado para avaliar particularidades do material em nível microscópico (ampliação x400). Sendo assim trabalhamos com baixos valores de carga aplicados nas amostras.
5.2 Metodologia
Para iniciar o processo, primeiramente ligamos o microdurômetroe o computador. No computador abrimos o programa "HMV-AD", então selecionamos a opção easytest, em seguida colocamos a primeira amostra sob a lente e ajustamos o foco. Selecionamos o valor da carga em "test force", sendo que a sigla HV0.3 indica a carga é de 300g , sendo o mesmo valor para todas as 4 amostras. Em "Duration Time" selecionamos o tempo que o penetrador irá agir na amostra, algo por volta de 20 a 30 segundos. Em "start test" damos inicio ao ensaio. Após o tempo de indentação podemos ver pelo monitor as diagonais, que são medidas automaticamente pelo software juntamente com sua diagonal média e sua dureza representada em HV0.3 . Em alguns casos ocorreu a falha de leitura das diagonais, porque a amostra não foi lixada e nem atacada quimicamente. Devemos então arrastar o mouse até a ponta das diagonais. É importante complementar que em algumas amostras como o aço por exemplo, não encontramos um valor fixo para a dureza , e sim algo em torno de 380 a 410 HV0.3 , o que podemos concluir que pode haver algumas imperfeições que elevem o valor de dureza do material, inclusão por exemplo.
A técnica de microdurezaVickers não está restrita a avaliação da superfície modificada por tratamento termoquímico. Ela pode utilizada para qualquer situação em que haja, no material, variação de dureza em função da posição. Por exemplo: determinar um perfil de microdureza ao longo da seção transversal de uma junta soldada, englobando o material base, Zona Termicamente Afetada e Zona Fundida.
Além de outros processos, como cementação, trabalho a frio, identificação de constituintes individuais, etc.
O cálculo de dureza desta técnica se baseia na impressão de um penetrador de diamante de formato de pirâmide de base quadrada inclinado a 136º entre as faces opostas.
Figura 5.1 – Indenteação Vickers e Medidas das Diagonais de impressão
A impressão que o penetrador deixa na amostra é um losango, sendo que a dureza é medida pela área deste losango, usando a média de suas duas diagonais.Tendo a micro dureza como resultado , a razão entre a carga e a área do losango.
Figura 5.2 Microdurômetro Vickers
5.3 Objetivo
A prática tem como objetivo avaliar a dureza entre seguintes materiais: Aço 1010, Alumínio, Cobre e Latão.
5.4 Materiais
Aparelhagem: Microdurômetro Vickers (Shimadzu) , Computador.
5.5 Resultados:
A tabela abaixo é referente a medições realizadas em cada um dos materiais e seus respectivos resultados de dureza. Foram realizadas 5indentações para as 4 amostras com carga a 300g.
Tabela 5 - Valores encontrados nas Indentações pelo método de MicroVickers
	Primeira Amostra: Latão
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HV0.3
	1ª
	72,38
	69,47
	70,93
	111
	2ª
	69,53
	69,47
	69,50
	115
	3ª
	69,53
	69,28
	69,40
	115
	4ª
	68
	70,40
	69,20
	116
	5ª
	68,38
	70,40
	69,39
	116
	Segunda Amostra: Alumínio
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HV0.3
	1ª
	70,48
	67,23
	68,85
	117
	2ª
	72,95
	69,10
	71,03
	110
	3ª
	74,48
	68,72
	71,60
	109
	4ª
	68,00
	68,54
	68,27
	119
	5ª
	67,81
	72,46
	70,13
	113
	Terceira Amostra: Aço 1010
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HV0.3
	1ª
	40,38
	35,86
	38,12
	383
	2ª
	39,62
	35,48
	37,55
	395
	3ª
	32.19
	39,59
	35,89
	432
	4ª
	38,86
	35,11
	36,98
	407
	5ª
	40,76
	37,16
	38,96
	366
	Quarta Amostra: Cobre
	Indentação
	Diagonal 1
	Diagonal 2
	Diagonal Média
	HV0.3
	1ª
	77,53
	77,87
	77,70
	92,1
	2ª
	82,67
	79,74
	81,21
	84,4
	3ª
	74,48
	79,00
	76,74
	94,5
	4ª
	78,48
	78,62
	78,55
	90,2
	5ª
	81,14
	78,43
	79,79
	87,4
Através dos resultados obtidos, pode-se perceber que das 4 amostras , o latão apresentou uma dureza praticamente constante sob uma carga de 300g em sua superfície.O cobre por sua vez apresenta a menor dureza entre os demais, tendo em média 89,72 HV0,3.
Em relação ao aço 1010, a amostra que apresentou uma dureza elevada comparada as outras, um valor de dureza por volta de 4x maior que a do alumínio.
6 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
- Para as durezas de Brinell, Rockwell, e Vickers, contamos com erros das mais variadas fontes: 
Erro do analista;
Leitura incorreta da indentação com a régua;
Realizar impressão no mesmo lugar indentado anteriormente;
Realizar um tempo menor de espera;
Foco errado na hora de medir a indentação;
Escolha aleatória do lugar onde indentar;
- Fonte de erros para microdureza:	
Má preparação do material;
Equipamento sem calibração; 
- Com a realização das durezas, observou-se que quanto mais macio, maior a impressão deixado pelo durômetro.
- Percebeu-se a necessidade da escrita correta para cada tipo de dureza. Por exemplo: HV, HRB, HB ao final dos valores numéricos obtidos das leituras da dureza. 
- Através da NORMA ASTM E-140 conseguimos comparar os resultados entre os tipos de dureza. Sob um ponto de vista prático, é importante poder-se converter os resultados de um tipo de dureza para os de outro tipo. Existem tabelas que permitem tais conversões mas elas só são confiáveis para cada material particular e devem ser usadas com muito cuidado, pois podem conduzir a erros grosseiros. Avaliando os resultados experimentais, temos:
AÇO: Valor encontrado laboratório – (valor médio das indentações).
- Brinell: 216.8 HB100;
- Rockwell – Escala B: 20.7 HRC;
Escala B - Para o aço não há como comparar pois a tabela fornece valores variando de 100 a 55HRB. 
LATÃO: Valor encontrado laboratório – (valor médio das indentações).
Rockwell encontrado: 70,5 HRB;
Vickers encontrado: 116.8 HV; 
Comparando com a ASTM – E-140, um valor para materiais de latão comuma dureza Rockwell de 71 HRB leva a uma dureza comparativa com Vickers de 128 HV. 
COBRE E ALUMINIO: Não há como comparar com as nossas práticas realizadas. 
A diferença de resultado entre experimental e tabelado é dada pelas fontes de erros listados, porém de maneira geral os valores comparativos foram satisfatórios.
Tabela 6 - Relação vantagens x desvantagens de cada metodologia
	Método
	Vantagem
	Desvantagem
	Brinell
	Fácil operação
	Limitado pela esfera empregada
Recuperação elástica do material após indentação
	Vickers
	Escala Continua
Utilizado para vários tipos de materiais
Ampla faixa de ajuste de cargas
	Erros do analista
	Rockwell
	Mais rápido
Fácil visualização
	Não tem escala continua
	MicrodurezaVickers
	Avaliação de particulares do material
	Não é prático na linha de produção
7- CONCLUSÃO
Concluímos, portanto, que o ensaio Vickers é um dos mais versáteis podendo medir uma grande amplitude de dureza com extrema precisão, porém é um dos menos utilizados na prática, sendo os ensaios Brinell e Rockwell mais utilizados. O ensaio Brinell não é recomendado para materiais de elevada dureza superficial devido à deformação ocorrida na esfera já a dureza Rockwell é mais prática e obtida diretamente no aparelho medidor de dureza.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
SOUZA, Sérgio Augusto de. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. Fundamentos teóricos e práticos. 5. ed. São Paulo:Edgard Blücher, 1982. p. 101-137.
II Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica João Pessoa - PB - 2007 UMA NOVA METODOLOGIA PARA O CÁLCULO DE DUREZA VICKERS João Moreno VILAS BOAS DE SOUZA SILVA (1); Juliana CARVALHO SÁ (2); NierllyKarinni DE ALMEIDA MARIBONDO GALVÃO (3)

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