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julgamento de ovinos e caprinos

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE ZOOTECNIA
DEPARTAMENTO DE REPRODUÇÃO E AVALIAÇÃO 
ANIMAL
 APOSTILA DISCIPLINA: JULGAMENTO ANIMAL IZ 320
JULGAMENTO DE CAPRINOS E OVINOS
Prof. Luís Fernando Dias Medeiros
Seropédica, RJ
2009
JULGAMENTO ANIMAL – CAPRINOS E OVINOS
INTRODUÇÃO
 SELEÇÃO
Modificação genética para uma função produtiva 
(zootecnia) ou processo pelo qual um rebanho é alterado 
geneticamente pela utilização da Avaliação Visual (aparência) 
e através de Medições Objetivas (características métricas).
• A base da seleção se encontra na presença de variação em 
todas as características avaliadas visualmente ou medidas.
• A produção animal é uma função da genética mais o meio 
ambiente.
A adaptabilidade a um meio específico, é, portanto, tão 
importante quanto a seleção para a realização da medição. 
As leis físicas da natureza ditam os limites dentro dos quais 
as diversas dimensões do corpo (tamanho) ou função 
fisiológica (reprodução) podem variar.
 PONTOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS EM JULGAMENTO ANIMAL:
a) Fichas de controle zootécnico
→controle ponderal
→controle leiteiro
→controle reprodutivo
→controle sanitário
→controle individual
2
b) Manejo nutricional – Manejo reprodutivo – Manejo 
sanitário – Conforto térmico – Ambiente social (bem 
estar animal)
c) Fichas de controle genealógico
d) Teste de ½ irmãos → para animais de corte
e) Teste de progênie
f) Exame andrológico
g) Tipagem
h) Sexagem
i) Exame citogenético
j) Defeitos sérios e desclassificantes dentro do padrão da 
raça e mestiços → Eliminação 
k) Defeitos reprodutivos quaisquer → Eliminação 
 Seleção para características de carcaça (corte) → 
utilização da ultra-sonografia
 Mensuração da área do olho do lombo e espessura de 
gordura
1) Carcaça
2) Fertilidade → precocidade → 
monitoramento mensal do ganho de peso
l) Seleção assistida por marcadores moleculares → 
novos modelos estatísticos apropriados surgiram, as 
DEPs.
3
Hoje é possível avaliar visualmente e buscar no DNA de 
um animal informações de interesse para seleção. A DEP 
pode ser expressa em porcentagem.
A alta herdabilidade obtida faz com que a seleção 
baseada no mérito genético (diferença esperada de progênie – 
DEPs) para probabilidade de prenhez em meses mais curtos 
tenha grande potencial para melhorar a precocidade sexual 
em ruminantes (bovinos e ovinos de corte).
Para uma melhor interpretação da DEP de PP14, toma-
se o seguinte exemplo de dois touros extremos da análise 
realizada pelo Grupo de Melhoramento Animal (GMA), touros 
A e B, cada um acasalado com grupos diferentes de vacas do 
mesmo rebanho. Para simplificar, pode-se assumir que toda 
a progênie é formada de novilhas, todas são retidas para 
acasalar e têm oportunidade igual no acasalamento. 
O touro A tem uma DEP de PP14 igual a +23 (A + 23) e o 
touro B, uma DEP igual a –23 (A - 23). Em média as novilhas 
filhas do touro A têm 46% a mais de probabilidade de 
conceber e permanecer prenhas quando comparadas com as 
filhas do touro B → [Diferença = +23 – (-23) = 46%].
A metodologia assume, no entanto, que a média de 
prenhez é de 50% na população. Assim, um touro com DEP = 
0 (zero) produziria filhos com 50% de probabilidade de 
emprenhar aos 14 meses. Um touro com DEP = +23 
produziria filhas com 73% de probabilidade de ficarem 
prenhes quando expostas aos 14 meses (50 + 23 = 73). Um 
touro com DEP = -23 produziria filhas com apenas 27% de 
probabilidade de ficar prenha aos 14 meses (50 – 23 = 27).
4
1)MÉTODOS E CRITÉRIOS DE JULGAMENTO ANIMAL:
→ Método individual
→ Método comparativo
→ Método da eficiência funcional
2)DE ACORDO COM AS FINALIDADES O JULGAMENTO PODE SER:
a) Julgamento para registro genealógico
b) Julgamento nas exposições
c) Julgamento para escolha de reprodutores
d) Julgamento para cabritos e ovinos gordos
3)ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO FENOTÍPICA NOS ANIMAIS 
DOMÉSTICOS:
a) Ação do meio ambiente
b) Interação genética
c) Falta de correlação usual ou baixa entre o binômio 
tipo-morfologia (exterior) e a produção
4)CARACTERÍSTICAS DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA A SER CONSIDERADAS 
NA APRECIAÇÃO EM CABRAS LEITEIRAS:
1. Produção de leite
2. Duração da lactação
3. Persistência da lactação
4. Vida útil produtiva/longevidade
5. Fertilidade (idade a 1ª parição e intervalo de 
parto)
6. Instinto maternal
7. Tipo leiteiro e conformação
8. Pernas desenvolvidas, não grosseiras
9. Resistência orgânica/adaptação
5
5)APRECIAÇÃO PELA FUNCIONALIDADE EM CABRAS LEITEIRAS PODE 
OBEDECER A TRÊS NORMAS BÁSICAS:
1. Aumento da produção média de leite do 
rebanho, pelo descarte das mães menos produtivas;
2. Cabritinhos ou cabritos de substituição 
podem ser selecionados das mães (cabras) mais 
produtivas;
3. Bodinhos em potencial poderão ser 
selecionados das mães superiores.
 Produção de leite → controle leiteiro
• Benefício do controle leiteiro:
 Quantidade de ração 
suplementar, em função da produção de leite;
 Secagem de cabras no momento 
adequado;
 Seleção de melhores cabritas 
para substituição no rebanho
 Avaliação e seleção de bodes;
 Promover o mercado de animais.
• Registros necessários – 
fichas de controle zootécnico:
a) Identificação da cabra, filiação, raça ou grau de 
sangue
6
b)Produção de leite, etc.
O leite de cabra deverá ser registrado para as 
ordenhas da manhã e da tarde, mensalmente durante a 
lactação.
 Fatores que afetam a produção de leite 
→ raça, grau de seleção, idade da cabra, duração do 
período de lactação e mês de parição (principais).
• Fatores de correção para idade:
 1ª lactação x 1,45
 2ª lactação x 1,06
 3ª lactação x 1,00
 4ª lactação x 1,00
 5ª lactação x 0,92 (0,91 – 0,94)
 6ª lactação x 0,87 (0,84 – 0,89)
 Erros médios, baseados nos controles 
leiteiros com intervalos diversos:
Intervalo (dias) Erro (%)
7 2,56
14 12,78
21 13,98
28 25,90
80 27,00
7
 Coeficiente de persistência de lactação 
para cabras leiteiras é em média de 0,90 variando de 
0,79 a 0,96. Tal coeficiente é dado pela fórmula:
AN
A (N – 1)
• Na qual AN representa a produção leiteira 
média diária de um mês anterior, isto depois que 
a curva de lactação tenha ultrapassado o seu 
ponto mais alto.
• O valor deste coeficiente permiti a 
determinação teórica aproximada da produção 
em um determinado mês de lactação, 
conhecendo-se as produções médias diárias de 
dois meses consecutivos, após o ápice da curva. A 
diferença entre a produção média real e a teórica 
é útil para indicar se a alimentação da cabra é ou 
não adequada.
 Outros registros:
 Controle alimentar
 Controle sanitário
 Controle reprodutivo
 Controle de desenvolvimento ponderal
 Comportamento social (hierarquia e instinto 
maternal)
8
6)AVALIAÇÃO PELO TIPO LEITEIRO (EXTERIOR E CONFORMAÇÃO):
• Os componentes usuais na 
classificação pela tipologia:
 Aparência geral
 Característica leiteira
 Capacidade corporal
 Aparelho mamário
 Pernas e pés
 Garupa
• Avaliação das quatro características de tipologia 
(exterior) conforme a Associação Brasileira de 
Criadores de Caprinos (ABCC):
1) Aparência geral:
1.1) Simetria: homogeneidade das partes do corpo
1.2) Tamanho e desenvolvimento
2) Características leiteiras:
2.1) Forma do corpo: “triangular” (cunha)
2.2) Angulosidade do corpo: pouca cobertura cárnea
2.3) Úbere desenvolvido
3) Capacidade corporal:
3.1) Amplitude do ventre: boa capacidade digestiva
3.2)Profundidade do tórax: boa capacidade 
respiratória
9
3.3) Amplitudedo peito: boa capacidade respiratória 
e circulatória.
4) Aparelho mamário:
4.1) Úbere: úbere grande, volumoso, estendido para 
frente, com fortes ligamentos. Deve apresentar 
textura macia, flexível e elástica, com a pele 
sem pregas, apresentando-se murcho após a 
ordenha.
4.2)Tetas: uniformes, de tamanho e formas 
adequadas, cilíndricas sem obstruções, bem 
separadas, direcionadas para baixo e para 
frente e de fácil ordenha.
4.3)Veias mamárias: calibrosas, sinuosas, 
ramificadas, “fontes de leite” amplas.
Quadro 2: Correlações entre aptidão leiteira e características 
relacionadas com o exterior.
Características Valor (r)
Tipo 0,25 (0,20 – 0,30) 
Desenvolvimento 0,30 (0,23 – 0,34)
Comprimento do corpo 0,55 (0,48 – 0,63)
Peso vivo 0,30 (0,25 – 0,34)
Circunferência do tórax 0,32 (0,27 – 0,35)
Aparelho mamário 0,40 (0,36 – 0,46)
Tecido mamário 0,50 (0,43 – 0,52)
Massa muscular - (r)
Avaliação geral (julgamento) 0,28 (0,23 – 0,30)
Avaliação geral (melhor juiz) 0,63 (0,50 – 0,65)
7)TIPO E PRODUÇÃO DE LEITE:
10
A associação entre o tipo e produção mediante 
pesquisas cuidadosamente planejadas, permite que dentro 
de certos limites se lance mão dos atributos indicadores do 
tipo leiteiro ou de corte para escolher os melhores animais 
com vista ao aperfeiçoamento dos rebanhos. Tais estudos 
têm demonstrado am alguns estudos que o bom tipo e a 
elevada produção, não sendo atributos antagônicos, 
podem coexistir num mesmo animal.
• A associação de pontos é uma descrição das 
principais regiões do corpo segundo o “ideal” da raça e 
as quais se atribui um valor numérico para efeito de 
avaliação do animal.
• Em uma escala de pontos, o valor é igual a 100 
pontos, sendo 30% para o aparelho mamário, 20% para 
a característica leiteira, 20% para a capacidade corporal 
e 30% para a aparência geral.
• Os animais deverão ser avaliados através desses 
componentes do tipo leiteiro, associados com as 
qualidades funcionais mais importantes:
a) alto nível de produção
b) vida útil produtiva (longevidade)
c) aparência atraente e saudável 
d) vida útil reprodutiva (intervalo de partos, idade 
a 1ª parição, etc.) 
• Os indivíduos devem ter sua classificação baseada nas 
partes do corpo avaliadas separadamente; isso permite a 
identificação de suas qualidades e defeitos mais 
detalhados.
 
• Foi introduzido assim, o sistema de componentes do 
tipo, que a priori, possibilita maior flexibilidade na 
11
avaliação correlacionando os resultados com a produção 
de leite e gordura do leite.
 Estudos têm mostrado a influência de cada componente 
sobre a contagem final, estabelecendo correlações 
respectivas. As mais altas se devem a aparência geral (80 a 
84%) e ao aparelho mamário (77 a 80%), indicando que 
esses dois componentes seriam os mais importantes para 
se determinar o tipo do animal. Comparativamente, a 
capacidade corporal (31 a 35%) e pernas e pés (42 a 46%). 
A característica leiteira se colocou em 48 a 52%, o que 
poderia ser explicado pela subjetividade de sua apreciação.
De acordo com os valores alcançados na contagem 
final, os animais recebem uma classificação, a seguir:
 Excelente → 90 ou mais pontos;
 Muito bom → 85 a 89;
 Bom → 75 a 84;
 Regular → 65 a 74;
 Mau → abaixo de 65.
• Estudos sobre os fatores que 
influenciam a classificação segundo a contagem final, ou 
parcial, dentro de cada componente do tipo reportam 
que → se dois efeitos agem em direção oposta, eles 
tendem a se cancelar, mas se atuam no mesmo 
sentido, a classificação poderá desviar-se daquela 
que seria esperada. Esses principais fatores são:
a) Idade do animal
b) Estação do ano
c) Ano de classificação
d) Estágio de lactação
e) Classificador
a) Idade do animal → as cabras leiteiras se classificam 
melhor ao fim de sua vida produtiva do que quando se 
12
encontram ainda em sua 1ª ou 2ª crias. Essa 
tendência não é apenas quanto à classificação final, 
mas também dentro de vários componentes do tipo na 
escala de pontos. Muitas vezes os juízes em face de 
animais de igual mérito, favorecem sempre os mais 
velhos. Parece haver alguma alteração do tipo com o 
decorrer da idade, aumentando as contagens com 
tempo. Todo os componentes melhoram com a idade, 
especialmente a tendência leiteira (características 
leiteiras) e a capacidade corporal. Todavia, há defeitos 
que melhoram com a idade, e os que pioram com o 
tempo. 
b) Estação do ano → parece que existe alguma 
alteração com relação aos componentes do tipo, 
especialmente para o aparelho mamário. Embora a 
razão para esta diferença não seja muito clara, a 
tendência tem sido observada em vacas e cabras 
leiteiras.
c) Ano de classificação → estudos têm citado 
decréscimo médio de 1/6 de ponto por ano na 
classificação de cabras e vacas leiteiras, variação essa 
que parece ser provocada pelos classificadores. Estes 
parecem ter se tornado mais exigentes, resultando daí 
que uma cabra classificada em 1980, por exemplo, 
alcançou um ponto menor, em média, do que um 
idêntico animal classificado 5 anos antes. Esta seria, 
ao que tudo indica, uma tendência desejável de ser 
mantida, a fim de se conseguir um melhoramento 
efetivo quanto ao tipo. Vários estudos reportam que 
há pouca vantagem com um sistema de comparação 
contemporâneo para o tipo, como se recomenda para 
a produção de leite. 
d) Estágio de lactação → este é o fator de variação 
mais importante. As classificações mudam com o 
estágio de lactação. Em geral, as cabras e as vacas 
13
alcançam maiores contagens no início da lactação, 
depois caem um pouco nos meados do período, para 
de novo obterem classificações mais elevadas ao se 
aproximar o parto seguinte, embora sem haver uma 
recuperação completa. Com relação aos componentes 
do tipo, igual tendência de flutuação da classificação 
tem sido notada exceto para a característica leiteira 
cujas contagens tem sido decrescentes no transcorrer 
do período de lactação. Estas oscilações constituem 
um fato esperado, em vista das mudanças na 
condição física das cabras e vacas leiteiras, em 
particular as altas produtoras, no decorrer da 
lactação.
e) Classificador (inspetor) → os classificadores são 
escolhidos pelas associações. O importante, porém, é 
saber até que ponto as opiniões de diferentes juízes 
estão de acordo quando avaliam o mesmo animal. Os 
trabalhos visando esclarecer esta questão mostram 
que há uma concordância de julgamento se eles 
classificam o mesmo animal ao mesmo tempo. Isto 
geralmente não acontece quando a classificação é 
realizada em épocas diferentes (intervalo de 6, 12 ou 
18 meses).
• As diferenças entre os classificadores tendem a 
ser pequenas, exceto para pernas e pés, onde os estudos 
mostram variações de 10 a 13%, em média. Embora 
haja alguma diferença entre os juízes quanto ao tipo 
ideal, parece que partes das variações dos componentes 
pernas e pés se devem a diferentes atitudes assumidas 
em rebanhos diversos. Todavia, a repetibilidade da 
contagem final para os juízes em diferentes situações de 
avaliação tem variado de 50 a 80%, o que revela 
confiabilidade dos resultados de julgamento.
8)HERANÇA DO TIPO EM CAPRINOS:
14
O tipo leiteiro medido através de contagens final ou 
parcial, segundo seus componentes, é considerado herdável, 
aparentemente com a mesma intensidade da produção de 
leite.
Estimativas de h2 do tipo leiteiro, componentes do 
tipo e de algumas regiões corporais:
 Conta
gem final ------------>
25% (23 a 27%) Aparê
ncia geral ----------->
18% (17 a 20%)
 Caract
erística leiteira ---->
23% (20 a 25%)
 Capaci
dade corporal ----->
21%
 Pernas 
e pés --------------->
15% 
 Aparel
ho mamário -------->
16% (15 a 18%)
 Garup
a --------------------->
13% (12 a 15%)
 As correlações fenotípicas e 
genotípicas entre componentes do tipo leiteiro, são em sua 
grande maioria altas e positivas, especialmente com a 
contagem final (acima de 0,55). 
 Para a aparência geral e as características raciais, 
elas estão bastante próximas de 1,0, indicando que 
os classificadores ao avaliá-las levem em conta os 
mesmos elementos. Essas correlações, altas e 
positivas, revelam que a seleção baseada na 
15
contagem final poderá ser suficiente para efetuar o 
melhoramento simultâneo de uma ampla faixa de 
características incluídas nos componentes do tipo 
leiteiro.
9)CORRELAÇÕES ENTRE TIPO LEITEIRO E PRODUÇÃO:
Vários estudos têm mostrado que a repetibilidade 
(r) entre o tipo x produção de leite, podem estar mascaradas 
por uma forte influência do meio ambiente, os criadores que 
criam e alimentam melhor suas cabras leiteiras, “a princípio” 
possuem os melhores animais quanto ao tipo → revelando 
que o tipo não é um indicador seguro da produção, seja 
fenotípica ou geneticamente.
Em conclusão, quando as correlações entre a 
contagem final para o tipo e a produção de leite estão livres 
da influência de fatores do meio, elas se tornam pequenas 
e não significativas. Parece haver duas explicações:
a) Reprodutores e matrizes são avaliados para 
revelarem as suas diferenças quanto à 
capacidade de produção, mas especialmente 
para demonstrarem sua semelhança com o 
padrão ideal adotado para uma determinada 
raça;
b) A contagem de pontos aplicada às 
características corporais, mesmo quando feita 
por juízes experientes, é um processo de 
avaliação sujeito a erros, e portanto, nem 
sempre adequado.
10) CORRELAÇÕES ENTRE TIPO E LONGEVIDADE:
A longevidade é uma característica de natureza 
complexa, difícil de ser estimada na maioria dos casos, os 
16
indicadores não tem oportunidade de manifestá-la em toda a 
sua extensão, uma vez que são afastados do rebanho muito 
antes do término de sua vida.
Essa é uma das razões porque no julgamento de 
cabras leiteiras segundo o tipo, se deve dar grande ênfase 
aos atributos que revelam:
 Boa constituição, vigor e saúde, 
indicativos de característica leiteira;
 Uma constituição seca ou robusta, 
conforme a raça e o sexo, com espáduas, 
dorso e lombo fortes, um esqueleto sólido, 
sem desvios de coluna, com costelas bem 
arqueadas, tórax largo e profundo, garupa 
ampla e nivelada, os membros aprumados; 
são qualidades essenciais para que as cabras 
leiteiras “vivam” bastante.
 Os trabalhos têm mostrado que as cabras de bom 
tipo apresentam vida mais longa no rebanho, 
provavelmente porque recebem um tratamento especial. 
Contudo, uma longa permanência no rebanho está 
positivamente correlacionada com a elevada produção 
Láctea. As cabras com produções mais altas em sua 
primeira lactação acusam uma tendência para permanecer 
por mais tempo no rebanho do que as de produções mais 
baixas no início de sua vida produtiva. Parece que o tipo 
contribui para a vida mais longa do rebanho.
11) SELEÇÃO DE BODES:
Existem três etapas envolvidas na escolha do 
reprodutor:
17
 Escolha da cabra ou tipo
 Escolha da fonte ou criador de onde 
adquirir bodes
 Escolha dos indivíduos dentro de uma 
fonte.
Em virtude de ser a inseminação artificial uma 
prática pouco utilizada entre rebanhos de caprinos, estes 
tendem a se distribuir, conforme uma hierarquia, em 
rebanhos de elite, multiplicadores e comerciais. 
Os rebanhos de elite, constituem-se de animais 
puros de origem e/ou por cruza, tendo a finalidade de 
produzir animais para reprodução, notadamente bodinhos 
para venda.
O grupo de rebanhos multiplicadores se coloca logo 
abaixo na classificação e tem o papel principal de 
multiplicador de descendentes de animais julgados de alta 
qualidade nos rebanhos de elite, vendendo reprodutores aos 
rebanhos comerciais que constituem o terceiro grupo nessa 
escala de “importância”.
Na ausência de critério ideal para seleção de bodes, 
ou seja, do teste de progênie dos mesmos, a consideração 
desta hierarquia se reveste de importância. Bodinhos 
escolhidos nos rebanhos de elite serão, provavelmente, 
melhoradores para os rebanhos multiplicadores e comerciais. 
Estes últimos poderão ser também melhorados por bodes 
provenientes de rebanhos multiplicadores. Portanto, a curto 
prazo, o reconhecimento dos rebanhos de uma região poderá 
ser uma maneira de se promover os intercâmbios de 
germoplasma.
O ideal seria que houvesse um conhecimento 
generalizado da necessidade de testes de progênie dos bodes 
e que os organismos ligados à inseminação artificial e as 
cooperativas se interessem pelos mesmos, investindo em 
programas de avaliação de bodes.
18
A avaliação dos bodes pode ser dividida em dois 
estágios:
 Processo de acasalamento, que poderá 
abranger toda uma população ou somente um 
grupo de rebanhos cooperados;
 Avaliação propriamente dita. Uma 
condição, para qualquer avaliação, é que grande 
número de animais em muitos rebanhos tenham 
as produções controladas.
Nos testes de progênie, o procedimento, 
comumente, é o seguinte:
 Seleção de mães em potencial para 
produção de futuros bodinhos;
 Criação de bodinhos em estação de 
teste;
 Produção e estocagem de sêmen;
 Avaliação propriamente dita. Uma vez 
que as filhas de bodes completam a primeira 
lactação, procede-se a avaliação dos mesmos.
12) DEFEITOS DESCLASSIFICANTES:
 Prognatismo ou agnatismo;
 Tetos cegos;
 Articulações inchadas ou defeituosas 
em machos;
 Desvios acentuados de aprumos;
 Cegueira total;
19
 Manqueira ou dificuldade permanente 
no andar;
 Tetos extranuméricos em fêmeas ou 
machos;
 Úbere parcial ou totalmente perdido 
(mastite);
 Anormalidades nos órgãos 
reprodutivos externos;
 Hérnias;
 Desvio de chanfro em machos;
 Outros defeitos sérios acentuados.
13) CARACTERÍSTICAS DE IMPORTÂNCIA DISCUTÍVEL:
 Padrão racial;
 Conformação;
 Aprumos.
 
14) CONSIDERAÇÕES SOBRE A AVALIAÇÃO PELO BINÔMIO TIPO – 
MORFOLOGIA (EXTERIOR) COMO INSTRUMENTO DE SELEÇÃO EM 
CAPRINOS:
A escolha de reprodutores pelo tipo, embora seja 
método menos seguro, é o mais freqüentemente usado por 
dispensar escrituração zootécnica, em geral escassa ou 
inexistente em nossas criações. Todavia, a escolha pela 
aparência pode ser útil, quando apoiada em informações a 
respeito da produção.
Alguns autores citam que o estudo do exterior e o 
julgamento são baseados no fato de que há alguma 
correlação entre a forma e a função produtiva nos animais 
domésticos. Esse ponto de vista, serviu de base para a 
seleção fenotípica; assim, fixaram-se muitos atributos 
ornamentais e utilitários próprios das primeiras raças 
domésticas melhoradas.
O tipo ou conformação é, às vezes, o único elemento 
em que os criadores podem basear-se em relação a certos 
20
animais, como critério de seleção para os cruzamentos ou 
escolha de reprodutores e matrizes, visto que são poucos os 
criadores, que mantém registro de produção e reprodução.
Na apreciação do animal pelo estudo de sua 
conformação exterior, evidenciam-se algumas dificuldades, 
dado à complexidade de suas funçõeseconômicas e ao fato 
das indicações fornecidas pelas suas formas externas 
poderem ser prejudicadas ou anuladas pela desarmonia, por 
certos defeitos, pela idade, raça, temperamento, estado de 
saúde, alimentação e fatores climáticos.
A escolha da cabra leiteira baseada unicamente no 
seu exterior não é um método eficiente de seleção. Isto 
porque, as correlações entre os componentes das partes 
exteriores do corpo e a produção leiteira, apresentam 
medianos e baixos valores. 
 O bom tipo leiteiro pode ser 
observado no conjunto e nas diversas partes do corpo, 
de acordo com a seguinte descrição:
• A cabra com boa formação deve apresentar cabeça 
leve e delicada;
• O pescoço deve ser leve, bem implantado;
• O peito amplo e profundo, o dorso longo e reto, 
costado e flancos amplos e profundos, e ventre 
volumoso;
• A garupa deve ser larga e ampla, as pontas das ancas 
bem afastadas;
• O corpo deve ser largo, comprido, profundo e 
volumoso;
21
• Os membros anteriores devem ser bem aprumados e 
os posteriores, bem abertos, deixando espaço para o 
úbere;
• O úbere deve ser:
 Bem implantado, amplo e volumoso, com a inserção 
anterior longa e a posterior, bem alta; 
Deve ser flexível, se verrugas ou rachaduras;
Deve ser moderadamente repartido pelo músculo 
suspensor mediano, apresentado-se simétrico 
quando visto por trás;
Os tetos devem ser grandes, bem implantados, 
macios e simétricos, voltado para baixo e para frente;
Deve mostrar boa irrigação sanguínea, observada 
pelas veias de leite, dispostos logo à frente da 
inserção anterior do úbere, a cada lado do ventre.
15) ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE SELEÇÃO FENOTÍPICA:
• O indivíduo é escolhido pelo seu fenótipo, isto é, 
pelas suas características exteriores. Pode ser 
morfológica, quando se trata de uma manifestação 
anatômica (pelagem, tipo de úbere, conformação, tipo 
de chifres, altura da cernelha, veias mamárias, tipo, 
etc.), ou fisiológicas, quando o fenótipo é uma atividade 
fisiológica (produção de leite, carne, ovos, fertilidade, 
etc.).
• A seleção fenotípica é falha, na maioria das vezes, 
sendo a morfológica mais falha do que a fisiológica, 
pelas razões abaixo:
a) Ação do meio ambiente:
22
 Não se conhecendo o meio ambiente 
que cada animal recebeu, fica imprecisa uma 
seleção entre eles, pois não sabemos se um 
animal é melhor porque teve melhor meio ou 
porque tem melhor genótipo.
 Um cabrito mais desenvolvido pode 
ter atingido a melhor marca, por ser filho de 
cabra mais velha que as outras mães ou porque 
sua mãe era melhor produtora de leite ou 
porque foi desmamado mais tarde ou ainda 
porque recebeu melhores tratos.
 Isto mostra a dificuldade pelo exame 
de fenótipo de indivíduos que se encontram em 
meio ambiente diferentes.
b) Ação dominante:
 Quando ocorre a dominância dentro 
de um par de alelos ou outras interações, a 
seleção fica prejudicada, pois homozigotos para 
tais gens se confundem com heterozigotos. O 
gen chamado dominante mascara o efeito do 
alelo recessivo. Assim, se fazer distinção 
fenotípica entre ambos. Portanto os fenótipos 
não representam os genótipos, sob o ponto de 
vista das potencialidades genéticas.
c) Epistasia:
 Quando no genótipo existe interação 
entre gens de pares, alelomorfos diferentes ou 
melhor, dominância de um gen sobre outro de 
um par diferente, diz-se que está ocorrendo 
ação epistática. Assim, o gen B quando em 
presença de A, no seu alelo, produz efeito 
fenotípico diferente daquele que produzirá 
23
quando no genótipo estivesse ausente o gen A. 
As causas de falha acima apresentadas, se 
aplicam tanto à seleção morfológica quanto à 
fisiológica. A morfológica, porém apresenta 
outra causa e erro, que a falta de correlação 
usual entre caracteres morfológicos e a 
produção.
• É de pouca importância para o melhoramento 
reprodutivo dos rebanhos o padrão racial, porém 
analisando-se sob o ponto de vista do mercado de 
reprodutores, observa-se que os criadores só se 
interessam por animais que se enquadram 
perfeitamente bem nos padrões estipulados para a 
raça.
• Desta forma se obtiverem animais altamente 
produtivos, mas que não atendam morfologicamente 
ao estabelecido pelas associações de registro 
encontrar-se-á dificuldade para a colocação dos 
produtos no mercado, e assim será bastante provável 
que este material superior não seja usado na 
reprodução.
• Deve-se lutar para que os conceitos de tipo e 
exterior tenham menor influência na escolha de 
reprodutores, principalmente porque não se 
aproveitam pelagens, tipos de chifres, orelhas e 
conformação para a alimentação humana.
• Como em alguns rebanhos as características de 
exterior e a produção estão positivamente associados, 
pode-se pensar que seriam limitadas, pois 
selecionando-se, por exemplo, cordeiros de corte pelos 
seus ganhos de peso e pela conformação, poderia 
surgir indivíduos altamente produtivos com 
conformação fora das marcas desejadas. Isto 
24
acarretaria a eliminação desses animais com a 
conseqüente redução de eficiência da seleção 
produtiva.
• Estudos têm demonstrado que a seleção feita com 
base no binômio morfologia-produção, causa atrasos 
no progresso da capacidade produtiva. Portanto, 
atingem-se mais rapidamente melhores produções 
empregando-se diferentes métodos de seleção, que 
estimem apenas o valor genotípico produtivo.
16) ALGUMAS INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE A GENEALOGIA:
• A genealogia tem por base o fenótipo dos 
antepassados próximos até 3 gerações do indivíduo 
considerado. Oferece maior segurança que a seleção 
fenotípica individual, porém ainda não apresenta 
fundamentos genéticos seguros.
• Os ascendentes são analisados pelos seus 
respectivos fenótipos, essa produção nem sempre 
existe nos pedigrees, que se apresenta apenas como 
uma coleção de nomes, sem valor técnico algum. Para 
poder ser analisado, o pedigree deve conter 
informações de produção dos ascendentes neles 
representados. Só então podemos tentar extrair 
alguma estimativa dos dados.
• Na ascendência direta do Rg (correlação/relação 
genealógica) de um indivíduo com um dos pais é 0,5, 
com um avô é 0,25 e com um dos bisavós é 0,125 e 
assim por diante, dividindo por 2 a correlação em cada 
geração para trás. Portanto, acima da 3ª geração, o 
valor de Rg é de pouco peso estimativo.
25
 Aplicação da seleção genealógica:
a) Detecção de gens recessivos, de efeitos epistáticos e 
de sobredominância:
No caso de detecção de gens recessivos deletérios, a 
análise do pedigree pode ser valiosa, desde que as 
informações relativas aos ancestrais sejam seguras. Nesta 
condição a seleção genealógica é muito mais rápida e de 
custos mais baixos que a execução de teste de progênie ou 
de acasalamentos consangüíneos para evidenciar a presença 
de gens indesejáveis.
Este tipo de seleção pode apresentar os seguintes 
inconvenientes:
1) Existindo informações erradas nos 
pedigrees, famílias inteiras podem ser condenadas sem 
razão real para isso;
2) Sendo a freqüência do gen deletério baixa 
em determinada família, o indivíduo em avaliação pode 
não ser portador desse gen. Apesar disto, mesmo 
sendo geneticamente superior, corre risco de ser 
eliminado;
3) Animais que possuem pedigree semelhantes 
ao da família condenada podem ser discriminados e 
por estarazão muitas vezes linhagens inteiras são 
eliminadas sem motivo real para isso;
4) Determinada linhagem, por meio de 
pedigree, pode tornar-se popular entre os criadores, 
independente do mérito genético de seus 
representantes. Por outro lado, corre o risco de cair em 
26
desagrado por simples questão de moda, mesmo 
possuindo animais com alto valor produtivo.
A avaliação do pedigree permite evidenciar os 
indivíduos fenotipicamente superiores em decorrência de 
combinações gênicas especiais, tais como a 
sobredominância. Em certos casos, poderá ocorrer um 
fenômeno epistático positivo ou negativo, prejudicando o 
fenótipo do indivíduo. O seu valor genético não poderia ser 
apreciado por essa epistasia, pois esta vai “quebrar” na 
descendência. Nestas condições os reprodutores superiores 
nem sempre transmitem as suas vantagens à descendência. 
Um exame do pedigree poderia revelar a probabilidade de 
estar ocorrendo um desses casos epistáticos.
b) Seleção de animais novos (jovens): que ainda não 
tem produção ou para auxiliar no julgamento de 
animais com produção duvidosa.
c) Seleção de caracteres de baixa herdabilidade: 
Se a herdabilidade é alta, a estimação do genótipo 
pela análise do seu fenótipo é eficiente, e, não precisaríamos 
ir ao ascendente. Quando a herdabilidade da característica é 
alta, o fenótipo do indivíduo representa em elevado grau o 
seu genótipo, razão pela qual as informações do próprio 
indivíduo são mais precisas para a seleção que a utilização 
do valor fenotípico de seus ancestrais. Com a herdabilidade 
baixa, embora as produções do animal sejam importantes 
aquelas referentes aos parentes podem aumentar a acuidade 
da seleção. Influências ambientais podem prejudicar ou 
valorizar um determinado animal e, neste caso, seu próprio 
fenótipo seria duvidoso. O exame de vários ascendentes seus 
daria melhor informações do seu fenótipo provável do que o 
dele mesmo. 
27
d) Seleção de caracteres especiais:
Muitos caracteres manifestaram-se tardiamente 
durante a vida do animal. Este é o caso da longevidade, e, 
nestas condições o pedigree é uma das maneiras de se tentar 
avaliar o indivíduo precocemente. Em algumas situações um 
dos sexos não apresenta (machos para produção de leite), 
nestas circunstâncias, até que se obtenham resultado de 
teste de progênie, o pedigree poderá ser um indicativo para a 
escolha do animal. Também é útil na análise de caracteres 
como resistência a doenças, numa vez que o estudo da 
família pode indicar a tendência do indivíduo com relação ao 
comportamento em face de certas doenças.
 Falhas pela avaliação pela genealogia:
Este tipo de seleção está sujeito às seguintes falhas:
a) Apenas se conhecem os valores fenotípicos do 
indivíduo e de seus parentes e não os méritos 
genotípicos. No caso das características cujas 
expressões dependem da herança gênica aditiva e de 
diferentes interações entre elas e os fatores 
ambientais, os fenótipos não representam totalmente 
os genótipos;
b) Na maioria das vezes o pedigree não fornece dados 
de produção sob a forma adequada para a estimativa 
do provável valor genético (PVG) do animal;
c) As informações contidas no pedigree podem ser 
falhas e por esta razão nem sempre se estabelecem 
com segurança todas as relações de parentesco entre 
os indivíduos do pedigree;
28
d) O grau de parentesco entre o indivíduo analisado e 
os seus ascendentes diminui a cada etapa genética, 
de sorte que na 3ª geração essa relação é da ordem 
de 0,125, portanto baixa, o que indica que a 
estimativa do valor genotípico obtido a partir de 
indivíduos com esse grau de parentesco é pouco 
segura.
 
 
29
	INTRODUÇÃO
	AN
	Tipo

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