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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO
PROF. MARCELO MACHADO LIMA
Aula 12 – O Golpe Militar de 1964 e a instalação do regime autoritário 
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO
AULA 12
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 Objetivos da Aula 12
O aluno deverá ser capaz de:
Entender o que representou o Golpe Militar 1964 no contexto político interno e externo vivenciado no período;
Compreender a anômala natureza “supraconstitucional” dos atos institucionais
Compreender a Constituição de 1967 com a tentativa de legitimação do Movimento de 1964; 
Relacionar o AI-5 com o recrudescimento do regime e a supressão das liberdades individuais e políticas.
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 Os militares e o exercício (direto) do poder
- As correntes ideológicas no Exército e a vitórias das posições antivarguista e antipopulistas da ESG (Escola Superior de Guerra).
- A associação ESG/IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais).
- A repressão aos direitos civis e políticos por meio dos “atos institucionais”. 
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 A figura anômala dos “atos institucionais” instrumentos “jurídicos” da ditadura 
O AI 1 - concedia poder de alterar a constituição, cassar mandatos legislativos, suspender direitos políticos e determinava eleições indiretas para a presidência da República. 
AI 2 – implementou o bipartidarismo (AC nº 4), aumentou o número de ministros do Supremo Tribunal Federal de 11 para 16, estabeleceu a possibilidade do presidente de decretar estado de sítio por 180 dias sem consultar o Congresso, intervir nos estados, decretar o recesso no Congresso e baixar decretos-lei e atos complementares sobre assuntos de segurança nacional.
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 A figura anômala dos “atos institucionais” instrumentos “jurídicos”da ditadura
AI -3 
Eleição indireta de governadores e vice-governadores seria indireta (por maioria absoluta dos membros das assembleias legislativas.
Os prefeitos das capitais seriam indicados por nomeação pelos governadores, mediante aprovação prévia da Assembleia Legislativa. 
 Exclusão de apreciação judicial dos atos praticados com fundamento no AI-3, impossibilitando contestação judicial sobre os temas por ele enfrentados. 
AI-4
Convoca o Congresso Nacional para a votação e promulgação do projeto de Constituição, que revogaria definitivamente a desfigurada Constituição de 1946. 
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 A Constituição de 1967: características
Concentração de maior parte do poder de decisão no Poder Executivo;
Poderes exclusivos ao Poder Executivo para legislar em matéria de segurança e orçamento;
Estabelecimento de eleições indiretas para presidente, com mandato de cinco anos;
Embora pregasse o federalismo, enfatizava fortemente a centralização do poder;
Estabelecia a pena de morte para crimes que atentassem contra a segurança nacional;
Restringia o direito de greve;
Ampliou as atribuições da justiça militar;
Abriu espaço para a decretação posterior de leis de censura e banimento.
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 O AI- 5: o golpe dentro do golpe 
Possibilidade do Presidente da República decretar recesso do Poder Legislativo das três esferas, que só voltariam a funcionar quando o próprio Presidente convocasse essas organizações. 
A impossibilidade de que atos praticados de acordo com o AI-5 e seus Atos Complementares sofressem apreciação judicial - a explicitação da submissão do Poder Judiciário ao Poder Executivo central.
O poder do Presidente da República de suspender, "sem as limitações previstas na Constituição”, direitos políticos de qualquer cidadão, cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais, bem como, decretar a intervenção nos estados e municípios.
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Suspensão da garantia de habeas corpus nos casos de crimes políticos ou aqueles que afetassem a segurança nacional e a ordem econômica e/ou social.
Recrudescimento da censura, estendendo-se à imprensa, à música, ao teatro e ao cinema.
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 O AI-5 e os anos de chumbo no Governo Médici
 A nova Lei de Segurança Nacional e a introdução da pena de morte por fuzilamento.
A repressão das liberdades civis e políticas e o surgimento de grupos clandestinos de esquerda: a guerrilha urbana e rural. 
A máquina de repressão: o SNI, a Polícia Federal, os serviços de inteligência das forças armadas, das polícias militares estaduais, dos ministérios e o temido DOI-CODI (agência orgânica especial do Exército). 
 A tortura como método para obtenção de objetivos.
Comissão da Verdade: “uso da tortura em escala e de forma sistêmica” constituição de crimes contra a humanidade, não passíveis de anistia.
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 A Emenda nº01/69: uma nova Constituição?
 Gerada pela crise com a doença do Pres. Costa e Silva sendo que os militares não aceitavam a regra constitucional, ou seja a posse do Vice-presidente Pedro Aleixo, um civil.
É imposto um triunvirato militar que se apossou do poder (Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica).
Manutenção, em linhas gerais, do modelo da CF/67, com a adaptação aos dispositivos repressores dos Atos Institucionais.
Manutenção do excessivo poder concedido ao Presidente da República, com mandato de 5 anos.
Concedeu ao Conselho de Segurança Nacional competência para estabelecer as bases da política nacional.
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 A Era Médici e suas contradições
Restrição de direitos civis e políticos e ampliação dos direitos sociais ausência de liberdade com paternalismo social)
O “Milagre Econômico” nos “Anos de Chumbo”.
A ampliação das camadas urbanas e o declínio das zonas rurais (último bastião eleitoral do regime militar).
Diminuição da renda per capita e ampliação da renda familiar o fenômeno da ampliação da participação da mulher no mercado de trabalho. 
 
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 A abertura lenta e gradual a partir do Governo Geisel
O contexto de crise econômica e os fatores inter-relacionáveis baixo crescimento, alta inflacionária, aumento da dívida e crise do petróleo.
Os casos Wladimir Herzog e Manuel Fiel Filho geram mobilização pública pela distensão do regime.
Na difícil tarefa de aproximar-se da democracia, a resistência da linha-dura dificulta o processo.
O famoso “Pacote de Abril” (senadores biônicos, alteração na composição do numero de deputados por Estados e ampliação do mandato presidencial para seis anos) estabelece um retrocesso no processo de democratização lenta e gradual e a tentativa derradeira de manutenção da força do regime.
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 O Governo Figueiredo e o apagar das luzes da ditadura militar
O acirramento da crise econômica e política :
A imagem do governo militar arranhada: a crescente percepção de violação de direitos humanos e prática de tortura.
A crise do petróleo, o aumento das taxas de juros no mercado internacional, o aumento exacerbado da dívida (FMI) recessão econômica.
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 Cronologia dos fatos políticos marcantes do Governo Figueiredo
1979 - Lei da Anistia em 1979 e o retorno ao pluripartidartismo;
1980 – Criação do PT;
1981 – o episódio do Atentado do Riocentro;
1982 – Eleição direta para governadores, senadores, prefeitos e deputados federais e estaduais.
1983 – inicia-se o movimento das “Diretas Já”.
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